sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Livres da Futilidade


Não foi mediante coisas corruptíveis, como praia ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo. 1 Pedro 1.18,19

Por John Piper

Pessoas do Ocidente secular e povos mais primitivos de tribos animistas têm algo em comum: crêem no poder do cativeiro ancestral. Chamam-no por nomes diferentes. Os povos animistas talvez falem em termos de espíritos dos antepassados e a transmissão de maldições. As pessoas de visão secular talvez falem da influência genética ou de fendas deixadas por pais abusivos, co-dependentes e emocionalmente distantes. Em ambos os casos há um senso de fatalismo, de que somos fadados a viver dentro da maldição ou as feridas de nossos antepassados. O futuro parece fútil e vazio de felicidade.

Quando a Bíblia diz: "fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram", refere-se a um modo de vida vazio, improdutivo, sem significado, que acaba em destruição. Diz que esse procedimento fútil era ligado a nossos antepassados. Não diz como. O essencial é notar como somos libertos da escravidão dessa futilidade. O poder do libertador define a extensão da libertação.

A libertação da escravidão dos ancestrais não acontece com "coisas perecíveis como prata ou ouro". Prata e ouro representam as coisas mais valiosas que se podiam pagar por nosso resgate. Mas sabemos que são inúteis. As pessoas mais ricas são muitas vezes as mais escravizadas a essa futilidade. Um rico chefe tribal pode viver atormentado por uma maldição ancestral sobre sua vida. Um bem-sucedido presidente de uma companhia pode ser impelido por forças inconscientes provenientes de sua origem que acabam com seu casamento e seus filhos.

Prata e ouro não têm poder de ajudar. O sofrimento e a morte de Jesus oferecem o que é necessário: não ouro e prata, mas o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro sem defeito e sem mácula". Quando Cristo morreu, Deus tinha em vista o relacionamento entre nós e nossos antepassados. Ele queria nos libertar da futilidade que herdamos deles. Essa é uma das grandes razões pelas quais Cristo morreu.

Nenhuma maldição "pega" em você, se seus pecados são todos perdoados e você foi revestido da justiça de Cristo, redimido e amado pelo Criador do universo. O sofrimento e morte de Jesus são a razão final pela qual a Bíblia diz do povo de Deus que "contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel" (Nm 23.23). Quando Jesus morreu, todas as bênçãos do céu foram compradas para aqueles que nele confiam. E quando Deus abençoa, ninguém pode amaldiçoar.

Da mesma maneira, nenhuma ferida feita por um pai ou uma mãe está além do poder curador de Jesus. A redenção da cura é chamada de "sangue precioso de Cristo". O adjetivo "precioso" carrega em si valor infinito. Nenhuma escravidão permanece diante dele. Portanto, vamos nos afastar da prata e do ouro e abraçar o presente de Deus.

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