sábado, 25 de abril de 2015

Se creio na Verdade, por que não estou mudando?


Por Josemar Bessa

Essa pergunta é feita a mim constantemente. É quase como se fosse uma reclamação sobre a fé ou o poder do evangelho. Quase sempre as pessoas estão olhando para fora tentando achar o motivo de apesar de terem uma verdadeira fé na verdade bíblica ela não estar funcionando para transformá-los. Ou seja, eu confio em Cristo, mas não está havendo mudanças – “coitado de mim” – Essa abordagem é completamente equivocada.

O argumento é de que apesar de confiar em Cristo, elas não sentem qualquer mudança ( e isso começa ser encarado com auto-piedade) – sentem os mesmos desejos, continuam num padrão de vida parecido com o que tinham antes... e a pergunta vem: “Por que eu não mudo?”

A resposta não devia ser difícil, não estamos realmente confiando em Cristo. Para ser mais específico e claro: Não estamos confiando em Cristo para nos satisfazer!!!!! Ou seja, a pessoa pode estar “confiando” que Ele veio ao mundo e que Ele existe, ou que Ele pode perdoar... mas é óbvio que podemos “confiar” e acreditar nisso sem a confiança de que Ele é totalmente satisfatório – não estou confiando de fato com a confiança verdadeira – pois toda a verdade é – no que confio para me satisfazer?

Ou seja, de fato não confio em Deus como Deus. Os desejos que controlam minha vida e estão me moldando, são coisas mais preciosas para mim do que o desejo de comunhão com Deus, portanto, é óbvio que confio nestas coisas para me satisfazer muito mais do que em Deus para isso. Mas essa não é uma definição de fé em Deus, e sim de idolatria. O primeiro dos Dez Mandamentos é: “Não terás outros deuses diante de mim” – Êxodo 20.3 – e o último dos Dez Mandamentos é: “Não cobiçarás” – Êxodo 20.17 – e esses dois mandamentos são essencialmente o mesmo. Os outros mandamentos revelam as fontes de tudo que eu cobiço como fonte do meu prazer muito mais do que a comunhão com Deus – ou seja – faço deles deuses dos quais retiro o meu prazer em detrimento de tudo que Deus é – ou seja – idolatria – Não posso chamar isso de fé e ainda protestar que ela não me transforma.

Desejar algo de uma forma que diminui Deus como tesouro supremo que me satisfaz, é a essência da definição de pecado ( cobiça ) e não de fé. É ter outros deuses que eu não posso e nem desejo abandonar. Cobiça é idolatria:“Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria” - Colossenses 3:5 – Quando não estamos satisfeitos no que Deus é para nós o eixo da satisfação pende para a afeição desordenada, vil concupiscência...

Vamos pegar um exemplo bem comum – “Não consigo parar de fofocar” – Por que isso acontece? Quando eu fofoco, sabendo que isso quebra a comunhão com Deus, é porque eu confio ( tenho “fé”), ou estou confiando que os prazeres da fofoca vão me satisfazer mais do que Cristo pode me satisfazer. Isso não é ter fé em Cristo como algo que pode me satisfazer. Não posso alegar então que pus a fé em Cristo e não mudei, porque não pus. Nada pode mudar, neste caso por exemplo, até que minha confiança no prazer que a fofoca me traz mude para a confiança de que Cristo pode me satisfazer plenamente. Quando o Espírito no leva a verdadeira confiança, fé, de que Cristo é o meu tesouro todo satisfatório, eu vou parar de confiar na fofoca para me satisfazer – e como ela é o impedimento do meu prazer pleno em Cristo, ela vira inimiga, um pecado a ser mortificado – ser assassinado, por mim. E isso se dá pelo prazer totalmente satisfatório que Cristo é. Isso me faz livre da fofoca. Portanto, não posso alegar que pus toda fé em Cristo mas isso não me transforma.

Um dos meios de graça fundamental para isso é a constante meditação na Palavra - "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” - Salmos 119:11 – Ou seja, a Palavra me leva a uma plena satisfação em ti que me faz vencer todo pecado que me prometia gratificações, mas que nada são perto do prazer de tudo que Tu és para mim.

A fé bíblica transforma ao fazer de Cristo o tesouro supremo, perto do qual tudo vira esterco – é uma radical troca de prazeres: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo” - Filipenses 3:7-8 – Isso que Paulo está descrevendo é exatamente a fé de que Cristo é o tesouro totalmente satisfatório. Isso é exatamente o oposto de cobiça. Isso é o oposto de idolatria. Essa é a suprema satisfação em Cristo. Isso é liberdade.

Outro exemplo poderia ser a preocupação com o dinheiro... Muitos dizem – Pastor, eu confio em Cristo, ponho nele minha fé, mas a preocupação financeira continua sendo um problema constante... É óbvio que há algo errado nesta constatação. Quando eu estou preocupado com os meus investimentos, quando minha vida financeira drena tudo que eu sou, ocupa um lugar de primazia... é porque eu estou confiando nos meus investimentos para me proteger, me dar segurança, me satisfazer mais do que Cristo pode fazer. Não posso alegar que estou confiando em Cristo para me satisfazer totalmente ( Fé ) e ao mesmo tempo esse problema não me deixa. Eu posso a partir de então tentar não me preocupar, orar para que Deus me dê paz e livre da ansiedade com esta área da minha vida, ler a Palavra de Deus sobre toda paz que flui de Deus... mas NADA vai mudar de fato até que minha confiança de que meus investimentos e minha vida financeira irão me satisfazer e confiar de fato em Cristo para me satisfazer e como fonte de satisfação plena – “...o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco...” – Quando estou aqui pelo poder do evangelho, o Espírito me leva a sentir que Cristo é o meu tesouro todo satisfatório e que Ele proverá tudo o que eu preciso – “Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” - Lucas 12:31 – Ao chegar aqui, não deixo de trabalhar, investir... Mas estou liberto da preocupação – e as prioridades mostram quem é meu tesouro. Portanto, jamais posso alegar que confiei em Cristo e que não houve mudança – porque de fato estou confiando em outras coisas como fonte da minha satisfação e não em Cristo como todo satisfatório – ou seja, o nome disso é idolatria e não fé.

O único caminho de ficarmos livres de pragas – como tiririca, uma erva daninha – é tirar a sua raiz ( nelas tem uma batatinhas) – só tirar a parte de cima, é inútil, rapidamente crescem de novo. E qual é a raiz que deve ser tirada neste caso? É a confiança em algo (fé) além de Cristo para me satisfazer – portanto, algo que eu estou disposto a fazer mesmo quebrando minha comunhão com Cristo. Onde está a fé aqui? Certamente não é em Cristo como fonte de satisfação – estou chamando idolatria ( fé em outras coisas para prover minha satisfação no lugar de Deus ) de fé verdadeira – e depois reclamo que ela não está mudando minha vida. Fé é confiar em só em Cristo para me satisfazer – isso gera mudança.

Ah! Mas isso é muito difícil – dirão muitos – Mas o problema que temos que ver é a razão, o porque é difícil – é porque o que tem sido satisfatório para mim, o pecado, me cegou para a glória totalmente satisfatória que Cristo é, então tudo que vemos é a “glória” satisfatória do pecado – na fofoca, amor ao dinheiro, mundanismo, concupiscência da carne, dos olhos, soberba da vida... mas se a glória disso nos domina – então estamos cegos para a glória de Cristo – não podendo alegar que confiamos nele e não temos sido transformados, porque de fato, não confiamos.

Devemos clamar pela experiência real: “Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” - 2 Coríntios 3:16-18

Ver a glória de Cristo é a grande necessidade do coração – essa é a obra do Espírito – e quando a vemos – somos transformados de glória em glória – ou seja, temos uma transformação gradual mas sempre crescente. Então é óbvio que a fé bíblica transforma. Não que a luta cesse – Paulo diz: “Esmurro a mim mesmo...” – É uma batalha que vale a pena aos olhos da fé, porque a alegria de contemplar Jesus é infinitamente maior do que qualquer outra alegria. O Espírito vai tirando o gosto e te afastando de todas as outras coisas que você tinha confiança para satisfazê-lo e te levando a Cristo como fonte de toda satisfação. O que mais poderia levar mártires as fogueiras, aos leões... se não esta operação? Havia lutas internas e externas neles – mas a alegria satisfatória em Cristo sobrepujava tudo.

Alegar que eu tenho fé e confiado, mas não sou transformado, flui da não compreensão da natureza da fé e de um sentimento de auto-piedade e vitimização que nos afasta da verdade e da verdadeira transformação. É algo que fecha os caminhos até da verdadeira oração – do foco sobre o qual eu devia estar orando, clamando, chorando...

É a satisfação em Cristo que nos faz sal e luz no mundo: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” - Mateus 5:11-13 – Já não vemos os prazeres do pecado como concorrentes com os prazeres da comunhão com Cristo – agora, mesmo o sofrimento não pode eclipsar este prazer em Cristo. Assim somos sal. O contexto da afirmação que somos sal e luz é – “Bem-aventurados sós, vós quando vos perseguirem... Alegrai-vos e exultai...” – Como ser sal e luz então sem confiar em Cristo como fonte de satisfação final? Esse viver em Cristo se torna absolutamente natural e incrível que ilumina como a luz na escuridão e salga como naturalmente o sal faz no que toca. Porque o alegre sofrimento por amor a Cristo é espetacular pois mostra que ele é um tesouro totalmente satisfatório – isso e só isso ilumina o mundo e salga a terra.

Nisso a mudança diária se impõe: “E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal. Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.” - Marcos 9:47-50 – Na confiança de tudo que Cristo é para nos satisfazer e na sua descrição tanto do inferno quando do Paraíso, você pode sentir tanto o cheiro das chamas descritas por Ele, como o precioso aroma do paraíso enchendo toda a sua mente – ou seja, tudo que Ele será para os salvos por toda a eternidade – isto te transforma – te faz de fato sal e luz – faz você ver o resultado de tudo que o mundo é em suas “satisfações” oferecidas e onde elas terminam, te enchendo de insatisfação com este mundo; como fica satisfeito agora e na antecipação da eternidade. Satisfação profunda em Cristo como sua recompensa eterna.

Esse é o crer bíblico – isso transforma – faz o homem sal e luz no mundo.

Fonte: Josemar Bessa

terça-feira, 21 de abril de 2015

Fazer parte da igreja faz alguma diferença?


Por Robson Tavares

Um dos fenômenos mais preocupantes nos últimos tempos, dentro da igreja, diz respeito ao crescente número de pessoas feridas dentro deste ambiente. A isso denominamos de abuso espiritual. Essa onda crescente de abusos é assustadora e é causadora de sequelas que precisarão de um bom tempo para ser tratadas. Marília de Camargo César define esse abuso espiritual da seguinte forma: 

O ABUSO ESPIRITUAL PODERIA SER definido como o encontro entre uma pessoa fraca e uma forte, em que a forte usa o nome de Deus para influenciar a fraca e levá-la a tomar decisões que acabam por diminuí-la física, material ou emocionalmente. (CÉSAR, 2009, p.35)

Como consequência desse tipo de abuso, observamos o aumento constante do número de pessoas que se posicionam publicamente contra a igreja. Frases de efeito e chavões se tornam cada vez mais comuns e são adotados com uma frequência cada vez maior para disseminar a suposta ideia da “inutilidade” da igreja. Mas, antes de qualquer outra coisa, precisamos estabelecer o que é igreja.

Igreja é um termo que se refere, em seu sentido bíblico, ao povo que é salvo. Portanto, essa expressão diz respeito não a uma instituição ou denominação, mas a um grupo de pessoas salvas. A isto denomina-se de Igreja Invisível. (FERNANDES, 2014, p.15)

Muitos têm ensinado que uma igreja é caracterizada como bíblica pela sua estrutura eclesiástica. Mas se existe algo que nada tem haver com o princípio bíblico de Igreja é a sua forma de governo ou a sua estrutura física. Nesse sentido Ridderbos (2004, p.371,372,377) faz a seguinte afirmação:

[...] a igreja é a continuação e o cumprimento do povo histórico de Deus que, em Abraão, Deus escolheu para si dentre todos os povos e com o qual ele se comprometeu por meio da aliança e das promessas [...] No primeiro ponto de vista, predomina o aspecto histórico-redentor da igreja e no segundo, o cristológico. Em ambos, porém, a salvação concedida em Cristo possui um caráter corporativo e é dada e recebida somente na comunhão dos que foram escolhidos e chamados por Deus para si e para o corpo único de Cristo. [...]

Pode-se perceber com facilidade que essas várias designações da igreja como “santos”, “eleitos”, “amados” e “chamados”, no que se refere também ao seu significado, estão intimamente ligadas entre si e complementam-se reciprocamente. A idéia principal de todas elas é que Deus escolheu e chamou para si um povo dentre os outros povos, assim como Abraão foi chamado de Ur e os crentes foram chamados para Deus pelo evangelho da graça divina. Como tal, eles são amados de Deus, santos, colocados ao lado de Deus e separados do mundo. Semelhantemente ao nome “igreja”, essas qualificações denotam os crentes em Cristo como a igreja do futuro grandioso, a continuidade e manifestação do verdadeiro povo de Deus no sentido histórico-redentor da palavra.

Então, parece que uma das dificuldades que enfrentamos hoje está relacionada a definição do que é a Igreja e a importância da preservação de sua identidade.

Analisemos, por exemplo, duas frases bastante comuns:

1. “VOCÊ É A IGREJA”

Não há nada mais errado do que isso, pois igreja é o conjunto de pessoas salvas, e não apenas uma única pessoa.

Essa frase tem sido utilizada exatamente para transmitir a ideia de que uma única pessoa, sozinha, pode viver um cristianismo sadio, o que não é verdade, especialmente porque um cristianismo sadio não é vivido isoladamente, mas em comunidade. Ao ensinar a orar, Jesus não disse “pai meu” e sim “pai nosso”, o que nos mostra a ideia de comunidade.

O apóstolo Paulo esclarece que os indivíduos são membros do corpo (1Co 12:12,14). Não existe um corpo formado por um único membro (1Co 12:19). E mais, todos são de igual importância (1Co 12:22-25).

2. “EU NÃO PRECISO DA IGREJA PARA SER SALVO”

No século III, Cipriano de Cartago, um dos pais latinos da Igreja[1], declarou Extra Ecclesiam nulla salus (Não há salvação fora da Igreja). A partir daí, temos o princípio da atual interpretação católica de que a salvação é proporcionada pela introdução do indivíduo à Igreja Católica Apostólica Romana. Porém, o renomado historiador, Justo González, explica o que Cipriano queria dizer com isso:

A principal razão pela qual Cipriano insistia na necessidade de regular a admissão dos traidores a comunhão da igreja era seu próprio conceito de igreja. A igreja é o corpo de Cristo, que há de participar da vitória da sua Cabeça. Por isso, “fora da igreja não ha salvação”, e “ninguém que não tenha a igreja por mãe pode ter Deus por pai”. Em seu caso, isto não queria dizer que tivesse de estar de acordo em tudo com a hierarquia da igreja – o próprio Cipriano teve disputas com a hierarquia da igreja de Roma –, mas implicava que a unidade da igreja era de suma importância. Visto que as ações dos confessores ameaçavam quebrantar essa unidade, Cipriano sentia obrigação de rejeitar essas ações e insistir que fosse um sínodo que decidisse o que se devia fazer com os caídos. (GONZÁLEZ, 2011, p.92)

O contexto de Cipriano envolvia uma disputa, uma divisão, gerada pelos confessores que buscavam instalar uma fonte de poder paralelo. Então, Cipriano busca esclarecer que a Igreja, sendo o Corpo de Cristo, deveria manter a sua unidade.

No 17º Capítulo da Confissão Helvética encontramos:

[...] como não havia salvação fora da arca de Noé, quando o mundo perecia no dilúvio, igualmente cremos que não há salvação certa e segura fora de Cristo, que se oferece para o bem dos eleitos na Igreja; e por isso ensinamos que os que querem viver não podem separar-se da Igreja de Cristo.

Esse é um dos pontos mais comuns na maioria das Confissões de Fé publicadas na história da Igreja Cristã: Somente Cristo salva. Na verdade, esse é um dos lemas da reforma Protestante: Solus Christus.

Então, se a salvação não é dada pela Igreja, mas por Cristo, ela é alimentada, fortalecida e nutrida no ambiente da Igreja, que é o Corpo de Cristo. Então, a salvação é um dom de Deus, concedido pelo Espírito Santo e que faz com que o salvo seja introduzido na Igreja.

Uma das marcas dos membros da igreja primitiva era o desejo de estar reunidos (At 1:15, 2:1, 4:31, 11:26, 12;12, 14:27, 20:7,8) em um ambiente em que pudessem compartilhar a sua fé bíblica.

O apóstolo Paulo falou claramente: “Quando vos congregais” (1Co 14:26). O autor aos Hebreus alertou: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25).

O nosso alerta, com tudo isso, é para que tomemos cuidado com as filosofias astutas dos desigrejados que buscam sempre incutir nas pessoas, inculcar, a ideia de que não tem importância fazer parte de uma igreja. Porém, o fato bíblico é que é no ambiente da igreja em que o povo de Deus é edificado e cresce espiritualmente.

Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra. Mas os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. (1 Coríntios 12:21-27)

Participar de uma igreja faz diferença sim, especialmente porque o apóstolo do amor, João, nos disse que o amor de Deus que está em nós deve ser demonstrado na igreja (3Jo 1:5,6). Contudo, o que precisa ser observado é o tipo de igreja que escolhemos para congregar, pois, infelizmente, muitas têm se desviado do seu propósito bíblico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em Nome de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
FERNANDES, Robson Tavares. A preservação da identidade da Igreja: Como a Igreja preserva a sua identidade e ensino no contexto de conflito com a cultura e a sociedade ao seu redor. 2014. 261p. Dissertação (Mestre em Teologia do Novo Testamento) – Seminário Teológico Evangélico do Betel Brasileiro, João Pessoa – PB.
GONZÁLEZ, Justo L. História Ilustrada do Cristianismo: A Era dos Mártires até a Era dos Sonhos Frustrados. São Paulo: Vida Nova, 2011.
RIDDERBOS, Herman. A Teologia do Apóstolo Paulo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.

SEGUNDA CONFISSÃO DE FÉ HELVÉTICA. 1562.
[1] O título “pai da igreja” é dado aos teólogos, professores e mestres cristãos mais importantes e influentes entre os séculos II e VII, cujos escritos auxiliaram no estudo doutrinário para as gerações futuras. Os estudos destes personagens é denominado de Patrística.

Fonte: NAPEC

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Você está cheio do Espírito Santo?


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

O apóstolo Paulo, preso em Roma, escreve sua carta à igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor, e ordena: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu. Então, o Espírito Santo, o outro Consolador, desceu e desceu para ficar para sempre conosco. Sem a obra do Espírito Santo jamais haveria um só convertido na terra, pois é ele quem aplica a obra da redenção. Concordo com Charles H. Spurgeon, quando disse que é mais fácil acreditar que um leão tornar-se-á vegetariano do que acreditar que uma pessoa só possa ser salva sem a obra do Espírito Santo. Todo crente é regenerado, habitado e selado com o Espírito Santo, mas nem todo crente está cheio do Espírito Santo. Uma coisa é ter o Espírito Santo; outra coisa é o Espírito Santo nos ter. Uma coisa é ter o Espírito Santo presente; outra coisa é ter o Espírito presidente. O texto em apreço nos ensina quatro verdades.

Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito é uma ordem expressa de Deus. Há duas ordens no texto. Uma negativa e outra positiva. A negativa é não se embriagar com vinho; a positiva é ser cheio do Espírito Santo. Assim como a embriaguez é um pecado; também o é a ausência da plenitude do Espírito Santo. Se a embriaguez produz vergonha e dissolução, a plenitude do Espírito Santo desemboca em comunhão, adoração, gratidão e serviço.

Em segundo lugar, a plenitude do Espírito é uma exigência a todos os crentes. O ordem para ser cheio do Espírito é endereçada a todos e não apenas a alguns crentes. Os líderes, os anciãos, os adultos, os jovens, as crianças, os ricos, os pobres, os doutores, os analfabetos, todos os salvos, sem exceção, devem ser cheios do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção na igreja; é a norma para todos os crentes.

Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é uma experiência que deve ser repetida continuamente. Não se trata de um acontecimento único e irrepetível como é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo. A plenitude de ontem não serve para hoje, assim como a vitória do passado não garante vitória no presente. Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Todo dia é tempo de andar com Deus e experimentar o extraordinário de Deus. As melhores experiências do passado podem ser medidas mínimas do que Deus pode fazer em nossa vida no futuro.

Em quarto lugar, não podemos produzir a plenitude do Espírito, podemos apenas nos esvaziar para sermos cheios. A plenitude do Espírito Santo não é uma realidade produzida por nós. Não administramos essa experiência. Ela vem do alto, de cima, do céu. Devemos ser como vasos vazios, puros e disponíveis para o Espírito Santo nos encher. Não há limitação no Espírito Santo. Podemos ser cheios a ponto de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Você está cheio do Espírito Santo?

quinta-feira, 9 de abril de 2015

O vice treco


Por Antônio Pereira Jr.

“O saber ensoberbece”, como bem ensinou o apóstolo Paulo em 1Coríntios 8.1. Ele estava falando de irmãos que se achavam maduros demais para não se preocuparem com outros irmãos da fé, tidos, mais fracos. A soberba deles os deixaram cegos para verem que só o “amor edifica”. Esse é um dos grandes problemas de nós, seres humanos: quanto mais conhecemos, temos a ilusão de que somos melhores do que os outros, geralmente tidos por nós como ignorantes e fracos de raciocínio.

Paulo adverte que o conhecer não significa, ou pelo menos não deveria significar, ensoberbecer. Quem sabe mais um juiz de direito ou um médico? Um professor universitário de filosofia ou outro de literatura? Um outro Paulo – que não era apóstolo no sentindo bíblico, mas era um apóstolo (enviado) da educação – o Freire, já dizia que ninguém sabe mais do que o outro. Apenas temos saberes diferentes, ou seja, o meu saber é fruto de minhas experiências e o seu saber é fruto de suas experiências. Quando conversamos temos a oportunidade de trocar essas experiências, esses saberes, e assim poderemos crescer juntos.

O orgulho de saber pode nos enganar. Foi isso que o apóstolo Paulo expressou na sua afirmação. Será que sou melhor do que o outro só porque sei algo que ele não sabe? Se você parar pra pensar todos nós sabemos de alguma coisa. Mesmo aqueles que nunca frequentaram uma sala de aula. Um agricultor que lida com a roça todos os dias sabe detalhes que você, tão estudioso, ignora. Uma dona de casa sabe o ponto certo de determinadas comidas que você, por mais estudioso que seja, não consegue descobrir sem muita prática e humildade.

O verdadeiro sábio é aquele que reconhece que não sabe tudo e nem precisa saber. Lembra-se da famosa frase atribuída ao grande filósofo Sócrates: “Só sei que nada sei”? Não significa evidentemente que ele não sabia de nada, mas sabia de algumas coisas que precisava saber e que outras não tinha certeza plena. Ninguém poderá saber tudo nem que viva duzentos anos. O conhecimento, hoje em dia, multiplica-se numa velocidade inatingível.

Algum dia você já disse soberbamente: “você sabe com quem está falando? Você pensa que é alguma coisa por causa dos seus diplomas? Por causa dos cursos que já realizou? Pelas abreviaturas que antecedem o seu honroso nome? Pelas posses materias que você tem?

Basta uma doencinha para derrubar qualquer mortal. Por exemplo: já teve dengue? Um pequeno mosquito pode derrubar um orgulhoso gigante. Na hora da dor não pensamos em nossos títulos. Um mosquito, um vírus, uma bactéria não respeita títulos.

Portanto, não fique se achando só porque tem um conhecimento em determinada área. Não seja presunçoso, soberbo. Com os assuntos eternos é que devemos ter cuidado. Deus não deu autorização para sermos os donos do céu, os senhores da alma alheia, quer sejamos apologistas, pastores, bispos, padres, apóstolos ou papas. Nem Salomão com toda sua sabedoria, com todo o seu saber, teve essa presunção. A Bíblia diz que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6).

Já inquiriu o salmista: “Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?” (Sl 8.4). O homem é só um cadáver adiado, nas palavras de Fernando Pessoa. Ou como disse o filósofo Mário Sérgio Cortella: “Tu és o vice treco do sub troço”.

Fonte: NAPEC

sexta-feira, 3 de abril de 2015

DEUS ME LIVRE!

Por Josemar Bessa

"Deus me livre", diz o grande apóstolo, "que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. Gálatas 6:14"

Cada cristão verdadeiro tem experimentado o poder da cruz em crucificar o mundo. A grande característica do homem regenerado é que ele não é mais o que já foi um dia. “... se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo!” 2 Coríntios 5:17

A mudança dos pensamentos, desejos que mudam do tempo para a eternidade é a evidência substancial de que houve uma nova criação de Deus pela qual o cristianismo vive nos corações dos homens, e sem a qual ninguém de fato está no Reino de Deus.

O mundo que encanto o homem natural é visto como não digno de um olhar porque a cruz apresenta a luz verdadeira as coisas do tempo e do sentido.

Mesmo os encantamentos que são lícitos em si mesmos, tem um defeito inerente, são temporais. O remédio que a cruz traz ao pecado, é um remédio para uma raça que está em extinção, mostrando claramente que cada objeto dos sentidos são limitados pelo tempo, e que nenhuma qualidade nem excelência pode torná-los permanentes.

É a flor que vai desvanecendo, a beleza infantil murchando a cada dia... Se a grandeza pudessem torná-los permanentes, os impérios não teriam desmoronado. Se o aprendizado, intelecto, sagacidade, fantasia... pudessem ter perpetuidade, porque logo os nomes são esquecidos, as volumosas obras perdidas em alguma prateleira... tudo aquilo que tinha enchido o mundo com sua fama.

Os prazeres do pecado são para uma temporada apenas, a "moda deste mundo passa". Eles são sombras escuras que caem sobre o mundo quando visto a partir da cruz.

Sob a perspectiva da cruz se pode ver tudo em um conflito perpétuo pelo o domínio da mente. O que “diverte” tende a dominar o coração. Luz e trevas, bem e mal, amargo e doce, são tão irreconciliáveis quanto Cristo e o mundo.

Não estarão satisfeitos sem controlar todo o homem e, portanto, estão perpetuamente em guerra. Paulo diz “eu estou crucificado para o mundo, e o mundo para mim” – porque o homem ou é um cristão de todo o coração, ou um homem do mundo de todo coração.

As realidades eternas tomadas ao pé da cruz, são vistas com entusiasmo e alegria. Nunca houve um erro mais do que notório que as opiniões fortes e firmes sobre as realidades do mundo eterno e da vida espiritual com sendo sem alegria. Seria prova de que o homem assim não são o que aparentam ser, ou então uma indicação segura de que há algo de errado na mente que as contempla, onde elas secam as fontes de alegria. Cristãos infelizes existem, mas cristianismo infeliz jamais existiu. Não há espaço para a melancolia e depressão onde as realidades eternas formam as fontes de prazer.

Essa nova realidade possui uma riqueza, uma variedade, uma beleza extrema capazes de produzir no homem regenerado, como diz Pedro, “alegria indizível e cheia de glória!”

Não é fácil para o homem regenerado deixá-las de lado. Essa alegria indizível têm um lugar em todos os seus hábitos de pensamento, pois eles são o ar, a sua luz, o elemento em que ele respira, o próprio sangue da vida que aquece seu peito. Oh, essa alegria indizível são visões encantadas!

Por isso é impossível que essa alegria indizível não exerça uma forte influência prática. Não há nenhuma parte do caráter do cristão que não seja afetado por ela. A cruz agora é o espelho que reflete a eternidade

A cruz agora é que o ponto de visão. É aqui que o crente sente que em alguns anos, no máximo, talvez um dia breve, nada mais o separará desse mundo vasto que é invisível e eterno. Essa teia frágil e perecível da vida humana é partida facilmente e ele mergulhará na eterna segurança dos braços do Amado. Mas um passo, um fôlego, uma pulsação do coração e o finito será trocado pelo infinito.

Nós precisamos, e só a cruz pode dar, do poder do pensamento bem definido e indestrutível, que o que estamos vivendo agora é apenas o germe de uma existência imortal além-túmulo, que nosso ser presente é apenas o rudimento do que seremos daqui por diante. A partir da cruz, a vida e este mundo, que antes parecia um deserto, agora torna-se o pórtico e vestíbulo do "edifício de Deus", que " é casa feita por mãos eterna nos céus."

A força apropriada e energia dessas várias considerações combinadas age sobre as mentes dos homens regenerados fixando-as além da região do tempo e do sentido – a qual a cruz da grande e definitivo testemunho.

A nutrição do impulso e habitual primeira parte do caráter cristão, portanto, será encontrado na contemplação das realidades invisíveis que estão além do horizonte das coisas terrenas. Isto é tanto o ponto de partida quanto a meta, a princípio, o meio e o fim.

É o "prêmio da soberana vocação," a marca para a qual o mais amadurecido na experiência de vida em Cristo pode olhar para trás, e que tanto os idosos quanto os jovens, como se ainda não tivessem atingido, podem igualmente olhar para frente. O olho da mente deve ver o que o olho do sentido não pode ver, o ouvido da alma deve ouvir vozes que nunca caem no exterior audição. E toda essa esperança produz dentro do homem regenerado uma conformidade a Deus e ao céu.

Os prazeres fúteis terra não podem suportar a luz forte e constante de pensamentos e afetos, assim, concentrados na cruz. A mente que tem uma tendência para o céu, em vez de se deixar levar pelas ilusões que o olho do sentido joga sobre a pompa do mundo, torna-se disciplinado para o esforço de trazer este mundo em subserviência a um outro e melhor

É impossível para o caráter cristão a tomar um tom elevado de firmeza e consistência, a menos que seja "ajustado pelas reivindicações da eternidade."

Sem esse ajuste, não há cristão que não será trazido e conduzido sob a tirania de seus inimigos espirituais. Motivações inferiores podem impedi-lo de pecado ocasional, dos pecados abertos e escandaloso, mas elas não vão impedi-lo de pecados que são menos odioso aos olhos do mundo, e os pecados que são secretos, muito menos eles vão induzi-lo a "abster-se de toda a aparência do mal ".

Suas esperanças são mais triunfante, e sua piedade mais exemplar, porque ele "anda com Deus." Ele tem uma profunda simpatia e afetos com tudo o que é manso, humilde e amável, tudo o que é puro e verdadeiro, tudo o que é honesto, e de boa fama. Há um tom de sentimento moral, um elenco de personagem, um cuidado e uma franqueza, uma beleza e uma imponência, que encontram seu alimento apenas na contemplação do que é sobrenatural.

Foi isso que fizeram os primeiros cristãos, homens de verdade, homens de oração, homens de Deus, os homens “de quem o mundo não era digno!”

Diga então com Paulo: "Deus me livre, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. Gálatas 6:14

Fonte: Josemar Bessa

NÃO QUEIRA SER FORTE


Por Fabio Campos

Texto base: “Nesse homem me gloriarei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas fraquezas”. (2 Co 12.5 NVI)

Há um excesso de “espiritualidade” demandado hoje em algumas igrejas que desconhece a “Soberania de Deus”. Enquanto o “hipercalvinismo” anula a “responsabilidade humana”, a grande parte dos neopentecostais “toma para si” a Soberania de Deus. A Bíblia diz para não nos apoiarmos em nosso próprio entendimento, pois o orgulho é a antessala da queda. Aquele que pensa estar de pé cuide-se para que não caia. O “forte” não se gloria na sua “força”, mas sim em conhecer a Deus e saber que Ele é o Senhor.

Paulo tinha um espinho na carne, mensageiro de satanás, que o impedia de se exaltar devido às visões do terceiro céu que lhe foram dadas. Lutero disse que “o Diabo, é Diabo de Deus”. O Senhor é Soberano e até o ímpio foi feito para o dia mau. Com Deus não há imprevistos! Mesmo Paulo orando e suplicando por três vezes (coisa desconhecida por um judeu devido a sua reverência) o Senhor o disse: “O poder de Cristo se aperfeiçoa na fraqueza”.

O ímpio peca e a grande maioria das vezes não é castigado. Parece que para eles não há preocupações e a sua saúde é perfeita. Não compartilham da canseira dos mortais e suas riquezas só aumentam. Mas o povo de Deus tem um espinho na carne! Por amor a você o Senhor permite algumas situações que o lembre do “EU SOU”, que para você é provisão, sustento, libertador e o seu Deus, assim tem por significado o nome “EU SOU”. Por isso que podemos nos alegrar nas dificuldades. O Senhor corrige aqueles que Ele tem por filho. A quem Ele ama muitas das vezes não terão suas petições atendidas, mas ouvirão: “A minha graça te basta”.

É nas fraquezas que temos que se vangloriar! Quando digo “fraqueza”, não estou falando do “pecado cometido deliberadamente” revogando a limitação humana como desculpa. Nada disso! A fraqueza que Paulo diz é outra! Para os “teólogos da prosperidade” é maldição, pois são “injurias”, “necessidades”, “perseguições” e “angústias”, todas sofridas por amor a Cristo (2 Co 12.10). São essas “fraquezas” usadas por Deus para nos ensinar a depender Dele e do seu poder, e também, para que nenhum dos seus filhos se ensoberbeça devido a sua “pseuda-espiritualidade” e caia na condenação do Diabo.

Amados, Deus tem cuidado de nós! Você foi escolhido antes da fundação do mundo. Não queira se gloriar dos seus dons, do seu status, da sua espiritualidade, nem por qualquer outra coisa além de Cristo, e este crucificado. Não tente passar uma imagem de “super espiritual” na tentativa de ser apreciado. Seja o que Deus quer que você seja! Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva. Portanto, não queira ser forte, pois...

“... quando estou fraco então sou forte”. (2 Co 12.10b)

Soli Deo Gloria!

Fonte: Fabio Campos