segunda-feira, 28 de setembro de 2009

JEJUM, FOME DE DEUS


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

O jejum é uma prática milenar, porém em desuso na igreja cristã contemporânea. O jejum está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Os profetas, os apóstolos, Jesus e muitos homens de Deus ao longo da história experimentaram os benefícios espirituais por intermédio do jejum. Os santos de Deus em todos os tempos e em todos os lugares não somente creram no jejum, como também o praticaram. Hoje, porém, são poucos os crentes que jejuam com regularidade e ainda há muitas dúvidas acerca da sua necessidade e de seu funcionamento.

O que é jejum? É a abstenção de alimento por um período definido para um propósito definido. O jejum não é apenas abstinência de alimento. Não é um regime para emagrecer. Ele deve ter propósitos espirituais claros. Jejum é fome de Deus, é saudade do céu. A Bíblia diz que comemos e bebemos para a glória de Deus e também jejuamos para a glória de Deus (1Co 10.31). Se comemos para a glória de Deus e jejuamos para a glória de Deus, qual é a diferença entre comer e jejuar? Quando jejuamos nos alimentamos do pão da terra, símbolo do Pão do céu; mas quando jejuamos não nos alimentamos do símbolo, mas da essência, ou seja, nos alimentamos do próprio Pão do céu. Jejuar é amar a realidade acima do emblema. O alimento é bom, mas Deus é melhor (Mt 4.4; Jo 4.32). A comunhão com Deus deve ser a nossa mais urgente e apetitosa refeição. Nós glorificamos a Deus quando o preferimos acima dos seus dons.

O maior obstáculo para o jejum não são as coisas más, mas as coisas boas. Nem sempre nos afastamos de Deus por coisas pecaminosas em si mesmas. Os mais mortíferos apetites não são pelos venenos do mal, mas pelos simples prazeres da terra, os deleites da vida (Lc 8.14; Mc 4.19). "Os prazeres desta vida" e "os desejos por outras coisas" não são um mal em si mesmos. Não são vícios. São dons de Deus. No entanto, todas elas podem tornar-se substitutos mortíferos do próprio Deus em nossa vida. Jesus disse que antes de sua volta as pessoas estarão vivendo desatentas como a geração que pereceu no dilúvio. E o que elas estavam fazendo? Comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento (Mt 24.37-39). Que mal há em comer e beber, casar e dar-se em casamento? Nenhum! Mas, quando nos deleitamos nas coisas boas e substituímos Deus pelas dádivas de Deus estamos em grande perigo. O jejum não é fome de coisas boas; o jejum é fome de Deus. O jejum não é fome de coisas que Deus dá; o jejum é fome do Deus doador. Nossa geração corre atrás das bênçãos de Deus em vez de buscar o Deus das bênçãos. Deus é melhor do que suas dádivas. O abençoador é melhor do que a bênção.

O propósito do jejum não é obter o favor de Deus ou mudar a sua vontade (Is 58.1-12). Tampouco impressionar os outros com uma espiritualidade farisaica (Mc 6.16-18). Nem é para proclamar a nossa própria espiritualidade diante dos homens. Jejum significa amor a Deus. Jejuar para ser admirado pelos homens é ter uma motivação errada. Jejum é fome do próprio Deus e não por aplausos humanos (Lc 18.12). É para nos humilharmos diante de Deus (Dn 10.1-12), para suplicarmos a sua ajuda (2Cr 20.3; Ed 4.16) e para voltarmo-nos para Deus com todo o nosso coração (Jl 2.12,13). É para reconhecermos a nossa total dependência divina (Ed 8.21-23). O jejum é um instrumento para fortalecer-nos com poder divino, em face dos ataques do inferno (Mc 9.28,29).

É tempo da igreja jejuar! É tempo da igreja voltar-se para Deus de todo o seu coração, com jejuns e com pranto. É tempo de buscar um reavivamento verdadeiro que traga fome de Deus em nossas entranhas, que traga anseio por um profundo despertamento da realidade de Deus em nossa igreja, em nossa cidade, em nossa nação!

Morte ao velho homem!


Por Por Georges Nogueira

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5.17).

Muitos cristãos verdadeiros e piedosos homens de Deus têm crido, erroneamente, que basta que a pessoa diga que aceitou a Jesus como seu Senhor e Salvador para que num passe de mágica sua vida seja completamente transformada. Não estou aqui pregando contra a verdade declarada na Bíblia, pois por mais estulto que eu consiga ser, não defendo as Escrituras somente pela razão, embora esta seja soberana, mas pelo amor às coisas de Deus, este maior e mais poderoso que qualquer tentativa de censura ou controle. Mais proveitoso me seria ser completamente estraçalhado e reduzido a pó, do que ser anátema ao Evangelho.

A manifestação mais visível da obra de Cristo na vida do cristão consiste exatamente na transformação que ela produz. A conversão é capaz de transformar o mais terrível assassino em um homem novo, livre do pecado e de qualquer vício. Essa transformação pode perfeitamente ocorrer imediatamente, conforme a vontade soberana daquele que É o Senhor e Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis. Da mesma forma, é também comum, e aceitável, porque humano, que o novo convertido passe por uma fase de adaptação à sua nova vida. A restauração de um viciado, por muitas vezes é trabalhosa e demanda esforço pessoal e por muitas vezes depende também de apoio externo. A Palavra do Senhor diz que todo aquele que nele crer, será salvo. Para isto, basta que se aceite ao Senhor Jesus Cristo como Salvador e como Senhor de sua nova vida. A carne, contudo, continuará lá, batalhando contra a excelência da opção do espírito do novo homem. Quando me converti, eu mesmo sofri crises horrendas de abstinência por falta do cigarro. Muito embora eu estivesse completamente convencido da minha necessidade suprema de me entregar completamente ao Senhor, meu cérebro se ressentia da falta da nicotina, e consequentemente maltratava todo o meu corpo. Da mesma forma, posso citar os testemunhos de conversão de cantores famosos, como é o caso do ex-integrante da banda Olodum, Lázaro, que pode ser ouvido em um de seus CDs, e do ex-integrante da banda Raimundos, que pode ser visto neste link. Tomo a liberdade de citar estas pessoas, pelo fato de serem pessoas públicas, e desta forma o acesso às suas histórias de vida ser fácil a todos que procurarem. Como neste caso específico o exemplo é positivo e despido de qualquer tipo de juízo de valor, me é lícito.

Temos também o exemplo da ação do velho homem na própria Bíblia:

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.14-24).

Poderia algum cristão ter suficiente autoridade espiritual para questionar a conversão do Apóstolo Paulo?

Ora, este é o cerne da verdade que defendo neste texto: não basta simplesmente que o novo convertido “declare” que sua vida foi transformada. É preciso ter claro e ser vigilante quanto ao fato de que mesmo como novas criaturas, não somos totalmente incapazes de pecar. O cristão consciente e sincero precisa sempre se lembrar de que ainda vivemos na carne. Esta é a mensagem pregada por Paulo no trecho bíblico citado.

O velho homem é um inimigo muito mais poderoso do que o próprio “inimigo” satanás. O velho homem é terrível! Sem necessidade de “possuir” ou “tomar” o cristão, por já habitar dentro de cada um de nós, ele anda conosco, dorme conosco, come conosco, trabalha conosco, fala através de nossas bocas e vê através de nossos olhos. Aproveitando-se desta proximidade, ele a todos rouba tudo!

Rouba-nos a alegria, rouba-nos a paz, tenta impedir nossa comunhão plena com o Senhor, sendo muito mais inclinado para os efêmeros prazeres deste mundo. O velho homem tenta, a todo custo, encher de pesar e de amargura o coração do novo homem. Luta para tornar-nos emocionalmente imprestáveis, batalha contra a auto-estima e o amor próprio do crente, em sua ânsia por tomar novamente o controle de nossas vidas, fragiliza nosso espiritualidade, tentando impedir-nos de desfrutar de todas as maravilhosas bênçãos que Nosso Senhor nos reservou. Através da ação do miserável velho homem, o cristão se torna insípido, deixando de ser “sal da terra”. Quando acossado por esse inimigo impiedoso, o crente não pode mais ser “luz do mundo” não se enxergando mais nele o brilho e a formosura de Cristo. O velho homem ainda guarda em si o ranço do pecado que milita para afastar o novo homem de Deus e da sua salvação. Pobre e miserável do homem que não atenta para este perigo. Quando esquecido, o velho homem volta a trazer à tona a intolerância, a falta de amor, o temperamento ríspido, a dureza das palavras e a moleza do caráter. Esta ação silenciosa do velho homem faz com que o cristão se veja na triste situação em que o Apóstolo Paulo flagrou os coríntios, quando os advertiu:

“Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1Co 3.1-3).

Isso é o que pode fazer o velho homem a cada um de nós. Pode tornar-nos homens piores, portadores de tudo quanto repele a Santidade do Senhor e extingue do crente o Espírito Santo, transformando os crentes nos lamentáveis e grotescos seres descritos nas Escrituras:

“egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2Tm 3.2-5).

Morte ao velho homem!! Meu desejo é que cada crente possa matar, lentamente, à míngua e sob tortura o velho homem que traz dentro de si. Façamos isso com rigor e com firmeza. A Palavra do Senhor nos dá a receita pra que possamos vencer esta tão dura e necessária peleja:

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fl 4.4-8).

Em sua infinita bondade, o Senhor inspirou seu servo para que ele mesmo nos ensinasse a combater o velho homem:

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai….”. (Cl 3.12-17).

Desta forma, poderemos cada um de nós dar conta se seu próprio inimigo íntimo, a saber o velho homem carnal e avesso às coisas de Deus, para que possamos todos quando chegada a hora, desfrutarmos das infindáveis bênçãos de Nosso Senhor Jesus Cristo, com Ele habitando na glória por toda a eternidade, Servindo em pessoa ao Criador de tudo o que há, ao qual haveremos de ver face a face!!!

SOLI DEO GLORIA!!!

A Entrevista de Tony Ramos e a Síndrome da Fama Tele-Evangelística



Por Tony Ayres

Ao assistir, recentemente, à entrevista de Tony Ramos, na Rede Globo; não pude deixar de estabelecer um elo de comparação entre ele e determinado tele-evangelista, cujo desejo de fama subiu à cabeça.

Quando sai da pele de seus personagens, o homem Tony Ramos revela-se um um ser humano de rara beleza. Despoja-se de toda afetação (que, no estágio de sucesso que alcançou, até poderia ser-lhe perdoada, se a tivesse) e permite-se ser simplesmente como é e como sempre foi.

Respeitado por todos os seus colegas de trabalho como um homem íntegro, bondoso e com um enorme carisma, sua simplicidade é conhecida dentro das dependências da Globo, onde trata com a mesma humanidade, tanto colegas de peso, como o ator Lima Duarte; como os camareiros e zeladores da Casa.

Casado desde o ano de 1969 com Lidiane, a esposa por quem confessa publicamente ser apaixonado; aos 61 anos de idade, o ator é pai de dois filhos: um médico e uma advogada e já comemora a chegada dos netos, sem esconder sua alegria.

À apresentadora Ana Maria Braga, Tony confessou ser um homem simples, de família, que respeita as demais pessoas, em suas diferenças; que não abriga qualquer tipo de inveja em seu coração; que não enxerga o sucesso como algo que o seduza e que medir o ser-humano por esse parâmetro é simplesmente algo mesquinho e menor.

A CONTRAPARTIDA

Em nosso mundo cristão evangélico, infelizmente, pessoas que chegam a ganhar alguma notoriedade no meio televisivo, surpreendem-nos com um comportamento completamente oposto.

Há alguns dias, coloquei aqui uma postagem referindo-me a determinado evangelista da TV e critiquei a sua postura, quanto ao envio de $900 reais, "exigidos" pelo "profeta" que o acompanhou, como condição para a liberação da "bênção da prosperidade".

Pois bem, em seu programa do último sábado, o referido pastor da TV "mandou" um aviso" aos críticos, afirmando que poria novamente, por algumas vezes, o tal programa no ar, afirmando que "os críticos são pessoas fracassadas e recalcadas, que ficam incomodadas com o sucesso alheio" (no caso, o dele, obviamente).

Espanta saber que tal pastor não esconde de ninguém ser formado em Psicologia e, ao mesmo tempo, demonstra publicamente, na TV, que esta, infelizmente, parece que não lhe ensinou nada, tanto no que se refere ao trato para com as pessoas, passando pela incapacidade de aceitar críticas de uma forma madura ( e não na infantilidade do "revide" grosseiro); como na falta do verdadeiro conhecimento psicanalítico da "teoria do recalque", elaborada por Freud.

Por outro lado, o que entende tal pastor por "pessoa fracassada"? Provavelmente, para ser coerente consigo mesmo, um "fracassado", para ele, é alguém que não tem o desejo de estar, a qualquer preço, na TV; quem não tem a "gana" por notoriedade e "poder", que não deseja aumentar o número de cruzadas com o fito de auto-promoção pessoal; e que não tem nenhum interesse em enriquecer pedindo ofertas e vendendo livros, para ter mais tempo "no ar".

De acordo com esses parâmetros, pessoas como Albert Einstein, Ghandi, Madre Tereza de Calcutá ou o anônimo médico que dedicou a sua vida a atender as pessoas de uma favela da Casa Verde, em São Paulo, gratuitamente, apenas tomando uma xícara de café em cada barraco onde visitava um paciente; foram todos FRACASSADOS.

O QUE SE OBSERVA, AFINAL, NESTA HISTÓRIA?

Por um lado, um grande artista, famoso e reconhecido em todo o Brasil e até fora dele, como um homem talentoso, humano, realizado, de bem com a vida, que atribui ao sucesso apenas um valor menor, no grande contexto da existência.

Por outro, um tele-evangelista que precisa pagar por seus horários para aparecer na TV, que não consegue disfarçar, sob o título de cristão, o ser humano iracundo e belicoso que, na realidade, demonstra ser; e que, a continuar nesse modo de agir, provavelmente nunca terá qualquer notoriedade que ultrapasse o mundo evangélico.

O que podemos afirmar. resumindo, é que o Jesus sobre quem a Bíblia nos fala. era um homem muito simples:cansado, tomava água à beira de um poço ou dormia no canto de um barquinho.
Mesmo sendo o Filho de Deus, não tinha onde reclinar a cabeça e quando morreu, na cruz cruenta do Monte Calvário, os soldados dividiram entre si o único bem material que possuía: suas vestes pessoais.

Mesmo assim, João Batista, o último dos profetas do período de vigência da Lei, testemunhou dele, nos arredores do Jordão: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (Jo. 3.30).

Procura-se evangelistas de TV que estejam dispostos a seguir o exemplo de Jesus e que tenham o espírito de João Batista.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Será o Benedito? Divórcio Já!

A expressão "Será o Benedito", é usada quando alguém tem alguma dúvida sobre qualquer coisa.

Esta, é uma das expressões catalogadas como popular, resultado de momentos da política no Brasil.

"Eu não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário!" Esta, é outra muito comum, medrosa e irresponsável, que está sendo utilizada em demasia, pelos crentes carnais.

A igreja, necessita imediatamente de uma palavra firme dos líderes. Não há mais tempo, para frear esta pouca vergonha, que escandaliza o Evangelho. Homens que se dizem de Deus, estão dando-se em casamentos, após um divórcio interesseiro e carnal.

Alguns estão como pastores, à frente de igrejas e congregações, em forte desafio aos desígnios de Deus. E, quem os deixa ocupar estas posições, também necessita ser retirado à força dos púlpitos.

Um basta, precisa ser dado pelos servos de Deus, a esta situação extremamente prejudicial ao futuro da igreja.

Existe, uma igreja no Brasil, que já é conhecida como a igreja dos divorciados. O pastor foi o primeiro a dar o exemplo. E, muitos aceitaram, pois, assim, todos ganharam a Carta de Alforria.

Descasa e casa, quem quiser! Fácil! Este, é o Baú da Felicidade para muitos pastores, que com as ofertas, ficaram em boa situação, e agora querem trocar as suas velhas esposas por uma mais "novinha". E, pior querem continuar no ministério!

Escrevo assim, porque tenho base e conhecimento de causa! Verifique com cuidado, se o seu pastor está nesta situação, e vamos acabar de vez por todas com esta zombaria.

Eles são homens sem temor, e o que somos nós, com a nossa boca calada? Será que devemos utilizar em nossas vidas a expressão:

"Eu não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário!"

Não! Não! Não! Ele é Santo! Santo! Santo!

O Senhor vai cobrar de cada um de nós, se calarmos!

Por favor, envie sugestões sobre este tema. Não queremos que mais Famílias, sejam encontradas, como a foto desta matéria. Muitas vezes na alma enão no exterior físico!

Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

pr. Newton Carpintero - contra quem é contra a Palavra de Deus e sente pavor de ser fiel!

A excelência do corpo de Cristo


Por Pr. João A. de Souza Filho

“Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.10).

Vez que outra é preciso voltar ao tema da Igreja. E Igreja com letra maiúscula, porque sempre que escrevo a respeito da Igreja em sua universalidade e totalidade faço-o com I maiúsculo e quando me refiro a igreja como corpo da localidade ou instituição escrevo-a com i minúsculo. É questão de estética, apenas.

E meus leitores entendem esta didática.

Venho pensando nesses últimos dias sobre a excelência da Igreja, o corpo de Cristo. E veja bem. Não se consegue ver a Igreja olhando-se para o que se imagina ser igreja em nossa nação. Quando tentamos olhar para a igreja, o que vemos? Instituições, denominações, associações, comunidades, igrejas locais, igrejas extra-local, etc. Olhando-se para a materialidade da igreja – quer dizer, tentando vê-la em seu aspecto exterior – o que se vê é um corpo alquebrado, fraco e doentio, destinado ao fracasso, mas, quando nossos olhos espirituais passam além do que é material, conseguimos enxergar a excelência do corpo de Cristo. É um organismo vivo, ativo. Santo.

Essa era a visão de Paulo. Ele conseguia ver a Igreja como agente e comunicadora da “multiforme sabedoria de Deus”. E conseguia vê-la levando a sabedoria de Deus aos governos do mundo espiritual – quer sejam dominações espirituais de Deus ou as dominações satânicas.

Neste sentido não há com o que se preocupar. Até os anjos anelam perscrutar o evangelho que a igreja tem para oferecer ao mundo (1 Pe 1.12), o que indica que os anjos estão atentos à mensagem da Igreja. – Quem sabe decepcionados com o que estão ouvindo dos púlpitos. Por outro lado, ao ouvirem a essência do Evangelho não conseguem entender como uma raça caída é restaurada novamente à imagem e glória do Criador.

Paulo tentou explicar o que é a Igreja e, para tanto usou de várias ilustrações: Lavoura, sacerdócio, nação, edifício, templo, corpo, e, no entanto, não conseguiu – inda que usando essas figuras – explicar a transcendentalidade da Igreja. Somos corpo, mas somos lavoura. Somos templo e somos sacerdócio. Só que não somos de Roma, nem de Salt Lake City, de Istambul, da Grécia, de Londres, de Örebro na Suécia, de Belém, no Brasil, de Madureira, da Convenção do Sul, ou do Norte, de Springfield ou de Nova Iorque, da Congregação ou dos Congregacionais. Não importa se o governo é de presbíteros, de bispos, de apóstolos, pastores ou de patriarcas: As sedes das igrejas instituições e os títulos dizem nada.

Porque não se consegue ver a Igreja através dos vitrais coloridos, das vestes ornamentais, da coreografia, da liturgia, dos nomes, nem mesmo através da simplicidade de galpões, barracões ou de qualquer local que abrigue os cristãos. Costumamos dizer que ali está a igreja, mas nossa mente finita sempre a vê como um grupo particular, sob direção de alguém. Limitada ao tempo e ao espaço.

Quem sabe é preciso meditar no que escreveu Inácio de Antioquia para a igreja de Esmirna: “Onde Jesus está aí está a verdadeira Igreja Católica”.1 Não essa igreja católica de Roma, mas a Igreja Católica, ou Igreja Universal. E não confunda Católica com Roma, nem Universal com a igreja cujo bispo-primaz é Edir Macedo. Entenda: A palavra católica quer dizer, universal.

Exteriormente, quando prego entre os luteranos os irmãos de lá me perguntam a que Sínodo pertenço. Se prego entre os presbiterianos, perguntam de que presbitério faço parte. Quando estou entre os Batistas me perguntam a que convenção pertenço; se na Assembléia de Deus, de que ministério sou. Entre os Metodistas querem saber minha Região e nas Comunidades querem saber quem é minha “cobertura”, porque todos enxergam a igreja pela capa da instituição, pela referência doutrinária dos métodos de batismo, de ceia, da liturgia dos cultos, ou da pretensa “autoridade espiritual”.

E no entanto eu não os vejo pela cor da instituição. Eu os vejo além da estrutura de governo. Pela pequena fresta espiritual de minha limitação humana, consigo enxergar o corpo de Cristo, majestoso, autêntico, perfeito, santo, que ora se manifesta como noiva adornada, ore se apresenta como lavoura viçosa, como templo magnífico, e como edifício imponente; que se manifesta como corpo, e é possível vê-la bela, imponente, a menina dos olhos de Deus!

É essa visão plena que me leva a trabalhar entre meus irmãos da Assembléia de Deus – como fiz nos últimos anos, e como me criticaram por isso – ou no outro extremo com os anglicanos e episcopais. É a partir dessa visão que podemos enxergar os santos em toda parte. E posso lhe assegurar: O corpo é majestoso e perfeito. Basta olhá-lo com olhos diferentes.

As picuinhas, o mau cheiro, a politicagem, a soberba, a vaidade do nome e da tradição não representam a cara da Igreja. Representam, isso sim, a cara da igreja com i pequeno, a igreja pequena, humana e institucional, ainda que com milhões de adeptos, porque a Igreja corpo de Cristo é magnificente e misteriosa. Inigualável, incomparável e indescritível.

É para essa Igreja que trabalho. Porque o Chefe espiritual dela é Jesus, o Filho de Deus.

1 Bruce, F.F. em The Spreading Flame, p 210. EERDMANS, Londres.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Geração em crise


Por: Marcos Vasconcelos

Outro dia um pastor que pregava na minha igreja usou o termo "A síndrome da Terceira Geração", ao se referir a realidade da "igreja" evangélica no Brasil, citando o contexto bíblico de Israel,após a morte de Josué,quando se levantou uma geração que não conhecia ao Senhor (Jz.2.10).

A princípio, confesso que não dei muita importância a isso, parecia um exagero comparar a fervorosa "igreja" brasileira com a rebelde geração de Israel, mas depois cheguei a conclusão de que ele tinha razão.

Depois dos pioneiros Batistas, os missionários Presbiterianos, os missionários fundadores das Assembléias de Deus, e outros nomes que realmente zelavam pela palavra de Deus, depois da segunda geração de crentes, da qual nossos pais fizeram parte,muitos deles anônimos, que não atraíram multidões,nem colocaram seus nomes na historia,mas que reuniram pequenos grupos que foram transformados após ouvirem a retrograda mensagem da cruz que eles pregavam. Homens que morreram pregando a palavra de Deus, homens dos quais o mundo não era digno,que com certeza terão como recompensa viver a eternidade com Cristo. Mas essa geração foi recolhida após cumprirem a missão que Deus lhes dera.

Agora se levantou uma terceira geração de "ministros" de Deus, que tem em mãos recursos suficiente para transformar o mundo, mas a atual geração "não conhece o Senhor,nem tampouco as obras que Ele fez pelo seu povo".

Geração que insiste em afirmar que somos a "geração do avivamento", mas não conhece o principio básico do verdadeiro avivamento bíblico, que e salvação de almas. Lideres que acreditando possuir uma grande poupança no céu, fazem orações de atrevimento pedindo Serafins de fogo para o assistir, ignorando o ensinamento de Cristo,de "não usar de vãs repetições ao orar,mas com humildade ,ser dependentes da vontade de Deus" (Mt.6.8-10).

Lideres que estipulam valores exorbitantes para ofertas “voluntárias”, ignorando o significado da palavra voluntária, que e algo feito com o coração, sem obrigação nem valor estipulado. Muitos deles até usam a famosa frase "ou dá, ou desce", para constranger os fieis a manterem a mordomia dos "homens de Deus".

Geração de interesseiros, que chamam de trouxa, os que ofertam por gratidão, sem esperar nada em troca.

Geração de falsos profetas, que movidos por avareza, fazem comercio dos crentes, e usam o "evangelho" para enriquecimento.

Geração de lideres que ignoram o "não vos conformeis com o mundo",e usarem suas artimanhas para transformar o mundo,tornam "suas" igrejas cada vez mais mundanas.

Geração de profetas, que declaram o Brasil para Cristo, ao invés de pregar o arrependimento ao povo brasileiro.

Geração de lideres amantes de si mesmo,que engordam suas contas bancarias,moram em casas luxuosas, andam em carros importados e só vestem roupas de grife, enquanto os membros "trouxas" de suas igrejas que "voluntariamente doaram" o pouco que ganham ao "homi di Deus", mas como são trouxas e não esperam nada em troca, estão passando dificuldades financeiras.

Líderes que profetizam "a torto e a direito", toda sorte de bênção para os valentes que semeiam em seus ministérios.

Lideres que depois de realizarem um trabalho serio para Deus, estão na mesma situação do sacerdote Eli, cego,em uma cadeira,esperando a morte chegar,enquanto seus filhos (na fé) levam o povoa se prostituírem ante outros deuses.

Aquele pastor tinha razão, a atual geração conhece muita coisa, trazem no currículo vários títulos,são doutores em divindades,mas desconhece ao Divino Mestre,nem sequer sabem das obras que Ele tem feito no meio do seu povo.

E assim como para aquela geração de Israel, a única solução para essa geração, caso não se arrependam será o juízo de Deus.

Nota: Optei por não citar o nome desses líderes, mas vou deixar uma dica de onde o nome deles serão escritos.

"Ó SENHOR, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; o nome dos que se apartam de mim será escrito no chão; porque abandonam o SENHOR, a fonte das águas vivas."Jr.17.13

OS CRENTES ESTÃO TROCANDO A VERDADE PELA MENTIRA… você não?...‏


Fico perplexo com coisas que em geral não deixam quase ninguém chocado...

Por exemplo, esta semana publiquei uma série de cartas que recebi, todas relacionadas a um caso de estupro praticado por um seminarista, com todos os requintes de mafiosidade religiosa, e, ante cujo fato, a mãe do seminarista estuprador enfrentou o filho e o pai dele, pastor e galinhento; e, além disso, assumiu a “nora” que não é nora [ela será a mãe do futuro netinho dessa senhora], como filha, pondo-a aos seus cuidados...

Ora, tal ocorrência, horrível e nojenta em todos os seus aspectos..., teve um final feliz pela Graça, pois, uma mãe de verdade, preferiu enfrentar tudo e todos a consentir com tamanha malignidade... [Leia os links acima e você entenderá!...]

Entretanto, tal fato do amor gerou um estado de “Ó!” em muitos que leram as cartas...

Perversa e pudicamente houve quem indagasse se eu não “criava” as cartas a fim de “ilustrar” o que eu dizia...

Que modo elegante de dizer que você é um estelionatário!...

Eles, todavia, os que assim dizem, julgam-me por eles mesmos...

Portanto, ao assim dizerem, de fato se confessam... Sim, dizem o que são capazes de fazer...

O meu choque, no entanto, é que esses mesmos são capazes de escandalizarem-se quando digo que os “evangélicos” estão cheios de curas fajutas, inventadas; cheios de “milagreiros bandidos”...; cheios de estelionatários descobertos até pela Polícia...; cheios de malfeitores angariando fundos em nome da teologia da prosperidade...; cheios de dejetos do engano e da mentira...; cheios de Síndrome de Lúcifer...

Duvidarem do amor como graça e perdão e não duvidarem da mandinga do charlatão, para mim mostra o estado espiritual das pessoas...

Isto tudo, portanto, revela apenas uma coisa...

As loucuras dos “evangélicos” são aceitáveis, criveis e até objeto de enfrentamento [quando denunciadas] por parte de muitos daqueles que, hoje, dizem que uma carta de justiça, verdade, sinceridade e perdão, só pode ser invenção...

Este é o estado espiritual das pessoas...

A mentira é crida e defendia...

A verdade é ficção...

Tem-se detido tanto a verdade pela mentira; tem-se trocado tanto a verdade do Evangelho pelas invenções dos homens..., que, na hora da verdade mais simples e caracterizadora do Evangelho ser manifestada..., os “crentes” que aceitam toda sorte de picaretagem, dizem: “Ah, não!... Esse negócio só pode ser ficção!”...

Sabe por que dizem assim?...

Porque se acostumaram a fazer o mal e desaprenderam a fazer o bem...

Por isto o mal é normal e a Graça da verdade, da coragem e do perdão parecem tão “alienígenas” aos crentes...

Sim, a desgraça cresceu tanto que a normalidade do Evangelho está se tornando obra de ficção!...

E mais: tal atitude demonstra o estado de morte da maioria...

A esses digo:

O Cerulo vem aí e vai curar todo mundo! Vão lá... É tudo verdade!

A esses também digo:

Que coisa horrível... Existe uma menina que, estuprada, perdoa e decide ter o filho... Existe uma mãe que, sabendo do ato do filho, enfrentou a ele, ao pai dele, à denominação toda; tudo por não aceitar mais a injustiça... Vê se pode?... São loucas!...

Assim, mais uma vez ouço a voz de Jesus a indagar:...

“Quando vier o Filho do Homem, por ventura encontrará fé na terra?”

Nele, que somente se escandaliza com o escândalo dos fariseus e dos cínicos que vivem da religião das mentiras feitas de modo e de etiqueta de perversidade,

Caio

Fonte: caio fabio

É impossível que não venham tropeços


Por Alexandre Farias

Lucas, 17:1 "Disse Jesus a seus discípulos: É impossível que não venham tropeços, mas ai daquele por quem vierem!"

Os dias são difíceis, as acusações contra os cristãos estão na moda, mas será que aqueles que acusam estão errados? Teria provas suficientes para sustentar suas acusações? Eu não sei. Que algumas delas estão visíveis, isso eu sei. Também sei que Deus não deixa nada escondido.

Eu não quero defender ninguém, a minha oração é que Deus coloque tudo a pratos limpos, que limpe o campo e coloque a verdade para que o mundo veja quem serve ou não serve a Deus – doa a quem doer.

O duro é ver pessoas generalizando e colocando todos no mesmo saco como se todos nós agíssemos da mesma forma. Mas isto é comum do ser humano. Se existe uma oportunidade para pichar todos os cristãos, alguns não perdem a oportunidade.

Mas se aqueles que deveriam dar o testemunho de Cristo não dão, sofremos por causa deles.

Como pastor eu sei que alguns olham para nós como se fossemos ladrões, pessoas que exploram a fé daqueles que chegam a nós, mas estas pessoas agem desta forma porque alguns pastores fazem isso mesmo!

Basta ver alguns programas evangélicos hoje em dia, basta ir a um culto onde as indulgências são claras e cobradas sem vergonha na cara.

Mesmo sendo pastor, eu não consigo assistir alguns programas evangélicos. Eu não consigo ouvir alguns programas de rádio evangélicos devido a tanto pedido de dinheiro a torto e a direita.

Alguns têm mais pedidos de ofertas abusivas do que a palavra de Deus. A desculpa é que os programas são caros, mas será que eles não sabiam dos custos antes de começarem a fazer seus programas?

Como prometem que o Senhor vai abençoá-los 100 vezes mais se ofertarem se eles mesmos não conseguem pagar seus programas? Porque é que eles não ofertam também para receber de Deus condições para pagar seus programas?

É uma contradição que confirma as mentiras em nome de Deus.

Alguns até choram em seus pedidos, isso não é bom para o Evangelho. Já estamos vendo até pedidos relacionados a numerologia, ao misticismo, são toalhas que são vendidas para que a cura chegue, outros vendem por “uma oferta” o óleo da unção, outros trocam o anjo como se Deus errasse ao colocar aquele anjo.

Eu estou chegando a conclusão que “nem os anjos estão agüentando tanta baboseira”. Eu acredito que eles é que estão pedindo para que sejam trocados. Seria justo tampar os erros? Eu deveria me calar porque eu sou um pastor?

Não, eu me escandalizo junto com aqueles que se escandalizam ao ver abusos ministeriais sendo praticada por lideres que deveriam levar o Salvador, a esperança e a salvação como Jesus fez – Deu sua vida por nós, não cobrou e nem cobra a salvação de ninguém. Diplomas e escrituras celestiais não dão direito a entrada no céu.

A fé virou a vilã da história. Se não conseguem receber suas mansões e carros do ano é porque não tiveram fé suficiente. Isso é um absurdo, isso é ferir homens e mulheres em nome de Deus.

Depois reclamam das acusações contra a teologia que está sendo pregada. Nós como cristãos não deveríamos estar tristes porque a mídia cobra de nós o nosso testemunho.

O mundo cobra o testemunho de quem se diz cristão e não de qualquer pessoa, eles querem atitudes diferentes das quais estão acostumados ver de qualquer um.

Eles não estão cobrando a ética nem de quem é autoridade neste país:

- Excelentíssimo, a sua mãe não vale nada!

- Excelentíssimo, ela aprendeu com a sua mãe!

E por ai vai....

Nós precisamos entender que aquele que não tem Jesus como o seu Senhor não tem responsabilidade de agir como Jesus agiu ou agiria. Se metem a mão na cumbuca, se agem de forma ilícita, se xingam com educação – O mundo não quer saber. O que o mundo quer ver é o testemunho daquele que se diz servo do Senhor.

Alguns culpam a mídia, mas deveriam agradecê-la por que ela cobra os atos de Cristo daqueles que se dizem servos Dele. Mas a verdade é que muitos apenas dizem que são cristãos...Jesus mesmo disse: É impossível que não venham tropeços, mas ai daquele por quem vierem!"

domingo, 20 de setembro de 2009

Calvino - Inimigo Público Número 1


Por Adalberto A. R. Taques

Em uma recente série de posts de um blog, tenho visto ataques desconjuntados a teologia de Calvino. Recém chegado ao mundo dos blogs, esse em especial serviu-me de inspiração para começar a postar. Considerei o posicionamento de seu autor que empresta seu nome ao blog de uma sobriedade incomum em nossos dias. Me afeiçoei aos ataques embasados e bem humorados à teologia da prosperidade. Mas agora, para minha surpresa, me deparo com uma perseguição passional ao Reformador.

Sei que o blogueiro não é o primeiro, e nem será o derradeiro, mas não deixa de ser incomodos os ataques tão saturados como os dele. Calvino, por esse tipo de miopia, parece resumir-se a doutrina da predestinação (chamada provocativamente de teoria predestinista). Pondero se alguém como o Reformador deveria ser lembrado apenas pelo que discorreu sobre esse tema. Creio que não, por uma questão de lucidez e justiça. Não há um correto entendimento da doutrina da predestinação em Calvino sem uma ampla consideração aos seus demais escritos. E também esse tema não é o cerne do pensamento do Reformador. Para visualizar Calvino, homem falível e pecador como todos, mas de uma magnitude assemelhada por poucos na história, seria preciso considera-lo em seu histórico, tanto em sua formação como em seu ministério. Considerar sua produção doutrinária em suas cartas, comentários e demais tratados. Analizar o complexo das Institutas da Religião Cristã começando pelas sequentes edições e sua organização. Ter em mente o efeito causado pelo que veio a ser chamado sistema calvinista no cenário de seus dias e nos séculos seguintes.

É estranho que Calvino sofra uma perseguição solitária quanto a doutrina da predestinação. Lutero, seu antecessor, volumetricamente tratou mais desse tema em suas cartas que o colega francês, mas pouco é lembrado por isso. Também quase não se fala de Agostinho pelo seu firme posicionamento contra Pelágio. É provavel que Calvino seja martirizado em razão de suas profundas e lógicas afirmações à dupla predestinação - tanto para salvação e quanto para perdição eterna. Mas, ainda assim, seria de bom tom que os ataques fossem compartilhados com outros teólogos da história. Creio, ao que tudo indica, que a intensão conspiratória é fazer parecer que Calvino inventou a predestinação.

Creio que no que se trata de predestinação, um assunto tão inflamado para muitos, não existe campo neutro em nem um outro lugar. Sou franco e direto ao afirmar que o Calvinismo ao meu ver é muito mais fidedigno em sua exposição bíblica que o arminianismo, o semi-pelagianismo, e o pelagianismo. Estes sim têm como dívida histórica a obrigação de se posicionarem com franqueza. Afirmem nitidamente seu parecer de que Deus fez quase tudo, nada, ou quase nada pelo homem. Assumam que de um lado querem ter algum mérito em sua salvação, e, de outro, querem absolver Deus do que possa parecer uma condenação injusta. Mas Deus não divide a sua glória, e não precisa de advogados. Ele é o soberano Juiz de toda a Terra. Ele (graciosamente) já respondeu sobre esse assunto quando falava ao seu servo Jó: Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. (Jó 41.11). Em suma, Ele não deve nada a ninguém, pois tudo é dele. Que Deus conceda graça aos arminianos, pelagianos e semi-pelagianos, para entenderem e afirmarem como Jó, que Deus é soberano, que Ele tudo pode, e só não pode ser frustrado em nenhum de seus planos (Jó 42.2).

sábado, 19 de setembro de 2009

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo...



Por Levi Bronzeado

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, no tempo da igreja primitiva se entregou ao Imperador Constantino em troca de cargos e isenção de impostos -, costume esse, que felizmente para uns e infelizmente para outros, ainda hoje reina?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, no tempo do imperador Justiniano fomentou perseguições, revoltas e guerras por causa do culto às imagens de esculturas, ─ que ainda hoje, alguns praticam para gáudio de seus próprios “egos”?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, para cristianizar e escravizar os povos do Ocidente fez do Rei Carlos Magno, seu chefe espiritual ─, cujo ideário ainda se mantém intacto na esdrúxula politicagem atual?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que introduziu as Cruzadas, para em duzentos anos de guerra, praticar roubos e crimes em nome de Deus ─, semelhante a nossa história de D. João VI para cá?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que promovia execuções públicas para concretizar sua intenção de intimidar o povo no tempo das grandes inquisições ─, que de forma escamoteada ainda predomina entre nós?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que fez do judeu convertido Tomás de Torquemada um sanguinário implacável, o qual em defesa da fé jogou dez mil à fogueira. ─ Fogueira essa, hoje, representada pelo submundo dos desvalidos e marginalizados do nosso imenso país?

O que o Cristo tem a ver com esse cristianismo que prendeu e torturou Galileu, só porque ele afirmou, com comprovação científica, que o sol e não a terra, era o centro do nosso sistema planetário ─ fato que ainda hoje faz da ciência a maior inimiga da religião?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo, que no Brasil, a troco de civilização, escravizou os nossos antepassados com um espúrio catecismo imposto a ferro e fogo, e que hoje, com um outro nome (doutrina) ─, faz o mesmo papel?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que reconstruiu os muros da intolerância entre as nações ─, e continua até hoje, através dos massacres ideológicos dos paises de primeiro mundo, contra os de segundo e terceiro mundos?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que restaurou o véu do templo, para ali, tentar falar com Deus sem a intermediação do seu Filho ─, como fazem algumas seitas que não quero revelar os nomes?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que faz propaganda enganosa de curas, diariamente, com horário pré-estabelecido nas emissoras de televisão?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que estimula e exalta os instintos arcaicos dos indivíduos, levando-os, por fim, a uma histeria coletiva grotesca ─, que muitos acreditam ser o mesmo poder que desceu sobre os que estavam reunidos em Jesusalém no dia de Pentecostes ─ acontecimento registrado no livro de Atos dos apóstolos?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que reedita a Sua crucificação ─ ao substituí-Lo por amuletos e réplicas desrespeitosas dos símbolos judaicos, numa heresia nunca vista nos últimos tempos?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que leva multidões de incautos, sem sabedoria, a se reunirem para sessões de quebra de maldições em praça pública ─, invalidando o sacrifício d’Aquele que se fez maldição por nós?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que deturpa o sentido dos versículos bíblicos ─, ao afirmar que, se o crente não possui tudo o que o vil deus Mamon oferece, é porque está em pecado?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que faz da Bíblia o livro mais vendido no mundo ─, para simplesmente ser carregada por muitos, em procissões, como imagem de escultura?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que prega e “emprega” ─, mas evita ao máximo, que as almas se disponham a comprovar através do estudo, se o que se alardeia é correto ─ como fizeram os de Beréia?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que divide os crentes em duas classes ─ os de primeira classe são os que têm o dom de glossolalia, e os de segunda classe são aqueles comedidos que só falam o seu idioma pátrio?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo, que de forma engenhosa e sutil, continua nos nossos dias iludindo a muitos ─ com seu discurso hedonista, recheado de atraentes guloseimas que empanturram o corpo e enfraquecem o espírito?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo de pífios espetáculos e práticas escandalosas, cujos líderes promovem disputas engalfinhadas para se apoderar do farto comércio do “butim gospel”?

NA REALIDADE, MEU IRMÃO, CRISTO NÃO TEM NADA A VER COM ESSE SIMULACRO DE CRISTIANISMO, QUE VEM SENDO DIFUNDIDO DESDE OS TEMPOS MAIS REMOTOS ─ PELOS QUATRO CANTOS DA TERRA.

***

Fonte:Ensaio por: Levi B. SantosGuarabira, 11 de março de 2009Título Original - Que cristianismo é este meu irmão?

Em Ensaios & Prosas [ Via Genizah ]

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CHAMADOS PARA FRUTIFICAR


Por Silas A. Figueira

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. Jo 15.16

Encontramos no texto de João capítulo 15, por oito vezes, a palavra fruto. E a seqüência segue assim: não der fruto, o que dá fruto, mais fruto ainda, produzir fruto, esse dá muito fruto, deis muito fruto, vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.

Nesse texto de João 15 o Senhor Jesus está falando as suas últimas palavras antes de ser preso naquela noite, e estas últimas palavras certamente marcaram muito a vida dos seus discípulos. Jesus ao sair do cenáculo após a última ceia, eles estão passando por uma plantação de uvas, naquele momento o Senhor aproveita a oportunidade para lhes dar uma das maiores lições, a de ter uma vida autêntica. O Senhor lhes mostra a necessidade deles serem frutíferos. Mas não para produzir um fruto qualquer, mas um fruto que permanecesse que tivesse semente, que gerasse mais fruto ainda, e um fruto permanente.

Essa frutificação se refere às virtudes espirituais tais como as mencionadas em Gl 5.22,23 – “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longaniminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei”. Refere-se também ao que Tiago nos fala em sermos “Praticantes da palavra e não somente ouvintes” (Tg 1.22).

Mas para sermos frutíferos é necessário permanecermos nele: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Nesse texto de João 15, o Senhor Jesus nos fala também de duas categorias de pessoas ou de ramos: os frutíferos e os infrutíferos, pois como Ele mesmo falou: o ramo não pode produzir fruto de si mesmo. Um ramo de videira não tem vida nem utilidade se não continuar ligado à videira. A seiva que flui pelo caule capacita-o a produzir uvas; sem isso ele fica infrutífero. A mesma coisa acontece com os discípulos de Jesus; somente à medida que permanecerem unidos a Ele e têm nele a origem da sua vida é que podem produzir o fruto do Espírito. Um fato curioso é que uma das primeiras obras literárias de Karl Marx foi uma tese escolar, escrita aos dezessete anos, sobre “A união dos crentes com Cristo de acordo com João 15. 1-14, mostrando os seus elementos básicos, sua essência, sua necessidade absoluta e seus resultados”. O trabalho foi aprovado como uma apresentação bem pensada, ampla e convincente do tema. Quem diria!

A VIDEIRA UMA FIGURA DE ISRAEL.

A videira é uma figura usada para representar o povo de Israel no Antigo Testamento. No Salmo 80.8-19, Israel é a videira que Deus trouxe do Egito e plantou no solo que tinha preparado especialmente para ela. Mas o Senhor Jesus se apresenta agora aos seus discípulos como a Videira Verdadeira, ou seja, como o verdadeiro Israel, a videira genuína, a que Deus plantou não em uma nação, mas em todo o mundo, para que todas as terras pudessem desfrutar dos seus frutos (Jo 3.16).

ISRAEL TORNOU-SE UMA NAÇÃO IMPRODUTIVA.

Um exemplo disso nós encontramos em Lc 13.6-9:

“Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.

Israel esbarrou numa das piores coisas que pode acontecer com alguém: SER TOMADO PELO ORGULHO.

"Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva." (2 Co 10.17-18).

Os judeus achavam-se superiores aos gentios, pois, afinal de contas ela era a nação escolhida por Deus. Ela havia recebido a Lei. No entanto, o Senhor lhes falou abertamente que a nação não estava produzindo fruto algum. Os judeus, à semelhança da figueira desta parábola, já tinham tido ampla oportunidade de produzir frutos. Folhas e sombra não servem como substituto dos figos.

O texto de Lucas 13 nos fala que o Senhor da figueira não achava fruto nela havia três anos. Observe que três anos foi o tempo do ministério de Senhor Jesus aqui na terra.

E por que o Senhor usou o símbolo da figueira plantada em uma vinha? Porque a figueira era também um dos símbolos de Israel.

João Batista veio trazer a mensagem de arrependimento à nação de Israel, dizendo que o machado já estava posto a raiz da árvore:

“Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abrão. E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Lc 3. 8,9).

Outro texto que nos mostra claramente que o Senhor Jesus esperava frutos da figueira e não somente folhas se encontra em Mc 11.12-14, 20 que diz:

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma cousa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz”.

Há algo intrigante nesse texto, se não era tempo de figos por que Jesus foi buscar figos nela? A resposta para essa pergunta é que quando uma figueira não está no tempo de frutos, ela fica sem folhas. A figueira produz os frutos antes das folhas. Na estação própria podemos ver protuberâncias arredondadas que surgem nas extremidades e nas pontas dos galhos, e, ao se avolumarem, evidenciam ser figos verdes. As folhas aparecem depois, e até a árvore ficar totalmente coberta de folhas, os figos estão prontos para serem comidos. Aquela figueira que estava na beira do caminho estava “enganando” as pessoas dizendo que tinha frutos, pois estava cheia de folhas. Aquela planta era uma anomalia, ela demonstrava algo, que não possuía. Observe que o primeiro Adão foi até a figueira buscar folhas (Gn 3.7), mas o segundo Adão, que é Jesus vai até a figueira procurar frutos. Israel estava assim como aquela figueira improdutiva, enganando as pessoas que por ela passavam. Lá estava o templo, tinha culto todos os dias, havia os doutores da Lei, sacerdotes, sinagogas, mas não havia o principal, a vida com Deus, frutos de arrependimento. Seu brado constante era: “Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7.4). “Temos Abraão por nosso pai” (Lc 3.8) era expressão freqüente em seus lábios. Israel falhou no projeto que Deus tinha para ela.

Observe que devido a essa anomalia, o Senhor Jesus a amaldiçoa a figueira e ela seca desde a raiz. O que aprendemos aqui? Aqueles que são chamados por Deus para serem produtivos e não o são, atraem para si maldição. Charles H. Spurgeon comentando a respeito desse texto disse que “há pessoas que parecem desafiar as estações do ano. São pessoas cobertas de folhas, mas sem frutos. As pessoas cuja religião é falsa frequentemente se destacam, pois não possuem a graça suficiente para serem modestas e reservadas. Procuram o lugar de maior destaque, aspiram a altos cargos, e forçam o caminho para a liderança. Não andam com Deus em comunhão íntima, pouco se preocupam com espiritualidade particular, e, portanto, anseiam cada vez mais serem vistas pelos homens. Esse fato é tanto a sua fraqueza quanto seu perigo. Embora elas sejam as menos capacitadas para agüentar os grandes desgastes da publicidade, cobiçam-na e acabam sendo tanto mais vigiadas. E por serem vigiadas, o seu fracasso espiritual acaba sendo revelado, e o seu pecado traz desonra ao nome do Senhor, a quem professam estar servindo. Seria muito melhor ser infrutífero num cantinho do bosque do que no caminho público que leva ao templo”.

Observe a parábola dos talentos em Mateus 25. 14-30. O texto nos diz que um homem confiou os seus bens a três de seus servos segundo a capacidade de cada um, nem a mais nem a menos. Quando ele voltar prestará contas do que foi feito dos bens a eles confiados. O que recebeu cinco talentos ganhou mais cinco, o que recebeu dois ganhou mais dois, mas o que recebeu devolveu o somente o que recebeu, não ganhou nada mais, devido a isso o seu senhor o manda lançar nas trevas, um lugar de choro e ranger de dentes. Só existe uma coisa que pode atrair a maldição sobre a nossa vida: a improdutividade. O Senhor tem o direito de esperar fruto de cada um de nós quando Ele vem procurá-lo, pois Ele deu a cada um de nós capacidade para gerar fruto.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MONASTERIUM, MISERICORDIUM, BACANORIUM, GRAÇORIUM E IGREJORIUM...‏



Alguns monastérios da Idade Média tinham regras tão rigorosas, neuróticas e restritivas quanto a tudo, mas também em relação à comida e à bebida... — preocupados que eram com o pecado da gula..., que, segundo se cria, abriria espaço para a lascívia, e assim por diante... —, que, depois de um tempo, não suportaram sua própria pressão de culto às regras..., e, assim, criaram dentro do ambiente do Monastério, num recanto meio projetado para fora da arquitetura original do lugar, um apêndice ao qual se tinha acesso de dentro do próprio “prédio sagrado”, e que era chamado de MISERICORDIUM...

Ora, dentro do MISERICORDIUM era uma Zona Franca de tudo o que se relacionava a comida e bebida, de modo que os monges entravam no MISERICORDIUM magros e danados de apetite carnal amplificado pela proibição como adicional de desejo compulsivo... [Pobre MISERICORDIUM!...]... e de lá saiam gordos e bêbados...

O MISERICORDIUM era o mundo sob o manto da Graça, da Misericórdia...

Seria o lugar do descanso das regras... Seria um ambiente de refugio... Mas não era.

De Fato o MISERICORDIUM era o lugar dos EXCESSOS.

ENTRETANTO, na religião, ninguém chamaria o lugar pelo seu próprio nome, que deveria ser BACANORIUM e não MISERICORDIUM.

Aliás, na religião nada corresponde a nada...

Primeiro porque não deveria haver Monastérios, ou seja: prédios sagrados para gente sagrada... Nesse sentido, toda “igreja-prédio” é um Monastério..., e é vista e sentida do mesmo modo... É Sal dentro do Saleiro..., e não no chão da terra e do mundo.

Segundo porque não deveria haver regras depois que foi decretado que todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm, todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam... E isto com o chamado para que se viva buscando o que convém e edifica. E ponto.

Terceiro porque é obvio que excessos geram excessos opostos, sempre. Portanto, o impor de regras excessivamente restritivas é o mesmo que criar pecados e taras.

Quarto porque não se tem que criar nenhum MISERICORDIUM..., a fim de que se não viva em nenhum BACANORIUM... Sim, pois a misericórdia usada como desculpa para o excesso, sempre criará o BACANORIUM.

Veja o fenômeno em operação...

Ora, a fim de se fugir do “mundo” se cria o Monastério. No Monastério, a fim de se fugir do “pecado”, regras são geradas... Só que com as regras vêm as tentações... Então, a fim de que se não peque no LUGAR SANTO, no Monastério, na “igreja-prédio”[que é psicologicamente um lugar anti-mundo], cria-se o MISERICORDIUM, que é um mundo coberto pela Graça como Concessão ao mundo do qual no inicio se fugia..., sim..., mundo em razão do qual o Monastério fora criado, regras foram estabelecidas a fim de coibir as tentações da carne e do mundo...; e, como o mundo não se foi em razão do aumento das tentações para o nível da tara e da compulsão, a fim de que não se traga “o mundo” para o Lugar Santo, o Monastério, cria-se o que para eles era um BACANORIUM, só que ungido como MISERICORDIUM.

Assim surge o CRENTORIUM...

No fim o que tem importância é o prédio, é o Monastério, é a “igreja - edifício - consagrado”... E em segundo lugar vem o corpo de fiéis, que é o CRENTORIUM.

O que se crê quando assim se faz?...

Ora, a crença é que o mundo não mora perto do prédio de Deus... Que o mundo não é gente... Que o mundo não é o coração... Não! A crença é que o mundo é um lugar... Por isto é que se pode apelar para o BACANORIUM como MISERICORDIUM... Afinal, é um apêndice do Monastério, longe fisicamente do “mundo-geográfico”, e ungido com um nome da Graça: MISERICORDIUM...

Tem muita gente pensando que o “Caminho da Graça” é um MISERICORDIUM no anexo do Monastério, da “igreja-prédio” ou da “igreja-instituição”...

Ora, esses vêm..., entram...; alguns ficam...; outros se vão...; outros vão e vêm...; outros “elaboram” suas próprias idéias e criam suas próprias fantasias sobre tudo...; e, assim, vão às reuniões para se “purificarem” [Ó! Como são pagãos!...] e saem “purificados” do MISERICORDIUM direto para o BACANORIUM...

O pior é que fazem isto enquanto a firmam que estão LIVRES...

Livres de quê? — indago.

De fato, espiritual e psicologicamente estão ainda no mesmo “Monastério”..., só que no anexo santificado para consumo mundano, o GRAÇORIUM...; ou, como no tempo antigo, no MISERICORDIUM...; ou, no dizer da verdade, no BACANORIUM.

Quando a mentalidade de “monastério” — que é a mentalidade da “igreja-prédio” ou da “igreja-instituição-representante-de-Deus-no-mundo”, que, ironicamente..., é também uma colônia de exilados do encontro humano..., e que dizem loucamente que são essenciais ao mundo e à vida da qual fogem... — é a mentalidade prevalente...; e ela pode se fazer presente mesmo quando a pessoa pensa que já está no anexo, no MISERICORDIUM..., então a Graça vira GRAÇORIUM...

Sim, tanto quanto o Monastério era um mundo de Luxo Alienado..., do mesmo modo o MISERICORDIUM nada mais era do que um grande BACANORIUM.

Quem lê o meu site e já leu o meu livro Sem Barganhas com Deus..., esse entendeu de modo simples e claro tudo o que eu disse... Mas quem não leu o livro e não lê o site... esse apenas pensará que entendeu... Embora, de fato, terá até algumas pistas...

Tome as providencias que achar necessárias...

Afinal, Deus como que nos diz...:

MISERICÓRDIA QUERO!... NÃO BACANORIUM!...

Nele, que nunca chamou mundo ao chão do planeta, mas apenas à produção do coração humano contra a vida e contra o amor,

Caio

Fonte: caio fabio

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A GRANDE DESEVANGELIZAÇÃO


Por Juber Donizete Gonçalves

Temo muito pelo que vou dizer, mas devo fazê-lo por uma questão de consciência, com temor e tremor. Tenho como certo que se nada acontecer aos evangélicos, se continuarem seguindo este presente caminho, se tornarão, historicamente, o fator mais decisivo quanto a empurrar a classe média reflexiva, os intelectuais, e todos os que buscam uma fé ou uma filosofia que almeja por ter paz na alma já agora, na Terra, para os braços do Budismo, do Taoísmo, e algumas outras religiões ou filosofias que oferecem um caminho para a pacificação do ser; seja isto pela via da respiração, da meditação, das mantras, da harmonização corpo-alma, do silêncio, ou da contemplação interior, no coração; e exterior, na criação. E isto já está acontecendo, e, se nada mudar nos evangélicos, crescerá em larga escala.

Alguém pergunta: o que os evangélicos têm a ver com isto? Não são eles os maiores combatentes de tais coisas? Acredito que, o catolicismo tende a crescer entre os pobres do interior, e entre os esotéricos que descobriram “Nossa Senhora”, como Elba Ramalho. Mas pouco poder terá entre os da classe média pensante. Os evangélicos também continuarão a crescer, especialmente esvaziando os cultos afro-ameríndios, que, enfim, encontraram nos Neo-Pentecostais a versão evangélica da macumba, com todos os conteúdos e sistemas idênticos, e com o mesmo modo de barganha com a divindade, sendo também as “bênçãos” todas de natureza peculiar à macumba: juntar casais, abrir portas para negócios, separar amantes, conseguir prosperidade material, e todas as demais coisas que os feiticeiros e feiticeiras sempre ofertaram à humanidade.

No entanto, assim como já não conseguem, deixarão completamente de ter a capacidade de alcançar os que sentem e pensam com categorias existenciais mais refinadas. Além disso, sinto que há uma grande quantidade de jovens evangélicos se interessando cada vez mais pelas filosofias orientais.

Ora, isto está acontecendo porque os evangélicos não têm mensagem para a alma, nem para a pacificação do ser, visto que, eles próprios, em geral, são as pessoas mais neuroticamente aflitas que se conhece à volta. A lei, o orgulho, a vaidade, o dinheiro, o mercado, a vangloria, a fama, o culto à imagem, o comportamentalismo, o moralismo, a superficialidade, as taras, as piedades austeras e feias, as divisões, os ciúmes, a picaretagem, o formalismo, a fixação no controle das pessoas, as jogadas políticas, a venda de votos, as negociatas, as lavagens de dinheiro, e a grotesca hipocrisia, tornaram os evangélicos insuportáveis até para os evangélicos mais sensíveis, e que, muitos deles, não tiveram um encontro com Jesus, mas apenas com o “Jesus Evangélico”, e que é apenas um ser criado para seduzir as almas aflitas; mas que é esquecido e substituído pela igreja, tão logo aquele que creu entre para o seu inventário de bem ativo.

Estou assustado com a quantidade de jovens que estão simpatizando com muitas filosofias orientais, pois que por elas se sentem muito mais tranqüilizados para viver.

Recebi alguns e-mails com este conteúdo; e também de filhos de pastores, que me pedem para que não divulgue seus e-mails no blog. O que dói é que não há nada nesta vida que de fato mais possa pacificar o coração, que a certeza da total reconciliação com Deus, conforme e Boa Nova. No entanto, quando a “igreja” prega, em geral, ela falsifica Jesus, pois o apresenta de modo a se parecer com um ídolo. O “Jesus da igreja” é uma afronta a Jesus de Nazaré. Por vezes chega a ser um anti-cristo, de tão desconstrutivo que é em relação a Jesus, conforme o Evangelho. De fato, gente, ou todos nós, a uma e também individualmente, nos convertemos ao Evangelho, conforme Jesus, ou veremos um dos mais feios desastres acontecerem, feito em nome de Jesus, mas realizando a obra do diabo. Sei que o que estou dizendo é sério. Há vários evangelhos sendo pregados. Há aquele que pedra. Há aquele que dissolve. Há aquele que imbeciliza. Há aquele que faz magias. Há aquele que só cuida das coisas desta vida. Há aqueles que é só comportamento. Há aqueles que é luta aflita contra o diabo. Há aqueles que é total mornidão. E há aqueles que é uma boa religião. Nenhum deles gera no ser o bem do Evangelho da Graça de Jesus! Se nada mudar... Infelizmente, é verdade. Mas ainda há tempo de nos convertermos ao Evangelho, puro e simples, e rompermos com o diabo da teologia moral dos fariseus, e mergulharmos, de cabeça, sem medo, no bem da reconciliação feita e consumada, indissolúvel, inquebrantável, eterna e imutável; e que é bem de paz e tranqüilidade para o coração; especialmente no tempo presente; pois que bem me faz uma salvação que não começa já hoje, como pacificação do coração? Quem já passou da morte para a vida tem que começar a experimentar a eternidade como vida abundante, em paz e contentamento, não pelo que tem e consegue como bem material, mas como alegria pela vida no bem eterno, e que é o chão da vida de todo aquele que conheceu, de fato, a Graça de Jesus.

domingo, 13 de setembro de 2009

EU CREIO EM JESUS SE ELE NÃO PASSAR DOS LIMITES...‏

João 8.

Pessoas podem “aceitar” coisas em nome de Deus por razões que não se pode explicar...

Jesus nos mostra como por trás de decisões humanas importantes na maioria das vezes a motivação é perversa...

Por exemplo, em João capitulo oito, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender, e, o resultado, é que os judeus que antes indagavam quem Ele era e por que dizia o que dizia, de súbito dizem agora “crer” Nele.

A esses tais Jesus disse que eles deveriam permanecer em Suas palavras a fim de que de fato se tornassem Seus discípulos [nada mais natural e óbvio...]; e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...

Quando Jesus usou o verbo “libertar”, eles, os judeus que haviam crido Nele, de repente se eriçaram...

Indagaram...

Nós somos descendentes de Abraão, já sobrevivemos a todos os cativeiros e dominios imperiais sem nos rendermos, e agora nem os romanos nos escravizam a alma, como pode você dizer que seremos libertos, se nunca fomos escravos?

Jesus explicou que falava de escravidão interior, do pecado... No entanto, o condicionamento cultural, político, ideológico, étnico, racial, genético, etc. — eram elementos mais fortes neles do que a tal da nova fé em Jesus.

Reagiram... Zangaram-se... Ficaram brabos...

Jesus replicou... Não deixou passar... Prosseguiu... Provocou...

O assunto do pedigree continuou...

Jesus disse que sabia que eles eram da ancestralidade de Abraão... Mas afirmou que espiritualmente a ancestralidade deles era outra, provinha de outro espírito... De fato era do diabo que eles se faziam filhos, pela mentira, pela incapacidade de se auto-encararem na verdade, e pelo ódio assassino que os habitava até quando falavam de fé...

Eles ficaram com ódio...

Partiram para a ignorância...

Disseram que estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios...

Assim, a “fé” que começa como uma adesão à subjetividade “profunda” do ensino quase esotérico de Jesus no contexto antecedente, de súbito se torna outra coisa..., e termina com a afirmação dos que tinham antes dito que haviam “crido em Jesus” — que... desde sempre haviam sabido que Jesus era de uma casta inferior [samaritano] e que tinha demônios agindo em sua vida...

Jesus, no entanto, nunca esteve animado com aquela “fé” tão “pronta e rápida”, pois, prosseguiu chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões...

Do mesmo modo há muitos que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, pois, quando Jesus os força a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”...

É por esta razão que muitos “crentes” ficam com raiva do “evangelho”, ainda que para isso tenham que inventar histórias ou fazer do mensageiro um “samaritano e endemoninhado”...

Este é o nível da entrada do Evangelho como amargor nas entranhas do engano...

Em geral esse é um conflito apenas de crentes...

Pense nisso!...

Nele,

Caio

Fonte: caio fabio

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Associação de evangélicos não consegue anular lei que pune homofobia em SP


O STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou a ação em que o Cimeb (Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil) questionava uma lei paulista que pune administrativamente quem discriminar alguém devido à orientação sexual.

O ministro Eros Grau, relator da Adin (ação direta de inconstitucionalidade), considerou que a associação não possui legitimidade para questionar a norma. Só podem ingressar com Adins as associações de classe de âmbito nacional e o ministro considerou que o Cimeb não tem esse caráter.

Além de alegar que a Lei 10.948/01 só poderia ter sido criada pela União, o Cimeb afirmava que a Constituição estava sendo “rasgada e aviltada” pela criação de uma lei que protege um grupo específico da sociedade.

Os pastores evangélicos ligados ao conselho lembraram que outros grupos —mulheres, idosos, negros, nordestinos, divorciados, casais que não têm filhos, evangélicos, religiosos africanos, católicos e judeus— também sofrem discriminação sem ter uma lei semelhante.

Também definiram a lei como uma “mordaça”, por violar o direito constitucional de liberdade do pensamento. “A manifestação pública sob o ponto de vista moral, filosófico ou psicológico contrário aos homossexuais é passível de punição”, afirmam.

Competência

Na ação, os evangélicos sustentam que o artigo 22 da Constituição Federal garante que a regulação de temas ligados à cidadania é de competência exclusiva da União.

“Compete ao Congresso Nacional instituir leis que tratem sobre tudo que envolva a cidadania dos brasileiros”, dizem os pastores.

Segundo o Cimeb, a única forma de a iniciativa da lei estar de acordo com a Constituição Federal seria por meio de uma lei complementar, aprovada pelo Congresso, delegando ao Estado de São Paulo a função de legislar sobre o tema.

Os ministros evangélicos lembraram ainda que um projeto de lei idêntico à lei paulista (440/01) tramitou pela Câmara dos vereadores e foi vetado pelo prefeito Gilberto Kassab exatamente porque estaria fora da competência dos vereadores paulistanos legislar sobre o assunto.

“Embora tenham sido indicados alguns comportamentos ensejadores de sanção administrativa, tais indicações foram feitas de maneira extremamente genéricas, servindo-se de termos de abrangência demasiada, de sorte a causar dificuldades no momento da aplicação da sanção”, disse o prefeito.

Fonte: Uol.com.br Via: pancada no cão

OS GEMIDOS DO MUNDO


Rev. Hernandes Dias Lopes

O mundo está doente, o pecado o enfermou. Ele está sofrendo dores, está gemendo e sua esperança não encontra sequer um alívio até que Jesus volte. O pecado entrou no mundo e atingiu não apenas o homem, mas, também, a natureza. Em vez de cuidar da natureza, o homem passou a depredá-la. Em vez de ser mordomo da criação, o homem tornou-se seu algoz.

A doença que assola o mundo é aguda e crônica. Ela aflige sempre, sem pausa nem trégua. O mundo está sucumbindo e se contorcendo, gemendo e gritando, fazendo soar sua voz de lamento. As catástrofes naturais não são caprichos da natureza; são sinais de alerta. O apóstolo Paulo é enfático em nos informar que "toda criação geme e suporta angústias até agora" (Rm 8.22). Essa grandiosa sinfonia de gemidos não é vista como o estertor da morte da criação, mas como as dores de parto que levam à sua restauração. Duas verdades devem ser aqui apontadas:

1. O cativeiro da criação

É importante observar as palavras que Paulo usa para descrever esse cativeiro da criação: sofrimento (Rm 8.18), vaidade (Rm 8.20), corrupção (Rm 8.32) e angústias (Rm 8.22). Notemos três fatos:

A criação foi submetida à vaidade (Rm 8.20). Ela está confusa, contraditória, doente. Há uma desarmonia brutal na natureza. A expressão "cativeiro da corrupção" traz a idéia de um ciclo contínuo de nascimento, crescimento, morte e decomposição. Os sinais da morte estão presentes na natureza. O que está presente não é a evolução do universo, mas sua decadência. Vale ressaltar que essa sujeição da criação é involuntária. A criação não é o agente da sua queda. Ela é vítima e não ré. Ela não se submeteu; foi submetida.

A criação vive prisioneira no cativeiro da corrupção (Rm 8.21). A criação não pode redimir-se nem libertar a si mesma. A terra e os animais estão gemendo nesse cativeiro como prisioneiros num calabouço.

A criação geme e suporta angústias até agora (Rm 8.22). Não apenas parte da criação, mas toda ela geme e suporta angústias até agora. A natureza está com suas entranhas enfermas. Ela está com cólicas intestinais. Nossos rios estão se transformando em esgotos a céu aberto. Nosso ar está sendo poluído por toneladas de dióxido de carbono a cada minuto. Nossos campos estão se transformando em desertos e nossas fontes estão morrendo. Os animais do campo, os peixes do mar e as aves do céu estão gemendo.

2. A expectativa da criação

Destacamos três pontos importantes:

A redenção da criação está conectada com a glorificação dos filhos de Deus (Rm 8.19,21). A criação foi amaldiçoada por causa do pecado do homem e será redimida do cativeiro da corrupção na glorificação dos salvos. Sua redenção do cativeiro não se dará antes nem à parte da glorificação dos salvos. Então, haverá liberdade em vez de escravidão, glória incorruptível em vez de decomposição. Se nós vamos participar da glória de Cristo, a criação participará da nossa glória.

A criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19,21). A criação vive como que na ponta dos pés, esticando o pescoço, olhando para esse futuro que virá trazendo em suas asas a restauração de todas as coisas. A expectativa da criação é uma esperança viva e certa.

Os gemidos da criação não são de desespero, mas de esperança (Rm 8.22). A criação não se contorce com os gemidos da morte, mas ela geme como uma mulher que está para dar à luz. Seus gemidos não são de desespero, mas de gloriosa expectativa. Ela não geme por causa de um passado inglório, mas por causa de um futuro glorioso. Os gemidos da criação não são dores que carecem de sentido e de propósito, mas são dores inevitáveis no vislumbre de uma ordem nova. A escravidão da decadência dará lugar à liberdade da glória (Rm 8.21). Às dores de parto seguirão as alegrias do nascimento (Rm 8.22). O universo não será destruído, mas sim libertado, transformado e inundado da glória de Deus. Amém!

Fonte: hernandes dias lopes

Não pare de sofrer!


Por Hermes Fernandes

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Regozijai-vos e alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.” Mateus 5:10-12

Pode até parecer que Jesus estivesse propondo algum tipo de reação masoquista por parte dos Seus discípulos diante do sofrimento que lhes seria impingido. Entretanto, isso está muito longe do que Jesus intentava dizer. A ênfase não deve recair sobre o sofrimento em si, e sim sobre as cláusulas “por causa da justiça”, e “por minha causa”. Não há qualquer bem-aventurança no sofrimento se este não for resultado de uma perseguição suscitada pelas razões expostas por Jesus. Com a mesma veemência com que condenamos o hedonismo, também condenamos o masoquismo. Quem aprecia sofrer, precisa passar por um exame psiquiátrico. Porém, outra coisa totalmente diferente é sofrer por uma causa justa. E aqui Jesus nos apresenta duas: a justiça do Seu Reino, e Ele próprio. Quem sofre por estas causas, deve regozijar-se em vez de se entristecer, pois a promessa é de que deles é o reino dos céus.

Ao recrutar Seus discípulos, Jesus não omitiu deles o fato de que segui-lO implicaria sofrer severamente. Ele os avisou: “Eu vos envio como ovelhas ao meio de lobos. Portanto sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Sereis até conduzidos à presença de governadores e de reis por minha causa, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios” (Mt.10:16-18). Jamais Jesus induziu-os a buscar a perseguição, fazendo dela um objetivo.

Ao contrário disso, Ele ordenou que Seus discípulos fossem cautelosos com os homens. Em outras palavras, se eles pudessem evitar, deveriam fazê-lo. Afinal, a paz com todos deveria ser o alvo, e não a perseguição. Entretanto, as perseguições viriam invariavelmente. Mais cedo ou mais tarde, eles seriam brutalmente perseguidos, tanto pelas autoridades eclesiásticas, como pelas autoridades civis, e até mesmo dentro de suas próprias famílias. “Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai aos filhos; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão. E odiados de todos sereis POR CAUSA DO MEU NOME” (vv.21-22a).

Mesmo diante das advertências de Jesus, eles não deveriam temer. Nem mesmo deveriam se preocupar em defender sua própria causa. Uma vez que eles estivessem sofrendo pela causa de Cristo, caberia ao Espírito Santo pleitear por eles. “Mas, quando vos entregarem” ressaltou Jesus, “não fiqueis preocupados como, ou o que haveis de falar. Naquela mesma hora vos será concedido o que haveis de dizer, pois mão sois vós que falareis, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós” (vv.19-20). Aleluia! O mesmo Espírito que consola os que choram, defende a causa dos que sofrem por causa da Justiça.

A primeira perseguição sofrida pela igreja se deu logo nos primórdios do cristianismo. Tal qual prenunciado por Cristo, Seus discípulos foram cruelmente perseguidos, a começar por seus próprios compatriotas.

Lucas registra a primeira perseguição, que se deu logo após o Pentecostes, quando as autoridades sacerdotais se viram incomodadas, diante da cura de um paralítico na porta do Templo. O fato é que aquele milagre, colocou os discípulos de Jesus em evidência, dando-lhes grande prestígio e credibilidade perante o povo, o que veio a causar grande inveja (At.5:17-18). Se eles o houvessem curado em seu próprio nome, talvez os sacerdotes não se incomodassem tanto. Entretanto, eles o curaram em nome dAquele que os sacerdotes haviam entregue nas mãos dos romanos para ser crucificado. Era isso que os aborrecia. Isso os colocava numa posição de descrédito diante da população.

Ao se apresentarem ao sumo sacerdote, após terem sido miraculosamente soltos por uma intervenção angelical, os apóstolos receberam a seguinte advertência: “Não vos admoestamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? Contudo, enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue deste homem. Respondeu Pedro e os apóstolos: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens! O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, suspendendo-o no madeiro (...) Ouvindo eles isto, se enfureceram, e deliberaram matá-los” (At.5:28-30).

Eles não estavam sendo perseguidos por terem participado de alguma atividade ilegal, nem por terem praticado curandeirismo, ou por ter explorado a fé das pessoas. A acusação que pesava sobre eles, é que estavam ensinando em nome de Jesus.

Portanto, tal perseguição era legítima, e havia sido profetizada por Jesus. Por se lembrarem das palavras de seu Mestre, a reação deles ante a perseguição que se deflagrara não poderia ser outra: “Os apóstolos retiraram-se da presença do Sinédrio regozijando-se, porque tinham sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus” (At.5:41). Pedro, que era um deles, escreveu muitos anos depois deste episódio:

“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome”
(1 Pe. 4:12-16).

Há muitos, em nossos dias, sendo perseguidos por causa de uma postura antiética, e ainda têm coragem de se gloriar dessas perseguições, como se sofressem por amor a Cristo.

E a perseguição não é privilégio da igreja primitiva. Talvez não soframos tanto quanto ela sofreu, mas ainda sim, guardadas as devidas proporções, “todos os que desejam viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm.3:12). Não há exceção!

Em certo sentido, podemos dizer que seguir a Jesus é um convite ao sofrimento. Devemos encarar o sofrimento pela causa do Reino como uma espécie de “dom”, de privilégio. É Paulo quem diz que nos foi concedido “por amor de Cristo, não somente o crer nele, como também o padecer por ele” (Fp.1:29).