terça-feira, 30 de junho de 2009

ADORAÇÃO OU ENTRETENIMENTO DE BODES ?


Por Cláudia Castor Figueira

Terminamos o mês de junho e iniciamos o mês de julho e como é comum as divulgações de festas gospels, arraiá gospel, festa típica, ou seja, lá o nome dado para substituir as festas juninas celebradas em todo o país. Até onde ainda chegaremos nas igrejas evangélicas e o que mais teremos que presenciar? Como festejar uma festa pagã dentro de nossas igrejas, na qual santos das igreja católica são festejados durante todo o mês de junho e julho, e que tem sua origem na festa pagã egípcia de celebração do solstício de inverno. Além de ver ao longo dos anos, aqui no Brasil, ganhar requintes de preconceito e menosprezo por seres humanos e padrões bíblicos celebrados durante estas festas. Quem nega o menosprezo pelo homem do campo representado como um ignorante de roupas remendadas, fala ridícula e dentes por tratar. Como negar a celebração de casamentos juninos com noivas grávidas e delegado para obrigar o evento, além de padres ou pastores bêbedos para realização da cerimônia. E a famosa quadrilha, dança baseada em fatos mentirosos como “tá chovendo”/”é mentira” entre tantos outros refrãos para induzir a dança. Quando nossas igrejas voltarão aos padrões bíblicos de santidade e valorização do sacrifício de Cristo. Oremos.

REFORMA E REAVIVAMENTO


A Igreja Evangélica Brasileira precisa de uma nova Reforma. Muitos daqueles que se dizem protestantes já não protestam mais. Muitos daqueles que se autodenominam evangélicos têm transigido com a verdade e caído na malha sedutora do pragmatismo e das falsas doutrinas. Doutrinas estranhas têm encontrado guarida no arraial evangélico. Novidades forjadas no laboratório do engano têm sido acolhidas com entusiasmo por muitos crentes. Floresce em nossa Pátria uma igreja que tem extensão, mas não profundidade. Cresce em números, mas não em maturidade. Tem influência política, mas não autoridade moral. Faz propaganda de um pretenso poder, mas transige com o pecado.

A Igreja Evangélica Brasileira precisa voltar às Escrituras. Muitos púlpitos estão sonegando aos crentes o pão verdadeiro e dando ao povo um caldo ralo e venenoso. Há aqueles que pregam o que o povo quer ouvir e não o que o povo precisa ouvir. Pregam para entreter os bodes e não para alimentar as ovelhas. Pregam para arrancar aplauso dos homens e não para levá-los ao arrependimento. Pregam prosperidade e não salvação. Pregam curas e milagres e não novo nascimento. Pregam auto-ajuda e não a ajuda do alto. Há muitas igrejas fracas e enfermas por estarem submetidas a um cardápio insuficiente e deficiente. A fraqueza e a doença começam pela boca. Há morte na panela. O veneno mortífero das heresias perniciosas destila em muitas cátedras teológicas. Muitos púlpitos espalham esse veneno e muitos crentes se intoxicam com ele. Precisamos colocar a farinha da verdade nessa panela, a fim de que o povo tenha pão com fartura na Casa do Pão.

A Igreja Evangélica Brasileira precisa voltar às grandes doutrinas da Reforma. Precisamos reafirmar que a Escritura é verdadeira, infalível, inerrante e suficiente e não podemos acrescentar à sua mensagem as revelações, sonhos e visões que emanam de corações errantes. Precisamos reafirmar que a fé em Cristo é suficiente para a nossa salvação e não podemos acrescentar a ela as obras, os méritos nem o misticismo variegado tão incentivado em tantos arraiais. Precisamos reafirmar que a graça de Deus é a única base sobre a qual recebemos a nossa salvação. O homem não merece coisa alguma a não ser o juízo divino, mas de forma benevolente, Deus suspende o castigo e nos oferece seu favor imerecido. Precisamos reafirmar que não há outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos, além do nome de Cristo Jesus. Precisamos reafirmar que a glória pertence a Deus e não ao homem, igreja ou instituição humana.

A Igreja Evangélica Brasileira precisa não apenas de Reforma, mas, também, de Reavivamento. Não basta ter doutrina certa, é preciso ter vida certa. Não basta ter apenas luz na mente, é preciso ter fogo no coração. Não basta apenas conhecimento, é preciso ter fervor espiritual. Não basta apenas conhecer doutrina, é preciso ser transformado e impactado por essa doutrina. A igreja de Éfeso tinha doutrina, mas lhe faltava amor. A igreja de Esmirna tinha amor, mas lhe faltava doutrina. Ambas foram repreendidas por Cristo. Precisamos de doutrina e amor, reforma e reavivamento. Não glorificamos a Deus com o vazio da nossa mente e a plenitude do nosso coração nem glorificamos a Deus com a plenitude da nossa mente e o vazio do nosso coração. Deus não é exaltado quando deixamos de conhecer a verdade nem Deus é glorificado quando deixamos de nos deleitar nessa verdade. Razão e emoção não são coisas mutuamente exclusivas. Elas se completam. A emoção que não provém de uma mente iluminada pela verdade é vazia, rasa e inconsistente. Uma mente cheia do conhecimento da verdade, todavia, que não exulta de alegria e santo fervor está, também, em total desacordo com a vontade divina. Oh! Que Deus nos desperte para o conhecermos verdadeiramente! Oh! Que Deus nos encha daquela alegria indizível e cheia de glória, a fim de que nos deleitemos nele e passemos a viver tão somente para a sua glória!

Rev. Hernandes Dias Lopes

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Combustão espontânea


O blog que mantém, e que é o principal veículo de divulgação de suas ideias, já chegou a ser tirado do ar a partir de denúncias de entidades de defesa dos direitos da comunidade gay, que o acusam de homofóbico. Severo diz que a pressão foi tanta que ele teve que deixar o Brasil no fim de março. Ele não revela o lugar onde está de jeito nenhum. “Seria perigoso para mim e para minha família”, justifica. Lá, afirma que tem frequentado uma igreja “muito humilde” e se mantido graças à ajuda que recebe de colaboradores e instituições que o apoiam.

Severo é daqueles crentes quixotescos, disposto a lutar contra moinhos que talvez só ele consiga enxergar. Nas suas palavras, até mesmo o governo brasileiro teria interesse em pedir sua deportação por conta das críticas que faz a Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente faz defesa intransigente do homossexualismo e do aborto. Quanto ainda falta para considerarmos Lula e seu governo como possessos? Ele está acabando com a moralidade e a honestidade da sociedade”, dispara. O tom histriônico dá ao perfil de Julio Severo um contorno incendiário que ele faz questão de alimentar, e não apenas quando fala da homossexualidade. Ele defende, por exemplo, o direito de os pais crentes educarem seus filhos em casa (prática proibida pela legislação brasileira) como forma de mantê-los a salvo de supostas influências perniciosas da escola. Além disso, diz que o casamento é a solução contra a promiscuidade sexual entre os jovens evangélicos. “Querem sexo? Então, que se casem”, prega Severo, para quem as famílias não deveriam estimular seus filhos a postergar o matrimônio em busca de qualificação educacional e profissional, e sim, fazer justamente o contrário. É provável que poucos crentes concordem com ele, mas Severo avisa: “Quando meu livro foi publicado, muitos o acharam exagerado. Quem leu, hoje me chama de profeta.”
Cristianismo Hoje: Que tipo de ameaças o senhor recebeu por conta de sua militância contra a homossexualidade e que o obrigaram a deixar o país?

Julio Severo: Já recebi emails ameaçando processos, sem contar os inúmeros xingamentos. Várias comunidades no Orkut ligadas a mim ou feitas para honrar meu trabalho foram denunciadas e fechadas. Em contrapartida, as muitas comunidades que me denunciam como “criminoso” nunca foram fechadas. Essas comunidades encaminham o público radical a fazer denúncias diretamente nos órgãos do governo Lula.

Em julho de 2007, meu blog foi fechado pelo Google depois de uma longa campanha de denúncias de ativistas homossexuais. Graças à intervenção de advogados evangélicos e um procurador, o Google liberou meu blog, entendendo que meu direito de livre expressão estava sendo violado. [Não posso deixar de mencionar também o papel importante do filósofo Olavo de Carvalho, que na época escreveu um artigo em minha defesa no Jornal do Brasil.]

Em sua página pessoal de internet, o líder máximo do movimento homossexual brasileiro, Luiz Mott, publicou o nome completo, endereço e telefone de “Julio Severo”. Felizmente para mim e minha família, ele postou os dados de outra pessoa! Tempos atrás interceptei mensagem de Luiz Mott a outros líderes gays, onde havia o pedido para que se levantassem a meu respeito informações pessoais como nome completo, endereço, fotos, histórico, etc.

Além disso, sou alvo de outros tipos de ataques. Regularmente aparecem páginas de internet, com conteúdo de pornografia homossexual, contendo meu nome, como se eu estivesse ligado a tais obscenidades. O objetivo, sem dúvida, é levar o internauta que pesquisa meu nome a terminar numa dessas páginas pornográficas. Um conhecido site esquerdista chegou a publicar uma entrevista forjada, onde o falso “Julio Severo” se confessa um homossexual promíscuo.
Precisei sair do país depois que procuradores, numa atitude abusiva, intimaram um amigo meu a revelar minha localização. Mesmo depois que meu amigo declarou, com a ajuda de um advogado, que ele não tinha nenhuma responsabilidade pelo conteúdo do meu blog, o MPF continuou intimando-o. A alegação deles é que havia uma queixa de “homofobia” registrada contra mim em 2006.

Cristianismo Hoje: Onde o senhor está atualmente? Há quanto tempo o senhor está neste local? Por que a opção por este local?

Julio Severo: O lugar em que estou foi escolha de um evangélico que escutou um apelo em favor de mim. Esse apelo foi feito pelo filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, através de seu programa de rádio na internet. Depois de ouvir o apelo, ele se mobilizou para ajudar.

Cristianismo Hoje: Quando o senhor pretende voltar ao Brasil? Sua volta depende de quê?

Julio Severo: O Brasil está descaradamente caminhando para uma ditadura cultural e legal pró-homossexualismo e pró outras perversões, inclusive o sacrifício de crianças com amparo estatal. Que chances tenho eu de prosseguir meu trabalho sem sofrer muitas outras ameaças?
Além disso, outras posições cristãs e éticas que eu e minha família temos são encaradas injustamente como “crimes” pela pseudo-democracia brasileira, trazendo grandes riscos de segurança para nós. Defendemos abertamente a educação escolar em casa, opção educacional que estava disponível para as famílias brasileiras até que os esquerdistas suprimiram, sem que ninguém percebesse, tal liberdade na Constituição de 1988. Em países genuinamente democráticos, nenhum pai ou mãe enfrenta perseguição por educar os filhos em casa.

No Brasil, o mesmo Estado incompetente que não consegue tirar crianças das ruas consegue invadir lares e ameaçar pais e mães inocentes com prisão pelo “crime” de educar em casa. Eu pessoalmente vi, em São Paulo e no Rio, crianças nas ruas pedindo esmola. Em São Paulo vi uma menina de 8 anos pedindo esmola às 23h30min! Contudo, se ela fosse uma menina educada em casa, bem alimentada e segura, as autoridades incompetentes conseguiriam invadir seu lar, tomar-lhe a guarda e, quem sabe, entregá-la em adoção a um “casal” homossexual.
Defendo também a liberdade de os pais optarem por não vacinar seus filhos, considerando o fato gravíssimo de que a maioria das vacinas infantis é feita a partir de linha de células fetais de bebês abortados.

Tive também acesso à informação confidencial de fonte de alto nível me avisando do Ministério da Saúde (MS) preparando medidas e retaliações contra mim porque o MS atribuiu diretamente aos meus textos o baixo índice de vacinação em sua recente campanha da rubéola. A própria imprensa brasileira confirmou o impacto dos meus artigos como importante fator na conscientização da população, onde um grande número acabou rejeitando a vacinação durante a campanha da rubéola.

No Brasil, posturas éticas em defesa da liberdade de escolha e dos direitos prioritários dos pais em importantes decisões de educação e saúde dos filhos estão custando um alto preço para muitos pais cristãos. Eu e minha família vivemos essa dura realidade na própria pele.
Enquanto a maioria absoluta dos brasileiros (pais, mães, cristãos, etc.) vai perdendo direitos necessários sem nem mesmo perceber, a minoria homossexual ganha do Estado o direito completamente desnecessário de promover e praticar o ato de enfiar ou receber o pênis no ânus. Atribuo a cegueira do povo brasileiro (inclusive católicos e evangélicos) às campanhas de doutrinação estatal com a cumplicidade da mídia comprada.

Uma sociedade justa e saudável tem escolas que, em vez de doutrinarem as crianças no homossexualismo, ensinam o valor do casamento, o valor do papel do pai e da mãe, o valor do sexo conjugal e desestimulam as crianças de todo comportamento nocivo, inclusive o homossexualismo. Uma sociedade que não tem essa justiça inevitavelmente acaba perseguindo as pessoas honestas e justas.

Cristianismo Hoje: O senhor diz que saiu com sua mulher e dois filhos. Qual tem sido sua atividade aí e de onde vem seu sustento?

Julio Severo: Minha atividade aqui é exatamente a mesma atividade que Deus me deu no Brasil: alertar, informar, conscientizar, através do meu blog. Não vou abandonar minhas responsabilidades para com o Brasil. Meu sustento atual está vindo da colaboração voluntária dos leitores e admiradores do meu blog.

Cristianismo Hoje: O senhor diz que promotores do Ministério Público têm pressionado pessoas conhecidas suas no Brasil para que informem seu paradeiro. Quem são estes promotores? O MP já abriu investigação contra o senhor?

Julio Severo: Tecnicamente, seria impossível o Brasil se tornar a nação mais obcecada do mundo na promoção do homossexualismo, mas isso aconteceu. Tecnicamente, não haveria o que o MPF fazer contra mim, pois não existe nenhuma lei anti-“homofobia” no Brasil. Mesmo não havendo tal lei, outros cristãos brasileiros já foram perseguidos por “homofobia”. Que país é esse, que age arbitrariamente com base exclusiva nos sentimentos pró-homossexualismo do presidente Lula? Que tipo de justiça eu posso sofrer por minhas posições públicas sobre o homossexualismo, sendo inclusive autor do livro “O Movimento Homossexual”, publicado há 11 anos pela Editora Betânia?

O que poderiam fazer, conforme orientações que recebi de advogados católicos e evangélicos, é tentar me cercar com outras acusações mais viáveis, e isso já está sendo feito. À queixa de “homofobia” foram adicionadas posteriormente queixas de jornalistas muçulmanos e adeptos de religiões afro-brasileiras. As novas acusações no MPF partiram de indivíduos insatisfeitos com os textos do meu blog sobre as práticas de bruxaria e da religião muçulmana.

Antes que fechassem o cerco, tomei a iniciativa de proteger minha família e meu trabalho, pois posso continuar alertando o Brasil a partir de qualquer localidade do mundo. Saí também para aliviar as pressões injustas do MPF sobre um amigo.

Cristianismo Hoje: Se o PL 122/2006 ainda não foi aprovado, com base em qual instrumento legal o senhor seria denunciado?

Julio Severo: Na base da pura truculência estatal. A VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) teve seu direito de livre expressão totalmente violado numa campanha de defesa da família, pois sob pressão de ativistas gays e do governo federal uma juíza acolheu contra a VINACC queixa de “homofobia”. Isso ocorreu em 2007, um ano depois da primeira queixa contra mim. Ainda em 2007, o Pr. Ademir Kreutzfeld, da Igreja Luterana de Santa Catarina, foi intimado porque o maior ativista homossexual do seu estado entrou com queixa por “homofobia”, posteriormente desistindo da ação, por causa das pressões contrárias que eu e meus amigos conseguimos levantar. Infelizmente, porém, a VINACC foi obrigada a remover seus outdoors pró-família. Tudo o que os outdoors diziam era: “Homossexualismo: E Deus os criou homem e mulher e viu que isso era bom”. Essa simples declaração foi considerada “criminosa” e “homofóbica”. Só um governo ditatorial proibiria tal campanha pacífica. Tal é o governo Lula.

Cristianismo Hoje: Em que etapa está o processo que foi movido contra o senhor pela ABGLT?

Julio Severo: Não sei. A ABGLT (agora ABLGT) entrou com queixa contra mim por “homofobia” em novembro de 2007, pedindo o fechamento do meu blog e ações criminais contra minha pessoa. Poderíamos desconsiderar essa ameaça como sem efeito, pelo tempo que já passou. Foi o que fiz também em 2006, quando recebi um email da Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, dizendo que estavam entrando com queixa contra mim no MPF. Não dei atenção, pois recebo muitas ameaças. Para mim, era apenas mais uma ameaça. Contudo, no final de 2008, um amigo meu entra em contato comigo dizendo que estava sendo intimado pelo MPF a revelar minha localização. Com a ajuda de um advogado, ele se defendeu, porém o MPF não aceitou a defesa e continuou pressionando. Para um queixa de “homofobia” de 2006 que eu achava que não ia dar em nada, acabou dando nisso. E ainda há outras queixas: Em maio de 2008, Luiz Mott, em confissão pública, declara também que entrou com queixas contra mim no MPF e outros órgãos.

Cristianismo Hoje: Quem está no Brasil defendendo seus interesses e seus direitos?

Julio Severo: Um escritório de advocacia, de direção evangélica, assumiu voluntariamente a defesa de meu direito de livre expressão.

Cristianismo Hoje: O senhor tem recebido apoio de alguma pessoa, igreja ou instituição?
Julio Severo: Antes de sair do Brasil, recebi muitas manifestações de carinho e apoio, desde irmãos em Cristo simples como eu até pastores, advogados, promotores e outros líderes.

Cristianismo Hoje: Por que o senhor começou sua militância nesta área do homossexualismo e suas relações com a fé cristã e desde quando está envolvido nisto?

Julio Severo: No começo de 1995 senti claramente Deus me dirigindo a escrever um livro sobre a ameaça do movimento homossexual. Durante algumas semanas, hesitei, pois o tema homossexual era um tabu enorme. Não havia paradas gays, nem a obsessão homossexual que vemos hoje em tudo: escolas, mídia, etc. Depois de algum tempo, venci meus temores e aceitei o chamado do Espírito, começando a pesquisar sobre o movimento homossexual. Quando, em meados de 1995, ocorreu no Brasil a primeira conferência internacional da ILGA no hemisfério sul, entendi a intenção divina de me chamar para o combate, pois depois da conferência os grupos gays brasileiros ganharam um impulso extraordinário para avançar. Deus antecipou essa agressão espiritual do inferno com uma ação da agenda do Reino de Deus. Foi assim que nasceu meu livro “O Movimento Homossexual”, publicado pela Editora Betânia em 1998.

Cristianismo Hoje: O senhor já teve algum envolvimento pessoal com homossexualismo? Caso positivo, como se deu a sua mudança de comportamento, já que hoje o senhor mantém há longo tempo uma relação heterossexual estável que já lhe deu dois filhos?

Julio Severo: Nunca fui homossexual.

Cristianismo Hoje: O senhor se denomina um ativista pró-família. Em quê consiste seu trabalho?

Julio Severo: Essa designação me foi dada por líderes evangélicos e católicos nos EUA, exatamente pela repercussão de meus artigos em inglês em defesa da família. Meu trabalho consiste principalmente em alertar e defender os valores da família. As famílias precisam compreender fatos fundamentais: 1. Filhos são bênçãos inigualáveis. 2. Decisões de saúde e educação dos filhos pertencem prioritariamente aos pais. Portanto, as famílias precisam lutar contra o Estado voraz que, em desafio ao planejamento divino, desvaloriza os filhos, o lar, o papel das mulheres, o casamento e usurpa os papéis dos pais, removendo deles o direito prioritário de decidir questões de saúde e educação dos filhos. Hoje o Estado amigo-da-onça é a maior ameaça à integridade da família.

Cristianismo Hoje: Muitos de seus detratores o chamam de radical. O senhor se considera um fundamentalista?

Julio Severo: Sou apenas um servo de Deus, radicalmente apaixonado por Jesus. Muitas igrejas do Brasil, tanto evangélicas quanto católicas (não o Vaticano, que é conservador), estão radicalmente comprometidas com a esquerda e é natural que queiram tachar de radical quem ouse pensar diferente da ideologia predominante na sociedade e nas igrejas. Quanto às designações, no final vai valer somente o que Deus disser. Por isso, minha meta é agradar a Deus.

Cristianismo Hoje: A sexualidade, além de tabu entre muitos evangélicos, é uma das questões que mais suscitam polêmica neste segmento. Em sua opinião, por que isso acontece, levando-se em conta a concepção cristã de que o sexo é uma dádiva de Deus a seus filhos?

Julio Severo: Se perdermos de vista o propósito de Deus para o sexo, perdemos o rumo de tudo na área sexual. Deus conferiu aos seres humanos a capacidade reprodutiva, onde podemos dar continuidade à maior obra que Deus criou no começo de tudo: o homem e a mulher. Na sexualidade, participamos com Deus no Seu projeto de criação. É como no evangelismo. É um prazer ver uma alma sendo resgatada pelo sacrifício de Jesus. Mas a alma do evangelismo não é o prazer. O mesmo se aplica à sexualidade. O prazer tem seu papel, porém o propósito prioritário do sexo é o estabelecimento da família: pai, mãe e filhos. Sem tal perspectiva, o sentido do sexo se evapora.

Cristianismo Hoje: O aborto é um tema do interesse evangélico? Faz parte da agenda da liderança evangélica? Por que não, ou por que sim? De que forma? Como foi a repercussão de sua polêmica com o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, sobre esse assunto?

Julio Severo: Acho o aborto um problema muitíssimo importante, pois envolve o sacrifício dos inocentes. Sabemos que Satanás exige tais sacrifícios a fim de operar mais na sociedade. Por isso, para ele é de fundamental importância legalizar tais sacrifícios. A legalização do aborto faz parte de um projeto das trevas para expandir a atividade demoníaca na sociedade, com suas conseqüentes devastações.

Infelizmente, as igrejas evangélicas de forma geral estão em cima do muro. Somente o Vaticano (não a CNBB) tem uma voz cristã clara, objetiva e forte nessa importante questão.
Fazia parte da agenda dos israelitas, sob o comando de Deus, exterminar os sacrifícios de crianças da Terra Prometida, e havia conseqüências graves quando eles não conseguiam cumprir tal missão. O motivo por que não faz parte da agenda da vasta maioria das igrejas evangélicas brasileiras exterminar toda medida política, legal e cultural que favorece o aborto é porque os evangélicos perderam a visão e o respeito pelo valor dos filhos. Filhos são bênçãos especiais e essenciais no projeto de Deus para o casamento e sexualidade.

Uma cultura que desvaloriza crianças (e temos de reconhecer que a atual cultura é fundamentalmente contraceptiva) fatalmente valoriza o aborto. Todas as sociedades contraceptivas legalizam o aborto. Ao invés de confrontar a cultura anti-bebê e anti-criança, tudo o que as igrejas têm conseguido fazer é se adaptar. É uma apostasia que começou na área sexual, atingiu o casamento e família, e agora atinge em cheio os púlpitos, tornando as igrejas cristãs e suas mensagens quase que socialmente insignificantes.

A luta contra o aborto envolve necessariamente o resgate do valor original da sexualidade e filhos. Quando os casais e as igrejas tornam as crianças irrelevantes para o sexo e família, eles próprios se tornam irrelevantes.

Quanto à IURD, suspeito que se estivessem presentes nos tempos de Josué e Davi eles apoiariam os cananeus e seus sacrifícios de crianças, pois só quem gosta de tais sacrifícios é que apóia o aborto. Ao apoiar o aborto, a IURD se descaracterizou completamente como entidade cristã.

Cristianismo Hoje: Embora desagrade os crentes, a regulamentação da união civil entre homossexuais parece estar vindo para ficar – por todo o país, diversos tribunais têm não apenas reconhecido os direitos civis decorrentes dessa união, como também concedido aos parceiros gays até mesmo o direito à adoção de filhos na condição de “dois pais” ou “duas mães”. No entanto, as Igrejas Católica e Evangélica permanecem frontalmente contrárias a tal prática, atuando no sentido de que não seja regulamentada. Em um Estado democrático de Direito, qual legitimidade tem o segmento religioso de interferir na vida em sociedade?

Julio Severo: Em um legítimo Estado democrático de direito, a família natural e seus interesses são respeitados e protegidos acima de todo e qualquer interesse de outros grupos. O que o falso Estado democrático de direito quer impor é a descaracterização da família e sua importância, colocando como prioridade um comportamento sexual anti-natural que nenhuma função tem para a preservação da espécie humana ou para a estabilidade da família humana. Do ponto de vista natural, a homossexualidade é uma das maiores aberrações e ameaças à família natural.
A sociedade é dividida em diferentes segmentos ideológicos. Há o segmento que tem ideologias religiosas e o segmento que tem a ideologia homossexual. Se a maioria religiosa não tem, conforme a opinião do “Estado democrático de direito”, o direito de impor sobre a sociedade seus valores, que direito tem então a minoria homossexual?

Do ponto de vista da democracia tradicional, é ditatorial submeter a vontade da maioria à vontade de uma minoria. Só uma democracia deturpada permitiria tal medida.
Esse embate, onde uma minoria é manipulada por um Estado de linha socialista para anular e silenciar a maioria, é o exemplo mais representativo e gritante da fomentação da luta de classes, estratégia marxista para a implantação de ditaduras.

O mundo foi criado por Deus, não pelo Estado. Nem as famílias, nem as igrejas, nem a sociedade e muito menos o Estado democrático de direito podem viver sem Deus e seus valores. Isso é impossível e destrutivo.

O chamado “Estado democrático de direito” não está acima de Deus e seus valores. Qualquer que seja o Estado, ele é ministro de Deus, conforme Romanos 13. Em outras palavras, o Estado tem o chamado e a obrigação de servir a Deus. Quanto a nós, não temos nenhuma obrigação de endeusar ou idolatrar o Estado, muito menos um Estado que descaradamente distribui cartilhas pornográficas e camisinhas para crianças de 10 anos nas escolas.

Temos também de notar que o Estado não tem chamado de criar direitos. Sua função básica é proteger os direitos naturais já existentes. Contudo, o Estado socialista estabelece direitos artificiais, criados à revelia da natureza e das leis divinas, que acabam ameaçando os direitos naturais. É o nazismo em roupagem “democrática”. Por falar em nazismo — que era a siga do Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista —, Hitler e a cúpula nazista eram homossexuais. Mera coincidência?

Cristianismo Hoje: Falta conscientização política e social aos pastores brasileiros? Por que isso acontece?

Julio Severo: Muitos pastores desconhecem os embates culturais e preferem não se envolver na política, por causa da corrupção presente até mesmo entre políticos evangélicos. A esquerda evangélica hoje detém quase que exclusivamente o monopólio da “conscientização política e social”. Daí, quando se fala em ação política ou social evangélica, a primeira imagem que vem à mente do público evangélico é a imagem de igrejas e grupos evangélicos atuando como se fossem meros braços assistencialistas do Estado socialista. Essa visão deformada é praticamente a única que os evangélicos do Brasil têm de “ação social”. Falta uma visão genuína de Reino de Deus para a atuação dos evangélicos na política brasileira.

Cristianismo Hoje: O combate ao sexo pré-conjugal é uma de suas bandeiras. Como convencer o jovem, inclusive o cristão, a manter a castidade num mundo que enfatiza o prazer e o descompromisso das relações?

Julio Severo: O tipo de castidade que as igrejas evangélicas hoje defendem é impossível, pois requerem dos jovens abstinência sexual, mas não propõem casamento quando os impulsos sexuais exigem satisfação a todo custo. O adolescente evangélico vai à escola, onde recebe doutrinação estatal para fazer sexo de todas as formas possíveis, vendo seus amigos namorando e fazendo sexo: o que ele acaba fazendo? Para piorar, as igrejas e as famílias dizem ao adolescente e ao jovem: reprima suas tentações e não pense em casamento até acabar os estudos. O resultado é que acontece hoje entre os jovens evangélicos exatamente o que está acontecendo entre os jovens não cristãos: sexo promíscuo.

Num tempo de suas vidas em que a prioridade de seus sentimentos está voltada ao sexo, as pressões principais sobre os jovens — vinda dos pais, dos amigos e das igrejas — colocam o casamento em último plano. Falta muita valorização do casamento e família para os jovens.
A Bíblia nos instrui: é melhor casar do que abrasar-se. O jovem vive muitas vezes abrasado. Como se isso não fosse suficiente, ele nasceu justamente numa era marcada pelo abrasamento, lascívia e prostituição. Por isso, quando o jovem não consegue mais se controlar, é fundamental não pressioná-lo a sacrificar possibilidades de casamento por causa de metas educacionais. De que adianta, do ponto de vista do Reino de Deus, um evangélico com diploma universitário com um rastro de prostituição? Tal rastro representa grandes perdas espirituais. Esse evangélico depois terá problemas pelo resto da vida, inclusive conjugais, pois sacrificou todos os seus valores em prol da deusa educação.

Portanto, se o jovem sente que é hora de casar, em vez de pressioná-lo ao contrário, as famílias evangélicas envolvidas deveriam apoiar e ajudar o moço e a moça a começarem sua vida juntos. Eles precisam se casar.

O que pude constatar em várias igrejas é que a maioria dos jovens que namoram já está fazendo sexo. Filhos de pastores estão engravidando moças fora do casamento. Filhas de pastores estão tendo bebês sem casar e às vezes até matando seus bebês escondido através do aborto. Tudo é sacrificado: bebês, casamento, moral, espiritualidade, comunhão com Deus. Tudo — menos as idolatradas metas educacionais.

Anos atrás um pastor evangélico me confessou que todos os jovens integrantes da equipe de louvor de sua igreja estavam fazendo sexo. O caminho certo é encaminhar rapidamente esses jovens ao casamento. Quando não são encaminhados, eles podem acabar trocando de “namoradas”, transformando assim seus relacionamentos em prostituição. Antes que se transforme em prostituição, é melhor transformar em casamento. Por isso, quando as famílias evangélicas sentem que o rapaz e a moça já estão num namoro, é recomendável ajudar num casamento sem demora.

Aliás, o conceito de namoro é uma invenção moderna sem nenhum apoio na Bíblia. Na área sexual e em outras áreas importantes, o que deve haver é compromisso. Não quer casar? Não namore. Quer sexo? Case. A Bíblia não diz: é melhor namorar do que abrasar-se. Recomendo a leitura do importantíssimo livro “Eu disse adeus ao namoro”, de Joshua Harris. A cultura do namoro leva menos ao casamento do que ao sexo promíscuo. Vale a pena optar pelo compromisso de casamento, em vez do namoro.

Só os rapazes e moças que não estão namorando ou não tendo nenhum tipo de relacionamento abrasante é que podem prosseguir com suas metas educacionais. Os outros, para o seu próprio bem-estar físico, moral, espiritual, psicológico e conjugal, precisam se casar o mais cedo possível.

Cristianismo Hoje: O senhor apresenta em alguns de seus posts uma forte tendência carismático-pentecostal – contudo, é um militante político-social, ao contrário da larga maioria dos crentes deste segmento, que costumam ser bem mais alienados, preferindo temas ligados à espiritualidade. Como fazer uma saudável conexão entre os dois extremos?

Julio Severo: Admiro grandemente Martinho Lutero e João Calvino em suas idéias políticas. Por exemplo, o conceito de porte de arma para a defesa pessoal e a pena de morte para assassinos eram idéias defendidas por esses dois grandes fundadores da Reforma. Eles eram politicamente mais bíblicos do que 99% dos evangélicos políticos que conheço hoje.

Tenho um relacionamento muito bom com reformados. Em 2006 o famoso teólogo reformado Harold O. J. Brown me convidou para preparar a edição de agosto do Religion & Society Report, um excelente período acadêmico conservador. O título do meu artigo de 12 páginas foi “Behind the homosexual tsunami in Brazil”, onde descrevo a esquerdização do Brasil, trazendo como conseqüência deterioração política, legal, cultural e estatal.

É claro que acima de tudo procuro me manter em sintonia com Jesus, que é o Rei do Reino de Deus. Esse Reino é essencialmente “político”, mas não no sentido desgastado que conhecemos. É um sistema de governo com leis e valores perfeitos.

Todos os cristãos são chamados a orar pedindo para que esse “Reino venha”, isto é, para que “esse Governo” venha. É a vontade de Deus que o Governo dEle avance no mundo que Ele criou. Quando oramos a famosa oração do “Pai nosso”, conscientemente ou não estamos pedindo para que o sistema político e legal de Deus seja estabelecido neste mundo. Portanto, não tenho como não me emocionar e me envolver no projeto político de Deus. Sou cidadão do Reino de Deus, chamado com todos os outros cidadãos do Reino a avançar o Governo de Deus no mundo, através de orações, testemunhos, ações, etc.

Cristianismo Hoje: Fale sobre sua trajetória religiosa. Quando o senhor tornou-se evangélico? Sua formação profissional e acadêmica? A qual igreja está ligado atualmente? No seu auto-exílio, como o senhor tem praticado a sua fé?

Julio Severo: Fui a uma igreja evangélica pela primeira vez com minha mãe, que atuava na umbanda. Ela encontrou Jesus numa igreja batista renovada. Meu encontro pessoal só ocorreu anos mais tarde, em 1981, quando senti Jesus me enchendo com seu Espírito Santo, depois de um período de busca angustiada e sede espiritual. A partir daquele dia, mudei. Comecei a ler a Bíblia com gosto, a orar, a buscar mais a Deus. Lembro-me de que, mesmo freqüentando os cultos e Escola Dominical pontualmente, eu gostava de colecionar gibis de terror e assistir a filmes de terror. Depois de experimentar a plenitude do Espírito Santo em mim, com 16 anos de idade, olhei para os gibis de terror e pensei: Que graça tem isso? Perdi todo gosto por programas de terror. Joguei tudo fora. Meus gostos mudaram. Reconheço que essa mudança veio de fora de mim. A presença do Espírito veio com paz e novas coisas para mim. Joguei o vinho velho fora e fiquei com o novo.

Além de “O Movimento Homossexual”, sou autor do livro Orações Proféticas, publicado pela Editora Propósito Eterno em 2007. Sou também responsável pelo Blog Julio Severo — www.juliosevero.com —, em língua portuguesa; pelo Blog Last Days Watchman — www.lastdayswatchman.blogspot.com — , em língua inglesa e pelo Blog Escola em Casa — www.escolaemcasa.blogspot.com — , voltado para questões educacionais e defendendo o direito prioritário dos pais em decisões de educação e saúde de seus filhos.

No meu exílio estou freqüentando uma humilde igreja evangélica, com um pastor e membros muito humildes.

Estou aproveitando meu exílio, como Martinho Lutero no Castelo de Wartburgo, para escrever o que Deus tem posto no meu coração.

Cristianismo Hoje: Em seu blog, o senhor fez uma relação de líderes evangélicos que apoiaram ou apoiam o governo Lula como forma de denunciar os conchavos interesseiros de lideres que manipulam o povo. Quem são estes líderes? Quais as suas intenções? E qual foi a sua intenção ao fazer essa denúncia?

Julio Severo: A lista é tão grande que não dá para citar aqui. Desde líderes tradicionais como Guilherminho Cunha e Nilson Fanini até líderes menos tradicionais como a turma do Edir Macedo e outros. Todos querendo usar Lula para seus próprios fins, para favorecer suas concessões de rádio, TV e outros interesses. A grande tragédia é que assim como eles usaram Lula, Lula também os usou.

É triste constatar que famosos pastores e outros líderes com forte presença política conhecem os graves problemas do Brasil, mas não assumem uma postura profética de ação e denúncia porque querem aproveitar suas ligações e alianças políticas para avançar suas ambições pessoais, ministeriais ou denominacionais.

Como eles conseguirão denunciar profeticamente a promoção do aborto e do homossexualismo na sociedade brasileira sabendo que o principal responsável por tal promoção é o “ungido” que eles escolheram para a presidência do Brasil? A maioria dos líderes evangélicos do Brasil tem grande responsabilidade por tudo o que está acontecendo na sociedade brasileira e um dia darão contas a Deus por terem trocado a fidelidade a Deus por ambições e dinheiro.

O apoio deles a Lula foi público, de modo que minha exposição do nome deles no meu blog nada mais faz do que tornar público o que já é público. É para que ninguém se esqueça e possa orar por eles e perceber que em questões políticas, os conselhos deles são inconfiáveis.
Apesar de tudo, amo em Cristo cada um desses líderes e já tive oportunidade de conversar pessoalmente com alguns deles, incentivando-os a se arrepender de sua ligação com Lula. Há sempre espaço para a graça de Deus quando os corações se quebrantam e mudam o curso de suas ações.

Cristianismo Hoje: O senhor costuma associar o avanço da militância homossexual à ideologia esquerdista e denuncia uma suposta simpatia do governo Lula à causa da homossexualidade. Na sua opinião, a aprovação do PL 122/2006 é uma bandeira do atual governo? Qual seria a intenção do governo em favorecer o segmento?

Julio Severo: Quem diz que apóia a agenda gay é o próprio presidente Lula, que declarou recentemente: “Alguns setores atrasados e ao mesmo tempo hipócritas — já propus a criação do Dia de Combate à Hipocrisia — têm criticado nosso governo por apoiar iniciativas que criminalizam PALAVRAS e atos ofensivos à homossexualidade. Isso não tem importância. Continuarei — com o apoio de todo o Governo — a manter essa atitude.” No início de seu governo, em 2003, a equipe diplomática de Lula apresentou na ONU resolução pioneira classificando o homossexualismo como direito humano inalienável. Semelhante resolução do governo Lula foi apresentada na Organização dos Estados Americanos. No Brasil, há o programa federal “Brasil Sem Homofobia”, para impor a doutrinação homossexual à população, pois conforme divulgou instituição de pesquisa ligada ao PT, 99% da população do Brasil não aceita o homossexualismo. E quem é que pode esquecer que Lula declarou que a oposição ao homossexualismo é uma “doença perversa”, convertendo assim a vasta maioria dos brasileiros em “doentes”? Quando um povo não vê a doença moral do seu próprio presidente, o doente é que acabará acusando os sãos de serem doentes!

Além disso, seu governo patentemente esquerdista é ávido promotor do aborto, tanto no Brasil quanto na ONU. Temos um governo satanicamente pagão, que imita perfeitamente o culto idolátrico de Baal, cujos sacerdotes eram homossexuais e cujas oferendas a Baal incluíam o sacrifício de bebês. Lula em nada difere deles. Ele é o rei Acabe do Brasil. O que faz Lula apoiar tanto o homossexualismo? O mesmo que fazia o rei Acabe do antigo Israel apoiar o homossexualismo inerente ao culto de Baal. Quanto ainda falta para classificarmos Lula e seu governo como possessos?

Dou todo o meu apoio à criação do Dia de Combate à Hipocrisia. Lula merece. O Brasil precisa urgentemente de um dia nacional para combater a hipocrisia do presidente e sua ideologia.
Se um governo estrangeiro estivesse fazendo contra o Brasil apenas 10% dos crimes que o governo Lula vem cometendo — como obrigar crianças inocentes a receber doutrinação imoral e pró-homossexualismo nas escolas, com distribuição de cartilhas pornográficas e camisinhas para crianças de 10 anos! —, seria caso de declarar guerra. Se um estranho da rua fizesse isso, seria caso de polícia. Por que Lula e seu governo imoral deveriam escapar impunes? Por que eles mereceriam ser poupados? O fato de que até agora ele não foi submetido a um justo impeachment mostra que os políticos e outros líderes do Brasil não são sérios.
Décadas atrás, quando o Brasil era muito mais católico e conservador do que hoje, Lula seria muito merecidamente enxotado aos pontapés da presidência do Brasil. Hoje, é ele quem está enxotando aos pontapés a moralidade e a honestidade do governo e da sociedade.

Cristianismo Hoje: Em alguns de seus artigos em seu blog, o senhor menciona uma suposta imposição da mídia, no sentido de que a homossexualidade seja aceita e entendida como comportamento normal. Pode citar alguns episódios em que isso tenha acontecido?

Julio Severo: A doutrinação homossexual da mídia e notória e descarada, onde homossexuais são falsamente retratados como anjos inocentes e os não homossexuais como desequilibrados e desajustados. Nas novelas, os “casais” homossexuais são os grandes exemplos de paz e harmonia, enquanto que o casamento normal é apresentado como palco de conflitos, ódio, inveja, traição, etc. Quem não se lembra da novela Duas Caras, escrita pelo homossexual Aguinaldo Silva, militante de esquerda? Sua novela literalmente pinta os evangélicos como loucos e violentos e os homossexuais promíscuos como símbolos de gentileza, educação e “santidade” politicamente correta.
Cristianismo Hoje: Há algum tempo, o senhor teve um forte embate com um líder evangélico famoso por ter mencionado que seu filho seria homossexual. Esse conflito foi amplamente divulgado na internet, levando aquele pastor inclusive a querer tirar a história a limpo fisicamente. Por que o senhor tomou aquela atitude e como está sua relação com aquele líder neste momento?

Julio Severo: Aquele líder, por sua própria confissão, não se considera mais evangélico. Hoje ele se vê como o grande denunciador dos “problemas” dos líderes evangélicos. Mas onde não há problemas? O que ele quer é desviar a atenção do público dos seus graves problemas pessoais, se justificando em cima dos escândalos dos outros. Não achei justo que alguém que se considera julgador e avaliador dos problemas evangélicos não tivesse tempo de cuidar do próprio filho, que estava “casado” com um pastor gay. Aliás, o filho dele chegou a estudar para ser pastor de uma igreja gay. O que a Bíblia diz? Aquele que quer tirar o cisco do olho dos outros primeiro deve tirar o pedaço de pau do próprio olho. Esse líder, envolto no pecado de ter destruído seu próprio casamento, agora quer se justificar em cima de todo e qualquer erro de toda a liderança evangélica. Presumo que ele deve estar muito contente, pois se a liderança evangélica hoje está obscenamente ligada ao governo Lula, foi porque ele mesmo ajudou. Ele próprio já confessou que trabalhou durante anos para aproximar Lula dos evangélicos e os evangélicos de Lula. Assim, além de ser culpado de adultério em sua vida familiar passada, ele também é culpado de levar a maioria dos líderes evangélicos do Brasil a um relacionamento de adultério político com Lula e a esquerda.

Nunca pensei em lidar com os problemas morais desse homem, porém a exposição do caso foi inevitável. Tudo começou quando alguém me mandou um email contendo declarações dele sobre homossexualidade. Em resposta, mencionei muito brevemente algum problema sério dele. O destinatário enviou minha resposta à sua própria lista, onde alguém remeteu ao ex-evangélico, que explodiu, escrevendo-me uma resposta grosseira e desafiando-me a postá-la no meu blog. Fiz isso.

Cristianismo Hoje: O PL 122/2006 tem sido combatido de maneira intensa por muitos setores evangélicos, que identificam no seu conteúdo uma ameaça à liberdade religiosa no país. Contudo, o Artigo 5º da Constituição Federal assegura ampla liberdade de crença e direitos individuais de opinião, inclusive na forma de cláusulas pétreas. Não tem havido muitos exageros nesta questão?

Julio Severo: A perseguição aos cristãos alcançou a Alemanha e a Rússia no passado porque os cristãos não souberam reconhecer que, por trás das mentiras e fachada, o nazismo e o comunismo são ideologias destrutivas. É sempre assim: o sistema de perseguição entra na sociedade em roupagem elegante, como eram elegantes o nazismo e o comunismo. Depois da lua de mel, vem o poço do abismo. O PLC 122 é um projeto que nem elegante é e que mal consegue disfarçar suas más intenções. É um projeto ridículo para satisfazer a má intenção de políticos ridículos. Não perceber suas ameaças é normal para mentes desatentas, assim como foi normal mentes desatentas na Alemanha não perceberem os perigos do nazismo.

Quando meu livro “O Movimento Homossexual” foi publicado em 1998, muitos o acharam exagerado e disseram que suas previsões nunca ocorreriam. Infelizmente, acabaram ocorrendo. E quem leu, hoje me chama de profeta. O exagerado de ontem é o profeta de hoje. O “exagerado” de hoje será o que amanhã?

A ameaça do PLC 122 não é vista somente por evangélicos. Muitos sabem que levantei um alerta nacional em fevereiro de 2007 contra esse projeto de lei. Depois, veio a enorme repercussão, tornando o PLC 122 famoso entre os evangélicos. O que poucos sabem é que os católicos estão igualmente preocupados. Em fevereiro de 2007, um líder católico me telefonou pedindo minha ajuda para alertar o Brasil contra esse projeto. Tudo o que ele queria era uma mensagem minha, assinada por mim, que seria amplamente divulgada por uma grande equipe católica. Através dessa aliança entre um evangélico e católicos, o alerta tocou o Brasil inteiro.

Cristianismo Hoje: Além, evidentemente, dos militantes gays e das entidades de defesa dos homossexuais, a quais outros setores interessaria a aprovação daquele projeto?

Julio Severo: Ao governo. Essencialmente, leis anti-“homofobia” e outras leis de favorecimentos a minorias fomentam a luta de classes, enfraquecendo os grupos sociais e fortalecendo o poderio estatal. O Estado moderno de orientação socialista estabelece e apóia mecanismos políticos, sociais e culturais para fragmentar todas as formas de poder (família, igreja, etc.) a fim de instituir como resultado final apenas uma forma de poder central: o Estado. Esse Estado, com sua ânsia e voracidade de poder, é de longe a maior ameaça à sociedade.
Vivemos o trágico cumprimento das “profecias” orwellianas, onde o termo “direitos” vem sendo modificado e adulterado para significar outras coisas. “Direitos” agora quer dizer concessões estatais que escondem imposições e a escravidão do Estado sobre as pessoas.

Todas as palavras agradáveis que conhecemos (democracia, liberdade, direitos individuais, liberdade de expressão, etc.) estão sendo desfiguradas de seu sentido original para se adequarem a propósitos estatais de controle e manipulação das massas. Na aparência, o Estado está apenas sendo muito “bonzinho” e “justo” ao oferecer — gratuitamente e de bandeja — mais direitos para a população. Mas esses novos direitos são nada menos do que iscas para capturar o coração dos cidadãos. Depois da captura, o Estado sai fortalecido à custa da verdadeira liberdade civil e da integridade das famílias.

Nesse sentido, a consagração política e legal do “casamento” homossexual e da ideologia de gênero, com o conseqüente extermínio do padrão sexual normal homem/mulher e da família natural, atende perfeitamente aos interesses dos grupos feministas, abortistas, humanistas, socialistas, homossexualistas, ateístas, etc. Não é à toa que o Estado brasileiro sustente, com muitos impostos, uma infinidade de ONGs que nenhuma utilidade social têm, a não ser ecoar os próprios interesses e aspirações do Estado socialista.

Cristianismo Hoje: Quais são seus próximos planos na esfera pessoal e profissional?

Julio Severo: Continuar orando e atuando para que o nome de Jesus Cristo seja glorificado e para que o Reino de Deus avance no Brasil e no mundo.


Prostitutos Cultuais e Mercadores da Fé


Pastor João A. de Souza Filho

Eu estava tentando encontrar um adjetivo para qualificar os atuais cantores e pregadores que cobram elevadas somas em dinheiro para pregar ou cantar nas igrejas e em conferências promovidas por evangélicos, e achei que “mercador da fé” não é um adjetivo apropriado, porque é simples demais para nominar tais pessoas. Pois bem. Vejo esses exploradores da boa-fé evangélica como prostitutos cultuais – que é a tradução da versão atualizada – para os que se prostituíam junto aos templos pagãos e que depois passaram a se prostituir diante do templo do Senhor em Jerusalém. Porque os prostitutos (as) cultuais mencionados na Bíblia exploravam os que se dirigiam ao templo para adoração oferecendo-lhes um pouco de orgia – orgia sexual revestida de espiritualidade, como alguns desses a que me refiro que falam línguas, profetizam, oram pelos enfermos, são místicos e super espirituais... Mas orgiofantes (como os sacerdotes que prestavam culto a Dionísio).

Os prostitutos e prostitutas cultuais, comuns nos templos pagãos passaram a conviver com os adoradores junto ao templo de Jerusalém, indicativo de uma deformação espiritual da nação de Israel. Não estou afirmando que é comum tais pessoas se prostituir de verdade, em orgias sexuais; estou afirmando, isto sim, que sempre que uma pessoa se afasta de Deus, comete prostituição com outros deuses – fato mencionado pelo próprio Deus em várias passagens do Antigo Testamento. Em Ezequiel 16 ele compara Israel a uma menina, que é cuidada por Deus, adornada e preparada para ser esposa, mas se prostitui com os povos vizinhos.

Deus se antecipou ao que poderia acontecer e recomendou a Moisés: “Das filhas de Israel não haverá quem se prostitua no serviço do templo, nem dos filhos de Israel haverá quem o faça... Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus (Dt 23.17-18).

O que se vê hoje no Brasil é uma orgia espiritual, uma masturbação coletiva praticada por cantores e cantoras, pregadores e pregadoras, que não conseguiram fazer sucesso no mundo e encontraram na igreja um filão de negócio; o caminho para o enriquecimento à custa da espiritualidade dos irmãos.

Imagine o Lázaro da Bíblia, que Jesus ressuscitou dos mortos gravando seu cd e saindo pelo mundo a pregar nas igrejas, usando os recursos para comprar bens e imóveis em Atenas, Roma e Jerusalém. Imagine Dorcas, relatando sua ressurreição e insinuando aos irmãos por onde pregava que precisava de dinheiro para comprar máquinas de costura a fim de ajudar os pobres com maior eficácia, lucrando com a bênção alcançada. Eles seriam excluídos do rol de membros do céu pelos apóstolos. Pois sei que esses excrementos espirituais – e não há palavra melhor para descrever tais pessoas – cobram preços exorbitantes para pregar e cantar. Eu estava numa cidade pregando o evangelho e em várias cidades daquele Estado os irmãos se mobilizavam para ouvir o ex (que deve ter fracassado no mundo) cujo preço varia de 20 a 35 mil reais por apresentação. Este cantor que explora a espiritualidade do povo deve ganhar, pelo menos, com a agenda cheia em torno de cem mil reais por semana! Sim, porque fazem sucessos os ex-, sejam ex de quaisquer espécies. Ex que tocou na famosa banda do mundo; ex- que se prostituía com drogas, mas agora se prostitui com dinheiro. Prostituem-se com a fé. Sim, porque quais prostitutos cultuais do AT usam da espiritualidade para fazer orgia com o povo com o fim de levar o povo a se alegrar, enquanto eles ficam ricos.

Uma denominação pentecostal nutriu, alimentou e criou um pregador que cobra o exorbitante preço de quinze mil reais por pregação e nunca tomou uma atitude corretiva e disciplinar quanto a seu enriquecimento e vida pessoal; ao contrário, alimenta o sucesso desse mercador de dons. Balaão se sentiria envergonhado!

Assim, quando viajo pelo Brasil sinto no ar o odor fétido que eles deixam por onde passam; o odor da prostituição espiritual, o cheiro nauseabundo que costumam exalar os espiritualmente mortos. Que se prostituem espiritualmente e que levem pastores, líderes e povo à prostituição com eles é inegável, e não é de se duvidar de que se prostituam literalmente em seus confortáveis quartos de hotel. Pregadores e cantores que fazem exigências incomuns; que não aceitam fazer uma refeição na casa de irmãos; apenas em restaurantes que servem a La Carte. Que não se contentam com os bons hotéis e se não houver os melhores, recusam-se participar de eventos a menos que suas exigências sejam atendidas.

Os culpados são os líderes que atraídos pela ganância financeira esperam obter lucros com os gananciosos. Certamente porque muitos pastores, apóstolos e líderes se prostituíram espiritualmente, empolgados com as riquezas deste mundo, sonhando com mansões no litoral brasileiro e nas famosas cidades dos Estados Unidos.

Que posso dizer? Afirmar que alguns desses pastores que apóiam tais cantores e pregadores, juntamente com estes sejam descendentes de Balaão – que se prostituiu e usou de seus dons para ensinar Balaque a armar ciladas para os filhos de Israel – seria ofender o profeta do Antigo Testamento, que por seu pecado foi morto por Josué. Quem sabe possuem o DNA de Judas, ou são da mesma linhagem espiritual que vendem o nosso Senhor em troca das benesses de Mamom. Pedro e Judas descreveram tais cantores, pregadores e pastores com adjetivos pouco recomendáveis, afirmando que estes “andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores... Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça... Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas”.

Por mistificações o apóstolo está se referindo aos que usam dos dons espirituais para se sobrepor aos demais; eles têm dons, são místicos e falam como se uma nuvem de transcendência divina repousasse sobre eles.

Faz-se necessária uma limpeza na igreja, a Casa de Deus, como fizeram Asa e Josafá. Asa tirou de cena sua própria mãe e “removeu os prostitutos cultuais” que usavam o templo como local de prostituição. Josafá ainda precisou intensificar a reforma, porque, de tempos em tempos os aproveitadores da boa vontade do povo; os exploradores da espiritualidade das pessoas, tais como eram os filhos de Eli aparecem na igreja de Deus (1 Rs 15.12; 22.47).

Uma igreja rameira serve de alcova para os exploradores da espiritualidade do povo. E Deus haverá de limpar sua igreja.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os mercadores da espiritualidade fazem do nome Jesus um mero amuleto.



Por Carlos Queiroz

O mercado tem sido cada vez mais citado como força propulsora de sociedades inteiras e de todo tipo de relação, das interpessoais às internacionais. Utilizando-se de uma série de mecanismos para estabelecer parâmetros, fomentar condutas e definir regras, o mercado tem sido elevado a uma espécie de altar neste século 21. Por suas regras, a capacidade empreendedora transforma matéria prima em produto, a fim de se atender às demandas e aos interesses dos clientes. É assim que surge o lucro, objetivo primordial do mercado; na outra ponta, o mesmo produto proporciona certo grau de satisfação a quem o consome. Entidade distante da compreensão das pessoas comuns, e ao mesmo tempo tão próxima a ponto de interferir na vida do indivíduo, o mercado transcendeu a esfera puramente econômica para intrometer-se na política, no esporte, na ecologia e até na religiosidade.

A indústria do futebol, por exemplo, conseguiu atender as demandas de entretenimento e paixão dos torcedores, transformando um tipo de “matéria-prima” em produto passível de comercialização. Empreendedores conseguiram transformar o futebol num dos mais rentáveis negócios de mercado. A capacidade de crianças e adolescentes de controlar e conduzir com os pés uma bola de futebol – habilidade tão comum entre os brasileiros – é o que alimenta essa indústria. Assim, a partir de garotos, são fabricados atletas nas indústrias especializadas do futebol, os clubes ou centros de treinamentos, que passam a vender atletas e serviços de entretenimento para seus clientes.

Outro exemplo marcante é o da chamada indústria de turismo, que nos últimos tempos tem sido uma das principais fontes de renda de diversos países. Há uma demanda de clientes interessados em novas experiências pessoais e no lazer. Pode-se considerar como “matérias-primas” deste mercado as belezas naturais de um determinado destino, assim como a arte, a cultura, o folclore ou a culinária de um povo ou região. Enfim, empreendedores de diversos segmentos conseguem atender às demandas de seu público-alvo, transformando até mesmo o talento ou a habilidade humana em produtos a serem comercializados.

E o mercado religioso? Este também tem crescido, e alimentado uma florescente indústria da fé. De um lado, temos a religião institucional utilizando-se dos elementos do mercado para justificar a funcionalidade pragmática de seus métodos; de outro, temos os devotos desse ídolo fundamentando esperanças no acúmulo de suas dádivas, os bens materiais. Desse modo, surge uma nova forma de ser e fazer religião, que de fato caracteriza-se muito mais como um negócio de mercado. Há uma demanda subjetiva, a tentativa humana de encontrar na transcendência uma resposta para as questões da vida, um jeito de se encontrar um caminho mais fácil e rápido para solução de problemas e realização de expectativas.

O ser humano é, por natureza, religioso. Ele desfruta de um campo subjetivo, que o impulsiona ao exercício da fé e à busca de um espaço coletivo onde possa relacionar-se com a divindade. A matéria-prima capaz de atender a essa demanda é a oração, a reza e os cânticos, assim como a confissão, as experiências místicas e as manifestações espetaculares, como o milagre. Empreendedores conseguem atender os desejos de seus clientes oferecendo-lhes os produtos da indústria dos negócios da religião. Da mesma forma como as indústrias fabricam o produto final que será comercializado, instituições religiosas são as fabricantes de respostas para consumo da alma. No mercado, tanto umas como as outras têm a mesma natureza e usam a mesma lógica.

Pela lei da oferta e da procura, que rege o mercado desde os primórdios da civilização, é a sociedade que determina a viabilidade dos empreendimentos. Nos dias de hoje, com o surgimento de novos mercados, cabe a ela, também, o papel de acompanhamento e fiscalização dos negócios que realizam. Os empreendedores da atividade religiosa e seus atravessadores usam como mediação o nome de Jesus, e muitos acreditam que estão seguindo de fato a Cristo. Não percebem que, na raiz dessa neocristandade, não se está buscando ao Senhor nem os compromissos decorrentes do seu Reino, mas apenas objetivando interesses exclusivamente materialistas. Os mercadores da espiritualidade fazem do nome Jesus um mero amuleto.

Dentro de tamanha relação mercantilista, não há diferença se o mediador é o Filho de Deus ou um ídolo qualquer – até porque, neste caso, a grande divindade é o capital, a conta bancária, enfim, o vil metal. Todavia, transações de caráter comercial não cabem no Evangelho. Para os servos de Deus, é necessário averiguar na experiência de Jesus Cristo e da primeira geração de discípulos uma outra maquete, fundamentada na graça, no amor e serviço aos pobres e marginalizados; enfim, uma opção de serviço e sacrifício pelo bem comum.

Nesse novo jeito de se fazer religião, muitos cristãos, inclusive os de boa vontade, não percebem que fazem parte de uma nova ordem espiritual regida pelo ídolo do mercado. Uma divindade cujas faces modernas nada mais são do que maneiras novas de se fazer coisas antigas. Só não percebe quem ficou cego pelo deus deste século.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A pergunta que mudou meu jeito de pensar


David Ryser

Tradução de João A. de Souza filho

Alguns anos atrás lecionei numa escola de ministérios. Meus alunos tinham sede de Deus, e eu fazia de tudo para que eles amassem o Senhor Jesus e se tornassem um canal de um avivamento na igreja. Encontrei uma citação atribuída a Sam Pascoe; um resumo da história da igreja. Mais ou menos assim:

O cristianismo começou na Palestina como uma comunhão. Quando chegou à Grécia virou filosofia. Na Itália, tornou-se uma instituição. Na Europa tornou-se uma cultura, e ao chegar à América virou um empreendimento. Alguns dos alunos tinham 18 ou 19 anos de idade, e eu queria que eles entendessem a última frase, por isso enfatizei: “Um empreendimento. Isto é, um negócio”. Depois de um silêncio prolongado, Marta, uma das alunas perguntou: - Um negócio? Mas, não deveria ser um corpo?

Não consegui ver até onde esta linha de raciocínio chegaria, e apenas respondi: - Sim. E ela acrescentou: - Mas, quando um corpo se torna negócio, não se torna uma prostituta?

A sala silenciou. Ninguém se mexia ou falava. Todos receavam fazer qualquer barulho porque a presença de Deus inundou a sala de aula. Estávamos pisando em terra santa. Pensei comigo mesmo: - Nunca imaginei dessa maneira! Mas, não falei coisa alguma. Deus tomou conta da sala de aula.

A pergunta de Marta mudou meu jeito de pensar. Durante seis meses, pensei naquela pergunta todos os dias: Quando um corpo se torna um negócio, então vira prostituta! Existe apenas uma resposta à colocação de Marta: Sim. A igreja da América, lamentavelmente está cheia de gente que não ama a Deus. Nem o conhece!

Afirmo que a maioria dos cristãos da América não conhece a Deus, e muito menos o amam. A raiz disso é a forma como nos achegamos a Deus. A maioria de nós achegou-se a Deus porque nos disseram o que ele poderia fazer por nós. Fomos ensinados que ele nos abençoaria e que depois, nos levaria para as mansões celestiais. Achegamo-nos a ele pelo dinheiro dele, e não nos importamos com ele, desde que peguemos o que ele tem. Fizemos do Reino de Deus um negócio e da unção uma mercadoria. E não deveria ser assim.

Somos amantes ou prostitutas?

Outro dia voltei a pensar na pergunta de Marta e refleti sobre a diferença entre um amante e uma prostituta. Descobri que ambos fazem as mesmas coisas, mas o amante faz o que faz porque ama. Uma prostituta insinua que ama, mas só está de olho no pagamento. E então me perguntei: O que aconteceria se Deus parasse de me pagar?

Nos meses seguintes permiti que Deus sondasse e trouxesse à tona os motivos de eu amá-lo e servi-lo. Sou, de fato, um verdadeiro amante de Deus? O que aconteceria se ele parasse de me abençoar? E se ele nada mais fizesse por mim? Ainda o amaria? Por favor, entenda; eu creio nas promessas de bênçãos celestiais. A questão aqui não é se Deus abençoa seus filhos, mas as condições de meu coração. Por que o sirvo? As bênçãos dele são frutos de nosso amor, ou o pagamento de uma barganha financeira.

Amo a Deus incondicionalmente? Levei meses refletindo sobre isso. Até hoje me pergunto se minhas atitudes e meu comportamento são frutos do meu amor a Deus. Às vezes descubro que fico decepcionado com Deus se ele não supre algumas de minhas necessidades financeiras.
Concluo que são questões que não foram totalmente resolvidas, mas quero a cada dia mostrar meu verdadeiro amor a Deus.

Portanto, somos amantes ou prostitutas? Não existem prostitutas no céu nem no Reino de Deus, mas existem muitas ex-prostitutas nos céus.

Fonte: http://www.revivalschool.com/ Via: pastor joão

VOCÊ CRÊ NAQUILO QUE VOCÊ NÃO VÊ?‏



Eliseu, o profeta, pediu a Deus em favor de seu ajudante, o seguinte:
“Senhor, abre-lhe os olhos, para que veja que mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.

Jesus perguntou a Seus discípulos quando estava sendo preso:
“Ou não crêem que se eu pedisse meu Pai não enviaria legiões de anjos?”

Também é Jesus quem diz:
“Eu vi Satanás cair do céu como um relâmpago!”

E diz mais:
“Em verdade vos digo que os anjos dos pequeninos vêem a face de meu Pai, em favor deles, de dia e de noite”.

E, na mesma toada, vêm dezenas de outros textos, tanto da Antiga Aliança quanto da Nova, todos garantindo que entre nós e o que vemos, existem milhares de forças e poderes que não vemos.

Desse modo, percebemos apenas uma porção extremamente pequena da realidade. E digo não apenas acerca da realidade que vemos [da qual somos quase totalmente ignorantes], mas, sobretudo, da realidade invisível, a qual somente pode ser acessada pela fé, e que é muito mais lotada de vida do que o mundo que vemos.

Eu sei que estou sendo visto o tempo todo. Visto por anjos, demônios e muitas criaturas que não vejo. Não as vejo, mas sei que existem; e sei que me conhecem...

Para não irmos muito longe..., basta dizer de modo reduzido que Jesus e Paulo viam muito mais o mundo que não se vê do que o mundo que se vê.

Ora, quem perde esse sentido das coisas..., mas insiste em dizer que vê, se assemelha a um cego que se oferece para dar aula em classe de cirurgia oftalmológica.
Não é possível ler o Novo Testamento é continuar não aceitando que a fé em Jesus é cheia de seres invisíveis, de lutas, de confortos e de socorros espirituais.

Quem pensa que lida apenas com o que se vê faz-se presa fácil de tudo o que existindo não se vê.
Daí Paulo dizer que nossa luta maior não é contra o que se vê, mas contra o que se não vê, e que se manifesta de modo perversamente organizado no mundo, na forma de Principados, Potestades, Poderes, Tronos, e Soberanias diversas...

Mas a maioria prefere crer que o mundo é feito, em seus maiores poderes, de Osamas e Obamas...

Não! Os Osamas e os Obamas são apenas pequenos coadjuvantes em uma trama muito mais sofisticada, para qual ambos estão igualmente cegos...
Ah, quem dera nossos olhos se abrissem para vermos tudo o que está rolando nas regiões invisíveis...

Então, veríamos como nossas ações, pensamentos, eleições de importância, causas, valores, significados, etc. — repousam sobre muito do engano que nos é administrado por tais poderes espirituais.

Eu ousaria dizer que se os nossos olhos se abrissem talvez percebêssemos que 99% do que chamamos de importante sejam apenas imposições do mundo dos manipuladores espirituais.
A grande especialidade desses seres, quando são hostis, é distrair a nossa existência em relação ao que seja o real sentido de viver.

Ora, Jesus disse que eles não somente influenciam, mas também disse que eles podem habitar mentes e possuir pessoas, que, pela entrega, tornam-se um com tais forças...

É por esta razão que o convite é para que se ponha o capacete da salvação, se vista a couraça da Justiça de Jesus, se calce os pés com o Evangelho da paz, se empunhe a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e que se tenha sempre o escudo da Fé, com qual se pode apagar as setas inflamadas e envenenadas desses poderes hostis; e isso sempre vestindo a verdade como roupa intima do ser.

Quem não tiver tais percepções não sobreviverá nos dias maus que se avizinham do mundo.

Nele, que nos ordenou que andássemos vigilantes,

Caio
http://www.caiofabio.com/
http://www.vemevetv.com.br/

terça-feira, 23 de junho de 2009

Os Santos Caminham em Fraquezas



João A. de Souza filho

“Da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra”
Vez que outra me deparo com as fraquezas dos homens e mulheres de Deus do passado, apresentados na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11. Qualquer pregador e escritor inteligente poderá desconstruir e falar negativamente das vidas de Abraão, Isaque e Jacó; qualquer pregador, se quiser, poderá pincelar de preto e branco a vida de Davi e descolorir a beleza dos personagens da Bíblia. Se alguém quiser desacreditar a vida e a biografia de cada pessoa citada em Hebreus, terá argumentação suficiente para fazê-lo.

Todos cometeram erros. Noé, o grande intercessor, vacilou, embriagou-se, e amaldiçoou o seu filho. Abraão, o amigo de Deus, diante dos reis, temeu e mentiu. Isaque também. Jacó, e os patriarcas – exceção de José – foram enganadores e mentirosos. Gideão se prostituiu espiritualmente fazendo uma estola sacerdotal. Davi, homem segundo o coração de Deus, no auge do reino adulterou e foi homicida. Salomão, que de Deus recebeu tanta sabedoria e conhecimento, cedeu ante os prazeres da carne.

É preciso ler Hebreus 11 pela ótica de Deus. Eram pessoas que fraquejaram? Sim! E como fraquejaram! Mas Deus não os vê como nós os vemos. Deus os vê como seres humanos, sujeitos a fraquezas; e os vê como pessoas de fé, e vencedoras. A vida desses personagens é-nos exposta como exemplo de fé que supera a fraqueza. Estão ali para nos incentivar a seguir na jornada da vida cristã, apesar das fraquezas.

As fraquezas tendem a levar ao desânimo, e a única maneira do obreiro ser um vitorioso, é aprender a depender de Deus em tudo o que faz, pois a coisa que Deus mais valoriza nos seus servos é a humildade seguida de quebrantamento. Quantos de nós oscilamos e lutamos todos os dias entre a unção e a fraqueza? Sentimos que estamos cheios do Espírito Santo, que temos poder; admiramo-nos de que os demônios se agitam com nossa presença, curamos os enfermos e profetizamos, fazemos obras gloriosas e, no entanto, cedemos diante do pecado. Uma verdadeira guerra se trava dentro de nós. Unção e fraqueza convivem lado a lado – dentro de nós, numa luta sem tréguas!

Um místico, citado por Arintero disse: “Às vezes Deus deixa nos melhores santos algumas fraquezas e, por mais que queiram não conseguem desvencilhar-se delas, nem corrigir-se, para que sintam sua própria fraqueza, e ver o que seriam sem a graça de Deus. Só as fraquezas impedem que nos vangloriemos dos favores que de Deus recebemos... Não devemos, pois, nos inquietar nem nos entristecer pelas faltas que poderíamos cometer – como fazem os orgulhosos que se turbam e desmaiam quando miram suas fraquezas – mas tirar delas forças.” 1

Cuidando do nosso caminhar

Quero exemplificar a questão da fraqueza usando a visão que Ezequiel teve dos querubins. O profeta descreve os querubins como seres diferentes, com seis asas. Com duas asas cobrem o rosto, com duas cobrem os pés e com as outras duas voam. Imagino que encobrem o rosto por serem belos, e precisam encobrir os pés, por causa da imperfeição. Ainda que seus pés brilhem como o bronze polido, os querubins têm pés de vaca! A Bíblia diz que são de bezerros! “As suas pernas eram direitas, a planta de cujos pés era como a de um bezerro, e luzia como o brilho de bronze polido” (Ez 1.7). Quer dizer, têm pernas de homem, mas pés de bezerro! Imagine-se um homem, com pé de vaca!

A glória que brilha sobre seus rostos serve para esconder a fraqueza!

Nossos pés, ao que se depreende das Escrituras também são símbolos de imperfeição, e Deus quer que nos apresentemos diante dele como somos. Os sapatos que usamos encobrem a feiúra de nossos pés. Nenhum homem, ao que parece gosta de expor seus pés; não os acha belo. Por isso usa os melhores calçados, não apenas para escondê-los e protegê-los, mas também para poder caminhar mais confortavelmente. Moisés apresenta-se calçado diante da sarça e Deus lhe pede que se aproxime descalço! Josué está diante do anjo, calçado, pronto para a guerra e este pede que Josué tire os sapatos: “Descalça as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo” (Js 5.15). Os pés falam de nosso caminhar e da nossa imperfeição. Por isso queremos protegê-los.

Paulo afirma: “E os que nos parecem menos digno no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra” (1 Co 12.23). Se um homem estiver vestido de finos trajos, mas os sapatos estiverem sujos, não combinando com a cor ou se o homem estiver descalço, toda perfeição e beleza da pessoa desaparecem pela feiúra dos pés!

Assim somos nós, os obreiros. Somos fracos quando estamos diante de Deus e do povo. Temos uma aura de glória celestial sobre nossas cabeças quando pregamos o evangelho, e os pés empoeirados da caminhada. No entanto, como um querubim que, apesar de tanta glória tem pés como de bezerro, os pés dos pregadores recebem o brilho celestial que encobre sua imperfeição! Parece que Deus vê os nossos pés sob o ângulo de sua glória: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7).

O obreiro pode recender ao perfume de Deus, ao brilho de sua glória, mas Deus sempre deixa um quê de imperfeição para mantê-lo humilde diante dele. Na vida familiar uma esposa que não entende seu ministério; um filho que se desvia; um negócio que emperra; uma calúnia que o atordoa; um pecado do qual não consegue se desvencilhar; qualquer coisa, para que olhe para seus pés e se envergonhe de sua imperfeição. O obreiro quando olha para o espelho e vê refletido nele a glória de Deus tem a tendência de se exaltar, mas ao olhar para os seus pés, não pode fazer outra coisa senão chorar!

Paulo poderia se gloriar das tantas revelações e visões.

Paulo tinha uma fraqueza; os pregadores e santos têm fraquezas. Os santos caminham com fraquezas. Deixe-me dizer isto: Certas marcas de pecado jazem em nossa mente a fim de lembrar-nos de que somos salvos e vivemos por causa da graça de Deus. Paulo orou três vezes - mas Deus não afastou a imagem que o oprimia. Deus conhecia a fraqueza de Paulo e indicou-lhe que teria de conviver com ela toda a vida. A resposta de Deus?

“A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo...” (2 Co 12.9).
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4.7). A glória opera em vasos imperfeitos! E nossa imperfeição está ali, apontando para nós, dizendo-nos que precisamos de Deus, sempre!

Deus deixa certas falhas nos seus filhos para que aprendam a depender exclusivamente dele. A glória e a graça de Deus vêm sobre nós escondendo nossas fraquezas. Assim como os pés de bezerro - feios - brilham com a glória de Deus, nosso caminhar é santificado por sua glória! Todos os que aparecem na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11 possuíam fraquezas: Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, etc. Algumas, fraquezas inadmissíveis hoje pela liderança da igreja!
Sara é lembrada por sua fé, e não porque duvidou. Abraão, por sua fé, e não porque mentiu. Noé por sua fé, e não porque se embriagou e amaldiçoou o filho.

Uma frase do escritor aos Hebreus resume a vida desses heróis da fé: “da fraqueza tiraram força” (Hb 11.34).

No meio das tribulações - sejam elas devido a erros cometidos, a falhas humanas ou vindas diretamente de Satanás, o peso de glória é eterno, acima de toda comparação (2 Co 4.18). Porque a glória que sobre nós brilha vem de Deus. Apenas refletimos a glória dele!

Pois o que de Deus recebemos é depositado em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa!

1 [i]ARINTERO, Padre I.G. notas e rodapé, La Evolución Mística,Vol. 91 p. 418 – BAC – Espanha
Fonte: pastor joao

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Reteté x Bereanos


Por Elder Sacal Cunha

Diante do quadro atual que vivemos, passamos por uma hora crítica em que precisamos avaliar e julgar os ensinamentos contundentes dos pregadores da boa vida e parar e pensar numa teologia bíblica.

Cada vez mais tenho percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um estranho tipo de evangelho. O sensacionalismo bem como o emocionalismo, fruto do chamado Reteté tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente contrários aos ensinos bíblicos.Em nome da experiência, doutrinas e práticas litúrgicas das mais RIDÍCULAS que têm se multiplicado em nossos arraiais - "Sapatinho de fogo, unção do cajado, do riso, do leão, da urina, galo que profetiza, kung-fu", entre tantas outras mais, me faz abordar esse assunto.

Talvez ao ler este texto você esteja dizendo: quem somos nós para julgar alguém? A Bíblia nos ensina que não podemos julgar ninguém. Ora, quando o Senhor Jesus advertiu contra o juízo temerário (Mt 7:1-6), Ele não estava declarando pecaminoso e proibido toda e qualquer forma de juízo. Dentro do contexto de Mateus nosso Senhor nos induz a discernir quem é cão e porco para que não se desperdice a graça de Deus. Julgar não é pecado! Afinal o próprio Deus exerce juízo. Ele mesmo nos ordena exercer o discernimento, que diga-se de passagem é o dom mais ignorado, e talvez o mais odiado hoje em dia.

Cristo julgou os escribas e fariseus pelo seu comportamento hipócrita e doutrinariamente distorcido (Mt 23:1-36). Se o julgar não é o papel de um homem de Deus, então creio que tanto os profetas do Antigo Testamento como os apóstolos devem ser despidos deste título! O que falar então dos crentes de Beréia? Ora, diz a Bíblia que eles não engoliam qualquer ensinamento, antes pelo contrário, verificavam se o ensino estava de acordo com a sã doutrina.

Como já escrevi inúmeras vezes, creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.

Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

O que precisamos, de verdade, é retornar aos tempos dos "joelhos calejados", tempos em que gastavamos horas meditando na Palavra do Senhor individualmente, tempos em que choravamos diante do Pai por sermos pecadores e não merecedores de tanto amor, tempos em que havia união entre as igrejas de Cristo, tempos em que não havia falsidade dentro da da casa do Senhor, tempos em que pastores eram respeitados e não invejados por outros pastores.... Um dia retornaremos a essa condição.... MARANATA Ora vem Senhor Jesus!SOLA SCRIPTURA - bradou Martinho Lútero

domingo, 21 de junho de 2009

A farinha é pouca... meu pirão primeiro


Reino e a sua JUSTIÇA

Um dos versos prediletos dos pregadores modernos é Mateus 6:33, onde Jesus ordena: “Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Este verso é sistematicamente usado para convencer aos fiéis a priorizarem o Reino de Deus, que para eles, limita-se à esfera eclesiástica. Priorizar o reino de Deus é entendido como sinônimo de ser assíduo aos cultos e jamais deixar de fazer suas contribuições. Família, negócios, lazer, tudo deve ser preterido, em função da agenda da igreja local.

Mas será exatamente isso que Jesus quis dizer? O que significaria “buscar o Reino de Deus”? E mais: o que significaria buscar a justiça desse reino?

Geralmente, a ênfase recai sobre o Reino, identificando-o com a igreja. E quanto à justiça desse reino, por que é simplesmente ignorada? Afinal, a ordem de Cristo é buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a sua justiça.

Estaria Jesus falando da justiça imputada aos pecadores, quando estes admitem seu estado pecaminoso, recorrendo à misericórdia de Deus revelada na Cruz? Estaria Ele falando da tão importante doutrina conhecida entre nós como “justificação pela fé”?

Ou estaria Ele falando da justiça como o modo de vida proposto aos cidadãos do Reino de Deus?

Se Jesus estava referindo-Se à Justiça de Deus, então é provável que Ele estivesse falando da Justificação pela Fé. Mas Se Ele estava referindo-Se à Justiça do Reino, logo, é mais plausível crer que Ele estivesse falando da Justiça como práxis, como prática, e não apenas como algo que nos é imputado. Mesmo porque, a justiça que nos é imputada pela fé, não é resultado de qualquer busca humana, mas de uma intervenção soberana de Deus. Nós não a buscamos. Ela nos encontrou, e nos foi imputada pela fé.

Creio piamente que Jesus estava falando da Justiça do Reino, que é a conseqüência prática que deve ser encontrada na vida daqueles em quem foi imputada a Justiça de Deus.

Em sua primeira epístola, João diz: “Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1 Jo.2:29). E mais: “Quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”(3:10b).

De fato, somos justificados pela fé somente. Isto é, ao crermos no Filho de Deus, e na suficiência de Seu sacrifício por nós, somos declarados justos no Tribunal Celestial. Não somos inocentados, mas justificados. Ser declarado justo não é o mesmo que ser declarado inocente. O inocente é aquele que não tem qualquer culpa. Já o que foi justificado é aquele que teve sua culpa comprovada, mas sua penalidade foi devidamente aplicada. Seu débito, portanto, fora saldado. No caso, Cristo arcou com nossa penalidade na Cruz, morrendo em nosso lugar.

Uma vez declarados justos, devemos buscar viver a Justiça do Reino de Deus.

Definição bíblica de justiça

Justiça é dar a cada um o que lhe é de direito. Nas palavras de Paulo: “Dai a cada um o que deveis” (Rm.13:7a). Toda vez que privamos alguém dos seus direitos, cometemos injustiça.Paulo define o Reino de Deus como “justiça, paz e alegria no Espírito Santo”, e afirma que “quem nisto serve a Cristo, agradável é a Deus e aprovado pelos homens” (Rm.14:17b-18). Quem disse que “agradar a Deus” e ser “aprovado pelos homens” são coisas excludentes?

A igreja primitiva experimentou cada uma destas dimensões do Reino de Deus, e por isso é dito que os crentes caíam “na graça de todo o povo” (At.2:47). Eles experimentavam uma verdadeira revolução, não apenas espiritual, mas também social.

Onde quer que a mensagem do Reino era pregada, havia grande alegria, até em cidades como Samaria, onde os discípulos jamais imaginariam ser bem recebidos (At.8:8).

A perseguição sofrida pela igreja era protagonizada pelas autoridades judaicas e romanas, não pelo povo. Era justamente a popularidade daquela nova seita, conhecida como “o Caminho”, que tanto incomodava às autoridades, instigando-as ao ciúme.

Mas enquanto as autoridades se corroíam de ciúmes, a igreja caía na simpatia das camadas populares, que eram contagiadas pela alegria do Espírito.

Aos poucos, a Igreja ía se espalhando pelo mundo, semeando a mensagem subversiva e poderosa do Reino de Deus. E o resultado? Além de alegria contagiadora, Lucas diz em sua reportagem que “as igrejas em toda a Judéia, Galiléia e Samaria tinham paz. Eram fortalecidas e, edificadas pelo Espírito Santo, se multiplicavam, andando no temor do Senhor”(At.9:31). A consciência apaziguada gera relações pacíficas. Quem não tem paz com Deus, não pode estar em paz consigo mesmo, e, conseqüentemente, não consegue ter paz com o semelhante. A paz oferecida por Cristo abrange a relação entre o ser humano e Deus, entre ele e seus semelhantes, e entre ele e sua consciência. E é esta paz que oferece o solo fértil, onde a Justiça possa ser semeada.

Tiago diz: “Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para os que promovem a paz” (Tg.3:18). Sem paz, torna-se impossível a frutificação da justiça do Reino. A Paz produz o ambiente propício para que a justiça, uma vez semeada, possa frutificar.

Alegria, paz, e... justiça!

Os crentes primitivos buscavam e viviam a justiça do Reino de Deus, em todas as suas implicações. E por isso, “não havia entre eles necessitado algum”(At.4:34). Como Jesus havia predito, todas as coisas lhes seriam acrescentadas, se buscassem prioritariamente a Justiça do Reino.

Porém, o cumprimento desta promessa não se daria através de alguma intervenção sobrenatural, mas através da prática da Justiça. Deus não faria chover pão do céu, como fizera no deserto, durante a peregrinação do povo hebreu.

A Ressurreição e a Ascensão de Cristo nos introduziram na Era do Reino, assim como a atravessia do Jordão introduziu Israel na terra da promessa. Enquanto os filhos de Israel caminhavam no deserto, nunca lhes faltou maná. Mas tão logo foram introduzidos na Terra Prometida, “cessou o maná; os filhos de Israel não o tiveram mais, mas nesse ano comeram das novidades da terra de Canaã”(Josué 5:12). Não faria sentido Deus manter aquilo por mais tempo, uma vez que Canaã era uma terra fértil, pronta pra receber sementes e frutificar.

Uma vez introduzidos no Reino, e recebido o Espírito da Promessa, caberia aos crentes semear, e assim, terem todas as suas necessidades supridas.

Jesus não mais multiplicaria pães e peixes, como fez no deserto por duas vezes. Nem promoveria pescas maravilhosas, como fez também por duas vezes. A partir de agora, a provisão de Deus se manifestaria através de meios naturais por Ele ordenados.

Os crentes primitivos perceberam logo isso. Eles sabiam que os sinais miraculosos continuariam, mas que já não visariam promover a satisfação de suas necessidades materiais. Lucas nos informa que “muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um”(At.2:43b-45). Os sinais realizados pelos apóstolos limitavam-se a curas, libertação de espíritos malignos, algumas ressurreições, e manifestações de dons espirituais. Entre eles, não havia nada como multiplicação de pães, ou qualquer outro sinal que visasse suprir necessidades materiais.

E quanto à promessa de que todas as demais coisas seriam acrescentadas? Isso não incluiria coisas materiais?É claro que sim. Mas o expediente usado por Deus seria outro, e não pura intervenção sobrenatural. Isso se daria através daquilo que Paulo chamou de “o caminho mais excelente”.

Seria vivendo o amor derramado pelo Espírito no coração dos crentes, que a igreja experimentaria o suprimento de todas as suas carências materiais. O Amor e a Justiça devem caminhar sempre de mãos dadas. “O que segue a justiça e o amor acha vida, prosperidade e honra” (Pv.21:21).

A intervenção sobrenatural se dava no coração dos crentes, à medida que a Palavra se multiplicava entre eles (At.12:24).

Lucas dá testemunho de que “não havia entre eles necessitado algum. Pois todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a sua necessidade”(At.4:34-35).

Era assim que eles viviam a justiça do Reino de Deus. Eles tinham tudo em comum. Por isso, não havia necessitado entre eles.

E quem pensa que tal estilo de vida começa e termina nas páginas de Atos dos Apóstolos, está redondamente enganado. Já no Antigo Testamento os judeus o experimentaram ao retornarem do exílio a Jerusalém. Neemais conta que os levitas “leram no livro da lei de Deus, esclarecendo-a e explicando o sentido, de modo que o povo pudesse entender o que se lia. Então Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, pelo que não vos lamentais, nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei. Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si. Este dia é consagrado ao nosso Senhor. Não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força (...) Então todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porçÕes e a celebrar com grande alegria porque agora entendiam as palavras que lhes foram comunicadas” (Nee.8:8-10,12).

Fenômeno bem parecido ao ocorrido na igreja primitiva. Bastou que o povo entendesse a Palavra, para que brotasse em seus corações a disposição de partilhar seus pertences. Lucas relata que “os que de bom grado receberam a sua palavra foram batizados (...) E perseveraram na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações”(At.2:41a, 42). Portanto, este estilo de vida surge muito antes de Atos, e prossegue depois dele.

Paulo, apóstolo dos gentios, o endossa em suas epístolas, onde nos ordena a partilhar “com os santos nas suas necessidades” (Rm.12:13). Paulo sabia que na Era do Reino, os crentes precisariam semear, e não esperar por intervenções freqüentes dos céus. E esta semeadura se daria quando os crentes se dispusessem a compartilhar seus bens. Como um visionário, Paulo entendia que a Igreja deveria ser uma agência catalisadora e distribuidora de recursos. Através da semeadura, os bens seriam distribuídos, e assim, todos desfrutariam igualmente dos recursos enviados por Deus.

Ao ordenar que os crentes de Corinto participassem desta graça, Paulo escreve:

“Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós aperto, mas para igualdade. Neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve demais, e o que pouco, não teve falta”2 Coríntios 8:13-15.

Repare que Paulo usa a analogia da semeadura para estimular os crentes a partilharem uns com os outros. Ele sabia que a igreja era o Novo Israel, que deixara o novo Egito (a Jerusalém apóstata)[1], e agora havia recebido “um reino que não pode ser abalado” (Hb.12:28). Portanto, a exemplo do antigo Israel, a Igreja deveria semear na boa terra do Reino, e através disso, produzir a Justiça do Reino.

O mesmo conceito é repetido por Pedro: “Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe.4:10). O que Deus dá a uns, é para que seja usado para benefícios de outros. Deus não é injusto por dar a uns o que nega a outros. Pelo contrário: Através disso, a Justiça de Deus se manifesta, fazendo com que dependamos uns dos outros. Ninguém é auto-suficiente no Reino de Deus. A igualdade ocorre quando a abundância de uns supre a falta de outros, e vice-versa.

Respeitando o princípio da semeadura, Paulo diz que nossa semeadura deveria ser “expressão de generosidade, e não de avareza” (2 C.9:5b). E mais: “O que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura, com fartura também ceifará” (v.6).

Segundo o Apóstolo, a Deus compete prover a semente, mas a nós compete semeá-la.

“Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para o alimento, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça”. 2 Coríntios 9:10.

Veja, ainda dependemos de freqüentes intervenções de Deus. Ele ainda multiplica... não mais pães ou peixes, e sim a nossa sementeira. Ele dá a semente. Ele provê oportunidades de trabalho, aptidões profissionais, força física, inspiração e motivação. Mas cabe a nós usar todos estes recursos para o bem comum, e não apenas para satisfação de nossas necessidades e cobiças.

Tiago afirma em sua epístola, que o motivo porque muitos pedidos não são atendidos por Deus é que pedimos mal: “Pedis e não recebeis porque pedis mal, para o gastardes em vossos prazeres” (Tg.4:3). Pedir mal é pedir pensando somente em si. Devemos pedir que Deus multiplique nossa sementeira, para que possamos ser bênção na vida de outros.

Multiplicando nossa sementeira, Ele faz aumentar os frutos da nossa justiça. E desta maneira, Ele espalha recursos, em vez de fazê-los concentrar em algumas mãos somente. Paulo revela que o propósito de Deus é “fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra. Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”(vv.8-9).

Eis a justiça do Reino de Deus em operação. Sua meta é espalhar recursos, e distribuí-los justamente. Isso é o inverso do sistema que vemos no mundo, onde as riquezas são concentradas em poucas mãos.

[1] Em Apocalipse 11:8 lemos que a cidade onde Jesus fora crucificado é espiritualmente chamada de Egito.