quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Papo vazio!


Por Josemar Bessa

Amor ou Lei? Essa dicotomia é feita o tempo todo em nossa geração. Colocar o amor contra a lei como se fossem coisas mutuamente excludentes é um erro extremamente comum. Nós vivemos numa época de frases feitas, repetidas exaustivamente nas conversas pessoais, redes sociais... então você ouve: “Você quer ter uma religião de amor ou uma religião da lei?

Todo essa conversa, apesar de ser tão comum, é completamente anti-bíblica. O amor, por exemplo, é uma ordem da lei: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” - Deuteronômio 6:5 – “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” - Levítico 19:18 – “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” - Mateus 22:36-40

Quando falamos sobre o dever de amar (como a Bíblia define o amor e não a cultura), estamos expressando a lei. Então, como é óbvio, se você incute em sua mente que a lei não importa, o amor deve ser jogado fora, pois ele (sua verdadeira expressão) é o resumo da lei.

Jesus, ao contrário do que é feito tão comumente em seu nome, jamais diz algo parecido com – “você quer ter uma religião de amor ou uma religião da lei?” – Para Cristo não existe de forma nenhuma nenhum amor por ele além de mantê-la: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21 – “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” - João 14:15

Tudo isso é ligado, por Cristo, inexoravelmente a comunhão verdadeira que o homem tem com Ele e com o Pai – observar os seus mandamentos – quando O obedecemos, guardamos seus mandamentos, evidenciamos que o amamos. Quando o amamos fica evidente o amor do Pai por nós, e todos a quem o Pai ama, Cristo ama e se revela a eles: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” - João 14:21 - É impossível definir “permanecer no amor de Jesus” – como algo separado ou além de guardar os mandamentos claros que dele fluem – “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.” - João 15:10 – Não há possibilidades, segundo Cristo, de alegria verdadeira, plenitude de alegria fora da busca por santidade: “Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.” - João 15:11

A lei é uma expressão do que Ele é, uma expressão do seu caráter – é o plano de Deus para o seu povo santificado desfrutar de comunhão com Ele.

Os Salmos estão cheios de declarações de amor e deleite profundo aos mandamentos de Deus – são expressões naturais do coração regenerado – “Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” – “Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.” - Salmos 19:10

Jamais tememos amar, meditar e repousar sobre a lei, jamais como um meio demerecer a justificação ou ser justificado, mas como expressão inexorável deter sido justificado pela graça que há em Cristo e ter recebido por graça uma nova natureza. Por isso o apóstolo da Graça diz: “...vamos continuar no pecado para que a graça abunde" Romanos 6:1 – “Deus me livre!” – Diz Paulo: “De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” Romanos 6:2 - Poderia ser mais claro?

Fonte: Josemar Bessa

A graça de Deus, muito difundida, mas pouco compreendida



A graça comumente é conhecida como o favor imerecido de Deus ao homem pecador.

A teologia divide a graça em comum e especial. A graça comum é aquela que é comunicada a todos os homens, dando-lhes bênçãos sem medida. É por meio dela que Deus controla o mundo para que este não sucumba. A graça especial é soteriológica, pois é por ela que o homem é salvo. É a comunicação da salvação de Deus ao pecador.

A reforma protestante do século XVI afirmou que é tudo pela graça. O termo “sola gratia” define isso, pois, tudo que o homem possui, e, em especial, a salvação, é pela graça somente.

A graça de Deus é muito difundida, mas pouco compreendida. Neste sentido, precisamos compreender o que é a graça de Deus para que a difundamos com discernimento e verdade.

I – A GRAÇA É UM ATRIBUTO DO SER DE DEUS.

E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”. I Pe 5. 10

Deus tem em seu ser toda graça. É pleno de graça e favor. A graça é um atributo do ser de Deus. Isto quer dizer que Deus é gracioso em essência e ação. Ele a revela como qualidade de sua essência.

A graça é eterna como Deus é eterno. Paulo escrevendo ao jovem Timóteo diz que: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;”. Tm 1. 9. A graça já existia Nele, na eternidade, antes de ser exercida aos homens. Ou seja, Deus é graça em si mesmo, mesmo se não a tivesse comunicado na criação de todas as coisas. A graça não depende de sua comunicação para ser graça, ela é simplesmente graça porque faz parte dos atributos perfeitos de Deus.

Por outro lado, Deus é gracioso ao comunicar sua graça aos homens. Paulo escrevendo aos efésios diz:“Para mostrar nos século vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela benignidade para conosco em Cristo Jesus”. Ef 2.7. Apesar de Deus ser satisfeito em si mesmo pela essência graciosa que há Nele, Paulo mostra que Deus é gracioso na demonstração e comunicação de sua graça aos homens em Jesus Cristo. Aqui fica evidente que Deus comunicou o seu atributo aos homens.

Este atributo nos dá uma visão verdadeira de quem é Deus e, nos mostra, que não faz nada que não seja fruto de Sua infinita graça. Mesmo o exercício de sua justiça e ira são cheios de graça

II – A GRAÇA MANIFESTADA EM JESUS CRISTO.

“E o verbo se fez carne, e habitou entre vós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Jo 1.14

O Verbo eterno de Deus se encarnou e revelou plena e perfeitamente a graça de Deus. Um dos propósitos do Evangelho de João era combater a heresia conhecida gnosticismo, que afirmava que a matéria era má, e Deus, neste aspecto, não poderia tocar a matéria, não poderia de maneira alguma ter criado o mundo, e muito menos se tornado prisioneiro em um corpo. Para os gnósticos, quem criou o mundo foi uma das emanações de Deus, e não o próprio Deus. Neste sentido, João escreve que o divino Filho de Deus, que também era Deus, encarnou-se e habitou entre os homens, e quem O viu, contemplou a Sua glória como a do unigênito do Pai cheio de graça e de verdade.

Daí ser Jesus a encarnação, manifestação e personificação plena da graça divina.

Jesus é a plenitude da graça divina. João. 1.16 “E todos nós recebemos da sua plenitude, e graça por graça”. A palavra usada para plenitude é “pleroma”, que quer dizer, neste contexto, a soma de tudo o que se encontra em Deus. Em Cristo estava manifestada e encarnada toda a graça divina. João, também, diz que recebemos desta plenitude graça por graça, graça sobre graça, graça em lugar de graça. A graça manifestada por Cristo é dinâmica, quem a recebe sempre estará mergulhado em graça, saindo de uma graça para outra graça.

2 Co 8.9 “Conhecereis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rica, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”. 

Jesus é manifestação da graça divina. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. Tito 2.11. A graça divina se manifestou, apareceu de modo súbito e surpreendente em Jesus Cristo. A graça se manifestou, e é uma pessoa, e seu nome é Jesus. Esta Graça manifestada trouxe salvação a todos os homens. Aqui há uma epifania da graça de Deus.

III – A GRAÇA APLICADA PELO ESPÍRITO SANTO.

A Graça é aplicada ao homem pelo Espírito Santo. Um dos principais pontos da teologia reformada ou calvinista é a graça irresistível. É a afirmação de que Deus por meio do Espírito Santo age no coração do pecador, tornando-o inclinado a não mais resistir à graça de Deus.

A graça é irresistível para aqueles que o Espírito Santo regenerou. A graça é irresistível para aqueles que foram vivificados por Deus. A graça é irresistível porque é operada pelo Espírito Santo, regenerando o rebelde, e fazendo-o não mais resistente ao amor gracioso de Deus.

Por outro lado, a graça é totalmente resistível. Os pecadores que não foram iluminados pelo Espírito Santo, a resistem em todo o tempo. Os pecadores que ainda não foram vivificados estão impermeáveis às ações da graça de Deus. Os pecadores que não foram transplantados por Deus, que não trocaram o coração de pedra pelo de carne, ainda estão endurecidos à graça de Deus.

A melhor forma de entender a graça aplicada pelo Espírito Santo é discernindo a sua eficácia. A graça é irresistível porque é eficaz. Ela cumpre o propósito soberano de Deus na salvação do pecador. Ela é implantada eficazmente no coração do que outrora era resistente à vida de Deus.

Para melhor entendermos a ação e aplicação irresistível da graça de Deus é necessário apreciar alguns textos das Escrituras.

Em Atos 7.51 lemos: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais”. Este texto corrobora com a graça irresistível, dizendo que o homem em todo o tempo resiste à graça Deus. Quem resiste à graça, são homens que ainda estão com os corações incircuncisos, endurecidos pelo pecado, homens que ainda não receberam a “circuncisão da graça”, que não receberam um novo coração de carne, que pode receber os mandamentos da vida. Homens que ainda não foram regenerados pelo Espírito Santo.

Em 2 Coríntios 4.4-6 lemos: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo”. Este texto, também, afirma a graça irresistível, porque mostra que os olhos dos incrédulos foram cegados pelo diabo, e estão impedidos de receber a luz do Evangelho de Cristo. Isto acontece até que Deus, em sua soberania diga: “Haja luz”, e os que estavam em trevas são iluminados e são resplandecidos em seus corações pela luz da graça, que os traz ao conhecimento da glória de Deus.

Em João 1.12-13 lemos: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Todos aqueles que o receberam e creram em seu nome, não nasceram de sua vontade, mas foram regenerados pelo Espírito.

Em João 6.44 lemos: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”. Não há possibilidade de alguém que está resistindo à graça de Deus ir até Jesus, se o Pai, pela vocação interna do Espírito santo, não o trouxer. Este trabalho de trazer o pecador a Deus é feito pela graça irresistível. O termo “trouxer”, no texto grego, é “trazer à força”, para uma melhor compreensão do significado da passagem, é preciso ter em mente alguns pescadores puxando com força a rede cheia de peixes para dentro do barco. Mesmo que os peixes continuem resistindo, não havia a mínima possibilidade de saírem da rede. São trazidos à força. Isto quer dizer que a “força” da graça irresistível de Deus vence a nossa irrestibilidade.

A Graça tem o seu nascedouro em Deus, a sua revelação em Jesus Cristo e a sua aplicação pelo Espírito Santo. Assim, com esta compreensão, devemos difundi-la ao mundo.

Fonte: NAPEC

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ATOS – A CONTINUAÇÃO DA OBRA DE CRISTO



Por Pr. Silas Figueira

Texto basa: At 1.1-5

INTRODUÇÃO

O livro de Atos foi escrito por Lucas, o médico amado e companheiro do apóstolo Paulo (Cl 4.14), a um homem chamado Teófilo. Não podemos dizer ao certo quem era esse Teófilo, senão que parece ter sido um cidadão romano de alta posição, tanto que no Evangelho de Lucas ele é chamado de excelentíssimo (Lc 1.3). Outros pensam que este Teófilo era um cidadão grego; seu nome significa Amigo de Deus. 

Este livro é a continuação do evangelho de Lucas. O evangelho Lucas registra o que o Senhor Jesus começou a fazer e ensinar, já aqui em Atos ele registra que a vida de Jesus e seus ensinamentos continuam, só que agora, através dos seus discípulos. 

Podemos dizer que no Evangelho de Lucas o Senhor exerceu o Seu ministério de forma pessoal e pública, já em Atos o Seu ministério foi continuado através do Espírito Santo na vida dos seus discípulos, ou seja, através da Igreja. Embora Jesus esteja agora na glória, à mão direita do trono do Pai, Ele ainda realiza sua obra no mundo presente. 

O livro de Atos começa de onde o Evangelho de Lucas terminou, com a ressurreição do Nosso Senhor e a ordem para que os seus discípulos permanecessem na cidade de Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49). 

O livro de Atos nos fala do nascimento da Igreja em Jerusalém e de sua expansão até aos confins da terra. No entanto este Evangelho pregado não foi por pessoas eruditas e de grande influência na sociedade, mas por homens e mulheres simples (At 4.13). Eles não tinham nada que os recomendasse, não tinham grandes nomes, graduação, dinheiro, meios de comunicação e de propaganda. Não tinham absolutamente nada. E, contudo, o que sabemos é que esse punhado de pessoas iletradas e ignorantes “alvoroçou o mundo” como nos fala Atos 17.6. Em menos de dois séculos o cristianismo tornou-se a força mais poderosa dentro do grande Império Romano. 

O que podemos aprender nesses primeiros versículos de Atos? Vejamos:

1 – Em primeiro lugar, a pessoa de Jesus era a mensagem central que eles pregavam (At 1.1,2).

A pessoa do Senhor Jesus era o tema da mensagem que a Igreja Primitiva pregava. Assim como era o tema do Evangelho de Lucas. Podemos dizer que o Cristianismo não é um ensino. É uma Pessoa. E, infelizmente, é isso que tragicamente tem sido esquecido na época atual em muitas igrejas. 

O conhecimento da pessoa do Senhor Jesus é fator único que a Igreja tem que ter. Muitos conhecem a sua doutrina, mas não O conhecem, ou, muitos pregam uma falsa doutrina por também desconhecê-Lo. 

A igreja tem a finalidade de pregar, em primeiro lugar, sobre a Pessoa do Senhor Jesus e depois sobre os seus ensinamentos. As duas coisas devem sempre andar juntas. 

Observe o que Lucas nos fala no verso 1: “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”. A palavra COMEÇOU é enfática. Lucas está dizendo a Teófilo que tudo que ele escreveu no Evangelho não é nada mais que o começo, mas que estava tendo continuidade através da Igreja. 

Em seu Evangelho Lucas nos diz quem era Jesus. 

Lucas nos apresenta Jesus como o Deus encarnado - No capítulo 1.26-38 nos fala que o anjo Gabriel vai até a cidade da Galiléia, chamada Nazaré falar com Maria. Ele lhe disse que desceria sobre ela o Espírito Santo e ela ficaria grávida, pelo que também o Filho nela gerado seria chamado de Filho de Deus. 

Lucas nos mostra através do seu evangelho que Jesus não nasceu como as demais pessoas. Veio da eternidade para o tempo; veio do céu para a terra. Isso é Cristianismo.

Lucas também nos apresenta como Jesus viveu e o que ensinou – Em seu evangelho, Lucas escreveu o que Jesus começou a fazer e a ensinar. Lucas fala dos seus ensinamentos e dos seus milagres. Tudo isso está nos Evangelhos. Ele ensinou sobre si mesmo. Disse Ele: “Antes que Abraão existisse eu sou” (Jo 8.58). Ele se denominou “Filho do homem” que era um título messiânico. Falava com autoridade e não como os escribas (Mt 7.29). Ele operava sinais e maravilhas entre o povo. 

Lucas também fala de como Jesus foi morto e depois de três dias ressuscitou – Jesus foi preso, julgado, condenado e morto na cruz, mas ao terceiro dia ressuscitou. 

Lucas escrevendo a Teófilo lhe diz que aquilo tudo que Jesus começou a realizar estava tendo continuidade através da Igreja e que ele era prova cabal disso. Lucas mostra através do livro de Atos que o Cristianismo não é uma ideia filosófica ou política. Lucas mostra que o Cristianismo por ele apresentado é real, pois está firmado na pessoa de Jesus Cristo. 

O fato de o Evangelho de Lucas ter tratado do que Jesus “começou a fazer e a ensinar” mostra-nos duas coisas. Primeira: A Igreja teve seu começo no Evangelho. O Evangelho de Lucas encerra-se com um grupo convicto de crentes. Eles já não eram um grupo facilmente disperso de discípulos, mas um corpo comissionado, unido, devoto, esperando ser revestido com poder do alto (Lc 24.46-56). Em outras palavras, eles já eram a Igreja.

Segunda: a obra de Deus não terminou com a ascensão de Cristo. Como já foi observado, o livro de Atos mostra o que Jesus continuou a fazer e ensinar pelo Espírito Santo através da Igreja. 

2 – Em segundo lugar, as provas da ressurreição de Jesus (At 1.3)

Não adoramos o Cristo morto que esteve vivo, mas o Cristo vivo que esteve morto (Ap 1.18), e que por quarenta dias se apresentou várias vezes a muitas pessoas. Há pelo menos dez aparições de Jesus narradas nos evangelhos e em 1 Coríntios:

1 – A Maria (Mc 16.9-11; Jo 20.14-28)
2 – Às mulheres (Mt 28.9,10)
3 – Aos dois discípulos no caminho de Emaús (Mc 16.12,13; Lc 24.13-22)
4 – A Pedro (Lc 24.34)
5 – Aos dez discípulos (Lc 16.14; Lc 24.36,43; Jo 20.19-23)
6 – Aos discípulos e Tomé com eles (Jo 20.26-29)
7 – A sete discípulos no mar da Galileia (Jo 21.1-24)
8 – Aos doze discípulos na montanha da Galileia (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18)
9 – A Tiago (1Co 15.7)
10 – A Paulo (At 15.8)

Lucas dá ênfase à ressurreição. Não haveria nenhuma Igreja Cristã se não houvesse ressurreição. Outros grandes líderes se levantaram, no entanto morreram e estão sepultados até hoje. Mas Jesus nasceu, morreu, mas ressuscitou e está vivo pelos séculos dos séculos (Ap 1.18). Esta era a mensagem da Igreja e esta deve ser a nossa mensagem hoje também. 

Quantos hoje em nossas igrejas vivem um evangelho do Cristo morto. Pois, a partir do momento que uma pessoa vive sem dar nenhum testemunho em sua vida de que o Senhor vive nele, nota-se que o Cristo que essa pessoa serve continua morto, pois quem diz que serve ao Senhor que vive pelos séculos dos séculos testemunha em sua vida dessa nova vida. Pois nos diz o apóstolo Paulo em Gl 5.19,20: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. 

Agora, quem serve a um Cristo morto não vive na plenitude do Espírito como nos fala Gl 5.22-25. 

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. 

Porém quem serve a um Cristo morto vive na prática do pecado descrita em Gl 5.19-21:

Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

Você serve a um Cristo morto ou a um Cristo vivo?

3 – Em terceiro lugar, que eles não ficariam órfãos (At 1.4,5)

Jesus mais uma vez reafirmou a promessa do Pai de que eles não ficariam órfãos, mas que eles iram receber o Espírito Santo. 

Lucas faz uma transição da ressurreição de Cristo para a promessa do Espírito. A descida do Espírito estava condicionada a subida de Cristo (Jo 7.39). 

Observamos duas coisas interessantes aqui:

Primeiro, o Pai prometeu o Espírito Santo e a igreja deveria esperá-lo - At 1.4 (Jl 2.28-32; Jo 14.16; Gl 3.14; Ef 1.13). Jesus reafirmou esta promessa várias vezes: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14.26). “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (Jo 15.26). “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (Jo 16.7).

Essa espera deveria ser com obediência irrestrita. Eles não poderiam se ausentar de Jerusalém. O lugar do fracasso haveria de ser o território da vitória. O mesmo lugar onde Cristo foi humilhado, ali deveria ser também ser exaltado. O palco do padecimento deveria ser também o cenário do derramamento do Espírito. Eles deveriam esperar até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49). dez dias depois essa promessa se cumpriu.

Segundo, o Batismo com o Espírito Santo (At 1.5). O Senhor está dando ênfase aqui ao que iria acontecer em Atos 2, ou seja, a vinda do Espírito Santo sendo derramado sobre as 120 pessoas que estavam ali reunidas no cenáculo. Essas 120 pessoas representavam a Igreja de Cristo, apesar de tão poucos ali reunidos. O Batismo no Espírito Santo como defendem os pentecostais não é a ênfase aqui nesse texto e nem em Atos 2. 

O Batismo no Espírito Santo ocorre no momento da conversão, já o revestimento de poder que leva a pessoa a profetizar, falar novas línguas, ter o dom de cura, assim como nos fala Paulo em 1Co 12-14 é outra coisa. 

Em 1Co 12.13 Paulo nos fala assim: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”. No momento da conversão, independentemente de classe social, raça, o crente passa ser morada do Espírito. E através do Espírito em nós somos capazes de testemunhar com autoridade a respeito de Cristo. 

Não querendo me prolongar nesse assunto, mas vejo que são necessárias algumas explicações a mais. A ênfase do revestimento com o Espírito Santo, na visão pentecostal começou a pouco mais de cem anos para cá. Na época dos pais da Igreja e até mesmo no período da Reforma Protestante tal assunto não era o ponto central da teologia reformada. O ponto central da Reforma Protestante era As Cinco Solas:

1 - Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus)

A igreja romana ensinava e exigia uma devoção ao clero e aos homens santos que poderiam interferir diante de Deus para perdão de pecados e obtenção de bênçãos para os homens.

Quando se estava na presença do papa e dos cardeais a reverência deveria ser tamanha, beirando as raias de adoração, onde se demonstraria uma total submissão a estes.

Fundamentado nas Escrituras Ef 2. 1-10; Jo 4.24; Sl 90.2; Tg 1.17 e tantos outros textos, os Reformadores concluem que somente a Deus devemos dar glória.

Não podemos dispensar glórias a homens, pois não passam de míseros pecadores e são como trapos imundos e carecem da misericórdia e da gloria de Deus.

2 - Sola Fide (Somente a Fé)

O homem só pode ser salvo mediante a fé (a exclusividade da ação pela fé), sua alma só poderá ser liberta das chamas do inferno e das garras de Satanás mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

Não são penitências, sacrifícios ou compra de indulgências, que livrarão o homem da condenação eterna, mas a salvação é através da fé (Ef 2.8).

Após meditar no texto que diz: "O justo viverá da fé", Martinho Lutero percebeu que a justiça de Deus nessa passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus, pela fé como dádiva.

3 - Sola Gratia (Somente a Graça)

A única causa eficiente da salvação é a graça de Deus. Ninguém pode ser salvo por mérito próprio, por obras, sacrifícios penitências ou compra de indulgências. A única causa eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador, (Ef 2.8). Pela graça somos salvos mediante a fé, e isso não vem do homem é dom de Deus.

Nenhuma obra por mais justa e santa que possa parecer poderá dar ao homem livre acesso a salvação e ao reino dos céus, ocorrerá isso somente pela graça de Deus.

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se gloria". Ef 2.8 e 9

4 - Sola Christus (Somente Cristo)

Esse "somente" mostra a suficiência e exclusividade de Cristo no processo de salvação. Desde a eternidade Deus promove a aliança da redenção, onde o beneficiário seria o homem e o executor dessa aliança seria seu Filho unigênito "Jesus Cristo, o Messias prometido", portanto somente Cristo é o instrumento de nossa salvação.

O homem nada poderá fazer para sua salvação, pois Jesus Cristo realizou a obra da redenção ao ser sacrificado na cruz do calvário, vertendo o seu sangue como sacrifício por nossos pecados.

"E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" At 4.12.

5 - Sola Scriptura (Somente as Escrituras)

Somente as Escrituras são regra de fé e prática para o crente. As tradições as bulas e os escritos papais mão têm, não podem ser ou mesmo servirem de instrumento de fé e prática para o rebanho de Cristo, somente as Escrituras Sagradas. Elas foram escritas por homens inspirados por Deus, são instrumentos de revelação da vontade de Deus para nossa vida. Ao lê-la somos iluminados pelo Espírito Santo para entendê-la.

Martinho Lutero escreve: "Então, achei-me recém-nascido e no paraíso, toda as Escrituras tinham para mim outro aspecto, perscrutava-as para ver tudo quanto ensinam sobre a justiça de Deus"

Podemos ler em 2Tm 3. 16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra".

No entanto, homens cheios do Espírito Santo deram a vida testemunhando de Cristo. Para sermos uma testemunha fiel de Jesus não há necessidade desse revestimento de poder, mas para testemunharmos dEle com todo poder é necessário ser convertido, ou seja, Batizado com o Espírito Santo que vem sobre nós no momento da conversão.

CONCLUSÃO

Lucas escreveu o seu primeiro tratado e deu continuidade ao que o Senhor continua fazendo, agora através da Igreja. Somos suas testemunhas e devemos como tais continuar a obra por Ele iniciada através dos seus primeiros discípulos.

Pense Nisso!

Mensagem pregada dia 20/02/2014

Posso chamar Deus de “você”?

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Por Maurício Zágari

Posso chamar Deus de “você”? Sei que essa parece ser uma pergunta boba e sem muita importância para nossa vida espiritual, mas tanta gente começou a chegar a mim com essa dúvida nos últimos tempos que resolvi dar uma certa atenção a ela. Confesso que eu mesmo nunca tinha gasto muito tempo pensando sobre isso e fiquei curioso: será que chamar o Senhor de “você” é desrespeitoso? Será que apenas o “tu” configura honra ao Altíssimo? Para chegar a um veredicto, precisei fazer uma pesquisa sobre as origens dos termos e sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto. É o que apresento neste texto e você poderá tirar suas próprias conclusões.

É importante frisar que só decidi investir um certo tempo nessa investigação porque percebi que, de fato, o problema tem implicações práticas. O que ocorre, em geral, é que, se uma pessoa que considera desrespeitoso chamar Deus de “você” ouve um pregador se dirigir ao Todo-poderoso por essa forma de tratamento, um detalhe como esse pode prejudicar a receptividade à mensagem pregada. A preleção pode ter sido totalmente bíblica, mas o fato de o pregador ter se dirigido a Cristo como “você” fez o irmão (ou a irmã) sair do culto chateado. O mesmo ocorre no caso de um louvor, pois, se você não concorda que é digno dirigir-se a Jesus como “você”, ao ouvir um hino em que ocorra essa forma de tratamento vai se desligar do céu e fechar a cara. Acredite: não são poucas as pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis ao ouvir alguém chamar Deus de “você”, pois consideram que o “tu” sim é um tratamento digno para um rei, uma forma mais respeitosa e reverente de se dirigir à divindade.

Quero deixar bem claro que respeito totalmente quem desqualifica o “você” no tratamento de Deus. Mas permita-me apresentar minhas conclusões.

Para começar, fui investigar por que razão o uso do “tu” está tão associado na nossa mente com a forma correta de tratar Deus. E descobri que o motivo não tem absolutamente nada de bíblico. É uma razão meramente cultural. Acompanhe o raciocínio:

Tudo começa em Portugal. Lá, as pessoas se tratam, essencialmente, por “tu” – há muitos séculos. No dia a dia, é extremamente raro você ver um português se dirigir a outro por “você”. Simplesmente não faz parte da cultura lusitana, ao contrário do que ocorre no Brasil. Hoje, se você viajar a Portugal, verá que as pessoas na rua sempre vão se dirigir a você como “tu”, o que poderá ser um tratamento extremamente informal. Com isso em mente, lembre-se de quem foi o primeiro tradutor da Bíblia para a nossa língua: João Ferreira de Almeida (1628-1691). Ocorre que ele era não um brasileiro, mas, sim, um português. É de se considerar que ele escolhesse na tradução das Escrituras o termo mais utilizado no país em que nasceu e cresceu.

Portanto, Almeida não usou o “tu” por qualquer razão bíblica, mas simplesmente porque fazia parte do seu jeito de falar, da cultura em que estava inserido, do jeito que era usual na sociedade onde vivia.

Com o passar do tempo, as traduções Almeida Revista e Corrigida (ARC) e Almeida Revista e Atualizada (ARA) – as mais adotadas no Brasil até a chegada da Nova Versão Internacional (NVI) e que até hoje são extremamente utilizadas nas igrejas – mantiveram o “tu”, uma herança das origens portuguesas da tradução da Bíblia para nosso idioma e do jeito de falar do tradutor português de 400 anos atrás.

Logo, em sua raiz, o “tu” não representa necessariamente nenhuma formalidade, tampouco respeito. Era simplesmente o jeito de falar do português comum da época de Almeida.

Entendido isso, vamos analisar quais são as origens do termo “você”. Para nós, brasileiros do século 21, essa é uma forma de tratamento que transmite uma certa informalidade. Isso, junto ao fato de que nas traduções da Bíblia para o português Jesus sempre foi tratado por “tu” (pela razão que expliquei acima), acabou criando muita antipatia ao uso do “você” para se dirigir a Deus. Como estamos viciados em ler na Bíblia o Pai e o Filho serem tratados por “tu”, parece uma coisa estranha, fora de lugar, nos dirigirmos à divindade por “você”. Afinal, nunca vimos isso em Bíblia nenhuma (em português, ressalve-se). Mas precisamos entender o que significa, de fato, “você”, pois ela não é uma palavra que brotou do nada.

“Você” é um encurtamento de “vossa mercê”, um modo extremamente formal de tratamento, usado desde os tempos remotos em Portugal. “Mercê” significa “graça”, “misericórdia”. Com o tempo, as pessoas passaram a encurtar esse respeitoso modo de tratar, que se transformou em “vossemecê”, depois “vosmecê”, virou “vancê” e, por fim, “você”. Portanto, “você” significa “vossa graça”. E que significado mais lindo haveria numa forma de tratamento a Deus do que em algo que ressalta sua graça, sua misericórdia; aquilo que fez Jesus subir à cruz por cada um de nós? Graça, a maravilhosa graça!

E veja que interessante: em sua origem, o “vossa mercê” (“você”) era utilizado somente para se dirigir a gente a quem se devia tratar com muito respeito, enquanto o “tu” era usado em ocasiões informais. Atente para esta explicação: “mercê era o elevado tratamento dado na terceira pessoa aos reis de Portugal [...] No século 15, quando os soberanos portugueses adotaram o chamamento de alteza (vossa alteza, e sua alteza) foi o título de mercê começado a ser dado às principais figuras do Reino, nas principais casas fora da Família Real, generalizando-se a dado passo como forma de tratamento adotada pelos fidalgos entre si. Este processo é lento e gradual, mantendo-se alternativamente o tratamento antigo por vós em certos setores mais elevados da sociedade portuguesa, paralelamente ao de vossa mercê. O tu já então era reservado apenas às classes burguesas, e populares, utilizado na nobreza apenas quando existisse grande grau de intimidade, geralmente intimidade familiar, e de superiores para inferiores (pais para filhos, avós para netos, fidalgos para criados e populares). Os inferiores em dignidade (sobrinhos para tios, criados para patrões etc.) respondiam ao tu com que eram tratados na terceira pessoa, ou por vós, ou pelo tratamento correspondente à dignidade reconhecida à pessoa mais importante durante o diálogo”.

O resumo da ópera é que, em sua origem e por definição, o “você” era o tratamento dado a reis, nobres, fidalgos e gente merecedora do mais alto respeito e formalidade. Já o “tu” era um termo que fazia parte da linguagem do povão, usado com gente “inferior em dignidade”. Justamente o contrário do que os opositores a chamar Deus de “tu” compreendem ser o correto e digno, não é curioso? E isso ocorre porque, no Brasil, o “vossa mercê” começou a perder o status de linguagem usada para se referir às pessoas mais importantes quando, no século 16, os reis e nobres europeus passaram a solicitar ser chamados de “vossa excelência”, o que permanece até hoje entre nossas autoridades (você já deve ter visto na televisão deputados, por exemplo, se dirigirem a outros deputados utilizando esse tratamento). Com isso, o “vossa mercê” (ou “você”) passou a ter um uso mais amplo.

Constatamos, então, que o problema todo é uma mera questão de tradução. Almeida escolheu usar o “tu” porque essa era a palavra que fazia parte de seu dia a dia e sem nenhuma relação com reverência ou respeito.

Tendo visto isso, agora precisamos buscar respostas na exegese bíblica, isto é, na análise dos originais das Escrituras. Será que os textos originais fariam algum tipo de diferenciação nesse sentido? Vejamos:

Um exemplo seria a ocasião em que Pedro responde a Jesus quando o Mestre lhe pergunta três vezes se ele o ama (Jo 21.15-18). A resposta de Pedro é:“Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. O vocábulo original das Escrituras traduzido aqui por “tu” é su, que, no grego, refere-se à segunda pessoa do singular. Mas veja que revelador: Jesus, ao conversar com Pedro, usa exatamente a mesma palavra, su, para se dirigir a ele, como em “Respondeu Jesus: ‘Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Siga-me você‘” (Jo 21.22-23). Embora a tradução da NVI use “tu” quando Pedro se dirige a Jesus e “você” quando Jesus se refere a Pedro, nas línguas originais não há nenhuma diferença na forma de tratamento: é exatamente a mesma palavra, sem distinção.

Vamos pegar outros exemplos:

Na ocasião do batismo de Jesus, ele chega até João Batista, que lhe diz: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mt 3.14). A palavra original que foi traduzida aqui por “tu” é, novamente, su. Quando Jesus está diante de Pilatos, o governador romano lhe pergunta: “Então, você é rei!” (Jo 18.37). Adivinha que termo no original em grego foi traduzido por “você”? Exato: o mesmo su. E sabe o que Jesus responde? “Tu dizes que sou rei” (Jo 18.37). A palavra original? Su de novo.

O que percebemos, então, é que o tempo todo Jesus era tratado por su e tratava os outros por su (evidentemente estou me referindo ao grego em que foi escrito o Novo Testamento e não ao aramaico que Jesus e seus discípulos usavam para conversar entre si ou ao latim que Pilatos falava).

Você poderia argumentar que Jesus estava sendo tratado assim porque ele não era visto como divino pelas pessoas, naquele momento e, por isso, não seria considerado digno de um tratamento mais elevado. Bem, esse argumento desmorona quando vemos a forma como o próprio Cristo se dirige ao Pai. Quando o Mestre está no Getsêmani, antes de sua prisão, ele ora e diz ao Todo-poderoso: “Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mc 14.36). Basta olharmos nos originais e veremos que a forma de tratamento permanece a mesma: su. E o Pai é tratado dessa forma ainda em outras passagens, como João 17.21, e não só por Jesus. Vemos, por exemplo, em Atos 4.24, Pedro e João conduzirem uma oração ao Pai, em que dizem “Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há!”. Por que pronome eles o tratam? Su.

A que conclusão podemos chegar? Constatamos que, na língua original em que foi escrito o Novo Testamento, o mesmo pronome de tratamento era utilizado quando Jesus se dirigia a um ser humano, quando um ser humano se dirigia a Jesus, quando Jesus se dirigia ao Pai ou quando um ser humano se dirigia ao Pai. Não havia distinção em nenhuma situação.

Logo, será que há algum mal em eu usar o mesmo pronome para me dirigir a um ser humano, ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo? Bem… se na língua original do Novo Testamento não havia, por que haveria hoje?

Meu irmão, minha irmã, não chamamos Deus de “tu” por nenhuma razão bíblica, mas por pura herança cultural do vocábulo escolhido pelo português João Ferreira de Almeida quando ele passou o texto bíblico para o português 400 anos atrás. Se ele tivesse escolhido “você”, isso não representaria nenhum desrespeito. Muito pelo contrário, teria adotado o mesmo tratamento que era usado para se dirigir a reis, fidalgos e autoridades.

Por tudo isso, fica aqui minha carinhosa recomendação: se você não se sente bem dirigindo-se a Deus por “você”, não se dirija. “Tu” é igualmente válido pois, segundo as línguas originais da Bíblia, não há absolutamente nenhuma diferença. Mas, por favor, não condene quem chama o Senhor de “você”, porque tem a mesma validade na tradução e, além disso, historicamente é uma palavra que se usava para se dirigir aos mais elevados representantes da sociedade. Tem um belíssimo e digníssimo significado. Não criemos discórdias entre nós por causa disso.

“Você” significa “vossa mercê”, que, por sua vez, significa “vossa graça”. Que privilégio é poder chamar o Abba, o nosso paizinho celestial, de “você” e saber que, ao nos dirigirmos a ele, estamos ressaltando, no que dizemos, essa característica tão magnífica e salvadora do amor divino: sua maravilhosa graça.

Por isso, eu oro: Deus, que tu, você, vossa mercê, vossa misericórdia, vossa graça… em tudo seja glorificado!

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Mauricio

Fonte: Apenas

EIS AÍ UMA GRANDE OPORTUNIDADE: “O QUE PASSOU, PASSOU”!



Por Fabio Campos

Quem nunca desejou um recomeço diante das colheitas desastrosas? Quem nunca desejou fazer tudo diferente? A nostalgia nem sempre é ruim! As lembranças podem trazer esperança! A frase tola “não me arrependo de nada”, de fato, denuncia um orgulho e uma arrogância em reconhecer que precisa mudar [mesmo sabendo desta verdade].

O Evangelho do Reino de Deus traz uma excelente notícia! Uma “boa-nova” é colocada diante dos pobres de espírito e dos fracassados [moralmente] aos olhos do mundo. A Escritura diz que “antes de tudo”, o Filho Jesus, habitava com o Pai (Jo 1.1). Assim como há um Deus em três pessoas [Pai, Filho e Espírito Santo], o Deus-Filho, Sempre foi com o Deus-Pai. O nome “Jesus” é pregado por diversas religiões. Contudo, O Filho de Deus, não é um espírito evoluído como ensina o Kardecismo; nem um ser criado ou um “deus” menor como ensina as Testemunhas de Jeová; Ele também não é o irmão mais velho de satanás como ensina o mormonismo; nem um profeta lunático como denuncia o judaísmo. Não! Você pode conhecer todas as histórias a respeito de Jesus. Mas somente o Espírito Santo poderá revelar quem Ele é de fato, “o Cristo! Filho do Deus Vivo” (Mt 16. 13-26)!

Somente o Espírito Santo pode testificar em nosso espírito acerca desta paternidade, a qual nos outorgou pela adoção. Ninguém jamais viu a Deus a não ser o unigênito do Pai. O Cordeiro de Deus, o único que pode tirar o pecado do mundo, se ofereceu e deu sua vida em resgate de muitos. Deus abriu a porta da salvação - em Cristo, os homens, pela fé, podem se achegar a Ele sem o temor [medo].

Todos os seres humanos são indesculpáveis diante de Deus (Rm 1.20). Não há um justo sequer (Rm 3.10). Um juiz nunca irá mudar a lei de acordo com o que o réu acredita. A relativização das leis divinas é o método de persuasão que os homens usam para enganar a si mesmos e dar conforto a sua consciência que o acusa de dia e de noite a respeito do pecado, da justiça e do juízo. Se não há um absoluto, por que então, não relativizamos a morte? Por que, então, não dizemos a si mesmos: “não precisamos comer nem beber”, pois a fome e a sede são relativas? Se há um Criador e assim Ele fez as ordens naturais que são imutáveis [o nascer do sol nunca poderá ser relativizado], por que, então, Ele iria relativizar a condição de salvação do homem parametrizando-a de acordo com o que cada um acredita? Pela sua persuasão você pode enganar a si mesmo e aos homens ao seu redor, mas não poderá “dobrar” a Deus e nem fazer com que Ele mude os seus decretos eternos.

Todos são desobedientes e desviados desde o ventre (Sl 51.5; 58.3). Os mais desobedientes são aqueles que acham que merece alguma coisa de Deus. O mundo anda segundo suas inclinações, satisfazendo os desejos de suas paixões. Sem Cristo somos filhos da ira (Ef. 2.3). Você pode não acreditar e zombar desta palavra, se apegando aos preceitos e ritos de sua religião-, contudo, a verdade não é relativa, pois se assim fosse, não seria verdade. Uma hora a fatura vai chegar; o salário do pecado é a morte. Nisto o Senhor alerta: “O que adiantou ganhar o mundo, satisfazer suas paixões pecaminosas, e ter perdido a alma”? Um dia você terá que prestar contas da sua vida – quer você acredite – quer não!

Um noticia ou talvez um lembrete: “Você vai morrer”! Quem poderá te salvar? Será que Deus se submeterá aos preceitos dos homens dispensando aqueles que foram determinados por sua Eterna Sabedoria? Você nunca parou para pensar? imagine se a Bíblia for a verdade de Deus? A Escritura é totalmente intolerante concernente ao meio pelo qual os homens devam ser salvos:“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).

Você assim como eu, é um pecador! Contudo, Deus é rico em misericórdia! Ela só poder ser dada em vida. Não espere provar do inferno para entender tal verdade. Não importa o que você seja agora: impuro, idólatra, adultero, homossexual, ladrão, avarento, bêbado, maldizente ou ladrão (1 Co 6.9-10)-, pela misericórdia, se em vida, você se arrepender e colocar sua fé em Jesus, você será salvo (At 2.21). Isso não vem pelas obras, mas é dom gratuito de Deus, para que, no grande dia, ninguém diga: “o mérito foi meu” (Ef. 2.8-9).

O que impede aos homens de se achegarem a Cristo é a dureza do vosso coração (At 7.51) e o amor pelo pecado - o que será usado no julgamento contra todo aquele que ama mais si do que a Deus: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.19 RA). Colocam empecilhos dizendo, “mas não vou poder fazer isso ou aquilo”. Isso demonstra que você nunca poderá dizer o primeiro e maior mandamento de todos: “Amo a Deus acima de todas as coisas” (Mt 22.37). O seu pecado é seu ídolo. Esse pecado está acabando com você. Perceba quantos malefícios ele te trouxe.

Há uma oportunidade, pois Deus amou o mundo de tal maneira que entregou seu único filho para que todo o que nEle crer, não pereça, mas tenha vida eterna (Jo 3.16). Pela fé, Cristo pode habitar no seu coração (Ef 3.17), trazendo-lhe paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17) – o reconciliando com Deus e tornando-o amigo do Senhor ao invés de “filho da ira”. A graça de Deus está disponível a você. O favor de Deus pode te alcançar pela misericórdia. Se ouvires a voz de Deus não endureçais o coração, pois o Senhor tem prazer no perdão (Mq 7.18).

Em Cristo Deus lhe dirá: “O que passou, passou”! Sua ficha foi limpa com o Sangue do Meu Filho e a sua conta foi paga na Cruz do Calvário (Cl 2.13-15). Não haverá necessidade de purgatório, de reencarnação, nem de sacrifícios ascéticos; também não precisará dar dinheiro para comprar um terreno nos Céus; nem fazer qualquer rito - seja cura interior, seja regressão; nem ao menos quebrar as “possíveis maldições” do passado, pois disto as Escrituras ratificam e sela com a Verdade:

“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as COISAS ANTIGAS SE PASSARAM; eis que se FIZERAM NOVAS”. - 2 Co. 5.17 R.A

Esta é a promessa de Deus em Cristo para você: “O que passou, passou!”

Soli Deo Gloria!

Fonte: Fabio Campos

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Um homem que viveu de forma plena


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

Estêvão foi o primeiro diácono da igreja primitiva e também o primeiro mártir do Cristianismo. Foi um homem que viveu de forma plena. Era cheio do Espírito Santo, cheio de sabedoria, cheio de fé, cheio de graça e cheio de poder. Estêvão viveu de forma superlativa e morreu de forma exemplar. Sua vida inspira ainda hoje milhões de pessoas. Seu legado atravessa os séculos. Sua voz ainda ecoa em nossos ouvidos e suas obras ainda nos deixam perplexos.

Seu discurso diante do sinédrio é o sermão com o maior número de citações bíblicas de toda a Escritura. Embora tenha sido eleito para a diaconia das mesas, exerceu também a diaconia da palavra. Conhecia a palavra, vivia a palavra e pregava com poder a palavra. Sua serenidade diante da perseguição era notória. Sua coragem para enfrentar a morte era insuspeita. Enquanto seus inimigos rilhavam os dentes contra ele, seu rosto transfigurava como o rosto de um anjo. Mesmo sendo apedrejado pelo seus algozes, orou por eles, à semelhança de Jesus. Em vez de evocar sobre eles a maldição, pediu a Jesus para não colocar na conta deles seus próprios pecados. Perdão e não vingança era o lema de sua vida.

Três marcas indeléveis distinguem esse protomártir do Cristianismo.

Em primeiro lugar, sua vida era irrepreensível (At 6.3). “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço”. Estêvão era homem de boa reputação. Seu caráter era irrepreensível e sua conduta ilibada. Era homem impoluto e sem jaça. Sua vida referendava seu ministério. Sua conduta era a base do seu trabalho. Seu exemplo, o fundamento de sua liderança espiritual. Estêvão viveu o que pregou. Não havia nenhum abismo entre suas palavras e suas obras. Era íntegro e pleno.

Em segundo lugar, suas palavras eram irresistíveis (At 6.10). “E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava”. Por ser um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de fé, de graça e de poder, Estêvão era boca de Deus. Cada palavra que saia de sua boca tinha o peso de uma tonelada. Seus inimigos podiam até discordar dele, mas jamais refutá-lo. Estêvão tinha conhecimento e também sabedoria. Tinha luz na mente e fogo no coração. Suas palavras eram ao mesmo tempo ternas e doces e também fortes e cortantes. Ao mesmo que trazia cura para os quebrantados, feria os de coração endurecido; ao mesmo tempo que confortava os aflitos; perturbava os insolentes.

Em terceiro lugar, suas obras eram irrefutáveis (At 6.8). “Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Estêvão pregava aos ouvidos e também aos olhos. Falava e fazia, ensinava e demonstrava. Suas obras irrefutáveis testificavam de suas palavras irresistíveis. Por ser um homem que vivia cheio do Espírito, de fé, de sabedoria, de graça e de poder, Deus operava por meio dele grandes milagres. Os milagres não são o evangelho, mas abrem portas para testemunhá-lo. Muitos estudiosos da Bíblia afirmam que a vida irrepreensível de Estêvão e o seu poderoso testemunho na hora da morte impactou decisivamente o coração de Saulo de Tarso, que mais tarde, convertido a Cristo, transformou-se no maior bandeirante da fé. Que Deus nos dê homens do mesmo calibre de Estêvão, homens que ousem viver de forma plena num mundo cheio de vazio.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A “oração” de Satanás!


Por Josemar Bessa

Como assim, “oração” de Satanás? A Bíblia diz assim:

“Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás pediu para tê-lo, para te peneirar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça...” - Lucas 22:31-32

Como o Salvador no momento crucial de Sua vida neste mundo, Jesus estava olhando já o corredor escuro da ira absoluta de Deus a Sua frente. De maneira que soou enigmática, Jesus falou sobre ser traído por um deles – “E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!” - Lucas 22:22 – e depois sobre a deserção de todos e especificamente de Pedro.

Em meio a esses acontecimentos, o diálogo entre Jesus e Pedro traz para nós verdade de tremendo encorajamento.

Aprendemos sobre os desejos de Satanás – “ter” os crentes. Seu foco não está nos incrédulos, pois ele já os “tem” – “...Satanás pediu para tê-lo, para te peneirar como trigo” – Ele já “tem” Judas... Ele deseja minar o trabalho de Jesus atacando seus seguidores... tão certo quanto alguém se torna filho de Deus, tem o Espírito Santo, uma mira diabólica está sobre ele... ele quer “ter” você.

E como poderíamos estar seguros num mundo mau e sob uma mira como essa? O Senhor diz, “mas eu roguei por ti para que a tua fé não desfaleça...” – Que verdade poderosa é essa para mitigar a ameaça. Jesus está de frente para o Calvário, o horror da Cruz, a Ira infinita diante dEle... mas Ele está orando por Pedro. Penso por um instante na benção infinita de ter Jesus orando por você! Na escuridão de sua queda (de Pedro), que outra luz poderia ter brilhado e trazido ele de volta? Qual era a visão de Pedro após suas negações? Por que os santos perseveram finalmente? Você pode imaginar como essas palavras ditas por Jesus ressoaram nos ouvidos do apóstolo nas décadas que se passaram até que ele foi martirizado em sua morte? Jesus orou por mim. Jesus intercedeu por mim. É impossível minha fé desfalecer! Isto é incompreensivelmente glorioso! “Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” - Lucas 22:32

Essa não é uma realidade que se limita a um evento, aos tempos dos Apóstolos... Sabemos como Jesus orou por todos os crentes – “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra... Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim” - João 17:6,14-20

...e agora Ele está intercedendo por nós como um advogado bem sucedido –“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”. - Romanos 8:33-34 – Ainda estamos sob a mira de Satanás, ele ainda é o acusador – “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”. - Apocalipse 12:10 – e Jesus ainda é o intercessor que sempre prevalece – “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. - Hebreus 7:25 – Ele salva perfeitamente – esta é a base da Perseverança dos santos – Ele intercede por nós por seus próprios méritos e justiça perfeita, ele ora para que a fé dos que o Pai lhe deu jamais desfaleça – em toda a vida, até nos apresentar santos e perfeitos diante de Deus – “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória” - Judas 1:24.

Isso inclui completamente o passado, o presente e o futuro!

Primeiro, - Cristo apareceu uma vez por todas para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício – “Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo” -Hebreus 9:26

Fui Salvo!

Cristo veio ao mundo para definitivamente aniquilar o pecado na vida daqueles que Ele chama por Sua graça. De maneira muito diferente dos sacrifícios que eram repetidamente oferecidos pelos sacerdotes levitas, ele ofereceu um sacrifício de uma vez por todas. O único altar do evangelho é o Calvário. Altar é o lugar onde é oferecido o sacrifício ( Eis a razão por ser absurdo chamar a plataforma na frente dos templos de altar – não existem altares na Nova Aliança senão o Calvário – A parte da frente do templo é simplesmente uma plataforma onde é pregado o evangelho – não é um lugar mais santo... um altar...).

Por isso o texto diz: “Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos...”- Hebreus 9:26 – Sua obra perfeita aponta e prepara a expectativa de um fim. Sua vida, morte, ressurreição, ascensão e derramamento do Espírito, inaugurou os “últimos dias” – “mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo” - Hebreus 1:2

A perspectiva e experiência espiritual do Antigo Testamente é descortinada para nós aqui – Lá os crentes viviam à luz das promessas de Deus e andaram pela fé, crescendo no conhecimento do significado interior dos inúmeros sacrifícios que eles presenciavam e ofereciam a Deus. Tudo aquilo para que suas mentes se fixassem no verdadeiro sacrifício que era tipificado dia após dia. Eles ainda não tinham a realidade: “Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido” - Hebreus 11:39.

Todos os redimidos, no Antigo e Novo Testamento, são salvos em Cristo, num único sacrifício. Eles entenderam que a longa fila de sacerdotes e sacrifícios não poderia ser o caminho para o perdão final e aceitação deles diante de Deus: “No entanto, somente o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância. Dessa forma, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos Santos enquanto ainda permanecia o primeiro tabernáculo. Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa” - Hebreus 9:7-9

Ao ir a cruz Cristo libertou milhões e milhões de cativos, aniquilou o pecado, rasgou o título da dívida e deu aos verdadeiro adoradores uma consciência limpa.

Segundo, - Cristo aparece agora na presença de Deus em nosso favor– “Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor” - Hebreus 9:24

Sendo Salvo!

O que Cristo está fazendo agora? Está intercedendo por seu povo. A ideia de que nós fomos perdoados na cruz e agora é conosco – nós que manteremos a nossa salvação... é completamente antibíblica. Cristo não é apenas o Autor de nossa fé, ele a mantém até o fim – essa é a base da perseverança dos santos. Ele começou algo que Ele terminará. Quem foi justificado em seu sangue, será salvo da corrupção do mundo por Seu poder infinito e sua intercessão, onde Ele está diante do Pai em nosso favor: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” – Filipenses 1.6 – Sua intercessão por aqueles que o Pai lhe deu, é invencível.

Em Hebreus 9.24 o autor de Hebreus está pensando no que aconteceu após a morte de nosso Sumo Sacerdote. Na escuridão do Gólgota Ele foi “castigado e ferido por Deus” (Is 53.4). Quando o Sumo sacerdote entrava no Santo dos santos representando o povo de Deus, suas roupas tinham sinos nas orlas para que o som deles mostrasse aos adoradores que ele estava vivo (Ex 28.33-35). Nos três dias em que Cristo esteve morto, podemos dizer que não se ouvia os sinos... Mas então Cristo se levantou no poder de uma vida indestrutível e ascendeu à mão direita de Deus. Sua presença ali é a evidência de que toda a dívida de todos os eleitos foi riscada e que jamais sacrifício pelos pecados precisará ser repetido. Ele pessoalmente encarna a propiciação perfeita feita pelos nossos pecados: “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra” - Apocalipse 5:6 – Eis a aparência daquele que faz toda a intercessão de que precisamos: “Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” - Romanos 8:34. 

Aí está toda a base da santificação presente e da perseverança de todos os santos – Somos por Ele salvos no presente da corrupção do mundo e mantidos na Fé – “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” - 2 Coríntios 4:4 – Mas nos filhos de Deus, por Cristo, o maligno não toca (1Jo 5.19,20). Sua intercessão vencedora que começou na terra: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” – João 17.15 – Ele intercede não pelo mundo, mas pelos eleitos: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.” -João 17:9 - e continua à direita do Pai.

Sua intercessão vencedora traz no presente infalivelmente santificação e perseverança – “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” - João 17:15-17 – Pela obra e intercessão de Cristo, todos os eleitos serão, estão sendo, completamente salvos da corrupção do mundo e guardados para a redenção ( Santificação e perseverança) – Nele, por Ele e para Ele.

Terceiro - Cristo aparecerá para salvar aqueles que estão esperando ansiosamente por Ele: “...assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam” - Hebreus 9:28

Serei salvo!

Enquanto Jesus estiver a Direita de Deus nos céus, a nossa salvação será vitoriosa e permanecerá – e como Ele está ali eternamente, nada pode destruir o que Ele fez em e por nós: “Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.” - Hebreus 7:25 – Portanto, infalivelmente algo está no nosso futuro. Cristo aparecerá em glória para salvar os que ansiosamente esperam por Ele: “...e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam” - Hebreus 9:28 

Todos esses que O aguardam vivem no poder da santidade que sua intercessão lhes garante: “Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” - 1 João 3:3. Estamos certamente saboreando o “Já” da salvação, mas completamente conscientes de que há um futuro, há um “ainda não” – o qual esperamos ansiosamente.

Ainda não estamos em casa com Cristo, somos peregrinos, queremos ir para casa. Você está ansioso? “desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” - Filipenses 1:23

Você agradece todo tempo a Jesus por sua intercessão?
Você lhe agradece diariamente por sua gloriosa justiça?
Você lhe agradece sem cessar por seu compromisso com você?
Oh, é verdade, de fato, ele é um salvador muito melhor do que nós pensamos que ele fosse. Você e eu seríamos um Judas em um instante, a “venderíamos’ Jesus para um punhado de trocados e alguns adereços temporais se não fosse por Jesus e sua fiel intercessão. Quando o Bom Pastor se dirige ao Calvário, ele tem suas amadas ovelhas em sua mente. Agora está orando por suas ovelhas. A evidência de que somos alvo dessa intercessão de fato, e não estarmos vivendo para nós mesmos: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” - 2 Coríntios 5:14-15 - Isto te constrange a um santo viver?

Fonte: Josemar Bessa

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Moça, com quem você vai casar é importante!


Por Rebecca VanDoodewaard

Com que você vai se casar é importante:

Meu marido e eu estivemos certa vez com um grupo de jovens. Três destes jovens sentaram-se em frente a nós durante uma refeição: dois rapazes e uma moça. Um dos rapazes era um “nerd” de computador, usando óculos. O outro era um estudante universitário com o cabelo um pouco mais legal, e sem óculos. A moça estava, obviamente, com este último. Enquanto o nerd de computador estava ocupado servindo a todos durante a refeição, limpando os pratos e o lixo, o estudante universitário ficou irritado com a garota por um pequeno acidente e derramou suco vermelho sobre sua jaqueta de couro e sua camisa branca. Ela escolheu o cara errado, e o suco não pareceu mudar sua opinião. Se essa relação continuar e especialmente, se levar ao casamento, significa que ela está buscando por angústia.

Todas as jovens e moças cristãs ainda solteiras por aí, ouçam: com quem vocês se casam é importante. Você pode pensar que a maneira como ele te trata não é tão ruim assim, não vai ficar melhor depois do casamento. Você pode pensar que ele vai mudar, é possível, mas a maioria não muda. Você pode pensar que será capaz de ministrar a ele e ajudá-lo, possivelmente, mas, se você não é capaz de fazer isso agora, você não será capaz depois, e estará se arriscando. Um marido deve liderar e cuidar de você, e não depender do seu conselho sobre problemas básicos de personalidade ou de comportamento.

A menos que alguém casado seja bastante franco com você, você não conseguirá entender o quanto um marido irá impactar sua vida por inteiro. Depois da salvação, não há nenhum outro evento de longo prazo que mudará tão profundamente tantas áreas de sua vida. Aqui estão apenas algumas das formas como o casamento irá impactar cada aspecto da vida.

1. Ele vai impactar você espiritualmente. Se o rapaz não é crente, você pode parar exatamente aí. Você não tem direito algum de unir em mesmo jugo uma alma redimida com alguém não regenerado, mesmo se ele parecer aberto a mudanças. Cristo te comprou por um preço, e não é uma opção entregar este coração comprado por sangue a alguém que não conhece e ama o seu Senhor. Isto irá prejudicar o seu desenvolvimento espiritual, abrir espaço para inúmeras tentações, sufocar a sua vida de oração, fazer com que a frequência regular na igreja se torne difícil, e causar enormes conflitos familiares, se você tiver filhos.

Se o rapaz é crente, ele é firme? Ele irá te liderar em oração, leitura da Bíblia, devoções familiares e adoração pública? Ou você vai viver por conta própria? Ele fará do crescimento espiritual uma prioridade ou fará outras coisas virem em primeiro lugar? Ele irá te perguntar como vai a sua alma para que ele possa ajudá-la a crescer em santidade e amor a Cristo, ou deixará isso com seu pastor? Ele vai liderar seus filhos nisto, ou você vai ter que tomar a dianteira? Na igreja, ele vai ajudar as crianças a sentar-se adequadamente, orar, encontrar os hinos, ou você vai ser a única a mostrar o que acontecerá em seguida e ajudar a família a prestar atenção? Muitas mulheres se casaram com homens imaturos espiritualmente, pensando que isto não seria um grande problema, ou que o homem mudaria, elas estavam erradas e carregam as cicatrizes.

A saúde de sua eternidade está em jogo. Pense cuidadosamente.

2. Ele vai impactar você emocionalmente. O rapaz em quem você está pensando irá encorajar você, amá-la, ser gentil, e tentar compreendê-la, ou vai querer sair com os amigos quando você estiver tendo uma noite difícil? Ele vai te ouvir quando você estiver lutando com algo ou estará preocupado com o videogame? Ele ficará irritado quando você chora ou vai pegar lenços para enxugar as suas lágrimas e te dar um abraço? Ele vai buscar entender que você é, provavelmente, mais delicada do que ele, mais sensível aos problemas e comentários, ou ele vai, regularmente, sair pisando em seus sentimentos?

Uma mulher estava lutando para amamentar o seu bebê, acreditando ser a melhor coisa para ela, mas era muito difícil. Em vez de dar apoio e encorajamento, o marido começava a resmungar todas as vezes que via sua esposa se esforçando para amamentar.

Nós precisamos nos livrar do complexo de princesa, mas realmente temos necessidades emocionais. Qualquer rapaz que seja indiferente com respeito a seus sentimentos e autoestima é egoísta e deve ser deixado sozinho.

Tenha cuidado – um marido pode mutilar ou nutrir a sua saúde emocional.

3. Ele vai impactar você fisicamente. O rapaz com quem você está irá te prover as necessidades básicas? Ele será capaz de te abrigar, vestir e alimentar? Em um certo momento do nosso casamento, eu fiquei preocupada que não houvesse oportunidade de emprego. Meu marido me assegurou que iria trabalhar no McDonalds, cavar valas, limpar vestígios de atropelamento das pistas – o que fosse preciso para sustentar a família, independentemente de seus dons e formação. Esse é o tipo de atitude que você deseja. Um homem que não provê para seu lar é pior que um infiel (I Tm. 5:8). Você pode ter que ajudar a aliviar a sobrecarga financeira, mas, a menos que seu marido esteja inválido ou em alguma outra circunstância incomum, você não deve ter que carregá-la sozinha.

O homem com quem você está se preocupará com seu corpo ou abusará dele? Se ele te dá pequenos tapas, chutes, etc, quando vocês estão namorando, saia dessa. É quase garantido que ele vai abusar de você depois do casamento, e as estatísticas mostram que isto é especialmente verdadeiro quando você estiver grávida. Ele vai cuidar e proteger o seu corpo ou vai feri-lo? Há mulheres em igrejas por toda a América que pensaram que não era grande coisa receber pequenos socos ou tapas (do tipo amigável) de seus namorados, mas que, posteriormente, passaram a encobrir as agressões de seus maridos.

O homem com quem você está irá cuidar de você sexualmente? Ele vai honrar o leito conjugal em fidelidade física e mental ou ele vai flertar com outras, alimentar o vício em pornografia, ou mesmo deixá-la por outra mulher? Você nem sempre pode prever estas questões, mas se as sementes ou práticas já estão presentes, cuidado. Recentemente, vi um casal recém-casado e o marido estava flertando abertamente com outra mulher. A não ser que algo drástico aconteça, aquele casamento está caminhando para o desastre.

Ele vai ser carinhoso e gentil com você na cama? Uma colega de trabalho que não é crente disse uma vez a minha irmã que, após sua primeira relação sexual, ela teve dificuldades para andar por alguns dias porque seu namorado havia sido muito rude. Em outras palavras, ele não era altruísta o suficiente para cuidar do corpo da mulher que ele disse que amava.

Cuidado. Seu corpo necessita de cuidados e proteção.

4. Ele vai impactar você mentalmente. O homem em quem você está pensando será uma fonte de preocupação ou ele vai ajudá-la a lidar com suas preocupações? Ele vai incentivar o seu desenvolvimento intelectual, ou vai negligenciá-lo? Ele vai valorizar suas opiniões e ouvir o que você está pensando, ou vai ignorar os seus pensamentos? Ele vai te ajudar a controlar o estresse de modo que sua mente não fique tão sobrecarregada, ou vai deixar você lutar com os problemas sozinha? Ele vai cuidar de você e ser atencioso se você estiver enfrentando tensão mental, ou ele vai ignorá-la? Eu conheço uma mulher que pôde lidar com a gravidez e com o parto muito bem fisicamente, mas a depressão pós-parto exerceu um impacto enorme em sua mente. O marido ignorou isso, continuando a ter mais filhos, até que sua esposa acabou numa instituição para portadores de deficiência mental.

Você pode pensar que o lado intelectual ou mental de um casamento é de pouca importância. Ele é mais importante do que você pensa. Considere-o seriamente.

5. Ele vai impactar os seus relacionamentos. Como é seu relacionamento com sua mãe? Seu pai? Você os ama? Seu namorado os ama? Imagine daqui a dez anos: você diz ao seu marido que sua mãe está vindo passar o fim de semana. Ele está animado? Desapontado? Zangado? Fazendo piadas maldosas com seus amigos? Claro, o marido deve vir em primeiro lugar na sua prioridade de relacionamentos, assim como vocês dois devem deixar pai e mãe e se unirem, mas os pais ainda são uma grande parte do quadro. Quaisquer que sejam os sentimentos negativos dele sobre seus pais agora, provavelmente serão ampliados após o casamento. Seu casamento irá fortalecer ou prejudicar – até mesmo destruir – a sua relação com seus pais. As pessoas que te conhecem melhor e te amam mais agora, podem ser cortadas do seu convívio por um marido que os odeia.

O mesmo acontece com irmãs e amigas. Elas serão bem-vindas, em horários razoáveis, em sua casa? O rapaz com quem você está irá encorajar seus relacionamentos saudáveis com outras mulheres, ou vai ficar com ciúmes de amizades normais e bíblicas? Ele vai ajudar você a aconselhar mulheres mais jovens e ser grato quando às mulheres mais velhas aconselharem você, ou ele vai depreciar essa prática?

Não sacrifique muitos bons relacionamentos por causa de um rapaz que não consegue valorizar as pessoas que amam você.

Como seu namorado vai agir após os votos matrimoniais? Esta é apenas uma amostra das formas que um marido pode abençoar ou amaldiçoar sua esposa. Os efeitos são de longo alcance, de longa duração, e podem ser maravilhosos ou difíceis. É verdade, não há homens perfeitos. Mas há grandes homens. E é melhor estar solteira ao longo da vida do que casar com alguém que irá tornar sua vida um fardo. A solteirice pode ser ótima. O casamento com a pessoa errada é um pesadelo.

Eu já presenciei um pastor que precisou chamar a polícia para proteger a esposa de um marido que estava, no estacionamento da igreja, tentando impedi-la de cultuar e estar com sua família. Isto é feio.

Não esteja tão desesperada para se casar a ponto de deixar que seu casamento seja uma tristeza. Se você estiver em um casamento infeliz, existem maneiras de obter ajuda. Mas se você não é casada, não se coloque nesta situação. Não se case com alguém cuja liderança você não pode seguir. Não se case com alguém que não está buscando amá-la como Cristo amou a igreja. Case-se com alguém que conhece e demonstra o Amor de Cristo.

Pro Rebecca VanDoodewaard. Website: www.thechristianpundit.org. Original: It Matters Whom You Marry

Traduzido por Arielle Pedrosa. Gentilmente cedido pelo blog Mulheres Piedosas. PoriPródigo.com. Original: Com quem você se casará é importante!