quinta-feira, 30 de junho de 2011

Você já nasceu de novo?


Por J.C.Ryle

Já nasceu de novo? Essa é uma da perguntas mais importantes da vida. Jesus Cristo disse: “aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3).

Não basta responder: “Pertenço à igreja; suponho que sou cristãos”. Milhares de cristãos nominais não demonstram nenhum dos sinais de terem passado pelo novo nascimento que as Sagradas Escrituras nos proporcionam, muitas delas registradas na Primeira epístola de João.

Não comente habitualmente pecados.

Primeiro,
João escreveu: “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado” (1 João 3:9). “todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando” (1 João 5:18, Almeida Revisada Imprensa Bíblica).

A pessoa que é nascida de novo, ou que tenha sido regenerada, não comete habitualmente pecado. Já não peca com seu coração nem com sua vontade. Provavelmente houve uma época quando não pensava se suas ações seriam pecaminosas ou não, e nem sempre sentia pesar depois de ter feito o mal. Não existiam problemas entre ele e o pecado – eram amigos – porem, o cristão autêntico odeia o pecado, foge dele, luta contra ele, o considera sua maior praga, ressente da carga de sua presença, sente quando cai debaixo de sua influência e anela livrar-se totalmente dele. O pecado já não lhe agrada e nem mesmo lhe é algo indiferente – agora veio a ser algo que odeia. Não obstante, não pode eliminar sua presença dentre de si mesmo.


Se ele afirmasse que não tem pecado, estaria mentindo (1 João 1:8). Porem, poder dizer que odeia o pecado e que o grande anseio de sua alma é não voltar a cometer nenhum pecado. Não pode impedir maus pensamentos, nem que faltas, omissões e defeitos apareçam tanto em suas palavras como em suas ações. Ele sabe que “todos tropeçamos em muitas coisas” (Tiago 3:2)

Porém, o nascido de novo pode afirmar com certeza, na presença de Deus, que essas coisas lhe causam dor e tristeza, e que sua natureza inteira não as aceita. O que diria de você o apóstolo? Nasceu de novo?

Crê em Cristo

Segundo
João escreveu: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus” (1 João 5:1)

O homem que é nascido de novo, ou é regenerado, crê que Jesus Cristo é o único Salvador que pode perdoar sua alma, que é a pessoa divina designada por Deus Pai justamente para esse propósito, e fora Dele não há nenhum Salvador. Considera-se indigno. Porém tem plena confiança em Cristo, e confiando nele, crê que todos seus pecados foram perdoados. Crê que, porque aceitou a obra consumada de Cristo e a morte na cruz, é considerado justo aos olhos de Deus, e pode encarar a morte e o juízo sem temor.

Pode ter temores e dúvidas. Talvez diga às vezes que se sente como que não possuindo nada de fé. Porém, pergunte-lhe se está disposto a confiar em outra coisa em lugar de Cristo, e observe a resposta. Pergunte-lhe se está disposto a basear sua esperança de vida eterna em sua própria bondade, em suas próprias obras, em suas orações, em seu pastor ou em sua igreja, e note a resposta que dará. O que diria de ti o apóstolo? Nasceste de novo?

Pratica a justiça Terceiro, João escreveu: “todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.” (1:João 2:29).

O homem nascido de novo, ou regenerado, é um homem santo. Procura viver de acordo com a vontade de Deus, fazer as coisas que agradam a Deus e evitar as coisas que Deus aborrece. Deseja continuamente basear seu exemplo no exemplo de Cristo, e dar mostras de ser amigo de Jesus fazendo tudo o que Ele ordena. Sabe que não é perfeito. Percebe, com aflição, sua corrupção interior. Têm consciência de um princípio maligno dentro de si mesmo que luta constantemente contra a graça e que deseja tratar de afastá-lo de Deus. Porem não consente com esse mal, ainda que não possa impedir sua presença dentro de si.


Ainda que as vezes pode se sentir tão baixo que questiona se é ou não cristão, poderá afirmar com John Newton: “ Não sou o que devo ser, não sou o que quero ser, não sou o que espero ser no mais além; porem, ainda assim, não sou o que era, e pela graça de Deus sou o que sou” O que o apóstolo diria de você? Já nasceu de novo?

Ama aos demais cristãos

Quarto, João escreveu: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos” (1 João 3:14)

O homem que nasceu de novo tem um amor especial por todos os autênticos discípulos de Cristo. Igualmente como seu Pai nos céus, ama a todos os homens com um grande amor geral, porem tem um amor especial pelos que compartem sua fé em Cristo. Tal como seu Senhor e Salvador, ama aos piores pecadores e pode chorar por eles – mas possui um amor particular pelos que são crentes. Nunca se sente tão em casa como quando está na companhia deles. Sente que todos são membros da mesma família. São seus companheiros de armas, lutando todos contra o mesmo inimigo. São seus companheiros de viagem, viajando pelos mesmo caminho. Compreende-lhes, e eles compreendem a ele.


Eles podem ser entre si muito distintos de muitas formas: no status, na posição e nas riquezas. Porem, isso não importa. São os filhos e filhas de seu Pai e não pode menos que amar-lhes. O que João dirá de você? Nasceu de novo?


Vence ao mundo

Quinto, João escreveu: “todo o que é nascido de Deus vence o mundo” ( 1 João 5:4)

O homem que nasceu de novo não usa a opinião do mundo como sua norma com relação ao bom e ao mal. Não importa para ele ir contra a corrente das condutas, ideias e costumes do mundo. O que dizem ou fazem os demais já não lhe preocupa. Vence ao amor do mundo. Não encontra prazer nas coisas que parecem trazer felicidade à maioria das pessoas. A ele lhe parece néscias e indignas de um ser imortal.


Ama aos elogios de Deus mais que os elogios do homem. Teme ofender a Deus mais do que ofender aos homens. Não é importante para ele se o culpam ou se o elogiam, sua meta principal é agradar a Deus; o Que diria João? Já nasceu de novo?


Mantêm-se puro

Sexto, João escreveu: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca” (1 João 5:18)

O homem que tem nascido de novo cuida de sua própria alma. Procura não somente evitar ao pecado, mas também tudo o que possa o levar a ele. É cuidadoso de suas companhias. Sabe que as conversas ímpias corrompem o coração e que o mal é mais contagioso que o bem, assim como uma enfermidade é mais contagiosa que a saúde. É cuidadoso quanto ao uso de seu tempo, seu desejo principal é usar ele com proveito.

Anela viver como um soldado em território inimigo – aspira usar continuamente sua armadura e estar preparado para a tentação. É diligente em ser um homem vigilante, humilde e de oração. O que diria de ti o apóstolo? Já nasceu novamente?

A prova

Essas são as seis grandes características do cristão que nasceu de novo. Existe uma grande diferença na profundidade e claridade dessas características em distintas pessoas. Em algumas são frágeis e quase não se percebem. Em outras, são fortes, claras e inconfundíveis, de modo que qualquer um as notam. Algumas dessas características são mais visíveis que outras em cada um. Rara vez são todas igualmente evidentes em uma dada pessoa.


Porém, ainda assim, tendo tudo em conta, aqui encontramos gravadas seis características daquele que é nascido de Deus.


Como regiremos a essas coisas? Podemos, por lógica, chegar a uma só conclusão: somente os que são nascidos de novo possuem essas seis características, e os que não as tem não são nascidos de novo. Essa parece ser a conclusão a qual o apóstolo João queria que chegássemos.


Você possui essas características?

Todo direito de tradução protegido por lei internacional de domínio público
Tradução: Armando Marcos

O Mascarado Polêmico





Uma resposta bíblica ao homossexualismo


O texto que segue não é de autoria minha, é uma tradução que fiz da posição da Igreja Wesleyana nos Estados Unidos quanto ao homossexualismo. Mas concordo plenamente com suas argumentações e recomendações, e achei importante e necessário divulgá-lo, especialmente nesses dias onde a celebração desse “estilo de vida” atinge um ritmo frenético. Depois do texto, incluo links para alguns artigos interessantes, e talvez mais relevantes, à situação brasileira. Minha esperança é que possamos pensar sobre o assunto com base nas Escrituras, firmes nos seus ensinamentos e nas suas verdades, mas rejeitando a retórica cheia de ódio que muitas vezes encontramos em ambos os lados.

Homossexualismo

Uma Perspectiva Wesleyana

Preâmbulo

A questão do homossexualismo está gerando debates intensos em quase todas as áreas da nossa sociedade. É um debate que está sendo travado no âmbito governamental, à medida que legisladores tentam definir o que é o casamento, e que direitos e proteções devem ser concedidos aos cidadãos homossexuais. É um debate que está sendo travado no nosso sistema de educação pública, à medida que professores e administradores tomam decisões sobre políticas de contratação e sobre o que deve ser ensinado às crianças, quanto à homossexualidade. É um debate que está sendo travado nas reuniões de diretoria de empresas por todo o país, à medida que executivos decidem o que devem fazer quanto à extensão de benefícios de saúde a parceiros do mesmo sexo. É um debate que está sendo travado, cada vez mais, nos nossos lares, à medida que números crescentes de amigos, familiares, e vizinhos admitem o seu envolvimento em relacionamentos com o mesmo sexo, e tentamos discernir qual deve ser a nossa resposta. E é um debate que está sendo travado em muitas denominações e igrejas-algumas delas quase se dividindo-quanto às questões da afirmação da prática do homossexualismo dentro da igreja e da ordenação de ministros que sejam homossexuais praticantes. A nossa cultura está profundamente dividida em muitos níveis quanto à questão do homossexualismo, com um extremo populado por ativistas homossexuais que fazem paradas e demandam uma aceitação, sem qualificações, de todas as atividades homossexuais. No outro extremo estão as pessoas que aparecem nessas paradas com faixas que proclamam enfaticamente que “Deus odeia os gays”. Em ambos os lados, as emoções são intensas, a paixão pela causa corre forte, e muitas vezes a feiúra e o ódio vem à tona.

Qual é a posição da Igreja Wesleyana quanto a essa questão contemporânea complexa que enfrentamos? Será que a prática do homossexualismo é um estilo de vida alternativo que podemos simplesmente abraçar? Ou é um pecado que distorce os propósitos de Deus e é proibido na Sua Palavra? Qual deve ser a nossa resposta a esta questão, no nosso contexto contemporâneo?

Base Bíblica

A Igreja Wesleyana mantém a sua convicção histórica de que a prática do homossexualismo é contrária à vontade de Deus, que nos é revelada na Bíblia. Ainda que muitos textos bíblicos sejam citados para apoiar esta perspectiva, cremos que o argumento bíblico mais forte contra a prática do homossexualismo está no relato da criação (Gênesis 1-2). Quando Jesus foi questionado quanto à sua opinião sobre o divórcio, ele levou os seus ouvintes de volta ao começo e usou a história da criação como ferramenta para lhes ensinar os propósitos de Deus (Mateus 19.4-6). As intenções de Deus podiam ser discernidas a partir da maneira como Deus criou as coisas. Da mesma forma, cremos que o relato bíblico da criação é extremamente instrutivo ao abordarmos as complexidades do debate sobre o homossexualismo. Deste relato, aprendemos as seguintes verdades sobre a sexualidade humana:

* Aprendemos que somos criados homem e mulher, e que homem e mulher juntos refletem a imagem de Deus (Gênesis 1:27);
* Aprendemos que é através do relacionamento entre o homem e a mulher que o ser humano pode se multiplicar (Gênesis 1:28);
* Aprendemos que o homem e a mulher foram criados um para o outro, e que é a intenção de Deus que um homem e uma mulher se tornem uma carne.

O plano de Deus nos é revelado através do design do ser humano, e o livro de Gênesis mostra incontestavelmente que Deus projetou os nossos corpos para relacionamentos heterossexuais. Até um conhecimento básico de biologia afirma esta posição. A criação majestosa do ser humano por Deus, na Sua imagem, homem e mulher, nos mostra que a prática do homossexualismo é um uso do corpo humano que rejeita o projeto e a intenção original de Deus.

Desde Gênesis até o fim das Escrituras a Bíblia afirma esta compreensão da sexualidade humana. Quando a Bíblia fala sobre o plano de Deus para o casamento e para o prazer sexual, sempre o faz dentro do contexto do casamento heterossexual, e apenas neste contexto (e.g., Marcos 10.1-2, Efésios 5.21-33). Quando Jesus falou sobre casamento, Ele falou sempre de um homem e uma mulher. O livro inteiro de Cantares de Salomão é uma ode à beleza do amor heterossexual. E diversos textos explicitamente mencionam a prática do homossexualismo entre outras práticas, que pervertem o plano de Deus (1 Coríntios 6.9, Romanos 1.26-27, Gênesis 19). A Igreja Wesleyana reconhece que existem cristãos que chegam a conclusões diferentes, mas parece-nos que a grande maioria das evidências bíblicas aponta para o fato de que o plano de Deus é o de um homem e uma mulher por uma vida. Não adotamos esta perspectiva por sermos homofóbicos ou intolerantes, e sim porque estamos comprometidos a seguir os ensinamentos da Bíblia quanto ao casamento, à família e à sexualidade humana, mesmo quando estes ensinamentos forem contra as normas culturais que prevalecem nos nossos dias.

Alguns levantarão objeções a esta posição baseados na idéia de que pessoas aparentam nascer com suas orientações sexuais. Esta objeção, na verdade, é um apelo diferente à maneira como Deus criou as coisas: “Se Deus fez os homossexuais como eles são, como pode ser errado?” Alguns cristãos respondem à esta objeção simplesmente declarando que a orientação homossexual não é uma predisposição genética ou biológica, e sim uma escolha pessoal. A Igreja Wesleyana crê que as causas do homossexualismo provavelmente não são redutíveis à simplicidade destas explicações. A verdade é que ainda não temos as respostas quanto às causas do homossexualismo, e que provavelmente existem causas diferentes para pessoas diferentes, e que muitas vezes a causa é um amálgamo de diversos fatores.

No entanto, a incerteza e complexidade quanto às causas do homossexualismo não desmerecem ou comprometem a nossa posição, que a prática do homossexualismo está fora da vontade de Deus. Nem todas as propensões inatas são boas. Nem todos os padrões de comportamento que aprendemos das nossas famílias ou através de traumas na infância são desejáveis. Da mesma forma que o abuso de álcool, ou a ira descontrolada, ou uma centena de outros padrões destrutivos de comportamento podem surgir de causas diversas, ainda assim chamamos pessoas a um padrão de comportamento bíblico, e é isso o que fazemos, também, com a questão do homossexualismo. Reconhecemos com humildade a falta de certeza sobre as suas causas, porém firmemente insistimos que pela graça de Deus ainda somos chamados, e capacitados, a viver de acordo com a vontade de Deus e de acordo com os seus propósitos, revelados nas Escrituras.

A Declaração

Isto nos leva a uma distinção importante que pedimos que todos os Wesleyanos entendam e lembrem, à medida que pensam sobre este assunto. O pecado do homossexualismo tem a ver com a sua prática 1; não tem a ver com a orientação, ou o desejo, ou a tentação. Todos nós somos tentados de diversas maneiras-alguns tentados à ganância, ou ao orgulho, ou à inveja, ou à auto-justiça. O próprio Jesus foi tentado! E a tentação em si, não é pecado; o pecado só é concretizado quando a pessoa se entrega à tentação e se envolve no comportamento pecaminoso ou atitude pecaminosa (1 Coríntios 10.13, Tiago 1.13-15). O mesmo é verdade quanto ao homossexualismo. A tentação ou desejo (ou “orientação”) para encontrar satisfação sexual com membros do mesmo sexo não é pecado, assim como qualquer outra tentação; o homossexualismo só se torna pecado quando o desejo se torna ato, através da lascívia homossexual ou da prática em si. Certamente, como Wesleyanos, cremos que pessoas com uma orientação homossexual podem ser curadas desta orientação e se tornarem heterossexuais, porém também cremos que aqueles que não forem libertados desta orientação podem ser obedientes a Cristo abstendo-se da prática do homossexualismo e vivendo em pureza sexual.

À medida que a Igreja Wesleyana procura responder à questão do homossexualismo e (o que é mais importante) a indivíduos homossexuais, temos como exemplo a atitude de Jesus. Da mesma maneira que Ele respondeu à mulher que foi pega em adultério com estas palavras: “…Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (João 8.11), clamamos a todos os Wesleyanos a lidarem com a comunidade homossexual, demonstrando uma compaixão sem limites e, ao mesmo tempo, chamando-os ao padrão bíblico de moralidade sexual. Nós não podemos, e não iremos, endossar a prática do homossexualismo como estilo de vida; da mesma forma que não podemos, e não iremos, endossar todos os outros tipos de comportamento que vão contra a vontade de Deus. Mas também não podemos, e não iremos, endossar atitudes condenatórias e cheias de ódio para com aqueles da comunidade homossexual. Este tipo de atitude, que é tão prevalente entre cristãos evangélicos, só serve para afastar ainda mais as pessoas do Deus que os ama e da comunidade onde eles o podem encontrar. Jesus foi conhecido como um “amigo de pecadores” (Lucas 7.34), e com base nisso convidamos os Wesleyanos a refletir o Seu coração a todas as pessoas que estão longe de Deus, incluindo aqueles que fazem parte da comunidade homossexual. Não abriremos mão da verdade bíblica e não endossaremos a prática do homossexualismo, mas encorajamos as nossas igrejas a serem o tipo de comunidade onde uma pessoa homossexual se sentirá querida, amada, e valorizada, e onde podem ser apresentadas ao amor de Cristo e nutridas nele e por Ele. Nossas igrejas são instruídas a permanecerem firmes nos ensinamentos bíblicos contra a prática do homossexualismo, mas também são instruídas a providenciarem generosamente o tipo de ensino, apoio, ministério, aconselhamento, e hospitalidade que pode ser usado por Deus para trazer o Seu amor redentivo àqueles que necessitam dele. A Igreja Wesleyana é populada por pecadores que reconheceram a necessidade de ter Deus em suas vidas e que estão sendo transformadas e renovadas por Ele; estendemos as mãos em boas-vindas a qualquer um que procure esta mesma graça transformadora, para operar na sua vida.
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1 “Relacionamentos sexuais fora do casamento e relacionamentos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são imorais e pecaminosos. Reconhecemos a profundidade da pecaminosidade da prática homossexual, mas cremos que a graça de Deus é suficiente para superar tanto a prática em si como a perversão que leva a esta prática.” (Disciplina 410.5. Ênfase acrescentada.)


quarta-feira, 29 de junho de 2011

QUANDO A IGREJA SE TRANSFORMA EM CIRCO E O ALTAR EM PICADEIRO


Por Pr. Luiz Fernando




Ao postar este texto não questiono pessoas, pois, muitos no vídeo conheço pessoalmente e as tenho em alta estima. Questiono comportamentos.

Vemos um avanço avassalador do mundanismo sobre a igreja. A igreja abraçou acriticamente o mundanismo como modus vivendi. O diabo seduziu um grande percentual de cristãos a aceitar os padrões do mundo como referência para a igreja. Charles Haddon Spurgeon, pregador batista do século XIX disse: "A igreja abandonou a pregação ousada; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões". A tentativa de tornar o culto mais atrativo para os não convertidos tem jogado a igreja na sarjeta e a tem descaracterizado. Nunca se soube de um profeta que tenha utilizados desses meios para atrair multidões. João Batista, a voz que clamava no deserto, tinha uma rara capacidade desconhecida pela maioria dos pregadores e cristãos, ele conseguia encher um deserto e esvaziar uma cidade com uma mensagem cujo cerne era "arrependei-vos porque é chegado o Reino dos céus". A igreja historicamente não se deu ao luxo de divertir seus ouvintes, antes os confrontavam com uma mensagem que os tirava de seus sonos letárgicos. Agora esta igreja tentar aplacar as consciências transformando-se em circo e fazendo de seus altares picadeiros. O que vemos neste vídeo nada mais é do que o total fracasso de um sistema falido, onde Deus é totalmente desprezado e vituperado. Não questiono intenções, que por sinal devem ter sido boas, mas questiono o modo grotesco e inútil de tentar tornar a mensagem do Evangelho de Cristo mais aceitável para esta geração, como se esta geração não precisasse de se arrepender e confessar a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.

A igreja que deveria ser a voz profética desta geração, sacrifica esse chamado no picadeiro da idiotice. Nenhum profeta sofreu por entreter o povo, mas por apontar e colocar o dedo nas feridas morais e espirituais de seus tempos. Foram serrados ao meio por trazerem uma mensagem que triturava o status quoo de suas gerações. Lançavam no desconforto emocional e espiritual aqueles que estavam confortáveis e confortavam os que estavam angustiados. Não vejo no espectro da fama dos cantores gospel um rol de mártires. Nada mais traz vergonha para o nome de Cristo do que essa banalização do sagrado. Prover distração é algo antagônico ao Evangelho e ao chamado de Cristo para a igreja. Tornar o culto mais agradável para atrair pessoas injetando no mesmo princípios mundanos não trará salvação e libertação para ninguém. Tentar atrair pessoas para Cristo de qualquer jeito é desconhecer por completo o que é Evangelho. Deus sempre trabalhou e trabalha com padrões e o seu padrão é: "Retirai-vos dela povo meu". Não passa pela minha cabeça o apóstolo Paulo, Agostinho, Tertuliano, Orígenes, Lutero, Calvino, M. L. Jones, J. Pipper, Enéas Tognini, Rosivaldo Araújo, Ashbel Green Simonton e outros permitindo o mundo entrar pela porta da frente da igreja transformando-a em circo e seu altar em picadeiro. Para mim, isso é oferecer fogo estranho no altar do Senhor.

A igreja primitiva por pregar a Cristo e este crucificado não tinha tempo para entreter o povo. Os primeiros cristãos saíram espalhando as boas novas de salvação em meio a uma terrível perseguição. Não havia tempo para circo. Não havia espaço para o picadeiro. Eles tinham uma mensagem candente da parte de Deus para uma sociedade que caminhava para o inferno a passos largos. A igreja, em nossos dias, se alinhou com o mundo e aceitou os conselhos de Balaão nos quais os filhos de Israel se corromperam casando-se com as filhas dos moabitas. Balaão não conseguiu amaldiçoar o povo de Deus, então o fez corromper com a prostituição. O que vemos neste vídeo é corrupção do culto a Deus e consequentemente prostituição espiritual.

Fico a me perguntar: Quais os benefícios advindos de práticas como estas? No final todos perdem. Os novos convertidos perdem por aprenderem que entrar na presença de Deus pode ser feito de qualquer maneira. Os novos convertidos são infantilizados e idiotizados. O mundo encontra motivos para rir de Deus e sua igreja. Os zombadores se acham em casa nestes momentos. O aflito que entrou para encontrar uma palavra de conforto foi apresentado a um outro evangelho que não o de Cristo. Quem veio buscar alimento para sua alma sai destas reuniões anêmicos. O espelho da Palavra é trincado nestes cultos e ninguém pode se ver à luz da Palavra.

Realmente entreter as multidões não traz nenhum benefício.
Sei que atrairei o desprezo, a ira e manifestações de muitos. Mas quem poderia ser o exemplo e apontar o caminho se encontra perdido.

A grande necessidade da igreja nestes dias é a de um púlpito forte com mensagens bíblicas que provoquem quebrantamento, confissão de pecados e devoção ao nosso Deus. Isso abrirá as portas para um aviamento que mudará a vida da igreja e do país. Por não termos Palavra de Deus proferida por lábios e corações incendiados pelo Espírito Santo, apelamos para o mundo como meio de aplacar nossos clamores interiores. Davi expressou de modo excelente a necessidade da igreja moderna quando disse: "A minha alma tem sede do Deus vivo".

Precisamos olhar para o nosso farol, Cristo. Somente Ele pode nos mostrar os perigos que nos cercam e apontar a melhor rota para as embarcações de nossas vidas.

Soli Deo Gloria

As Maneiras e os Porquês do Todo-Poderoso


Por Rev. Allen M. Baker

"Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?" (Am 3.6).

O enorme terremoto de 9.0 na escala Richter que abalou o Japão no dia 11 de março e o tsunami resultante, capturados tão espetacular e terrivelmente nos vídeos, produziu até 19 de março 18.000 mortes, não mencionando o possível desastre nuclear na usina de Fukushima, que poderia causar milhares de outras mortes.

Como devemos ver essas coisas? São meros acidentes? É apenas um terremoto, ou seja, um fenômeno natural explicado apenas em termos científicos? Isso é um julgamento de Deus sobre o Japão, uma nação orgulhosa em que somente 1% dos habitantes são cristãos? Devemos nós, como um budistas pode fazer, apenas aceitar isso como destino, admitindo que ninguém pode controlá-lo, ou devemos simplesmente deixar para lá?

Como em qualquer circunstância da vida, nossa única fonte é a Bíblia. E o que ela diz sobre catástrofes? João Calvino, em um comentário sobre Amós 3.6, diz que o som de uma trombeta recordava a Israel que Deus não fazia nada sem primeiro revelar seus segredos aos seus profetas. Nas palavras de Calvino: "O povo de Israel foi extremamente estúpido em não se arrepender depois de tantos avisos. Permaneceram em sua perversidade, embora tenham sido constrangidos pelos mais poderosos meios". Calvino prossegue e diz que Amós nos recorda que as calamidades não acontecem por acaso... que o governo deste mundo é realizado por Deus e que nada acontece senão pelo seu poder. A palavra (no hebraico rah) traduzida neste versículo por "mal" significa qualquer coisa adversa a nós. É a mesma palavra hebraica usada em Isaías 45.6-7, onde o profeta diz: "Eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas". A versão bíblica em português traduz "rah" em ambos os versículos pela palavra "mal". E faz isso em vários outros versículos: "a árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gn 2.9); "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal!" (Is 5.20); "e ficareis consolados do mal que eu fiz vir sobre Jerusalém, sim, de tudo o que fiz vir sobre ela" (Ez 14.22).

Portanto, podemos descartar várias possibilidades quanto ao porquê da terrível devastação ocorrida no Japão. Primeira, isso não for mero acidente. Não foi apenas um terremoto que pode ser explicado em termos científicos. É claro que há uma explicação científica para o que aconteceu. De modo algum, os crentes devem depreciar os meios secundários que Deus designou. Deus opera pela maneira como criou e, agora, sustenta toda a sua criação (At 17.26). E a razão fundamental para catástrofes naturais é a queda no pecado realizada por Adão e Eva. Isso tornou o mundo rendido ao pecado, corrompido e necessitado de redenção, algo que Deus promete repetidas vezes em sua Palavra (Is 66.22-24; Rm 8.20-23; 2 Pe 3.13). Segunda, nós rejeitamos a explicação budista e sua conseqüente reação estóica. Certamente, devemos lamentar e entristecer-nos pela perda de vidas, bem como devemos orar pelo povo do Japão e pelos que realizam o trabalho de socorro. Devemos contribuir financeiramente para esse trabalho.

No entanto, a catástrofe foi um julgamento de Deus sobre pessoas de coração duro e orgulhosas? É claro de Amós, Isaías, Ezequiel e todos os profetas que Deus trouxe julgamento sobre as nações de seus dias porque elas estavam longe dele, envolvidas em todas as maneiras de comportamento licencioso, ímpio e destrutivo, colocando-se a si mesmos contra Deus. Também sabemos que Paulo declarou que a ira de Deus é revelada (tempo presente, voz passiva, modo indicativo de apokalupto, de onde temos nossa palavra apocalipse) do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade pela injustiça (Rm 1.18). Em outras palavras, Deus está sempre trazendo sua ira ao mundo porque persistimos no viver ímpio. Mas, podemos dizer sem equívocos que Deus está julgando o Japão por causa de rejeição perpétua das ofertas de graça por meio de muitos japoneses crentes e missionários que trabalham diariamente para levar o Japão a Cristo?

Para responder essa pergunta, precisamos primeiramente considerar uma situação semelhante trazida à atenção de Jesus. Em Lucas 13.1-5, falaram a Jesus sobre alguns galileus cujo sangue foi misturado, pelo ímpio Pôncio Pilatos, com os sacrifícios que eles realizavam. E, por uma boa medida, esses indagadores de Jesus queriam o que ele pensava sobre o recente acidente de construção em que dezoito pessoas foram mortas quando uma torre desabou sobre eles. A pergunta era: "Você acha que esses galileus eram maiores pecadores do que todos os outros galileus porque sofreram esse destino? E os que morreram no acidente de construção eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém?" Adequando essa pergunta ao nosso contexto moderno, diríamos: a nação japonesa é mais ímpia e merecedora do julgamento de Deus do que somos nos Estados Unidos ou na Inglaterra? Aqueles que morreram no terremoto, no tsunami ou de exposição à radiação eram mais ímpios do que nós o somos? A maneira como Jesus respondeu essas perguntas nos dá a resposta que precisamos em nossa situação específica. Jesus disse aos seus questionadores: "Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis". O que Jesus estava dizendo? Estava respondendo as perguntas por focalizar-se no que julga mais importante. A questão não é quão ímpias essas pessoas tinham sido. Elas não eram mais ímpias do que qualquer outra pessoa. Quando comparados com a lei de Deus, descobrimos que ninguém é justo, nem mesmo um (Rm 30.10, ss.). Temos uma tendência de especular sobre essas coisas, mas elas não são a preocupação no coração de Jesus. Ele muda o assunto diretamente para seus questionadores, procurando incutir-lhes a verdade de que, se não se arrependessem, todos pereceriam igualmente.

Portanto, devemos ver qualquer catástrofe como uma chamada de "despertamento" divina e graciosa. Devemos ver a Deus em todas essas coisas. Essas calamidades servem como advertências para que todas as pessoas parem e perguntem a si mesmas: "E se meu carro, com meu querido filhinho dentro, tivesse sido levado pelas ondas gigantes de cinco metros de altura, enquanto o limpador de pára-brisa traseiro limpava o vidro? O que nos teria acontecido? Aonde iríamos depois da morte? Essas são as perguntas que nós e todas as pessoas devemos fazer a nós mesmos! Não podemos dizer com certeza que Deus está executando vingança sobre o Japão. Evidentemente, Deus fez isso a nações, conforme as Escrituras, e isso deixa claro o princípio bíblico de que ele está revelando continuamente sua ira no mundo. É melhor deixarmos essas questões nas coisas secretas de Deus (Dt 29.29).

E por que Deus mostra seu magnífico e grandioso poder de maneiras terríveis? Em última análise, ele faz tudo para o louvor e glória de sua graça (Ef 1.3-14); e, freqüentemente, suas maneiras grandiosas e terríveis humilham as pessoas e nações, atraindo muitos a Cristo, para obterem a salvação eterna. Lembro-me da haver orado pela Nicarágua depois do terremoto de 1973, pedindo a Deus que trouxesse aquelas queridas pessoas a Cristo como resultado da devastação. Quase imediatamente após o terremoto, milhões de nicaragüenses começaram a vir a Cristo, e o movimento continua até hoje. Que Deus faça essa mesma obra no Japão. E, por favor, ore pelo Japão, pela igreja japonesa, por seus pastores e missionários nativos que têm labutado fielmente, durante tantos anos, e visto tão pouco fruto. Talvez essas coisas aconteceram num tempo como este para que haja uma grande colheita de almas nesta nação que tem feito tanto no aspecto econômico, mas permanece nas trevas do xintoísmo e do culto aos ancestrais.

Traduzido por: Wellington Ferreira

Rev. Allen M. Baker é pastor da Christ Community Presbyterian Church em West Hartford (Connecticut).

Fonte: Editora Fiel

Lanna Holder , em entrevista para a TV , defende Céu gay e sacerdócio de homossexuais


Lanna Holder , em entrevista para a TV, defende Céu gay e sacerdócio de homossexuais. Afirma que está preparando programa de evangelismo voltado aos gays e a defesa do direito de gays exercerem ministérios na igreja – a cantora evangélica Rosânia Rocha, sua esposa, esta preparando um novo repertório exclusivamente para o gay cristão.

Para Lanna, as igrejas dos países desenvolvidos já aceitam pastores e pastoras gays e apenas poucos países atrasados como o Brasil ainda não aceitam esta realidade. Lanna enumerou as principais denominações tradicionais no estrangeiro (presbiterianos, luteranos, anglicanos, episcopais e batistas) permitindo aos gays o exercício pleno do cristianismo.




Minada a confiança em Deus


Por Thomas Ascol

A visão teísta relacional de Deus é uma visão que rouba o conforto e a confiança dos crentes. A compreensão tradicional de Deus dá peso total àquelas declarações bíblicas que o descrevem como "Senhor Deus Todo-Poderoso... Rei das nações!" (Ap 15.3), aquele que "governa as nações" (SI 22.28), "domina a fúria do mar" (SI 89.9) e "reinará para sempre" (Êx 15.18; cf. SI 93.1; 96.10; 9.1; 99.1; 146.10). A declaração inspirada de Nabucodonosor sobre o exercício meticuloso e irrestrito da providência de Deus não causa qualquer embaraço ao teísmo ortodoxo:

Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? (Dn. 4.35)

O teísmo relacional rejeita o ensino sobre Deus e sua providência que esse versículo retrata, porque ele não se "encaixa" na "história bíblica" como ele a vê. Em vez de reconhecer Deus como o Governador sem rival do universo, os teístas da vontade livre querem retratá-lo como o "Jogador cósmico". Essa compreensão de Deus supostamente tece conforto e esperança nos crentes, mas ela de fato destrói o próprio fundamento que a Bíblia estabelece para confiarmos em Deus.

Sanders é totalmente direto ao expressar seu desejo de substituir Deus como Rei por Deus como aquele que "assume riscos". Deus assumiu um risco ao criar um mundo que ele povoou com criaturas dotadas de desejos livres. Ele fez isso em um esforço de realizar "o projeto divino", que "envolve a criação de outros significantes que são ontologicamente distintos de si mesmo e sobre os quais ele derrama seu cuidado amoroso na expectativa de que eles respondam em amor". Esse risco, argumenta Sanders, tem uma "grande chance de sucesso e pouca possibilidade de falha". De fato, "embora o pecado seja possível - por causa do tipo de mundo - ele simplesmente não era plausível em vista do bom ambiente que Deus estabeleceu e do amor que ele expressou".

Mas qualquer leitor honesto da história ou da Escritura demonstra que o "projeto divino", como Sanders o define, é um erro colossal. Jesus disse que somente uns "poucos" entrarão pela porta estreita e trilharão o caminho estreito do Deus amoroso (Mt 7.13,14), e análises missiológicas da história cristã certamente confirmam essa proclamação. Se o pecado e a degradação do mundo são resultado de uma ruptura altamente improvável da aventura criativa de baixo-risco de Deus, como se pode esperar que alguém confie nele para "projetos" futuros?

O teísmo relacional reduz Deus a um jogador cósmico - e esse jogador nem é vitorioso. Ele criou bilhões de portadores de sua imagem, apostando que eles escolheriam amá-lo e confiar nele. Isso era uma "coisa quase certa" por causa de seu amor e de sua provisão. Mas, em termos de uma completa análise quantitativa, sua aposta foi um fracasso. Desde a criação até o presente, o Deus relacional tem assumido riscos somente para experimentar repetidos fracassos. Tanto a Bíblia quanto a história estão cheias de registros de pessoas e "projetos" com os quais ele contou em vão.

Como esse deus pode ser confiável? Se aquilo que ele queria fazer tem falhado tão repetida e catastroficamente, por que devemos depender dele para cumprir suas promessas, por mais bem-intencionado ele tenha sido ao fazê-las? Eu preferiria arriscar todas as finanças de minha família em um bilhete de loteria a confiar minha alma a um apostador com um cartel de vitórias tão pequeno.

Boyd não vê esse problema e, de fato, argumenta que a posição do teísmo relacional o deixa mais confiável do que a posição clássica. Em vez de ver Deus governando meticulosamente todos os negócios da vida por seus santos e bons propósitos, Boyd prefere pensar no exercício da providência de Deus como uma espécie de RPG, no qual o autor cria um grande número de enredos que o leitor pode progressivamente selecionar conforme o desenvolvimento da aventura no decorrer do livro. De forma semelhante, "o Deus do possível é o autor de toda a espinha central da história da criação e oferece alternativas possíveis às suas criaturas humanas e angélicas", deixando, dessa forma, "vários lugares para que os indivíduos exerçam sua vontade livre".

Um Deus que conhece exaustivamente o futuro ou que o ordena não é digno de confiança, diz Boyd, porque aquela coisa ruim que ele sabe que acontecerá a você dentro de dois dias infalivelmente acontecerá, não importa o que você faça ou deixe de fazer. Ele reclama:
Como a crença nesse "Deus fiel" o ajudará? Por que você realmente está confiando em Deus? Por simplesmente saber desde toda a eternidade que um terrível evento vai acontecer a você daqui a dois dias? Que segurança há nisso? Como essa crença pode ajudá-lo?

É muito melhor, pondera Boyd, ter um deus que conhece esse evento não como algo inevitável, mas simplesmente como uma de muitas possibilidades que podem sobre vir a você daqui a dois dias. Nesse caso, Deus trabalha para encorajá-lo a criar um futuro que evite essa possibilidade má - especialmente "se você for uma pessoa que freqüentemente fala com Deus e o ouve" e "tem família e amigos que oram por você com uma base consistente". Nesses casos, você pode confiar em Deus "para evitar certas possibilidades futuras que ele vê que estão se aproximando".

Logicamente, o que Boyd falha em discutir é o motivo pelo qual alguém desejaria confiar nos cuidados de um deus cujas melhores intenções são frustradas repetidamente no decorrer da história. Além disso, um episódio extraído de sua própria experiência pastoral protesta contra essa teoria. Ele conta a história de "Suzana", uma jovem mulher que "cresceu em um maravilhoso lar cristão", que era uma "discípula piedosa e fervorosa de Jesus Cristo" desde a sua mocidade e há muito tempo tinha o desejo de ser missionária em Taiwan. Ela orava diariamente para que seu futuro marido, que deveria compartilhar desse desejo de fazer missão em Taiwan, "permanecesse fiel ao Senhor e conservasse puro o coração". Ela encontrou e namorou um homem assim por mais de três anos, enquanto estava na faculdade. Depois de meses de oração, encontros e conversas com seus pais, pastor e amigos, todos concordaram que "seu casamento era da vontade de Deus". A própria Suzana recebeu uma confirmação especial disso enquanto orava certo dia.

Pouco tempo depois do casamento, enquanto estava em uma escola de missionários, o marido de Suzana começou a adotar um padrão de adultério e abuso, e recusava-se a ser ajudado ou a arrepender-se. Quando ele pediu divórcio, ela estava grávida, "irada", "emocionalmente destruída e espiritualmente arrasada". Para ajudá-la a lidar com a devastação de sua provação, Boyd lhe ofereceu "um caminho alternativo para compreender a situação". Ele escreve: "Eu sugeri a ela que Deus estava tão arrependido pela confirmação que tinha dado a ela quanto pela decisão de fazer Saul rei de Israel (ISm 15.11, 35; veja também Gn 6.5, 6)". Mas por que Deus não trabalhou em Suzana para encorajá-la a criar um futuro que evitasse essa possibilidade? Certamente ela se encaixa no perfil apresentado por Boyd do tipo de pessoa que pode confiar no deus do teísmo relacional para fazer exatamente isso.

Como nós podemos confiar em Deus para "inspirar" seus filhos a tomarem certas decisões, quando ele mesmo é tão falível quanto nós porque não tem conhecimento exaustivo do futuro? É difícil ver como o teísmo relacionai não reduz Deus ao nível de um "homem do tempo" dos flashes de meteorologia dos jornais - alguém que, por ser um especialista em sua área, tem acesso a informações que não estão disponíveis a outras pessoas e que, por isso, está em melhor posição que os demais para fazer suposições sobre o futuro. Permanece a questão: por que nós deveríamos confiar nesse Deus?

Uma coisa é basear nosso picnic nas previsões do tempo. Se uma chuva inesperada arruinar o seu dia, você pode ficar desapontado e até mesmo frustrado com o meteorologista e com suas previsões, mas você reconhece que ele está apenas fazendo suposições sobre padrões meteorológicos. Você não espera que ele seja infalível. Contudo, nós temos expectativas muito mais elevadas em relação a Deus. Se ele nos inspira a ações das quais ele posteriormente se arrepende, então, em última instância, ele não é confiável.

A visão clássica de Deus nunca nos levará a essa conclusão. Se, ao contrário do que diz o teísmo relacional, Deus conhece o fim desde o começo (Is 46.10) e pensa e age por caminhos que são muito mais elevados que os nossos caminhos (Is 55.8,9), então nós podemos confiar nele para fazer todas as coisas - inclusive as coisas inexplicavelmente más - para o nosso bem (Rm 8.28). Remova o controle soberano de Deus sobre a vida e seu completo conhecimento do futuro e o próprio fundamento para confiar nele começa a ruir.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Estamos Experimentando um Avivamento no Brasil?




O termo “avivamento” tem sido usado para designar momentos específicos na história da Igreja em que Deus visitou seu povo de maneira especial, pelo Espírito, trazendo quebrantamento espiritual, arrependimento dos pecados, mudança de vidas, renovação da fé e dos compromissos com ele, de tal forma que as igrejas, assim renovadas, produzem um impacto distinto e perceptível no mundo ao seu redor. Entre os exemplos mais conhecidos está o grande avivamento acontecido na Inglaterra e Estados Unidos durante o século XVIII, associado aos nomes de George Whitefield, João Wesley e Jonathan Edwards. Há registros também de poderosos avivamentos ocorridos na Coréia, China, África do Sul. Há vários livros que trazem o histórico dos avivamentos espirituais mais conhecidos.

“Avivamento” é uma palavra muito gasta hoje. Ela está no meio evangélico há alguns séculos. As diferentes tradições empregam-na de várias formas distintas. O termo remonta ao período dos puritanos (séc. XVII), embora o fenômeno em si seja bem mais antigo, dependendo do significado com que empregarmos o termo. O período da Reforma protestante, por exemplo, pode ser considerado como um dos maiores avivamentos espirituais já ocorridos.

Há diversas obras clássicas que tratam do assunto. Elas usam a palavra “avivamento” no mesmo sentido que “reavivamento”, isto é, a revivificação da religião experimental na vida de cristãos individuais ou mesmo coletivamente, em igrejas, cidades e até países inteiros. Vários puritanos escreveram extensas obras sobre o assunto, como Robert Fleming [1630-1694], The Fulfilling of the Scripture, Jonathan Edwards [1703-1758] em várias obras e um dos mais extensos e famosos, John Gillies [1712-1796], Historical Collections Relating to Remarkable Periods of the Success of the Gospel [Coleção de Registros Históricos de Períodos Notáveis do Sucesso do Evangelho].

Mas, não foi por ai que eu comecei. O primeiro livro que li sobre avivamento foi Avivamento: a ciência de um milagre, da Editora Betânia. Eu era recém convertido e o livro me foi doado por um pastor que percebeu meu interesse pelo assunto. O livro tratava do ministério de Charles Finney, que ministrou nos Estados Unidos no século XIX, e registrava eventos extraordinários que acompanhavam as suas pregações, como conversões de cidades inteiras. Além das histórias, o livro trazia extratos de obras do próprio Finney onde ele falava sobre avivamento. Para Finney, um reavivamento espiritual era o resultado do emprego de leis espirituais, tanto quanto uma colheita é o resultado das leis naturais que regem o plantio. Não era, portanto, um milagre, algo sobrenatural. Se os crentes se arrependerem de seus pecados, orarem e jejuarem o suficiente, então Deus necessariamente derramará seu Espírito em poder, para converter os incrédulos e santificar os crentes. Para Finney, avivamento é resultado direto do esforço dos crentes em buscá-lo. Se não vem, é porque não estamos buscando o suficiente.

As idéias de Finney marcaram o início de minha vida cristã. Hoje, muitos anos e muitos outros livros depois, entendo o que não poderia ter entendido à época. Finney era semi-pelagiano e arminiano, e muito do que ele ensinou e praticou nas reuniões de avivamento que realizou era resultado direto da sua compreensão de que o homem não nascia pecador, que era perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo a oferta do Evangelho, sem a ajuda do Espírito Santo. As idéias de Finney sobre avivamento, principalmente o conceito de que o homem é capaz de produzir avivamento espiritual, influenciaram tremendamente setores inteiros do evangelicalismo e do pentecostalismo. Hoje, tenho outra concepção acerca do assunto.

Eu uso o termo avivamento no sentido tradicional usado pelos puritanos. E portanto, creio que é seguro dizer que apesar de toda a agitação em torno do nome, o Brasil ainda não conheceu um verdadeiro avivamento espiritual. Depois de Finney, Billy Graham, do metodismo moderno e do pentecostalismo em geral, “avivamento” tem sido usado para designar cruzadas de evangelização, campanhas de santidade, reuniões onde se realizam curas e expulsões de demônios, ou pregações fervorosas. Mais recentemente, após o neopentecostalismo, avivamento é sinônimo de louvorzão, dançar no Espírito, ministração de louvor, show gospel, cair no Espírito, etc. etc. Nesse sentido, muitos acham que está havendo um grande avivamento no Brasil. Eu não consigo concordar. Continuo orando por um avivamento no Brasil. Acho que ainda precisamos de um, pelos seguintes motivos:

1. Apesar do crescimento numérico, os evangélicos não têm feito muita diferença na sociedade brasileira quanto à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem, para melhor. Historicamente, os avivamentos espirituais foram responsáveis diretos por transformações de cidades inteiras, mudanças de leis e transformação de culturas. Durante o grande avivamento em Northampton, dois séculos atrás, bares, prostíbulos e casernas foram fechados, por falta de clientes e pela conversão dos proprietários. A Inglaterra e a Escócia foram completamente transformadas por avivamentos há 400 anos.

2. Há muito show, muita música, muito louvor – mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus. Quando o Espírito de Deus está agindo de fato, ele desperta o povo de Deus para a Palavra. Ele gera amor e interesse nos corações pela revelação inspirada e final de Deus. Durante os avivamentos históricos, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a pregação da Palavra de Deus, para ler as Escrituras, à semelhança do avivamento acontecido na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se quedou em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Não vemos nada parecido hoje. A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias.

3. Há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade. Faz alguns anos recebi um convite para pregar numa determinada comunidade sobre santidade. O convite dizia em linhas gerais que o povo de Deus no Brasil havia experimentado nas últimas décadas ondas sobre ondas de avivamento. “O vento do Senhor tem soprado renovação sobre nós”, dizia o convite, mencionando em seguida como uma das evidências o surgimento de uma nova onda de louvor e adoração, com bandas diferentes que “conseguem aquecer os nossos ambientes de culto”. O convite reconhecia, porém, que ainda havia muito que alcançar. Existia especialmente um assunto que não tinha recebido muita ênfase, dizia o convite, que era a santidade. E acrescentava: “Sentimos que precisamos batalhar por santidade. Por isto, estamos marcando uma conferência sobre Santidade...” Ou seja, pode haver avivamento sem santidade! Durante um verdadeiro avivamento, contudo, os corações são quebrantados, há profunda convicção de pecado da parte dos crentes, gemidos de angústia por haverem quebrado a lei de Deus, uma profunda consciência da corrupção interior do coração, que acaba por levar os crentes a reformar suas vidas, a se tornarem mais sérios em seus compromissos com Deus, a mudar realmente de vida.

4. Um avivamento promove a união dos verdadeiros crentes em torno dos pontos centrais do Evangelho. Historicamente, durante os avivamentos, diferenças foram esquecidas, brigas antigas foram postas de lado, mágoas passadas foram perdoadas. A consciência da presença de Deus era tão grande que os crentes se uniram para pregar a Palavra aos pecadores, distribuir Bíblias, socorrer os necessitados e enviar missionários. Em pleno apartheid na África do Sul, estive em Kwasizabantu, local onde irrompeu um grande avivamento espiritual em 1966, trazendo a conversão de milhares de zulus, tswanas e africaners. Foi ali que vi pela primeira vez na África do Sul as diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado.

5. Um avivamento dissipa o nevoeiro moral cinzento em que vivem os cristãos e que lhes impede de ver com clareza o certo e o errado, e a distinguir um do outro. Durante a operação intensa do Espírito de Deus, o pecado é visto em suas verdadeiras cores, suas conseqüências são seriamente avaliadas. A verdade também é reconhecida e abraçada. A diferença entre a Igreja e o mundo se torna visível. Fazem alguns anos experimentei um pouco disso, numa ocasião muito especial. Durante a pregação num domingo à noite de um sermão absolutamente comum em uma grande igreja em Recife fui surpreendido pelo súbito interesse intenso das pessoas presentes pelo assunto, que era a necessidade de colocarmos nossa vida em ordem diante de Deus. Ao final da mensagem, sem que houvesse apelo ou qualquer sugestão nesse sentido, dezenas de pessoas se levantaram e vieram à frente, confessando seus pecados, confissões tremendas entrecortadas por lágrimas e soluços. O culto prolongou-se por mais algumas horas. E era um culto numa igreja presbiteriana! O clima estava saturado pela consciência da presença de Deus e os crentes não podiam fazer outra coisa senão humilhar-se diante da santidade do Senhor.

6. Um avivamento espiritual traz coragem e ousadia para que os cristãos assumam sua postura de crentes e posição firme contra o erro, levantando-se contra a tibieza, frouxidão e covardia moral que marca a nossa época.

7. Um avivamento espiritual desperta os corações dos crentes e os enche de amor pelos perdidos. Muitos dos missionários que no século passado viajaram mundo afora pregando o Evangelho foram despertados em reuniões e pregações ocorridas em tempos de avivamento espiritual. Os avivamentos ocorridos nos Estados Unidos no século XIX produziram centenas e centenas de vocações missionárias e coincidem com o período das chamadas missões de fé. Em meados do século passado houve dezenas de avivamentos espirituais em colégios e universidades americanas. Faz alguns anos ouvi Dr. Russell Shedd dizer que foi chamado para ser missionário durante seu tempo de colégio, quando houve um reavivamento espiritual surpreendente entre os alunos, que durou alguns dias. Naquela época, uma centena de jovens dedicou a vida a Cristo, e entre eles o próprio Shedd.

Não ignoro o outro lado dos avivamentos. Quando Deus começa a agir, o diabo se alevanta com todas as suas forças. Avivamentos são sempre misturados. Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo. Em alguns casos, houve rachas, divisões e brigas. Todavia, pesadas todas as coisas, creio que um avivamento ainda vale a pena.

Ao contrário de Finney, não creio que um avivamento possa ser produzido pelos crentes. Todavia, junto com Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos, acredito que posso clamar a Deus por um, humilhar-me diante dele e pedir que ele comece em mim. Foi isso que fizeram os homens presbiterianos da Coréia em 1906, durante uma longa e grave crise espiritual na Igreja Coreana. Durante uma semana se reuniram para orar, confessar seus pecados, se reconciliarem uns com os outros e com Deus. Durante aquela semana Deus os atendeu e começou o grande avivamento coreano, provocando milhares e milhares de conversões genuínas meses a fio, e dando início ao crescimento espantoso dos evangélicos na Coréia.

Só lamento em tudo isso que os abusos para com o termo “avivamento” tem feito com que os reformados falem pouco desse tema. E pior, que orem pouco por ele.

UM EVANGELHO MAIS ACEITÁVEL?


Por Martyn Lloyd-Jones

A tentativa de tornar o evangelho aceitável aos homens já é em si errada. Diz-nos a Bíblia que o homem está num estado de pecado, que o homem está cego, cegado pelo deus deste mundo, que "a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" (Romanos 8:7), que "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Coríntios 2:14). Essa tendência moderna esquece tudo isso. A idéia de que você pode tomar o evangelho e, por causa do conhecimento moderno, apresentá-lo de tal modo que vai ser mais fácil ao homem moderno crer nele, é uma negação do evangelho. "O escândalo da cruz" (Gaiatas 5:11)desapareceu, o escândalo do cristianismo evaporou-se, a "loucura" da pregação ou da mensagem pregada não é mais verdadeira. Está completamente errado.

Deixem-me, porém, acrescentar isto: é também tolo demais. Se eu preciso do conhecimento moderno para me ajudar a crer na Bíblia, como é que as pessoas criam nela no passado? Se eu tenho que apoiar-me na microfísica e dar graças a Deus por ela porque agora ela me torna fácil crer no evangelho, que dizer das pessoas que aceitavam as teorias de Isaac Newton? Noutras palavras, se vocês usarem essa atitude moderna como teste da história, verão que imediatamente a coisa toda se torna ridícula.

Eis mais uma razão: não há nada mais perigoso do que ser dirigido pelo conhecimento moderno. Por quê? Porque o que é conhecimento moderno hoje, será obsoleto amanhã, ou pelo menos em dez anos, ou certamente dentro de cinqüenta anos. Onde estão os "resultados seguros" da Alta Crítica contra a qual o Dr. Campbell Morgan teve que lutar quando estava aqui, antes da Primeira Guerra Mundial? Tantos deles esvairam-se no ar. Não se têm "resultados seguros". Nada é tão precário como basear qualquer parte da sua posição no conhecimento moderno ou na ciência moderna. De igual modo, nada é tão perigoso como a tendência moderna de confundir teorias e fatos.

Finalmente, considerem isto: o moderno evangélico conservador que pensa segundo essas linhas, faz isso porque quer conquistar pessoas para o evangelho. Mas, considerem o que diz um escritor americano, chamado Hordern, escrevendo em 1959, na obra, The Case for a New Reformation Theology (Argumentação em prol de uma Teologia da Nova Reforma). Ele não é um evangélico conservador; ele esboça o que denominou teologia da "nova reforma". Diz ele: "A nova teologia conservadora de hoje, em seu desejo de ser atualizada, intelectual e relevante, corre o grave perigo de conformar-se demasiado estreitamente à era moderna para poder levar uma palavra a essa era". O que ele quer dizer é que você pode modificar tanto a sua mensagem, a sua crença ou o seu método, que o homem que você está querendo conquistar para Cristo diz: bem, não vejo muita diferença entre o que você está dizendo e o que eu já cria. Você não será mais capaz de ajudá-lo. Em seu desejo e anseio exagerado de ajudá-lo, você está frustrando o seu próprio esforço e empenho.

Estaria eu querendo dizer com isso que não há nenhum lugar para a apologética? Não, mas é vital que compreendamos exatamente qual é o lugar da apologética. Ei-lo: a principal tarefa da apologética é dar apoio à fé do crente. Ela não o torna crente, porém o ajuda a manter e firmar a sua fé. A função da apologética é mostrar o erro e a completa insuficiência de todos os outros conceitos alheios ao conceito bíblico. A apologética, o uso do conhecimento moderno, é excelente como introdução do sermão, mas não deve ir além disso. É muito boa no trabalho de demolição, contudo não ajuda na construção. Ajuda a derribar o velho edifício, mas não ajuda a erigir o novo. Jamais pode levar alguém à salvação. Seja qual for o uso que se faça do conhecimento moderno, da argumentação moderna, ou de quaisquer outros implementos e armas carnais, jamais levará alguém à fé em Cristo.

Macumba góspel no lugar errado

O vídeo abaixo mostra a que ponto de sincretismo e "mandrakismo" chegou boa parte da chamada "igreja evangélica" brasileira, com os seus "benzimentos" e superstições que não têm nada a ver com aquela esquecida nas suas "pregações": a cruz de Cristo. Hoje o que não falta é macumba cóspel - em alguns casos chamada de "ato profético" - pra satisfazer desejos carnais e comerciais. Confira:



Julio Severo diz: Sou Homoafetivo


Por Julio Severo

Confesso: sou homoafetivo.

O queixo dos ativistas gays que monitoram meu blog cai de pasmo, soltando gritos histéricos de alegria. Sem demora, eles fazem contato com a ABGLT e a imprensa gay, que rapidamente estampam a manchete: “Exclusivo: Julio Severo confessa que é homoafetivo!”

Não fique espantado: Você também é homoafetivo! Aliás, não conheço ninguém que não seja. O espanto que alguns sentem é porque desconhecem o sentido da palavra “homoafetivo” e porque só a veem sendo usada na defesa de homens que fazem sexo com homens, como se homoafetividade e homoerotismo fossem sinônimos.

Contudo, homoafetividade não tem nada a ver com relações sexuais, conforme me apontou o Pr. Eguinaldo Hélio de Souza, do Vale da Bênção. A palavra “homoafetivo”, embora seja uma expressão criada modernamente, não tem ligação com o ato sexual dos homossexuais. Tem ligação parcial com a língua grega, onde a palavra grega “homos” significa “igual”. Junte “homos” com afetivo, e temos “homoafetivo”, que literalmente significa “afeição” ou “afeto” pelo igual. Nesse sentido literal, todo pai que tem afeição pelo filho é “homoafetivo”. Toda mãe que tem afeição pela filha é “homoafetiva”. Daí, sou homoafetivo porque tenho afeição e afeto pelos meus filhos do sexo masculino, que são meus iguais, pois são do mesmo sexo que eu.

Mesmo que você não seja casado, provavelmente você também tem afeição e afeto por amigos que têm o mesmo sexo que o seu. Daí, você também é homoafetivo!

“Homoafetividade” nada tem a ver com o órgão sexual masculino enfiado no orifício de outro homem. Homoafetividade, ou afeição entre iguais, é a relação saudável de afeição entre pais e filhos e mães e filhas, e também a afeição e afetividade entre um homem e seus amigos do sexo masculino, e a afeição e afetividade entre uma mulher e suas amigas do sexo feminino.

Homoafetividade leva a profundas amizades. Na Bíblia, vemos homoafetividade entre Davi e Jonatas, entre Jesus e seus apóstolos, etc. Contudo, homoerotividade (ou homoerotismo) é desejos sensuais e eróticos canalizados para pessoas do mesmo sexo. A homoerotividade leva diretamente ao sexo homossexual. A confusão existente é devido aos esforços dos ativistas gays de homossexualizarem as palavras conforme seus próprios caprichos.

Recentemente, um jovem me escreveu dizendo que era homossexual.

Eu perguntei: “Por que você diz isso?”

Rapaz: “Porque sinto afeição por um amigo”.

Julio Severo: “Quem lhe disse que você é homossexual?”

Rapaz: “A televisão diz que se você sente afeição por outro homem…”

Julio Severo: “Você já teve relações com outro homem?”

Rapaz: “Não”.

Julio Severo: “Meu caro, você não é homossexual! Afeição ou amizade por uma pessoa do mesmo sexo não transforma ninguém em homossexual. Só é homossexual quem pratica o ato. Da mesma forma, só é ladrão quem pratica roubo. Ninguém nasce ladrão, adúltero, etc.”

Meu questionamento foi suficiente para despertar uma luz de esperança numa cabeça onde a desorientação havia sido plantada.

E mesmo que ele sentisse homoerotismo, isso é tentação, e não o transforma automaticamente em homossexual, assim como pensamentos de roubo não transformam automaticamente um indivíduo em ladrão. Mas é claro que em ambos os casos é necessário lidar com os maus pensamentos, repudiando-os, antes que se transformem em ações, pois são apenas a ações que transformam o individuo em ladrão, homossexual, pedófilo, estuprador, etc.

Portanto, se lhe perguntarem, “você é homoerótico?”, responda: “Claro que não!” Mas se lhe perguntarem, “você é homoafetivo?”, diga sem nenhum constrangimento: sim, tenho afeição pelos meus iguais. Tenho afeição pelos meus filhos e amigos do sexo masculino.

Só por causa da violência que o movimento ideológico homossexual vem cometendo contra a língua portuguesa deixaremos de ter amigos do nosso sexo? Deixaremos de ter afeição por eles e por nossos filhos que têm o nosso sexo? Nós homens teremos de ter medo de amizades profundas com outros homens só por causa dos estupros linguísticos do movimento homossexual?

Homens viciados em sexo com homens não são homoafetivos, mas homoeróticos, porque o negócio deles não é afeição nem afetividade, mas exclusivamente sensualidade e vício.

No que depender do sentido etimológico da palavra, sempre seremos homoafetivos. Mas homoerotismo é outra história, e envolve imoralidade entre pessoas do mesmo sexo. Ninguém quer ser conhecido como “homoerótico”, que evoca diretamente a ideia de sexo entre iguais, um comportamento tão repugnante que os próprios ativistas gays preferem chamar sua relação sexual de “homoafetividade”, em vez de “homoerotismo”.

Já que o termo “homoerótico” é pesado, eles preferem “homoafetivo”, fazendo com que seu erotismo e vício peguem carona na palavra “afetividade”, como se a inocente afeição de uma mãe por sua filha envolvesse práticas de sexo lésbico! Se isso não é estupro violento da razão, então o que é?

Na verdade, o movimento ideológico homossexual não tem medo nenhum de estuprar o sentido de nada, desde o significado etimológico das palavras até a conduta animal.

No reino animal, animais em neurose praticam o comportamento homossexual, que é então usado pelos militantes gays como exemplo de que há homossexualismo entre os animais, buscando então forçar a sociedade a normalizá-lo entre os seres humanos.

Pois bem, há canibalismo entre os animais. Quem vai levantar a bandeira da normalização disso entre os seres humanos?

No reino animal, há também animais que fazem sexo com um animal gerado deles. Quem vai levantar a bandeira da normalização do sexo entre pai e filhos na sociedade humana?

Não, não apareceu nenhum movimento, até onde eu saiba, com a pretensão de legalizar o canibalismo ou sexo entre pais e filhos, mas há grupos homossexuais buscando legalizar as relações sexuais entre homens e meninos.

Contudo, não é só a língua e os exemplos do reino animal que o movimento ideológico homossexual estupra. Nem o arco-íris escapa da violência deles.

O arco-íris foi criado por Deus para nos ajudar a lembrar da graça de Deus que salvou Noé e sua família de um mundo que havia sido condenado à destruição por seus pecados. Mas hoje esse poderoso símbolo divino é usado pelo movimento ideológico homossexual para doutrinar a sociedade a respeitar e reverenciar os atos homossexuais como se fossem tão naturais quanto o sexo normal.

O sexo homossexual é realmente natural?

A sociedade humana da antiguidade também via seus pecados como naturais. Para lidar com a dureza deles, Deus decidiu o castigo deles e permitiu o Dilúvio, que destruiu toda a civilização daquele tempo. Os únicos que Deus salvou foram Noé e sua esposa, juntamente com seus filhos e esposas.

Se Noé fosse homossexual, não teria tido filhos, e a história humana teria se encerrado na sua morte.

A diferença entre ato homossexual e o ato conjugal é que só a relação normal entre marido e esposa é vital para a sobrevivência humana. Um Noé com esposa e filhos com esposas foram suficientes para povoar a terra com muitas outras famílias, crianças, tradições e culturas — tudo originando-se do ato conjugal normal.

Com o homossexualismo, a extinção engole a sobrevivência e a vida. Meninos se tornam meros objetivos de prazer homossexual. E a vida perde o sentido. O homossexualismo engole, turva, mutila, aleija, corrompe e destrói famílias, crianças, tradições e culturas. Relação conjugal produz bebês. Produz vida. Relação homossexual produz… doenças, vícios, fixação no orifício do traseiro e em seu conteúdo. Enfim, produz podridão. Com o homossexualismo predominando, é desnecessário um Dilúvio para destruir a terra. Em uma geração a extinção é certa.

Portanto, repudio os estupros que o movimento ideológico homossexual comete contra tudo e todos. Por mais que eles mintam, pervertam e desfigurem as palavras, sou homoafetivo, porque tenho afeição e afetividade por meus filhos e amigos do meu sexo.

E carrego a bandeira do arco-íris, que pertence a Deus e é símbolo do Deus que resgatou Noé do Dilúvio e hoje nos resgata dos pecados, inclusive do homossexualismo, através de Jesus Cristo. do Dilúvio, a Bíblia conta o que aconteceu:

“Deus abençoou Noé e os seus filhos, dizendo o seguinte: — Tenham muitos filhos, e que os seus descendentes se espalhem por toda a terra. Eu acertarei as contas com cada ser humano e com cada animal que matar alguém. O ser humano foi criado parecido com Deus, e por isso quem matar uma pessoa será morto por outra. — Tenham muitos filhos, e que os descendentes de vocês se espalhem por toda a terra. Deus também disse a Noé e aos seus filhos: — Agora vou fazer a minha aliança com vocês, e com os seus descendentes, e com todos os animais que saíram da barca e que estão com vocês, isto é, as aves, os animais domésticos e os animais selvagens, sim, todos os animais do mundo. Eu faço a seguinte aliança com vocês: prometo que nunca mais os seres vivos serão destruídos por um dilúvio. E nunca mais haverá outro dilúvio para destruir a terra. Como sinal desta aliança que estou fazendo para sempre com vocês e com todos os animais, vou colocar o meu arco nas nuvens. O arco-íris será o sinal da aliança que estou fazendo com o mundo. Quando eu cobrir de nuvens o céu e aparecer o arco-íris, então eu me lembrarei da aliança que fiz com vocês e com todos os animais. E assim não haverá outro dilúvio para destruir todos os seres vivos. Quando o arco-íris aparecer nas nuvens, eu o verei e me lembrarei da aliança que fiz para sempre com todos os seres vivos que há no mundo. O arco-íris é o sinal da aliança que estou fazendo com todos os seres vivos que vivem na terra.” (Gênesis 9:1,5-17 BLH)

O uso do arco-íris para glorificar o sexo homossexual é um estupro violento de um sinal da graça de Deus, depois que o Dilúvio destruiu um mundo onde homens e mulheres não queriam parar de pecar.

O arco-íris não foi criado pelo movimento homossexual nem foi criado para homens que estão determinados a não sair do pecado homossexual.

O arco-íris é um lembrete poderoso do pecado que destrói e do Deus que salva do pecado e da destruição.

Fonte: Julio Severo

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Myrian Rios discursa contra privilégios gays


Myrian Rios diz "na minha casa mandou eu" e ativistas gays protestam contra o direito dela. Diversos sites, ativistas do homossexualismo, e telejornais seculares também, criticam a Deputada carioca por causa desse discurso.

O resultado da votação, realizada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), em sessão da segunda votação do Projeto de Emenda Constitucional 23/2007, cujo objetivo era alterar acrescentando os dizeres ‘orientação sexual’ na Constituição Estadual carioca, foi 39 contra 2. Isto é Myrian Rios saiu-se vitoriosa, assim como todas as famílias cariocas.

Na ocasião, houve a massissa presença de cristão na Assembleia Legislativa, católicos e evangélicos, entre os quais o Pr. Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo). Estava previsto que os parlamentares votassem às 16h30, mas só veio a acontecer às 21 horas.



Fonte: HOLOFOTE.NET