sábado, 7 de agosto de 2010

Inclusivismo X Solus Christus


Por Mizael Reis

Inclusivismo.


O inclusivismo é uma das respostas apresentadas para o problema soteriológico do mal, que procura apresentar possíveis soluções argumentativas para o destino final dos não-evangelizados, ou seja, como se dá a intervenção salvífica de Deus em terras virgens do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, ou ao menos, quais seriam os meios que porventura, Deus usaria para justificar alguém que habite em terras onde o evangelho pregado e anunciado permanece inacessível. O inclusivismo em seu pensamento conversor, não pretende, afirmam os inclusivistas, sob nenhuma hipótese, destronar o Cristianismo de seu fundador e Rei Jesus Cristo, pois alegam a exclusividade de salvação por meio de Cristo. Portanto, O inclusivista, quando na exposição da defesa do seu pensamento, jamais, segundo ele, comprometerá sua devoção ao verbo encarnado, que vem condicionando a salvação, sendo o meio pela qual Deus resolve falar nesses últimos tempos. No afã de provar a idoneidade do pensamento inclusivista, John Sanders escreveu um livro (Que será daqueles que nunca ouviram) sobre tema em nota, e no livro, Sanders apresenta alguns dos vultos que defenderam o pensamento inclusivista, são eles: Justino mártir, Abelardo, Erasmo de Roterdã, Zwínglio, John Wesley, William Shedd, A.H Strong, Karl Rahner, C.S Lewis e Wolfhart Pannenberg (pg. 24). Se analisarmos cuidadosamente os teólogos que segundo Sanders, apologizaram o pensamento inclusivista, veremos confirmada sua afirmação, alegando que os inclusivistas estão presentes nas mais diversas confissões e denominações. Portanto o inclusivismo é um pensamento que trilha sobre os teólogos, a despeito de possuírem diferentes definições em outros pensamentos. O primeiro ponto de apoio da crença inclusivista é o obstinado amor de Deus, ou como diz John Sanders, o Amor radical de Deus. Segundo a maneira inclusivista de compreender o Amor de Deus, Deus não se vê refém do tempo, nem da mensagem cristã anunciada para salvar os que jazem na escuridão, mensagem essa definida por Ele mesmo, mas não presente em alguns lugares. Daí, o amor de Deus é compelido a zelar por aqueles que partem sem terem ouvido a revelação especial de Deus, que é o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Jamais Deus permitirá que os ignorantes da mensagem do evangelho via-exposição escriturística, atravessem a outra vida, pela morte, sem que antes tenham tido a possibilidade de ouvirem o evangelho.O amor de Deus segundo os inclusivistas fala mais alto do que as suposições narcisistas e egocêntricas daqueles que não se preocupam com o paradeiro final daqueles que diferente deles próprios, não possuem a mesma oportunidade. Sendo o Evangelho uni – abrangente, pois leva sobre sua mensagem o Amor do Eterno, e diante da ausência da mensagem padrão, por Deus estabelecido para salvação, que é a revelação especial, Deus levará a efeito a mesma salvação por vias multifacetadas, manifestas por aquilo que é comumente conceituado de a revelação geral de Deus, tendo como pré-requisito ao não evangelizado a existência de uma fé que, a despeito de não ser associada diretamente a revelação de Jesus cristo, ele credita sobre tal revelação geral (pg. 40). A ação salvifica é realizada sobre os não evangelizados quando eles, no exercício da fé que manifestam, buscam a Deus pelos seus meios já concebidos, e alcançam do Deus verdadeiro, misericórdia, quando positivamente exercem essa fé. O inclusivismo superestima, ao seu modo, uma visão inclusiva do desejo de Deus na salvação, e subestima qualquer visão que delimite Deus a uma visão exclusiva. Deus é acolhedor, condescendente, longânimo, complacente, Todo-benevolente e tais epítetos não podem ser concomitalmente tecidos sobre a figura de um Deus que se antecipe em punir e condenar a reunir e salvar. Diante dessa defesa proposta pelos inclusivistas, alguém poderá questioná-los pela inexistência da pregação do lado esquerdo do julgamento de Cristo, a condenação, e tal questionamento deve sim ser respondido pelos inclusivistas, uma vez que não são universalistas. Para tal indagação, os inclusivistas manifestam-se dizendo que o inferno existe, bem como a condenação daqueles que rejeitam a salvação, mas não para os grupos menos favorecidos, ou mais discriminados. Deus abraça os convalescidos, os exauridos ao invés de bajular a casta hipócrita. Defendem que Deus sempre surpreende na salvação. Ele convida os excluídos para o banquete e os privilegia com o melhor vinho. Mesmo que essa defesa não pareça estranha às demais correntes existentes, essa é uma das bases que fundamentam o pensamento inclusivista, pois se Deus sempre favorece o excluído e isso é fato, aos mais distantes ser-lhes-ão de igual modo estendida tão grande salvação. No uso de sua misericórdia, Deus é tão abrangente, que até os esquecidos pelos conhecidos, serão por Ele reunidos no grande reduto espiritual, o reino do filho do seu amor, desde que para isso, respondam a Deus no exercício fiel daquilo que eles se identificam como fé ao seu deus, em resposta a sua revelação geral. Diante do já apresentado, tudo que fora dito, nada valeria para firmar um argumento bíblico se não houvesse um embasamento bíblico do qual tal argumento possa ser balizado. As bases bíblicas que defendem o inclusivismo, segundo os inclusivistas são elas (Jo 12:32, At 10:43, 1 Tm 4:10 ).

Solus Christus

O inclusivismo é nocivo, é subjetivo, cheio de pressupostos, que são alimentados por vôos irresponsavelmente mais altos além do permitido e sua guinada máxima é dada sem o conceito da Soberania de Deus. Julgo ser uma boa intenção a busca frenética pelos inclusivistas de provar a autenticidade dessa doutrina, porém só de boas intenções não será feita uma doutrina bíblica, além do que, as aferições inclusivistas são insuficientes para apresentar uma cosmovisão consistentemente cristã. O inclusivismo em sua espinha dorsal, ladeada com supostas provas bíblicas procura analisar os textos onde a palavra salvação ou seus derivantes aparecem construídos com a palavra “TODOS”, senão vejamos um de seus versículos chaves: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos até mim.” (Jo 12.32). Esse versículo garante-nos, que o propósito pelo qual Jesus morre é eficientemente cumprido, pois é garantido por sua própria palavra. Esse texto não prova que pessoas sem o conhecimento, predispostas, com alguns valores morais, serão salvas, mas sim que Jesus cristo atrairá seu povo para si. Não há garantia alguma de que aqueles que por ele serão salvos não o verão conscientemente, ou se salvarão por um conhecimento ininteligível de Jesus, mas sim serão por ele atraídos e pelo conhecimento de sua morte e ressurreição, ademais, o inclusivismo procura resolver o problema soteriológico do mal sem ponderar por quais motivos culpáveis o homem agora se vê pecador, incapaz de por si só, lograr êxito na sua salvação.

Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ec 7.29

A verdade que se obscura nos dias hoje, ao lado de uma teologia mancomunada com a proposta secularizante da pós-modernidade que relega Deus de sua soberania, é que o homem é pecador, nele não há bondade que o incline para Deus (Gn 6.5).

Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras.” Sl 58.3

Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos.” Ec 9.3

E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.” Sl 143.2

Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?” Pv 20.9

O inclusivismo por carecer de base bíblica consistente, permanece no campo movediço das conjecturas. As escrituras revelam-nos que o conhecimento cristalino da obra substitutiva de Cristo é quesito necessário para nossa salvação: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (jo 17:3). E esse conhecimento só se dará satisfatoriamente pelo conhecimento que a palavra de Deus possui em sua exclusividade: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.” (Jo 7.38). A Escritura Sagrada não abre o leque para hipotecarmos sobre quaisquer meios além do já apresentado por ela mesma, que sem reservas apresenta-nos que a salvação sempre é, e sempre será antecedida pelo conhecimento de nossa dependência da graça que é conclusivamente manifesta em Jesus Cristo. O desejo desenfreado de sanar a questão soteriológica do mal superestima o homem, colocando-o em uma condição em que ele não está, conforme diz-nos a Palavra de Deus. Ele não está em condições legais para questionar a Deus por salvação, pois “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Não foi Deus quem se distanciou de nós, fomos nós que obstinadamente nos afastamos de Deus, e em decorrência dessa ação da qual somos plenamente responsáveis, Deus, no uso de sua justiça, julga-nos como culpados, e é isso que é inequivocamente declarado pelas escrituras (EF 2.1 - Rm 5.6). Sendo cada um de nós culpados por nossos erros, ante o Tribunal de Deus, agarrando-nos tão somente na graça que a nós se manifesta, oferecendo-nos a salvação que nós não merecíamos; como agora após o advento de Cristo, pela salvação, inquirimos de Deus que o mesmo agora apresente outros meios de efetuar a obra que ele, voluntariamente propôs em seu coração nos conceder, a despeito do juízo condenatório que justamente recai sobre nós como pecadores? Caso Deus não interviesse na terra, a favor da salvação humana, o que seria de nós? Essa pergunta não é nenhum pouco banal, pois fora feita de igual modo pelo Salmista:

“Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?” SL 130.3

O inclusivismo constitui-se numa argumentação ultrajante, egoísta e sobretudo antropocêntrica. Negar o Inclusivismo não significa restringir a magnitude do amor de Deus, pois esse amor já se manifesta pelas simples ação do Deus encarnado, que se revestindo de nossa restritibilidade humana, cumpre a lei do qual somos incapazes de cumprir, afim de que pela fé, confiemos em sua justiça, para que a mesma, pela fé seja imputada em nós. E por essa obra salvífica, Deus oportuniza ao ser caído, um único meio, uma única via, concedida por um único Deus, que exige dos pecadores uma única Fé. Quaisquer afirmações que se enveredem além do que a Palavra de Deus delimita, são meras especulações, impulsionadas por um mundo que a cada dia se distancia de Deus e de sua palavra, destronando assim a prova do seu amor, sua vinda sobre a terra, mediado por ele, e somente por ele a salvação dos pecadores. Pela Escritura, certificamo-nos de que tais suposições estavam por Ela preditas, como sinais do fim dos tempos: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição” (2 Pe 2:1). Confesso que recorrer a esse versículo para contra-argumentar o inclusivismo, pode parecer à primeira vista, como uma tentativa violentamente fundamentalista. Contudo, mesmo que os que advogam a favor do inclusivismo não estejam se enquadrando entre aqueles que pelos versículos acima são denunciados como disseminadores de heresias, a proposta inclusivista, co-participa a obra salvífica de Cristo e sua exclusividade com demais formas religiosas de compreender a salvação, e quando esse “trem” estiver completamente descarrilado, é no cumprimento da profecia bíblica acima que isso tudo chegará. Cristo não pode ser ladeado com demais deuses, pois a “via dolorosa que ele caminhou”, é suficientemente poderosa para prover salvação para todos os que nele hão de crer: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”(1Jo 2:2). Quando os homens envolveram-se com ídolos, imputando sobre eles a Glória que só a Deus pertence, foram pelo Senhor veementemente repreendidos: “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens” (Sl 115:4). Se fosse possível, efetivar a salvação de forma sincrética entre o verdadeiro Deus e os demais deuses, não haveria motivos justificáveis da existência de tal versículo na Bíblia, mas é como declarou John Macarthur: “A heresia vem montada nos lombos da tolerância”, e não há heresia mais imperdoável do que manipular as Escrituras para adequá-la a uma compreensão pós-moderna de se pensar em Salvação. O mundo em que vivemos não se vê dependente de um Deus, de uma Lei, não consegue se ver dependendo da visão de um Deus que a tudo governa e transitar sobre um mundo que para esse Deus nada acontece a contragosto, pois nos detalhes da vida, ele Reina. E no tocante a salvação, nós vemos um mundo onde se manifestam diversas formas de se compreender Deus, e sua relação com a humanidade. Sendo o Cristianismo mais uma delas, atribuir-lhe a notoriedade, sobrepujando-o dos demais, diante de um mundo de inúmeras religiões, será no mínimo contraproducente, quando o desejo é nivelar o cristianismo com qualquer religião que tenha uma ética moral, no mínimo aproveitável. Porém, o Deus que conhecemos por sua palavra, corta a história destituindo deuses que comparados a Ele, nada são. Ele destronou Faraó, deus dos egípcios, Dagom, o deus dos Filisteus, Baal deus dos cananeus, Bel deus dos babilônicos, e em Cristo, ele se apresenta como o caminho, a verdade, e a vida e condiciona unicamente sobre si, a via que conduzirá o homem a salvação, quando diz “ninguém vem ao Pai, senão por mim”I (Jo 14: 6). É possível inferir desse texto e de outros correlatos, algo além da declaração de que por Jesus, e unicamente pelo conhecimento sobre esse Jesus, o homem será salvo? Temos legalidade bíblica para entendermos a obra da salvação sobre outro fundamento, que não seja Cristo Jesus? Quando Cornélio apresentou-se diante de Deus como homem, piedoso, as suas obras não lhe foram suficientes para abraçar a salvação, senão pela palavra que fora dada a Pedro, que por ordem de Deus, a Cornélio revelasse: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos); Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou; Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.36-37). E a todos quanto Deus, quiser salvar, tal palavra será soberanamente dispensada, não importa quão longínquo estejam os pecadores, pois a Escritura Sagrada garante: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37 – 1 Co 18.10), e Deus pela sua soberania, revelará ao pecador sua salvação, mesmo que nós, as vezes, devido ao nosso “conhecimento”, aprisionando Deus na torre de marfim de nossa exegese, não contabilizemos por não sabermos, aqueles a quem Deus tem se revelado: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mt 11:27). Deus salvará o seu povo, não importa onde habitem, nem a cultura pela qual estejam aprisionados, quando essa se interpõe contra o evangelho, e toda hipótese, construída sobre uma argumentação marginal, equiparando Jesus a outras formas de se compreender a fé, que não estejam fundamentadas pelas escrituras, devem ser repudiadas, mesmo que faça chover milagres, mesmo que unam todos os homens em concórdia (do ponto de vista religioso), pois nada podemos contra verdade senão pela verdade (2 Co 3.18).

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” At 4.12

Essa verdade fez com que Paulo, dentro do Panteão, onde se cultuava a vários deuses, pregasse, a despeito das diversas compreensões de deuses ali existentes, O Deus por quem o mundo foi criado: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; em tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação” (At 17: 24-26). Se caso estivéssemos na mesma condição, da experiência de Paulo, ante a uma diversidade de deuses, procuraríamos pregar com fidelidade a Fé em Cristo somente, ou reduziríamos a fé ao famigerado Sincretismo? Pois não renunciando essa verdade, porque sustentar a afirmação de que Deus a renunciaria, se valendo da compreensão que o mundo possa ter de deuses que não correspondem a sua Glória? “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Is 42.8). Evidentemente, essa verdade tem sido preterida por uma visão mais racional ante ao pluriverso religioso que temos assistido. Mas aos que se rendem ao escrutínio da Palavra de Deus, não encontrarão nada além do Cristo, e a este crucificado (1 Co 2.2). O inclusivismo diante do crivo bíblico desmorona-se pela sua insuficiência e incoerência. Longe de apresentar a minha verdade, agarro-me naquilo que a Bíblia diz ser verdadeiro, e por ela declaro que, mesmo que porventura Deus, optasse por soberanamente intervir na história de outras formas mais, para salvar o homem, tal afirmação não poderia nunca, ser extraída da Bíblia posto que sobre algo além do Cristo revelado, ela se cala. Todos nós podemos ser classificados como povos não-evangelizados até que o evangelho se apresente a nós, e sempre o esforço evangelístico será justificado por aqueles que desconhecem o nome de Jesus, e isso soa-nos claramente como uma necessidade, ou seja, anunciarmos o nome de Jesus para que os que ainda não o conhecem, ouçam tal mensagem, para salvação. É como declara o Apostolo Paulo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15.20). É necessário que o precioso nome de Jesus Cristo seja anunciado entre os homens para salvação, pois do contrário: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Perceba a necessidade, declarada por Paulo de anunciarmos o nome de Cristo, pois deste conhecimento, como claramente é declarado, sobrevém-nos a crença para salvação. Selo minhas palavras, transcrevendo o texto que julgo ser decisivo sobre essa questão, que coloca-nos como puníveis diante de Deus, não importando onde habitemos.

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. (Rm 1: 18-23, 2:12).

Onde a prédica não é cristocêntrica, não existe espaço para salvação, senão densas trevas de condenação.

Graça e Paz

Fonte: Somente pela Escritura e por ela Somente.

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