sábado, 31 de outubro de 2009

Ex-paquito faz trabalho humanitário no ‘pior lugar do mundo’


Alexandre Canhoni, que foi o paquito Xand, vive há oito anos no Níger.

País com o pior IDH do planeta 'não tem nada', contou em entrevista ao G1.

Daniel Buarque Do G1, em São Paulo.

O objetivo de Alexandre Canhoni era ajudar as pessoas que vivem no pior lugar do mundo. Depois de ter atuado na TV como paquito do "Xou da Xuxa" e de ter deixado a carreira musical de lado para se tornar evangélico, ele tinha se decidido a viajar para algum lugar como Iraque, Paquistão, Serra Leoa, países em conflito em que a população sofria, e fazer trabalho humanitário. Foi quando ouviu falar do Níger, último colocado do ranking de Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, pela primeira vez. “Perguntei o que tinha por lá, e me disseram que ‘nada’”, contou, em entrevista ao G1, por telefone. Então, ele decidiu se mudar para Niamey, capital do país africano com a pior qualidade de vida do mundo, onde vive há oito anos.

“O país não tinha realmente nada”, contou. “Só agora chegaram detectores de metais no aeroporto, a previsão é de que chegue cartão de crédito daqui a cinco anos, há apenas três restaurantes e a cultura muçulmana é bem radical. Não tem cinema, são pouquíssimas as televisões, que normalmente têm uso comunitário e o que mais passa são programas religiosos islâmicos”, disse. Na capital, segundo ele, que hoje tem 38 anos, há algumas avenidas de asfalto e dois lugares com internet, como lan houses. A energia elétrica vem da Nigéria e muitas vezes falta. “Uma vez ficamos dois dias sem energia elétrica e perdemos muita comida que tínhamos em nossa geladeira.”

Leia também: Melhor país do mundo, Noruega é ‘desafio’, diz brasileiro

Mapa mostra a localização do Níger, no oeste africano (Foto: Ilustração/G1)

Localizado no oeste africano, logo abaixo do deserto do Saara (parte do território fica no deserto), o Níger ficou em 182º lugar no ranking de qualidade de vida, com IDH de 0,34, pior que o do Afeganistão, palco de uma ação militar comandada pelos Estados Unidos. A população de 15,3 milhões de nigerinos tem uma expectativa de vida de apenas 52 anos, e apenas 28% deles são alfabetizados. Trata-se de um dos países mais pobres do mundo, com Produto Interno Bruto per capita anual de apenas US$ 700 (cerca de R$ 1.200) (o do Brasil é de US$ 10.200, quase R$ 17.500, segundo a mesma fonte, a CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos).

Apesar da pobreza, segundo Canhoni, há também pessoas muito ricas no país, que vivem da exploração de urânio e petróleo e que chegam a serviço de multinacionais que, segundo Canhoni, não ajudam no desenvolvimento local. O problema é que há um abismo entre os ricos e os pobres, sem uma classe média, e o preço das coisas à venda é muito alto. “Um litro de leite nos dois únicos mercados custa o equivalente a R$ 6, um quilo de tomate pode chegar a R$ 25. Quanto mais pobre é o país, mais caras são as coisas. Não adianta levar dinheiro e a gente leva do Brasil o máximo de coisa que a gente pode. As pessoas são ou muito pobres ou muito ricas. Vivemos em um dos melhores bairros, mas em frente a nossa casa há barracos em que vivem muitas pessoas que ajudamos. É um contraste muito pior de que o tradicional de prédio de luxo e favela, que se vê no Brasil”, disse.

Segundo ele, os empregos são raríssimos. As pessoas normalmente trabalham como guardas na frente da casa de estrangeiros e ganhando muito pouco, que dá no máximo para comer. Alguns oferecem serviços de turismo, também, levando as pessoas para conhecer o deserto do Saara. “Gostaríamos de incentivar a formação de emprego atraindo empresas para lá, e com algo como uma central de reciclagem de lixo.”

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Alexandre Canhoni e crianças nigerinas que recebem apoio no país de pior qualidade de vida do mundo (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Brasileiros e ajuda

Canhoni é um dos criadores do grupo Ministério Guerreiros de Deus, que diz ser uma ONG aberta à participação de todos que queiram ajudar a população em dificuldade, não apenas uma instituição religiosa. No apoio que oferece à população carente, ele trabalha a nutrição e a formação de crianças e mulheres, sempre com trabalho religioso e leitura de mensagens bíblicas, contou. Esse tipo de ação em um país majoritariamente muçulmano (80%, segundo a CIA), faz com que sejam alvo de ataques e ameaças. “Chegaram a apedrejar nossa casa”, contou.

Visite o site do grupo Guerreiros de Deus

O grupo mora na capital, em uma casa alugada. Comprar imóvel por lá é muito caro, segundo ele. A casa é usada como moradia e abriga projetos de nutrição, aulas de músicas, marcenaria, cultos e atividades esportivas. O grupo também ensina mulheres a costurar, pintar e fazer artesanato. Canhoni disse que há também uma série de grupos internacionais que fazem projetos humanitários também. “Alguns só distribuem comidas, outras traduzem a Bíblia, mas somos pioneiros em dar uma apoio total de alimentação, lazer e formação de crianças carentes”, disse.


Entre as pessoas que atuam no trabalho humanitário, ele disse haver nove brasileiros. O país não tem uma representação oficial do Itamaraty, e a embaixada que cuida das relações com o Níger fica localizada na Nigéria – a região tem registro de 270 brasileiros entre os dois países, além de Burkina Faso. “Temos um conselho brasileiro de missionários no Níger. Sentimos falta de uma representação do Brasil, que está se tornando conhecido pelo nosso trabalho. Eles têm visto nossa bandeira, nossa cultura, mas falta representação oficial", disse.

Coisas boas no pior lugar

Em um país sem “nada”, Canhoni disse ver o lado positivo nas pessoas, os nigerinos, que são receptivos e buscam melhorar um pouco sua vida. “Elas são pobres, não têm muita expectativa, mas são boas, se aproximam dos estrangeiros, buscam sair dessa situação horrível em que se encontram.” Pela pobreza, a corrupção é evidente, e maior de que no Brasil, segundo ele. “Mas não tem problemas de roubo como no Brasil. A lei islâmica é muito rigorosa, então é raro ver as pessoas fazerem isso. Elas têm uma consciência de não pegar o que não é delas, mesmo com toda a pobreza. As pessoas param para rezar, deixam o dinheiro de lado, mas não ocorre roubo.”

Canhoni conta que quem está no Níger para trabalhar com ajuda humanitária acaba não tendo tempo livre para lazer, então não sente falta disso. “Desde as 7h da manhã estamos ajudando eles, e trabalhamos até a noite.” Depois de oito anos vivendo assim, ele diz que sua expectativa é ficar lá até que o país saia da lista dos dez últimos países do mundo. “Ainda queremos montar escolas, centros esportivos, continuar desenvolvendo este trabalho para ajudar na vida difícil deles.”

Fonte: g1.globo.com notícias

A “Shekina” de Deus está aqui. “Shekiná”?


É normal ouvirmos em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.

Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?

Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação do plenário, bem como dos obreiros. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: “Pr Marcelo, já ouvi “pregadores de renome” falar isso!Faz tantos anos que ouço todos falarem desta palavra “shekiná”, será mesmo que o sr não está enganado?

Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?

Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -נ -כ- ש (sh-k-n), cujo significado é "habitar", "fazer morada". Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: "a glória de Deus, presença de Deus". Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavod” – o peso da glória de Deus.

A Shekiná, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente "alusões" a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo :

וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתֹוכָֽם׃: Ve Asu Li Mikdash Ve Shakhanti Betocham

- "e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)"[1];"וְשָׁכַנְתִּיבְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים" - "e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus"[2]; e יְהוָה צְבָאֹות הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיֹּֽון׃ "o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião"[3].

Conclusão

בְּתוֹךְ

Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela.

No amor de Jesus, Pr Marcello de Oliveira

Notas:

[1] Exodo 25.8
[2] Exodo 29.45
[3] Isaías 8.18

[4] Cabala é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (הלבק QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.

Fonte: A Supremacia das Escrituras

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Lançamento do século: crente "flex"!


A última moda do mercado é o dito "flex": já temos carro flex e moto flex. Na realidade o que se quer dizer com "flex", no caso dos motores, é que ele pode trabalhar com dois ou mais tipos diferentes de combustíveis, ou seja, é flexível. Por exemplo: um carro pode ser abastecido com gasolina e álcool. Isso é bom pois você sempre vai abastecer com o combustível de menor valor ou aquele que apresenta melhor desempenho, dependendo do caso.

A igreja (ah!, a igreja!) também está aderindo à moda. Ou melhor, a igreja não, mas os fieis. Não é difícil encontrar por aí os crentes "flex". Sim, crente "flex" é aquele que se alimenta de duas, ou mais fontes: ora está na igreja, ora está num centro de macumba (se bem que em alguns casos a gente não consegue distinguir qual é qual), só para citar um exemplo. Há também aqueles que num momento estão em profunda adoração na igreja e num outro momento estão em uma boate, numa balada ou na cama de um motel, sabe lá com quem. É assim, tudo simples, fácil e gostoso. É o crente "flex".

A igreja, ou melhor, as ovelhas nada mais são do que reflexo de seus líderes. Os líderes "flex" já existem há muito tempo. Desde que tornaram o evangelho "flex", tudo tem sido assim. O líder "flex" é aquele que não se importa com o que prega, ou melhor, se importa em pregar aquilo que o povo gosta, que o povo quer ouvir. Já não busca mais inspiração na Bíblia, mas em DVD's, livros e treinamentos mundanos, que valorizam o ser humano, que o enchem de esperança, uma esperança vazia, nas coisas deste mundo. Mas quem se importa? É isso que os homens querem ouvir. O evangelho "flex" é aquele que não fala de salvação, de arrependimento, de mudança de vida, do sacríficio de Jesus. Evangelho "flex" é aquele que diz que você é um vencedor, que você pode, ou melhor, deve exigir de Deus o melhor desta terra, que você não pode sofrer, que tem que ser rico, bem sucedido (nos moldes do mundo) enfim, o evangelho "flex" é o oposto do Evangelho de Jesus Cristo.

O Evangelho que conheço, que Jesus pregou, nos ensina que: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Mateus 6:24). Há, aqui, espaço para o "flex"? Ou eu estou exagerando?. Ah!, Jesus também disse: "entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela" (Mateus 7:13). Flex? Não!!! Tem mais. Alertou Paulo à Timóteo: " Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Timóteo 2:4) - ou você milita ou você se embaraça. Poderia citar outros tantos exemplos bíblicos aqui da não-flexibilidade do Evangelho mas quero desafiá-lo, querido leitor, a procurar na Palavra de Deus exemplos de postura "flex" diante de Deus, caso você pense que servir a Deus é assim, com flexibilidade.

Nestes últimos dias de tempos trabalhosos, que há homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, que têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela*, nossa vigilância e dependência do Senhor tem que se redobrada, para não cairmos em ciladas. Modismos existem e sempre existirão mas creio também que sempre haverá um povo que milite pela verdade, verdadeiros atalaias tocando a trombeta da verdade, que não se flexibilizam, mas perserevam na verdadeira doutrina de Cristo.

No mais, oremos por um recall santo, onde os crentes troquem seu motor "total flex" por um 100% Jesus Cristo!

N'Ele,

Danilo Miguel

Fonte: Sem forma!

Sentir ou ter certeza: Quando a fé não passa de emoção


Por Daniel Grubba

A cada dia aumenta as novidades nos púlpitos evangélicos. E você não precisa ser um cientista da religião para descobrir que a causa das novidades residem num acelerado processo de sincretismo. Certa feita um famoso ministro de louvor disse que o evangelho é o "fiozinho do pêlo do braço arrepiado". Ora, de onde este piedoso cristão tirou isto, senão de sua própria experiência pessoal? Ainda que isto não passe de uma redução tacanha do verdadeiro significado do Evangelho, devemos nos esforçar para tentar compreender o que o músico quis dizer.

Na verdade, ele quis dizer que para a fé ter sentido real devemos nos entregar ao subjetivismo puramente emocional. Isto significa que precisamos ver com os olhos, sentir na pele, apalpar com as mãos, e absorver através de nossas sensorialidades tudo aquilo que a Palavra nos diz que devemos discernir apenas espiritualmente. Veja que Paulo fez um tremendo esforço para demover os cristãos de uma esfera puramente material, que obviamente implicava em idolatria ao que é palpável. De acordo com o "apóstolo dos gentios" até mesmo o conhecimento de Jesus tem que ser reformulado em novas categorias epistemológicas. Ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a natureza humana, contudo agora já não o conhecemos desse modo. (II Co 5.16).

Gosto muito da diferenciação que C.S. Lewis fez entre a presença real de Deus e a sensação da presença de Deus, o que obviamente são coisas bem diferentes. Digo aos leitores que amo quando posso "sentir" Deus de forma mais concreta, mas aprendi que é mais salutar ter fé simples na presença real de Deus mesmo quando não sinto nada, ao invés de apoiar-me em minhas próprias sensações.

E é claro que a presença de Deus não é o mesmo que a sensação da presença de Deus. Esta pode ter origem na imaginação; aquela pode ser vivida sem nenhuma "consolação sensível". O Pai não estava de fato ausente quando Jesus disse: "Por que me abandonaste?". Vemos aí o próprio Deus, como homem, submetido à sensação humana de ser abandonado. A verdadeira comparação, no nível natural, parece estranha para ser dita por um homem solteiro a uma senhora, ao mesmo tempo, porém, é por demais ilustrativa para não ser usada. O ato que gera uma criança deve ser, e em geral é, praticada por prazer. Todavia, não é o prazer que gera a criança. Onde há prazer pode haver esterilidade; onde não há prazer, o ato pode ser fértil. No casamento espiritual entre Deus e a alma, ocorre o mesmo. É a presença real, não a sensação da presença, do Espírito Santo que gera Cristo em nós. A sensação da presença é um dom formidável, e agradecemos quando recebemos, e só isso. (C.S. Lewis em "Cartas a uma Senhora americana").

Você deve se esforçar para compreender que mesmo não sentindo nada, Deus é Emanuel, sempre está conosco. O Eterno está entre nós, e dentro de nós. Não espere ver alguma coisa para crêr.

Fonte: Soli Deo Gloria Via: Púlpito Cristão

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Em Meio a Falsa Religiosidade, Ainda há Remanescente


Por Pastor Sérgio Pereira

Uma coisa precisa ser admitida por qualquer cristão honesto que olhe para a situação da Igreja atual como um todo. A Igreja não é saudável, ela não está bem. O pecado está brotando excessivamente em seu interior e se enraizando profundamente, destruindo, dividindo, invertendo os valores bíblicos e fazendo dela, a Igreja, um sistema manipulado por pessoas tomadas por espírito que certamente não é o de Deus.

Um exemplo disso é que a imoralidade sexual, o adultério e a fornicação se tornaram tão comum dentro da Igreja quanto fora dela. Os índices de divorcio hoje são maiores dentro da Igreja do que fora dela. Muitos membros da Igreja estão secretamente praticando o aborto. A cada dia estão sendo expostos novos pecados que estavam escondidos. Heresias e sectarismo aumentam com frequência cada vez maior.

Grande número de membros de Igreja cujas vidas são uma verdadeira contrariedade aos princípios doutrinários da Palavra de Deus. Muitos deles têm estado assim há muitos anos e parece que nunca irão mudar. Parece não existir ou se existe é quase imperceptível a transformação de vidas. Grande número dos frequentadores de Igrejas é de pessoas rebeldes, egoístas, não amorosas, avarentas e profanas. Muitos são desonestos, caluniadores,não confiáveis, fofoqueiros, mentirosos e desobedientes. Infelizmente, em muitas igrejas locais, esses formam a maioria e não a minoria.

A vida dupla, hipócrita, relaxada e desleixada com as coisas espirituais tem sido notória em meio da religiosidade atual. Na verdade classificaria a atual geração evangélica corrompida pela profanação de elementos sagrados e pela sacralização de elementos profanos como “coadores de mosquito e engolidores de camelos” (Mt 23.24).

No púlpito então, a situação é desconfortante: as mensagens transmitidas só fazem cócegas na alma quando muito. A teologia da prosperidade encontra no evangelicalismo brasileiro o seu maior expoente. Os pregadores modernos preocupam-se mais com a venda de seus materiais (CDs e DVDs), do que com a exposição clara, correta e sadia da Palavra de Deus. Fala-se o que o povo quer ouvir, não o que se precisa ouvir. Os sacerdotes e profetas da atualidade tem-se transformado em fantoches e marionetes nas mãos dos marqueteiros evangélicos que visam apenas à obtenção de lucros. Os sacerdotes profissionais vendem suas consciências, os profetas de conveniência estão profetizando mentiras ao povo.

A liturgia, essa então, está cheia de pompa, glamour. Há um ritual pomposo, mas o povo está longe de Deus (Is 29.13), o povo está enfermo, fraco e há muitos que dormem (I Co 11.30).

Certamente há alguns focos de luz. Nem tudo está perdido. Nem tudo é trevas. Há alguns e graças a Deus por eles, que são genuinamente convertidos. É possível encontrar aqueles que sinceramente estão buscando o Senhor. Os remanescentes são compromissados com a Palavra e com o povo, não visam o seu bel prazer. Os remanescentes, na maioria das vezes, são pessoas insignificantes, mas não se preocupam com isso, eles querem que o Senhor cresça e eles diminuam (Jo 3.30). Os remanescentes não se dobram diante de Baal (I Rs 19.18), não comem na mesa de Jezabel (I Rs18.19), não se curvam perante a estátua de Nabucodonozor (Dn 3), não se importam se Deus vai abençoar ou não, eles O servem por causa do que Ele é, não pelo que Ele faz.

Aqui e acolá, os remanescentes estão resplandecendo como astros no firmamento (Fp 2.15) no meio de uma geração corrompida. São pequenos focos de luz, pequenas mechas de luminosidade que irradiam a presença do Senhor, onde quer que chegam.

Creio que temos alguns sete mil que não se dobraram, alguns Micaías que profetizam aquilo e somente aquilo que o Senhor mandar (I Rs 22.14). Sim, ainda há remanescentes, eu faço parte desse grupo, e você?

Vergonha de ser virgem




Alguns anos passados fiquei estarrecido com uma estatística publicada por uma revista evangélica após entrevistas feitas com jovens evangélicos de 22 denominações. Estes jovens, a grande maioria composta de solteiros, haviam nascido em lar evangélico e eram freqüentadores regulares de igrejas. De acordo com a pesquisa, 52% deles já haviam tido sexo. Destes, cerca da metade mantinha uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros. A idade média em que perderam a virgindade era de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças.

Essa reportagem foi publicada em setembro de 2002. Desconfio que os números são ainda mais estarrecedores se forem atualizados para 2009.

Não vou aqui gastar muito tempo defendendo o que, acredito, a maioria dos nossos leitores já sabe que é nossa posição: sexo é uma bênção a ser desfrutada somente no casamento. Namorados que praticam relações sexuais estão pecando contra a Palavra de Deus. Mesmo que não tenhamos um versículo que diga "é proibido o sexo pré-marital" (desnecessário à época em que a Bíblia foi escrita, visto que na cultura do antigo Oriente não existia namoro, noivado, ficar, etc.), é evidente que a visão bíblica do casamento é de uma instituição divina da qual o sexo é uma parte integrante e essencial.

Alguns textos que mostram que contrair matrimônio e casar era uma instituição oficial entre o povo de Deus, e o ambiente próprio para desfrutar o sexo:

"...nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações" (Dt 7.3).

"...Majorai de muito o dote de casamento e as dádivas, e darei o que me pedirdes; dai-me, porém, a jovem por esposa" (Gn 34.12).
"... e lhe dará uma jovem em casamento..." (Dn 11.17).

"... Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?" (Mt 9.15).

"... nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento" (Mt 24.38).

"... Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento" (Jo 2.1-2).

"... Estás livre de mulher? Não procures casamento" (1Cor 7.27).

"... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento..." (1Tim 4.1-3).

"... Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem..." (Dt 22.13-14)

"... qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32).

"... Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar" (Mt 19.10).

"... Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Cor 7.9).

"... Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca" (1Cor 7.28).

"... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" (1Cor 7.39).

"... ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (Jo 4.17-18).

"... alguém (o presbítero e/ou pastor) que seja irrepreensível, marido de uma só mulher..." (Tito 1.6).

"... quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido." (1Cor 7:1-2)

"... Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Heb 13.4).

"... que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação" (1Tes 4.4-7).

As passagens acima (e haveriam muitas outras) mostram que casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus. As relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.

O ônus de provar que namorados podem ter relações sexuais como uma coisa normal é dos libertinos. Posso me justificar biblicamente diante de Deus por viver com minha namorada como se ela fosse minha esposa, não sendo casados? Como eu lido com essa evidência massiva de que o casamento é a alternativa bíblica para quem não quer ficar solteiro ou viúvo?

O que existe na verdade é aquilo que Judas menciona em sua carta, sobre pessoas ímpias que transformam a graça de Deus em libertinagem (Judas 4). Os argumentos do tipo, "quem casou Adão e Eva" demonstram o grau de má vontade e a disposição do coração de continuar na prática da fornicação, mesmo diante da resposta: "O caso de Adão e Eva não é nosso paradigma, a não ser que você tenha sido feito diretamente do barro por Deus e sua namorada tenha sido tirada de sua costela. Se não foi, então você deve se sujeitar ao paradigma que Deus estabeleceu para toda a raça humana, para os descendentes de Adão e Eva, que é contrair matrimônio, casar-se, um compromisso público diante das autoridades civis".

Os demais argumentos - "é melhor que os namorados cristãos tenham sexo responsável entre si do que procurar prostitutas, etc." nem merecem resposta. O que falta realmente é domínio próprio, castidade, submissão à vontade de Deus, amor à santificação.

Chegamos ao ponto em que os rapazes e as moças cristãos têm vergonha de dizer, até mesmo em reuniões de mocidade e de adolescentes, que são virgens.

Tenho compaixão dos jovens e adolescentes de nossas igrejas. Mas sinto uma santa ira contra os libertinos, que pervertem a graça de Deus, pessoas ímpias, que desviam nossa juventude para este caminho. "A vingança pertence ao Senhor" (Rom 12.19).

Fonte: O Tempora, O Mores

Teólogo ou Fofoqueiro?


Por Julio Zabatiero

Quando se fala em teologia, aqui no Brasil, muitas reações vêm à mente das pessoas. No meio evangélico, encontramos, desde a rejeição total à teologia, até o academicismo teológico que tem matado a Igreja em outros continentes. Eu penso que a principal razão para tantas reações diversas e opostas é a falta de um conceito bíblico do fazer teológico. O que é Teologia? Como se faz a Teologia?

Uma coisa interessante que acontece nas minhas aulas de teologia no seminário, é que os alunos querem que eu defina as coisas. Para eles, no início do curso, o papel do professor é "ensinar", ou seja, eles não sabem nada e o professor sabe quase tudo. Portanto o professor tem de despejar a sua sabedoria sobre a ignorância dos leigos estudantes. Paulo Freire chama isso de "educação bancária". O professor deposita o valor na conta dos estudantes.

Após as primeiras três ou quatro semanas, o pessoal já muda de idéia. Descobrem como é gostoso fazer teologia, e não ouvir teologia.

Teologia é fruto de diálogo. Diálogo é o oposto do monólogo quando um fala outros ouvem. No diálogo, todas as pessoas envolvidas têm vez e voz. Quando se faz teologia há vários parceiros envolvidos num constante diálogo. Há Deus, a Igreja, o Teólogo, o Mundo e há o Desconhecido.

Pensando em todos esses parceiros, podemos tentar definir teologia de uma maneira simples: Teologia é interpretar e comunicar a Palavra de Deus, orientados por Ele a fim de edificar e transformar o mundo.

DIÁLOGO COM DEUS

Quando você fala acerca de alguém sem o conhecer e sem a sua autorização, você está fazendo fofoca. Isso acontece e muito, na teologia. Tem muita coisa por aí que se diz teologia mas que não passa de fofoca. Teologia é falar acerca de Deus. Para falar acerca de Deus você precisa dialogar com Ele. Não basta apenas encarar Deus como um objeto de estudo e reduzir a teologia a uma ciência objetiva. Teologia é fruto de comunhão com Deus.

No diálogo com Deus, o teólogo fala. Fala através da oração, da adoração, da meditação. Até Karl Barth já enfatizou que teologia sem oração não é teologia! (Veja a Introdução à teologia evangélica, Ed. Sinodal). Há um livro em inglês (Doxology, por Geoffrey Weinwrigth), que procura colocar a teologia como um exercício de adoração a Deus. E para os antigos místicos a teologia era decorrente da meditação em Deus.

O teólogo precisa de comunhão e vivência com Deus. "Porque nós não somos falsificadores da Palavra de Deus, como tantos outros, mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos" (II Cor. 2:17). Um teólogo cristão tem primeiro, de ser cristão em processo de amadurecimento, como Paulo (Filip. 3).

Tem de ter uma vida devocional em ordem, senão, será um grande fofoqueiro. Imagine uma conversa mais ou menos assim, "Você ouviu falar daquela tal da Trindade? Eu fiquei sabendo que. . ."

Sendo diálogo, o teólogo precisa deixar Deus falar. Muita teologia que existe por aí não tem a voz de Deus. Só a voz do teólogo. Quando só o teólogo fala e não deixa Deus falar, não há teologia. O Deus da Bíblia é um Deus que fala. Ele é Palavra (Jo. 1:1). Ele fez a palavra nas Escrituras. Cabe ao teólogo ouvir a voz de Deus - interpretar corretamente a Palavra de Deus que não mudará.

A verdadeira teologia cristã surge da Palavra de Deus. É interpretação e comunicação da revelação divina. Hoje em dia está na moda falar da teologia como fruto da práxis. Isso é perigoso. A práxis, ou seja, a realidade e a vivência da igreja e do teólogo tem muito a dizer na teologia, só que não é a fonte ou raiz da teologia.

Há o risco de se fazer teologia alienada, desvinculada da realidade. Porém a Bíblia não contém uma revelação alienada ou desvinculada da realidade. As perguntas que precisam de resposta na atualidade, podem não ser as mais importantes. Temos de deixar Deus falar quais são as perguntas importantes e cruciais que exigem resposta urgente e certa. Falando como os teólogos de hoje, é preciso permitir que Deus estabeleça a agenda da teologia. O problema é que grande parte da teologia atual tem deixado Deus de fora na hora de fazer a agenda. Quando a gente deixa Deus estabelecer a agenda as surpresas acontecem!

DIÁLOGO COM A IGREJA

Teologia é diálogo com a Igreja. Não é trabalho apenas dos especialistas. Teologia é parte essencial da vida e missão da Igreja. Uma série de fatores tem levado as igrejas evangélicas a relegarem a tarefa teológica para um pequeno número de "gênios loucos" que são sustentados só para fazer teologia. Dizem que a igreja tem muitas tarefas a cumprir e não pode se dar ao luxo de "perder tempo" fazendo teologia. A Igreja é uma das principais culpadas do academicismo teológico. Quando a Igreja relega a tarefa de fazer teologia aos "eruditos", a teologia vira escolasticismo; morre, perde seu poder.

Todos os cristãos são sacerdotes, e todos conhecem a Deus (Heb. 8:10-11). É claro que alguns conhecerão mais que outros e alguns ensinarão melhor que outros. Mas todos têm conhecimento de Deus, todos são sacerdotes e todos fazem teologia. A toda a igreja é dada a ordem "ensinando-vos uns aos outros".

Haverá o teólogo profissional, o especialista. Mas haverá também a igreja unida fazendo teologia, pois todos os cristãos conhecem. A Palavra de Deus não é patrimônio de poucos escolhidos. Foi dada à Igreja e a Igreja tem o dever de interpretá-la, não somente para a prática da vida cristã mas também para o fazer teologia.

É preciso acabar com a idéia de que "leigo" existe. "Leigo" é derivado da palavra "laos", povo. A Igreja é o laos de Deus. Todos somos leigos incluindo o pastor! Todos pertencemos ao povo de Deus.

No diálogo com a Igreja o teólogo procura ouvir a igreja e conhecer as suas necessidades, as suas falhas, os seus anseios. Procura falar com a Igreja, corrigindo, exortando, ensinando, compadecendo-se. No diálogo com a Igreja, a teologia ensina e aprende, edifica e é edificada. Constrói e é construída. Faz e é feita. Quando se faz teologia em diálogo com a Igreja surgirão surpresas, e das mais agradáveis. Haverá também os problemas, alguns não vão querer diálogo. Vão achar perda de tempo. Não importa. A tarefa teológica pertence a todo o laos de Deus. Temos de engajar a Igreja no fazer teologia.

DIÁLOGO COM O MUNDO

O teólogo, agente inicial da teologia, junto com a Igreja, também deve se envolver em diálogo com o mundo. Ora, o povo de Deus não foi tirado do mundo, pelo contrário, foi enviado ao mundo ( João 17:14-18 ). Só que a Igreja tem fugido do mundo. Assumindo uma santidade monosterial e piegas, tem acusado o mundo. É um fato que o mundo jaz sob o maligno, mas é para esse mundo que Jesus foi enviado e agora nos envia. A Igreja é o agente de Deus para a restauração da ordem no cosmos caótico dominado por Satanás. A Igreja não existe para julgar o mundo, e sim para salvar o mundo. (I Pe. 2:10). A teologia tem de participar desta tarefa sem deixar que a Igreja perca sua base na Palavra.

O teólogo interpreta o mundo para a igreja e a igreja para o mundo. Ele não é evangelista, mas, sem ele, o evangelista acabará falando para um mundo que não existe mais. Há muitos crentes evangelizando por aí como se ainda estivéssemos no século dezenove. Isto não comunica ao mundo. As palavras mudam de significado. Fé, pecado, reconciliação, justificação e arrependimento são palavras bíblicas. Mas será que elas dizem hoje o que a Bíblia dizia em sua época? Quando você convida um incrédulo a ter fé em Cristo, como ele entende a palavra? Como? Quem são essas expressões???

Assim a teologia prepara o terreno para a missão da Igreja no mundo. A evangelização e a ação social da Igreja precisam de base teológica, ou serão apenas proselitismo barato. Jesus ouvia as pessoas, procurava entendê-las e compadecia-se de suas necessidades. Assim deve a Igreja se comportar perante o mundo: ouvir, entender, compadecer-se.

DIÁLOGO COM O DESCONHECIDO

Finalmente, há o diálogo com o desconhecido. O desconhecido é formado por muitas coisas: tradição, filosofia, ideologia, cultura, experiência religiosa, reações psicológicas, etc. O desconhecido é formado pelas nossas pressuposições e por nossa própria teologia oculta. O desconhecido é o maior inimigo da teologia exatamente porque é desconhe cido. Só um exemplo: pegue a palavra "alma" e a defina. Você cai na tricotomia ou na dicotomia. Sabe por quê? Porque a visão grega da alma está por detrás do seu pensamento. Faz parte da sua herança cultural como brasileiro. Mas quando você vai até a Bíblia e estuda, uma por uma, as passagens que tratam de alma, você percebe que não dá para encaixar a filosofia dualista grega lá dentro. Na Bíblia, o homem é um todo.

Não é possível deixar de ter pressuposições. O desastre é quando somos cegos às nossas pressuposições. É possível conhecê-las e controlá-las. Teologia tem a tarefa de ouvir e falar com as pressuposições.

O teólogo é o agente desse diálogo. Ele é o pivô nesses diferentes inter-relacionamentos da teologia. O papel do teólogo "profissional" é abrir e manter o diálogo - com Deus, com a Igreja, com o Mundo, com o Desconhecido - e consigo mesmo.

E é exatamente isso que estou fazendo com este artigo, abrindo o diálogo. Falta praticidade nesta discussão, falta maior clareza nas definições, falta muita coisa. E é você, o leitor, que irá completar este artigo. Teologia se faz com diálogo. Eu comecei. Abri a discussão. Espero a sua contribuição.



Júlio Paulo Tavares Zabatiero é doutor em Teologia pela Escola Superior de Teologia. Atualmente é Professor da Escola Superior de Teologia, em São Leopold-RS. Coordena, na EST, o Núcleo de Pesquisa sobre a História Cultural do Antigo Israel. É pesquisador associado do Centro de Estudos de Filosofia Americana, atuando na área da filosofia da religião, e presidente da Fraternidade Teológica Latino-americana setor Brasil. Autor de diversos artigos.

Fonte: Sepal

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Parábola do Pescador sem Peixes


Por João M. Drescher

ALGUÉM É PESCADOR SE, ANO APÓS ANO, NÃO PEGA UM PEIXE?

Acontece que existe um grupo que se intitula "pescadores". E note, também existem muitos peixes nas águas por aí. De fato, toda a área está cercada de rios e lagos cheios de peixe. E os peixes estão famintos. Semana após semana, mês após mês e ano após ano, esses homens que se dizem pescadores encontram-se em reuniões e falam a respeito de sua chamada para serem pescadores, da abundância de peixe e de como devem ir à pescaria.

Ano após ano, cuidadosamente eles definem o que significa "pescar", defendendo a pescaria como ocupação e declarando que a pescaria sempre deve ser a tarefa prioritária do pescador.

Continuamente, buscam novos e melhores métodos de pescar e novas e melhores definições de "pesca".

Além disso dizem, "A indústria pesqueira está para a pesca assim como o fogo para a queimada".

Armam slogans como "Pescar é dever de todo pescador", "Todo homem é um pescador". Promovem reuniões especiais chamadas "Campanhas de Pescadores" e "O mês do pescador pescar".

Promovem congressos nacionais e mundiais para discutirem sobre pesca, para promoverem pescas e ouvirem a respeito de todos os modos de se pescar, bem como sobre os novos equipamentos, sobre os "chamados" para pescar e se algum novo pesqueiro foi descoberto.

Esses pescadores constroem edifícios grandes e belos, chamados "Quartéis de Pesca". A justificativa é que todos devem ser pescadores e todo pescador deve pescar. Uma coisa porém, não fazem: eles não pescam!

Ainda mais, para as reuniões regulares, organizam um conselho para enviar pescadores a outros lugares onde existem muitos peixes.

Todos os pescadores parecem concordar com o fato de que o que é preciso é um Conselho que seja capaz de desafiar os pescadores a se manterem fiéis à pesca.

O Conselho seria formado por aqueles que tem grande visão e coragem para falar sobre pesca, para defini-la e de promoverem a idéia de se pescar em rios distantes e lagos onde muitos peixes de cores variadas vivem.

O Conselho também contrata equipes, indica comitês e mantém várias reuniões para definir e defender a pesca e para decidir quais novos rios devem ser analisados. Mas, os membros das equipes e comitês não pescam.

Grandes, elaborados e dispendiosos centros de treinamento são construídos com o objetivo primeiro de ensinar pescadores a pescar.

Anos a fio, oferecem cursos onde se estudam as necessidades do peixe, sua natureza, onde encontrá-lo, suas reações psicológicas, como se aproximar e alimentar o peixe.

Aqueles que ensinam têm doutorados em Psicologia. Mas, os professores não pescam. Apenas ensinam a pescar. Ano após ano, depois de um treinamento cansativo, muitos se formam e recebem sua licença de pescadores. São enviados a pescas de tempo integral, alguns em águas distantes e cheias de peixes.

Alguns dispendem muito estudo e viagens para aprender a história da pesca e para ver os lugares onde os primeiros pais fizeram grandes pescas nos séculos passados. Eles enaltecem os feitos dos pescadores daqueles anos, que lançaram a idéia da pesca.

Além disso, os pescadores constroem grandes casas publicadoras para imprimirem guias de pesca. Prensas são mantidas ocupadas dia e noite para produzir material exclusivamente dedicado a métodos de pescas, equipamentos e programas de como organizar e encorajar reuniões para falar a respeito de pesca. Também se providencia um serviço de oradores para escalar oradores especiais sobre pesca.

Muitos que sentem o chamado para serem pescadores respondem. São comissionados e enviados para pescar. Mas, como os pescadores que ficam em casa, nunca pescam. Como os pescadores que ficam em casa, envolvem-se em todo tipo de ocupações. Constroem poderosas instalações para bombar água para pescar e tratores para sulcar novas correntes de água.

Fazem todo tipo de equipamento para viajar por todo lado para procurar peixes. Alguns até dizem que gostariam de fazer parte da Festa da Pesca, mas sentem-se chamados a fazer equipamentos de pesca.

Outros sentem que seu trabalho é se relacionar com o peixe para que ele saiba qual é o bom e o mau pescador.

Outros sentem que simplesmente deixar que o peixe saiba o quanto são gentis, bons vizinhos, o quanto amáveis e bondosos são, é o suficiente.

Depois de uma animada reunião sobre "A necessidade do pescador", um jovem saiu e foi pescar.

No dia seguinte relatou haver pescado dois peixes. Foi homenageado por sua excelente pescaria e escalado para comparecer numa das reuniões maiores para contar como havia feito isso.

Assim, ele interrompeu sua pescaria para ter tempo de contar sua experiência aos outros pescadores. Foi também colocado no Quadro Geral de Pescadores como pessoa de considerável experiência.

É verdade que muitos pescadores se sacrificam e colocam de lado todo tipo de dificuldade.

Alguns moram perto da água e suportam o cheiro de peixe morto todo dia. São ridicularizados por alguns que fazem piadas com seus clubes de pescadores e com o fato de se chamarem pescadores sem nunca terem pescado.

Preocupam-se com aqueles que acham inútil assistir reuniões semanais para falar a respeito de pesca.

Afinal de contas, não estão eles seguindo o Mestre que disse: "Sigam-me e eu os farei pescadores de homens?"

Imaginem o quão ofendido se sente alguém quando um dia uma pessoa sugeriu que aqueles que não pegam peixe não são realmente pescadores, não importando o que afirmem ser.

Pergunta: Alguém é pescador se, ano após ano, nunca pega um peixe? Alguém está seguindo a Jesus se não está pescando?

Espero que esta não seja a parábola que descreva o nosso ministério!

Fonte: Sepal

sábado, 24 de outubro de 2009

E a Reforma continua...


Por: Rev. Hernandes Dias Lopes

Neste mês de outubro comemoraremos mais um ano da Reforma do século XVI, quando Martinho Lutero divulgou suas 95 teses contra a venda de indulgências, nas portas da igreja de Wittenberg, na Alemanha, em 31/10/1517. Os ensinamentos da Reforma podem ser resumidos em cinco pontos:

1º) Só a Palavra de Deus: a Bíblia é a carta de amor que Deus nos enviou. É a verdade revelada ao mundo inteiro e enderaçado ao nosso coração. É o ensinamento do Senhor para convencer e converter as mentes e trazer todo o homem para a plena e verdadeira razão de Deus, pois “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos” (Sl. 119:105). É orientação segura porque Jesus disse: “...a Escritura não pode falhar” (Jo. 10:35).

2º) Só a Graça de Deus: A Bíblia testifica que Deus é o Criador, que, do nada, tudo fez muito bom, porém o homem, sua principal criação terrestre, de forma ingrata se rebelou. A partir de então, todos nós temos a inclinação para o mal. A Bíblia diz: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). A Palavra de Deus diz também que o destino da humanidade é trágico: “...o salário do pecado é a morte...” (Rm 6:23). Muitos procuraram resolver o seu débito com Deus por meios ineficientes. Tentaram comprar a salvação por dinheiro, como na época das indulgências. Outros atualmente buscam, nas boas obras, alcançar mérito próprio diante de Deus, ou ainda crêem em reencarnação ou outras formas diferentes do que a Bíblia diz. Mas a salvação é imerecida, pois não pode ser comprada, como podemos ver: “Porque pela graça sois salvos, (...) não de obras, para que ninguém se glorie,” (Ef 2:8,9). A Graça de Deus é um presente imerecido: “...mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 6:23).

3º) Só a fé: a Bíblia diz: “o homem não é justificado por obras da lei, e, sim, mediante a fé em Cristo Jesus...” (Gl. 2:16). Jesus diz: “(...) arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1:15). Foi assim que um dos ladrões recorreu, quando estava sendo crucificado junto com Jesus; ele verdadeiramente creu, arrependeu-se e se entregou a Jesus pela fé viva e autêntica. O Apóstolo Paulo afirma ainda: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus” (Rm 5:1). Diante do que foi dito, algumas pessoas podem questionar: basta ter fé em Jesus de qualquer maneira?

4º) Só Cristo: a resposta está na Palavra de Deus,”Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7:38); portanto é preciso crer em Jesus Cristo como anunciado pela Bíblia. Ele é o único mediador: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I Tm. 2:5). Ele é o único caminho: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6). Ele faz um convite maravilhoso: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei (...) e achareis descanso para as vossas almas” (Mt. 11:28,29). É dessa forma que se pode experimentar o novo nascimento e assim entrar no Reino de Deus, porque Jesus disse: “Importa-vos nascer de novo.” (João 3:7). Outra pergunta pode ser feita: então é só crer e cruzar os braços?

5º) Só a Deus dar glória: a Bíblia diz “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode acaso, semelhante fé salvá-lo?” (Tiago 2:14). A exemplo de Abraão, que obedeceu a Deus, nós também devemos agir: “Vês como a fé operava juntamente com as suas obras;” (Tiago 2:22). As boas obras não devem ser praticadas com o objetivo de se obter mérito próprio (lembremo-nos do 2º ponto, Só a Graça), ou de buscar o engrandecimento diante dos homens, pois Jesus disse: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles;” (Mt 6:1). As boas obras são o caminho de uma vida convertida: “Pois somos feituras dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10). A fé viva e autêntica é demonstrada, não por mero conhecimento da verdade e sim pela obediência aos mandamentos de Jesus que sempre busca a glória de Deus: “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória...” (Sl. 115.1). Crendo no Senhor Jesus e vivendo o evangelho iremos glorificar a Deus: “a ele seja a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Ef 3:21).

Meditemos sobre essas verdades, pois, ainda que muitas preocupações atormentem o nosso cotidiano, Jesus mostra uma esperança, uma luz, uma saída, quando buscamos o Seu reino e Sua Justiça em primeiro lugar. Ele tem poder para salvar, livrar e abençoar. Comecemos com uma reforma na nossa vida íntima, para que possamos desfrutar das riquezas das doutrinas da Graça de Deus em Cristo Jesus, pois Deus promete: “ Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas;...” ( Ml. 4.2)




Fonte: hernandes dias lopes

Fora da igreja não há salvação?


Por Lourenço Stelio Rega

Essa frase pode estar buscando revelar o cuidado que devemos ter para mantermos ‘mãos limpas e coração puro’ em nossa adoração

Esta frase foi dita por Cipriano de Cartago no terceiro século de nossa era e acabou se tornando dogma na Igreja Católica Romana, mas creio que tem sido adotada por muitas igrejas e denominações evangélicas. Neste caso, o sentido da frase até pode ser ampliado para "Fora da igreja não há Cristianismo!" implicando, entre outras coisas, em que Cristianismo e igreja sejam a mesma coisa.

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a existência da igreja não pode ser colocada em dúvida, mas isso não significa que ela deva ser um fim em si mesma e, creio, que é isso que tem acontecido em alguns casos. Pois quando entendemos que textos como "buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (Mt.6:33) são interpretados como "buscar em primeiro lugar as atividades e ocupações na igreja" estamos reduzindo o reino de Deus e o Cristianismo às atividades eclesiásticas em vez de considerarmos a igreja como um meio que Deus instituiu para ser um ambiente fértil para o desenvolvimento da vida cristã, da piedade, da capacitação do crente para ser cristão no mundo e desenvolver os seus dons de serviço. Também um meio para ser uma comunidade terapêutica, de capacitação na compreensão da vida, das doutrinas, da Bíblia, uma comunidade – a família de Deus, etc.

Transformamos a igreja num fim em si mesma quando entendemos que a vida cristã se resume em atividades e mais atividades freneticamente desenvolvidas no domingo, que deveria ser um dia de celebração, descanso e passa a ser "dia do cansaço" e da agitação, como se o Cristianismo de sete dias pudesse ser vivido apenas em um dia. Mesmo porque igreja passou a ser um lugar, um estatuto, um organograma, em vez de pessoas pelas quais Cristo morreu na cruz. Sem dúvida o estatuto, o organograma são necessários, mas também são meios e não fins.

A igreja de Jesus Cristo é um meio, um instrumento para levar o evangelho ao mundo, para capacitar os salvos à vida em comunhão e lealdade ao Senhor. A igreja não pode ser confundida com o reino de Deus, mas deve ser considerada um instrumento de Deus para seu reino, dando ao crente condições para viver o reino no mundo, no seu dia-a-dia, como cristão. E ser cristão não é só pregar que Cristo salva, mas viver a salvação que Cristo nos dá.

Quando a igreja se considera um fim em si mesma acaba nutrindo a entropia, fechando-se em torno de sua própria existência. Não sendo sinérgica, deixa de cumprir a sua missão integral que tem como ponto de partida levar cada pessoa a viver para a glória de Deus.

Lourenço Stelio Rega é teologo, educador e escritor.


Fonte:

O que está acontecendo com a igreja gloriosa?


Por: Marcelo De Oliveira

Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja, mas não encontram nela o Pão da Vida. Encontram muito do homem, pouco de Deus. Muito ritual, pouco pão espiritual. Muito da terra, pouco do céu. Estamos substituindo o Pão do céu por outro alimento. Os pregadores pregam para agradar, e não para desafiar. Dão palha em vez de trigo ao povo - Jr 23.28. Estão pregando saúde e prosperidade, e não sobre a cruz de Cristo. Pregam-se os direitos dos homens, não a soberania de Deus. Prega-se sobre libertação e não sobre arrependimento e conversão. Prega-se um outro evangelho e não o evangelho da graça.

Neste sentido o que vemos hoje é uma Igreja Católica querendo ser evangélica. Uma igreja protestante sem protestos. Uma igreja que se diz reformada, carente de uma urgente reforma. Umas igrejas evangélicas, distanciadas do verdadeiro Evangelho. Uma igreja carismática, com muito carisma e pouco caráter.

A igreja gloriosa precisa de santos nos púlpitos e nos bancos. Não de santos beatificados e canonizados depois de mortos, mas de santos vivos, audíveis, visíveis, palpáveis, nos seminários, nas ruas, nas faculdades, no trabalho, na família - exalando o aroma de Cristo! Aleluia!

Afinal, você deve estar se perguntado: "O que está acontecendo com esta igreja gloriosa que Paulo falou em Efésios 5.27?"

A graça transformada em libertinagem. É Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, põe a boca no trombone. Leia o versículo 4.

Estão torcendo a mensagem da graça de Deus a fim de arranjarem uma desculpa para sua vida imoral. E o pior disso é que isto está acontecendo dentro de muitas igrejas! Leia o versículo 12. Estes intrusos são prostituídores da graça de Deus! Há uma distância enorme entre a graça de Deus e a libertinagem! Graça é a manifestação maior da misericórdia, da compaixão da paciência de Deus. Graça é o próprio Deus agindo graciosamente para conosco. Enquanto a libertinagem é totalmente oposta a isso!

O culto transformado em show.

Não é apenas a mídia que está usando a palavra show para se referir a alguns cultos. Nós mesmos usamos esse termo em nosso meio. Ora, as palavras show e culto não combinam. O dicionário Aurélio define show como espetáculo de teatro, rádio, TV, com grande montagem - que se destina a diversão - atuação de vários artistas de larga popularidade. Culto: adoração/ homenagem à divindade em qualquer forma (religião). A igreja existe não para oferecer entretenimento, melhora de auto-estima, mas sim para adorar a Deus! Se falharmos nisso, a igreja fracassa!

Perceba o paradoxo: Convide os jovens de nossas igrejas a um show de música gospel e depois os convide a um congresso de Missões. Veja a diferença de pessoas em cada um! O tempo destinado à exposição da Palavra em nossas igrejas, está cada vez menor. Há uma cantoria tremenda! Assim como há pão light, geléia light, comidas light, temos hoje também os cultos lights: leve, ligeiro, alegre e jocoso!

Dízimos transformados em dividendos.

A idéia que o dízimo/oferta abrem as comportas do céu, e deixam derramar tanta prosperidade que você não terá onde guardar está tão generalizada que parece não haver saída para este câncer que se instalou na mente dos evangélicos. Há pessoas que dão tudo o que tem na esperança de melhorarem sua vida, de serem bem-sucedidos em seus negócios. Foi, é esta malfadada teologia da prosperidade que criou esta mentalidade mercantilista do dízimo! Escutem amados: Precisamos mais da prosperidade da Teologia, do que a teologia da prosperidade! Dão não como a viúva que ofertou 2 leptos, pequenas moedas de cobre quase sem valor - uma oferta altruísta, sacrificial. Mas dão para escaparem da falência, de uma doença terminal, de uma separação conjugal.

Esta capacidade maligna de transformar a arte de dar em receber está profanando e tornando antipática a palavra dízimo, de origem santa. Isto é totalmente contra o princípio de Jesus ensinou conforme em Atos 20.35.

O dízimo transformado em dividendos (parte dos lucros líquidos que cabe ao acionista de uma empresa mercantil) inverte os papéis e supervaloriza a obra, em detrimento da graça. Desse modo, Deus assume o papel de devedor e o homem assume o de credor.

Milagres transformados em marketing.

Não há quem precise e não busque a face de Deus para obter livramento frente as difíceis situações da vida: enfermidades, desemprego, morte etc. Devemos buscar a Deus nesses momentos, isso é correto. Agora o que acontece: nós tentamos enquadrar nossas necessidades na lei do mercado. Se há procura, deve haver oferta. Se há problemas difíceis demais, triste demais, complexo demais, então, devem-se ter milagres também. Então, monta-se uma banca, ou um estande de milagres.

O nome de Deus é usado inescrupulosamente. Os milagres não são feitos ao pé do ouvido (como Jesus) sem alarde, sem tocar trombeta: mas de forma sensacional; quanto mais público for, melhor será. Se a igreja não fazia milagres, agora ela tem que fazer, pois caso o contrário perderá seus fiéis e pára de crescer, como a outra está crescendo. Novamente a uma inversão de valores aqui: quando Jesus, o Messias curava, sempre procurava esconder das multidões os prodígios que ele operava. Ele dizia: não conte a ninguém. Então há aqui, uma inversão bíblica, pois enquanto Jesus disse: "Estes sinais acompanharão os que crêem”. Hoje estamos dizendo: os que crêem seguiram estes sinais.

A força moral transformada em força numérica.

A famosa declaração de Jesus em Mt 5.13 de que somos o "sal da terra" mostra o valor da força moral, e não o da força numérica.

Por causa da ênfase demasiada nos números, transformamos a conversão em adesão, que são acontecimentos totalmente diferentes, quando se trata da salvação e da vida eterna. Jesus, o Pão da Vida, nunca se empolgou com as multidões que o seguiam! Na verdade ele discernia os corações, e sabia que muitos estavam ali, não por seu ensino e doutrina, mas sim pelos milagres que ele realizava. Você nunca verá um pregador em uma tribuna dizer: Amados, preguei num Congresso que tinha 20 pessoas. Não! Nunca! Como se Deus estivesse apenas nos grandes ajuntamentos! Quando as multidões quiseram fazer dele um rei, ele se afastou e foi para o monte orar! Que contraste de nossos pregadores! Que amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus!

Que o Eterno tenha misericórdia de nós, pois queremos ser a igreja gloriosa, sem mácula, irrepreensível!

No amor de Jesus.

Fonte: Sepal



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Principados, Potestades e Pornografia


Por Rubem Martins Amorese

Efésios 6: 10-18

Inicio aqui uma reflexão em dois tempos, na carta de Paulo aos Efésios, sobre o que ele chamou de “mundo tenebroso”, ou seja, mundo das trevas. No primeiro tempo, considero seu entendimento da realidade de principados e potestades, e no segundo, tento explorar seu pensamento, no sentido de aplicar esse entendimento ao problema da pornografia globalizada dos dias de hoje. Trata-se, sem dúvida, de um assunto difícil, espinhoso; talvez politicamente incorreto, mas necessário, pois os tentáculos desse fenômeno estão, agora, dentro de nossas casas, muitas vezes, em nossos quartos, onde mantemos o computador, ligado à Internet. Os males que esse fenômeno tem trazido já preocupam as agências de saúde pública de muitos países. A pornografia começa a se transformar em epidemia, que não mina apenas as almas, mas também a saúde de suas vítimas.

Há coisas que a gente aprende na vida de crente, mas sobre as quais evita falar, porque acha que podem fazer mais mal do que bem, embora sejam verdades bíblicas. Uma delas é sobre principados e potestades. Para não falar sobre os kosmocratoras (dominadores do mundo), falamos sobre a armadura de Deus; para não falar sobre arche e exousiai (principados e potestades), ficamos na armadura de Deus. Faz sentido pois, se cuidarmos de vestir toda a armadura de Deus, teremos como resistir no dia mau. E isso, em geral, basta. Não precisamos de emoções mais fortes.

Mas chega o momento em que algumas informações, que pertencem a “todo o conselho de Deus”, precisam ser resgatadas, sob pena de sonegação à igreja; algumas circunstâncias da vida da igreja e da sociedade tornam-nas necessárias. Precisamos aprender, novamente, por que razão palavrões, revistas, filmes eróticos e sites pornográficos constituem sérias ameaças à espiritualidade cristã. Houve um tempo em que isso era pacífico. Na sociedade liberada e erotizada em que vivemos, no entanto, o jovem estranha essa postura, e a entende como “caretice” do pastor, desatualizado e fossilizado no tempo.

Talvez estejamos vivendo um desses momentos em que a coisa fica tão feia que somos obrigados a fazer como os autores bíblicos: abrir o jogo e mostrar uma face da vida espiritual que vai para além dos temas do amor, da graça e da misericórdia de Deus. Minha oração é que esta mensagem seja acolhida com bom-senso e responsabilidade. Não me importarei se alguém não concordar com alguns pontos e interpretações, mas oro a Deus para que não rejeitem a visão de que nosso tempo está a sucumbir sob as botas de exousiai e archai kosmokratoras.

Compreendendo o Texto

É importante introduzir meus pressupostos, com a seguinte questão: o que são “principados e potestades”?

Há dois pensamentos divergentes, entre os estudiosos modernos, no trato do assunto. Alguns afirmam que Paulo se referia a estruturas e sistemas iníquos de poderes temporais, referindo-se ao Estado (autoridades políticas, judiciais e eclesiásticas), à morte, à moral e à lei ritual, e também às estruturas econômicas. Para esses, principados e potestades são apenas jurisdição e autoridade: organizações nacionais e estrangeiras que corrompem, distorcem valores, fazem limpezas étnicas, perseguem minorias, oprimem os pobres, beneficiam banqueiros e agências internacionais, se locupletam de bens públicos etc.

Para outros, Paulo pode estar falando, sim, de estruturas e organizações sobrenaturais; no caso, a serviço do príncipe do mal. Esta posição abrange e engloba a primeira. Esta é minha posição, que explicito como pressuposto para o trato do assunto.

De fato, há alguns casos em que essas duas palavras, no Novo Testamento, aparecem como autoridades políticas e humanas. Os sacerdotes pretendiam entregar Jesus à “jurisdição e autoridade” (arche e exousia) do governador. Paulo manda que os crentes sejam sujeitos “às autoridades superiores” (exousiai e archai). Mas é só. Nos demais contextos, gerações e gerações de intérpretes dos primeiros séculos entendem a referência a seres sobrenaturais. Em Efésios 1:20-21; 3:10 e 6:11 (e 16), esses termos estão sempre associados a “lugares celestiais”, para não deixar dúvida sobre o tipo de entidades a que se referem.

Ciladas e Estratagemas

Meu argumento passa por uma compreensão global da carta aos Efésios, ligando 2:2 com 6:11. Não é difícil perceber que, na estruturação de sua carta, o autor lança um tema que desenvolverá, ao longo do texto e que lhe servirá para as aplicações práticas ao final. E é interessante notar que esse tema, esse fio condutor do pensamento do autor, nada mais é que a ação satânica na vida do ser humano. Inicialmente, descrevendo a condição em que nos encontrávamos, antes de sermos resgatados por Cristo; em seguida, exortando-nos sobre como lutar contra suas ciladas e estratagemas de dominação. Note que esse não é um tema lateral, indireto, da carta. Trata-se do assunto condutor da Carta.

Se resumirmos a mensagem dessa vigorosa epístola, diremos que Paulo nos descortina um projeto divino de redenção humana, a atrair forte oposição do inimigo: a implementação do projeto “família de Deus” (2:20-22). Contra esse propósito divino se oporão principados e potestades do mal. O desafio, então, nos é apresentado, a cada um de nós, em 4:1, na forma de exortação: a de vivermos em consonância com o conhecimento dessas realidades. Que andemos de modo digno da vocação a que fomos chamados, qual seja, a de atestadores de que, em Cristo, torna-se possível viver em família novamente, pela restauração do que foi perdido no Éden.

E que ciladas (6:11) utilizará o inimigo para solapar os intentos divinos? Precisamos, então compreender o significado de idolatria, no seu sentido mais amplo (lato sensu), na dimensão em que ela se contrapõe à adoração.

Paulo desenvolve o tema concisa e precisamente em Rm 1:21: “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...” Note que a seqüência dessa desconsideração de Deus é corrupção da vida. O famoso exegeta F.F. Bruce nos informa que o modo como Paulo articula esse pensamento revela que ele tinha em mente o texto de Sabedoria (Sab 14:12): “Porque a idéia de fazer ídolos foi o princípio da fornicação, e sua invenção foi a corrupção da vida”.

De fato, Paulo conhecia, como Estêvão (At 7:42), que o idólatra não subsiste num vazio de poder; ao contrário, sua vontade, seus sentimentos, sua consciência são rapidamente mentorados (para não dizer monitorados) “pelo espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2:2). Ele sabia que esses espíritos, além de terem como tarefa a destruição da família, enquanto propósito divino, são degenerados e conduzem suas vítimas à degeneração moral. E ainda lhes dão a certeza de que estão certíssimos. Seus alarmes são desligados. É caso típico de insanidade da alma: “e, inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”, diz nosso apóstolo.

Veja como essa percepção da idolatria, relacionada a arche e exousiai (principados e potestades) está na mente de Pedro, em 2Pe 2 (avareza, no v.3). Também transparece de Paulo que, ao falar de culto de anjos e culto de si mesmo, diz que tudo desemboca em queda sexual, em Cl 2. Repare, em 1Co 10:20, a indicação paulina de que os sacrifícios idolátricos não ficam no ídolo inerte: “é a demônios que sacrificam, e não a Deus”.

Leia, finalmente, em 1 Co 11:10, a misteriosa exortação à submissão feminina, por causa dos anjos. Será coincidência que Paulo recomende o véu para a mulher e, justamente nesse momento, mencione anjos? Insubmissão, seja de mulher ou de homem, é uma forma de idolatria, pois exalta o ego contra a autoridade. Parece que “escapa”, na redação paulina, sem explicações, alusões a arche e exousiai (principados e potestades), quando ele diz, em 1 Co 6:3, que havemos de julgar os anjos com nosso exemplo.

Se parece que esgotei os textos bíblicos sobre o assunto, pergunto: qual foi o “erro” de Balaão, em Baal-Peor? (veja Judas 11 e 2 Pe 2: 15; associados a Num 25:1-3 e 31:16 cf. Rm 1:27). Reparou, leitor, que as relações com as mulheres moabitas começam com sexo e terminam com idolatria? A inversão é conveniente, e também vale!

Permita-me prosseguir só mais um pouco. Lembra-se do episódio em que Ló é visitado por anjos, em Sodoma? Então, estranhamente, alguns habitantes da cidade lhe pedem que lhes entregue os visitantes para abusar deles? É nesse sentido que verifico que todo o culto pagão (idólatra) de toda a história da humanidade, em sua esmagadora maioria, se baseia em sacerdotisas sagradas (prostitutas sagradas). Essa prática torna-se dramática quando atinge um servo de Deus, como é a história de Oséias e sua esposa Gômer.

Agora pensemos em nosso Brasil de hoje; dos carnavais, das mulatas de exportação, das novelas de televisão etc.: será coincidência a fixação idolátrica do brasileiro por sexo libertino, capitaneado por seus meios de comunicação mais poderosos? Será coincidência que nos meios de comunicação de massa, que têm terminais ligados em nossas casas, eles só pensem naquilo e nos obrigam ao voyerismo? Será que não tem nada a ver com arche e exousiai o fato de sermos o primeiro lugar do mundo em prostituição infantil? nossas meninas servindo de pasto para turismo sexual e gente vindo do mundo todo para apreciar e explorar essas “riquezas naturais”? Será uma grande coincidência o fato de nos termos transformado num dos maiores celeiros exportadores de escravas sexuais para a Europa? ou será que isso tudo não tem um denominador comum, tipicamente brasileiro: a idolatria reinante entre nós, tão desmedida e incontrolável, que já quase não deixa espaço para famílias saudáveis?

Concluindo, quero dizer que entendo que essa idolatria, em sentido amplo, tem relação estreita com arche e exousiai, mentores da ingratidão (não reconhecimento de Deus), da avareza (mamon), da cobiça, da soberba, do orgulho, da crueldade, da arrogância, da prepotência , da injustiça, da rebeldia (rebelião) e da insubmissão. Claro que esta relação não é completa, mas exemplificativa das formas sutis pelas quais somos tentados e subjugados (não fosse a proteção do Senhor) por arche e exousiai.

Reação

Vendo-me chegar ao final do texto, você pode estar preocupado, com a pergunta: estaremos à mercê de tais ciladas e estratagemas? Como se luta contra isso? Com ela, fechamos o ciclo da carta aos Efésios. Note que é com essa temática que Paulo termina a carta. Parece entender que, nessa escaramuça espiritual, o inimigo não “deixará barato” ao Senhor seus intentos de construir sobre a terra seu reino de amor. Então, Paulo vem em nosso socorro e nos adverte a vestirmos “toda a armadura de Deus”. Veja que ele não nos ensina a expulsar demônios, a exorcizar pessoas. Não que ele não soubesse fazer isso. Mas concentra-se no principal: sua consagração ao Senhor. Uma pessoa que deixa brechas idolátricas em sua armadura não está habilitado a esses embates. Por outro lado, se atentarmos no exemplo de Jesus, veremos que ele não procurava confrontos com principados e potestades. Se estes lhe interrompessem a caminhada, ele os enfrentava. Senão, com certeza tinha coisas mais importantes a fazer.

Tendo dito tudo isso, e apresentado minha cosmovisão bíblica, a respeito do tema, chamo sua atenção ao assunto que me preocupa. Proponho, no texto “Adoração, Pornografia e Escravidão”, uma conversa franca com o crente de nossos dias, sobre o poder escravizante de alguns vícios idolátricos modernos. Meu foco será sobre essa praga moderna, atualmente sendo instilada em nossos monitores, sem aviso prévio, pela Internet. Estratagema satânico, certamente. Ele quer fazer-se adorar, por meio da pornografia. Parece sórdido? Pois lembremo-nos de que somos parecidos com aquele a quem adoramos. Seja na direção da luz, seja para lançar nossas almas nas trevas.


Rubem Martins Amorese é Presbítero da Igreja Presbiteriana do Planalto - DF, consultor legislativo no Senado Federal e autor de vários livros, como 'Icabode - da Mente de Cristo à Consciência Moderna', e 'Meta-História'.
Fonte: amorese

A diferença que Jesus faz na família


Por: Hernandes Dias Lopes

O casamento é o palco onde se desenrola os grandes dramas da vida. O casamento é o sonho de uns e o pesadelo de outros. É lugar de vida para uns e também ante-sala da morte para outros. É na família que celebramos as nossas vitórias e é também nela que curtimos a nossa dor mais amarga.

O texto de João 2.1-11, nos fala que Jesus foi a uma festa de casamento. Ele participa conosco dos nossos momentos de alegria Ele celebra conosco as nossas vitórias. Esse texto tem algumas lições que podem revolucionar sua vida e salvar o seu casamento:

1. Jesus é a pessoa mais importante a ser convidada para o casamento – Jesus estava presente naquele casamento de Caná da Galiléia. Ele foi convidado e lá compareceu. A presença e a intervenção de Jesus naquele casamento salvou aquela família de um grande constrangimento. A maior necessidade das famílias hoje é da presença de Jesus. As pessoas não estão precisando tanto de mais dinheiro ou mais conforto, mas da presença de Jesus na família. Seu lar pode ter tudo: dinheiro, conforto, saúde, amigos e prosperidade, mas se Jesus ainda não é o centro da sua vida e do seu lar, está faltando o principal. Só Jesus pode satisfazer a sua alma e dar sentido pleno à sua vida e à sua família.
2. Mesmo quando Jesus está presente, os problemas acontecem – Jesus estava presente, mas o vinho acabou na hora da festa. O vinho é símbolo da alegria. Muitos casamentos estão caminhando pela vida sem o vinho da alegria. Há aqueles que perdem a alegria mesmo na festa nupcial. Há casamentos que estão vivendo o drama do desencanto, da decepção e da amargura. Há muitos casais feridos, machucados e desiludidos. Há famílias que mesmo pertencendo ao Senhor, curtem a dor da separação, vivem o estigma da desarmonia e não conseguem experimentar a verdadeira alegria na vida familiar. Em algum momento da caminhada, a alegria foi perdida. Situações adversas e inesperadas conspiraram contra a família e a alegria ameaça ir embora.

3. Precisamos discernir com rapidez quando a alegria está acabando – Maria, usando sua acuidade espiritual e sua profunda percepção feminina, livrou aquela família de um grande vexame. Ela percebeu que o vinho estava acabando e que alguma coisa deveria ser feita. Ela não ficou parada. Ela não guardou o problema só para ela. Ela tomou uma iniciativa. Ela estava ligada. Precisamos também estar com as antenas ligadas. Precisamos ter olhos abertos para ver o que acontece na família. Muitos casamentos naufragam porque os cônjuges não discernem as crises no seu nascedouro. Não agem preventivamente. Deixam o tempo passar e quando vão buscar ajuda já é tarde demais.

4. Precisamos recorrer à pessoa certa na hora da crise – Maria buscou a Jesus. Ela levou o problema à pessoa certa. O segredo da felicidade conjugal não é a ausência de problemas, mas ter sabedoria e pressa para levar os problemas a Jesus. Muitos casais ao entrarem em crise, buscam solução onde não há solução. Cavam cisternas rotas onde não há água. Buscam ajuda em caminhos que só os fazem desviar mais da vereda da felicidade. Jesus é a resposta para a família. Ele é a solução de Deus para o lar. Precisamos levar os problemas da família e deixá-los aos pés de Jesus. Dele vem o nosso socorro. Do céu promana a nossa ajuda.

5. Precisamos obedecer e fazer o que Jesus manda – Jesus mandou os serventes encher de água as talhas. Aquela ordem parecia absurda. Eles poderiam ter questionado, dizendo: nós não estamos precisando de água. O que está faltando aqui é vinho. Mas se queremos ver as maravilhas de Deus acontecendo na família, precisamos exercer uma pronta obediência às ordens de Jesus. Precisamos deixar de lado nossas racionalizações e fazer o que ele nos manda. Sempre que obedecemos a Jesus nossa vida é transformada. Sempre que o casal se dispõe a obedecer a Palavra de Deus, o vinho da alegria começa a jorrar de novo dentro do lar.

6. Precisamos ser guiados pela fé e não pelos nossos sentimentos – Aqueles serventes não questionaram, não relutaram nem duvidaram da ordem de Jesus. Eles obedeceram prontamente. Eles creram e agiram. Eles encheram de água as talhas. Eles levaram a água ao mestre sala. Mas quando este enfiou a cuia dentro da água, um milagre aconteceu: a água se transformou em vinho. O milagre da transformação acontece quando nos dispomos a crer e a confiar. Quando fazemos o que Jesus ordena, mesmo que a nossa razão não consiga explicar, experimentamos as maravilhas divinas. Feliz é a família que vive pela fé. Bem-aventurada é a família que obedece a Palavra de Deus.

7. Quando Jesus intervém na família, o melhor sempre vem depois – O vinho que Jesus ofereceu era de melhor qualidade. O costume era sempre oferecer primeiro o melhor vinho, depois servia-se o inferior. Mas com Jesus o melhor vem sempre depois. A vida com Jesus não tem decepções. O casamento não precisa ser uma descida ladeira abaixo. Com Jesus, o casamento é uma aventura cada vez melhor. Os melhores dias não foram os da lua de mel. Os melhores dias estão pela frente. Quando Jesus reina na família a vida conjugal se torna mais consistente, mais profunda, balsamizada por um amor mais maduro e sublime. Muitos casais, infelizmente, estão juntos por causa dos filhos; moram na mesma casa, dormem na mesma cama, mas o coração já está vazio de amor. Os sonhos de uma vida feliz já morreram. Mas, quando Jesus intervém, o amor é restaurado, a alegria volta a pulsar e a família experimenta os milagres do céu.
8. Quando Jesus intervém na família, as pessoas glorificam a Deus e passam a crer nele – Não há milagre maior do que uma família transformada. Não há nada que promova tanto a glória de Deus do que ver um casamento sendo restaurado e uma família experimentando a alegria verdadeira, depois de um tempo de tristeza e dor. Os discípulos de Jesus passaram a crer nele depois desse milagre e muitos glorificaram a Deus. Jesus é o mesmo. Ele nunca mudou. Ele ainda continua fazendo maravilhas na vida das famílias. Ele pode restaurar também a alegria lá na sua casa. Ele pode mudar a sua sorte. Ele pode curar as suas feridas, restaurar a sua alma e refazer o seu casamento. Ele pode derramar amor em seu coração. Ele pode lhe dar capacidade de perdoar. Ele pode transformar o seu deserto árido em manancial. Ele pode fazer florescer no seu coração a esperança de uma nova vida, de um casamento restaurado, de uma família cheia de verdor e felicidade!


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Haloween - a festa das bruxas

.
Por: Pr. Alexandre Farias


Algumas escolas comemoram o dia das bruxas como uma festa da cultura americana, uma festa qualquer sem ao menos conhecer o seu significado e origem.

O problema é quando estas escolas obrigam os seus alunos a participarem desta festa com a ameaça de “quem não participa leva zero”.

Para que eu não possa ser chamado de preconceituoso – (preconceito é dar um conceito antes de conhecer o objeto do que se fala) este artigo tem pesquisas em fontes especializadas em bruxaria, revistas especializadas em bruxaria e até dicionário de ocultismo para que possamos conhecer a verdadeira festa do dia das bruxas.

Como todos têm o direito de adorar e ter a religião que quiser, eu também tenho o direito de levar a verdade sobre o Halloween, mostrar o que as escrituras Sagradas falam sobre a prática da bruxaria para o meu leitor. Desta os pais podem decidir se seus filhos devem ou não participar do dia das bruxas na escola.

As escolas podem obrigar o meu filho participar doHalloween?

Algumas escolas obrigam as crianças a participar desta festa, mas elas não têm este direito, a constituição brasileira nos permite dizer não a qualquer tipo de participação de festas religiosas que vai contra a nossa regra de fé.

Esta posição está amparada no Inciso 5º da Constituição Federal que reza : "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais dos cultos e suas liturgias".

Fica claro que é inviolável a liberdade religiosa e os nossos filhos não podem ser obrigados a participar de qualquer festa tipo de festa como esta.

Mas o que é Bruxaria?

A bruxaria é uma religião pagã que possui diversos convéns, sacerdotisas e sacerdotes, ela é politeísta (possui diversos deuses em seu panteã) , tem rituais e tradições celtas e dias especiais em seus calendários que promovem a adoração a deusa e do deus.

A bruxaria nos dias de hoje é conhecida como WICCA , o neo paganismo que a cada dia tem alcançado adolescentes e jovens “adoradores de Harry Potter” – O garoto propaganda da neo bruxaria. A bruxaria é uma religião.

O livro Wicca-Crenças e Práticas, Grary Cantrell, Madras Editora, traz a seguinte definição: "Nossa religião (bruxaria-Wicca), é legalmente reconhecida e está sob proteção da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos e, nosso isolamento do resto da comunidade religiosa deve e precisa terminar."

O sacerdote bruxo afirma "o nosso oficio está crescendo e se diversificando em alta velocidade fenomenal" (Pag 17 Wicca-Crenças e Práticas, Grary Cantrell, Madras Editora).

Mas o que este tipo de festa pode trazer ao meu filho?

No sentido pedagógico nada. Da mesma forma que muitas escolas não abrem suas salas de aulas para que o evangelho seja levado para que as crianças conheçam a verdade sobre a páscoa e o Natal da forma bíblica, porque nós temos que ceder e deixar que os nossos filhos participem do Halloween?

A resposta é sempre: “Nós não podemos abrir para que falem do cristianismo porque as crianças podem ser de outras religiões e elas podem ser influenciadas e os pais podem não gostar desta situação.”

Então porque as escolas abrem espaço para comemorar o halloween?

O Halloween pode despertar o interesse das crianças querer conhecer a bruxaria, conhecer o paganismo e mais tarde rejeitar Jesus como o seu Senhor e Salvador, não aceitar Deus como soberano sobre em sua vida e querer adorar vários deuses.

Estas são as doutrinas da bruxaria. É claro que possuímos o livre arbítrio, mas todo livre arbítrio é influenciado por aquilo que nos cerca!

Não precisamos deixar com que os nossos filhos conheçam nenhuma religião precocemente antes que elas tenham formado o seu caráter ou tenha maturidade suficiente para ter uma escolha própria ou julgamento pessoal.

O exemplo vem do próprio cristianismo, algumas igrejas protestantes não batizam crianças porque elas não têm conhecimento suficiente para escolher se vão querer ou não seguir Jesus em sua vida. O batismo tem uma conotação de testemunho público – como uma criança vai fazer o seu testemunho público se ela não tem conhecimento do que ela está fazendo?

O batismo deve ser feito quando o homem tem consciência de sua escolha, desta forma nós também não queremos que as crianças sejam iludidas pelas festas das quais tem conotações espirituais sem o seu conhecimento p révio.

Interesses por religiões desde pequenos

Uma revista voltada para o misticismo trouxe uma reportagem que pode mostrar como as crianças são influenciadas por livros, peças teatrais e até historias que as professoras contam nas escolas sobre religiões. A revista “Bons Fluidos” trouxe uma reportagem de crianças que se envolveram com outras religiões. Um garoto de 6 anos começou a se interessar por hinduísmo depois que a professora ensinou um mantra. "No quarto de brinquedos de P. Q., 6 anos, bolas, carrinhos, dinossauros e cobras de borracha convivem com um pequeno altar ecumênico. Arrumadas em um canto do cômodo, imagens de divindades indianas, de Buda e de Nossa Senhora despertam a atenção de quem entra ali pela primeira vez. "

O garoto fala do seu gosto sobre os deuses hindus: "Gosto de todos os deuses, mas meu preferido é Brahma, ele tem quatro cabeças e é o mais poderoso do Universo", conta com desenvoltura. "Também acho legais Shiva e Vishnu, que, junto com Brahma, comandam tudo", continua. De modo simples e autêntico, Pedro demonstra que entende um pouco de uma cultura muito distante da sua. Seus três deuses favoritos formam a trindade sagrada que, para o hinduísmo, controla o mundo".

Como surgiu o interesse pelo hinduísmo?
O interesse de Pedro, aluno da Escola Viva, de São Paulo, surgiu na escola. "Um dia, a gente escutou algumas histórias de deuses. Depois, sentamos e ficamos repetindo om, om, om, que é um mantra", explica.

A sua mãe conta que ele se interessou também por mitologia grega. "Para satisfazer a curiosidade dele, passei a pesquisar na internet e a conversar com amigos", lembra. Eles foram juntos assistir à peça infantil As Jóias de Krishna. "Gostei. Lá, aprendi por que Ganesha, deus da sabedoria, tem cara de elefante. Acho legal que nenhum deus seja só bonzinho. Eles lutam e fazem as pazes", diz o garoto.

REALIZAR UMA MAGIA – ESTE É O MEU SONHO...
Outro relato que a matéria traz é a de um menino de 9 anos que se interessou por bruxaria e feitiços : "Sentado no alto de uma árvore, Antônio Canto Porto de Moraes, 9 anos, tenta recitar um dos feitiços que aprendeu em seu ultramanuseado exemplar de O Livro Secreto dos Bruxos, de Janice Eaton Kilby, Deborah Morgenthal e Terry Taylor, (Ed. Melhoramentos), leitura de cabeceira diária e obrigatória."

"Realizar uma magia: esse é meu maior sonho. Se um dia eu conseguir, serei a criatura mais feliz do planeta", confessa o menino".

Fã de Harry Potter - o garoto mago da série homônima criada pela inglesa J. K. Rowling -, o garoto diz que troca qualquer jogo de futebol por uma sessão de bruxaria entre amigos.

"Bruxaria do bem, tá? Não gosto de violência nem de coisas negativas", faz questão de esclarecer.

No último Natal, pediu de presente uma tenda roxa com estrelas bordadas porque queria um lugar especial para fazer rituais. "Não ganhei, mas tenho fantasia de mago, coleção de duendes e gnomos e minha mãe já disse que, quando eu crescer, vou estudar em uma escola de bruxos", conta.

Sua mãe concorda que o garoto aprenda bruxaria : "Se encontrarmos um lugar bacana, por que não? Respeito a sensibilidade dele, que sempre teve inclinação para esses assuntos. Estimulo sua vontade de aprender e procuro fornecer leituras adequadas à sua idade", afirma Manuela, que é católica."

O que quero mostrar é que a criança possui uma tendência de se envolver a fundo naquilo que é passado através de histórias, programações ou até mesmo festas.

Dizer que Halloween é uma festa qualquer demonstra a falta de conhecimento e participar de algo que não se conhece. Isso não deveria ser um erro de pedagogos ou de diretores das instituições educacionais.

ORIGEM DO HALLOWEEN
Da mesma forma que nós cristãos comemoramos a páscoa e o natal com significados importantes para cristianismo, o Halloween também é comemorado e considerado um dia importante para a religião pagã. Existem oito dias de cerimônias sagradas para as bruxas, os quatro maiores e quatro menores.

O Halloween está incluído nos principais Sabás : IMBOLC, BELTAIN, LUGHNASADH e SAMHAIM (este último é o dia de Halloween). No dia 31 de Outubro é comemorado o festival que introduz a estação das trevas.

De acordo com a história, este dia originou-se nos antigos festivais de outono Celtas que eram ligados à feitiçaria e à magia. Os bruxos acreditam que o portal que separa os mortos dos vivos se abre e eles passam a ter contato com os vivos.

No livro Wicca de Gary Contrell, Wicca-Crenças e Práticas, na pagina 95, o autor faz o seguinte relato referente a Halloween:

"O Sabá do Samhaim celebra o ciclo ete rno da reencarnação e marca o início do inverno céltico. O velho Deus morre nesta noite para renascer no Yule, dando continuação à Roda da Vida do Ano. Se o ritual for adequadamente feito, geralmente se percebe a presença de amigos invisíveis."

Então este dia não é apenas um dia de doces e travessuras, mas o dia em que a religião pagã realiza a prática da necromancia.

Dentro dos rituais, frutas como maças, melões, abóboras, além de cereais ou nozes de outono são decorações típicas do Samhaim. Por mais que pareça uma brincadeira, o dia das bruxas tem uma relação religiosa, ou você acha que ter um contato com mortos é brincadeira de criança?

É claro que não, dentro deste dia há processos ritualísticos a serem feitos como: purificar a área ou o círculo, invocar os quadrantes (vento, terra, água e fogo)e o Senhor e a Senhora (deuses) com orações de evocações.

Existem orações que invocam es píritos da morte e a deusa pedindo que os visitem e que os guiem pelo caminho que estes espíritos e a deusa quiser. Estes rituais são acompanhados por diversos processos de invocação, velas e musicas.

Os cânticos evoca a reencarnação, a morte e a pratica a adoração a deusa.
NECROMANCIA

Os adeptos a bruxaria neste dia falam de pessoas que já morreram, de amigos e animais que perderam naquele ano, pois o dia é celebrado com a influência da morte.

Depois o sacerdote indica o ritual do bolo e da cerveja para celebrar a possibilidade de contato com eles (em alguns convéns podem ser feito outros rituais- cada grupo pode ter o seu ritual personalizado ou seja, não precisa ser necessariamente o que todos fazem).

DOCES OU TRAVESSURAS?
Esta pratica é a mesma que os antigos tinham para proteger suas lavouras neste dia.

A prática de dar oferendas aos espíritos está ligado diretamente a proteção de suas lavouras, eles acreditavam que os mortos vinham com Samhaim e tinham que ser recebidos com oferendas contendo doces e frutas para que eles não fizessem nenhum dano as suas plantações. Muitos colocavam fogueiras no canto de suas fazendas para afugentar os maus espíritos e aplacar poderes sobrenaturais que controlavam os processos da natureza. Nesta festa, os praticantes de bruxaria dizem que deixar uma oferenda de alimentos ou bebida na entrada da casa serve para revigorar as almas dos mortos.( livro Wicca Crenças e Práticas, pág.95) A invocação dos quadrantes e dos deuses são feitos em lugares purificados em alguns convéns.

HALLOWEEN VEM DOS AMERICANOS?

O Halloween foi introduzido nos Estados Unidos pelos Irlandeses. A sua origem remonta as tradições celtas, povo que viveram na Gália e nas ilhas da Grã-Betanha entre 600 e 800 d.C.

Esta pratica foi sendo esquecida devido a evangelização cristã nestes territórios, a religião Celta começou a desaparecer. Como eles tinham uma tradição oral, eles não escreveram quase nada sobre a sua religião.

Os Estados Unidos receberam estas festas com o surgimento da religião pagã em seu território.

O Halloween foi introduzido nos Estados Unidos pelos Irlandeses. Não há nenhuma fantasia em Halloween, é um dos dias de rituais na religião Wicca. Hoje podemos dizer que a Wicca é a neo-bruxaria. Para as bruxas este dia é o último dia do ano.

SIMBOLISMO DO HALLOWEEN
Tudo neste dia tem uma simbologia, porém, as escolas que fazem esta festa não sabem e não tem interesse em saber devido ao capitalismo selvagem que atinge até a educação.

Tenho certeza que muitas professoras, diretoras ou aqueles que promovem esta festa, não sabem o que estão fazendo e depois de entender o que é Halloween vão deixar de festeja-lo.

Cada peça, brincadeira ou enfeite possui um simbolismo dentro da crença Wicca. Vamos ver algumas delas:

ABOBORA COM ROSTO - Esta vem de uma lenda : um homem cha mado Jack morreu e foi lhe foi negado a sua entrada no céu e no inferno. Condenado a viver perambulando pela terra como uma alma penada, ele colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco para iluminar o seu caminho à noite. Este talismã virou abóbora iluminada que simboliza Jack.

NABOS - O nabo também era o tipo de lanternas que os Celtas acreditavam que eles mandavam os espíritos embora, este símbolo continua com o uso das abóboras iluminadas.

VELAS - Neste dia é usado muitas velas marrons e alaranjadas. Muitos pentagramas possui estas velas em seus quadrantes.

USO DO PENTAGRAMA - O pentagrama tem sido usado como amuleto, mas ele é um símbolo básico da feitiçaria. É o ponto central do trabalho de encantamento e geralmente é colocado sobre ou na frente do altar – Ele representa o fogo, terra, ar, água e espírito.

PESCAR MAÇÃS EM UM TONEL - Esta antiga prática veio de adivinhar o futuro. O participante que obtinha sucesso poderia contar com a ajuda dos espíritos para a realização amorosa com a pessoa amada.

PEDIR DOCES - Esse costume veio da tradição Irlandesa, quando um homem conduzia uma procissão para angariar contribuições dos agricultores para que suas colheitas não fossem amaldiçoadas por demônios.
Isso me faz pensar : O que as crianças que saem pedindo doces ou travessuras representam?

O que acontece se elas não conseguem os doces? Elas fazem as travessuras.
Se você pensar um pouco, o agricultor pedia alguma coisa para dar de oferta aos demônios.

HALLOWEEN A LUZ DA PALAVRA DE DEUS

Infelizmente o espaço é curto para muitas informações que poderíamos dar aqui, contudo quero levar você à luz da Palavra de Deus.

Pessoas que participam dessa festa têm que se conscientizar o que Halloween traz como conseqüência, estamos debaixo da lei da semeadura “ O que o Homem semear, ele irá colher”.

Neste tipo de ritual encontramos a Necromancia, animismo, o politeísmo e práticas pagãs, estas práticas não condizem com as Sagradas Escrituras.

A bíblia nos da uma posição clara sobre a prática da bruxaria e não há possibilidade de alguém que está morto entrar em contato com o mundo dos vivos, o que para Deus é abominação.

Hebreus 9 v.27
"Pois aos homens esta ordenado viver e morrer uma só vez, depois disso juízo".
Isaias 8 v. 19-20
"Quando pois, vos disserem:Consultai os que tem espíritos familiares e aos adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo o seu Deus? A favor dos vivos, consultará aos mortos? Á lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles".

O que não podemos deixar de dizer é que os que apóiam ou participam desta festa estão fazendo parte da mesa dos espíritos malignos e demônios, porque coadunam com o mesmo objetivo e propósito da festa.

I Co 10 v. 18-22
"Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar? Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo estas coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejas participantes com os demônios. Ou irritemos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?"

Se participarmos dessa festa estamos sendo cúmplices da mesma, a pessoa tem que ter a sã consciência que está envolvida com este ritual.
E os professores cristãos que são obrigados a participar? Como fazer, participar ou não?

Devemos compreender que não é fácil estar na pele deles, mas não posso invalidar a palavra de Deus porque um dos mandamentos de Jesus é "AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS".

Mesmo que o meu emprego esteja em jogo, devo primeiro olhar para o envolvimento espiritual que estamos oferecendo às crianças ou que estamos sendo envolvidos a realizar por uma obrigação profissional.

A nossa Constituição nos garante o nosso trabalho, ninguém pode mandar você embora por causa de que não participou desta "atividade" e nem mesmo obrigar a qualquer aluno a participar.

O que assegura a nossa Constituição?
"É INVIOLÁVEL A LIBERDADE DE CRENÇA, SENDO ASSEGURADO O LIVRE EXERCICIO DOS CULTOS RELIGIOSOS E GARANTIDA, NA FORMA DE LEI, A PROTEÇÃO AOS LOCAIS DE CULTOS E AS SUAS LITURGIAS -(ART.VI-Capitulo I - Titulo II)".

Pedro escreveu:
"Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; antes santificai ao Senhor Deus em vossos corações, e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir à razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que naquilo em que falam de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor padeceis fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal. (1ª Pe 3 13 -17)
E difícil tomar decisões assim, mas que o Senhor possa dar força para esta atitude.

Infelizmente existem pessoas que não querem saber, participam do Halloween como se fosse uma festa de aniversário.

A Bíblia alerta a este respeito, que pessoas têm vivido como acham que devem ser.

"Mas o Espírito expressamente diz: que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios. (I Tm 4v.1)

Lembre que "a nossa luta não é contra carne, mas contra potestades, principados e príncipes das trevas, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". EFESIOS 6 V.12.
Bibliografia:

*Wicca-Crenças e Práticas, Grary Cantrell, Madras Editora
*Sites da wicca
*Revista Bons Fluidos – editora Abril.

Autor: Pr. Alexandre Farias
Fonte: [
Apologética infantil ]

Outros blogs do Pr. Alexandre:
Blog do Pr: http://pastoralexandrefarias.blogspot.com/
Fotoblog: http://www.alexandrefarias.gigafoto.com.br/
Blog respostas bíblicas: http://respostasbiblicas.blogspot.com/
.

Fonte: bereianos