quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A LIDERANÇA FROUXA DE ARÃO


Por Pr. Silas Figueira

Texto base: Êxodo 32.1-25

INTRODUÇÃO

Quando o Senhor disse para Moisés subir o monte Sinai para receber as tábuas as Lei, Moisés diz para as autoridades do povo que Arão e Hur estariam no arraial e iriam resolver os problemas que surgissem (Êx 24.13,14). O problema é que a pessoa que Moisés deixou em seu lugar não estava à altura do cargo que ficou exercendo. Arão era um homem que não tinha liderança. Era uma pessoa que não tinha convicção das suas responsabilidades. Ele poderia até ser um bom liderado, mas não um bom líder. Ele não tinha convicção de seus afazeres e sedia sob pressão.

A liderança de Arão em Êxodo 32 é um retrato preciso de muitos líderes eclesiásticos hoje. Uma liderança que está mais preocupada em agradar aos seus ouvintes do que honrar a Deus. Homens que destorcem as Escrituras para agradar os ouvintes. Líderes que preferem deixar de pregar a Verdade para não ofender o seu auditório. Pastores que alimentam o seu rebanho com palha, mas o povo, por desconhecer o bom alimento de Cristo, acham que estão sendo bem alimentados com alimento espiritual.

Arão fiou com a incumbência de liderar o povo juntamente com Hur enquanto Moisés ia subir o monte Sinai. No entanto, depois de quarenta dias, o povo ficou inquieto sem saber o que havia acontecido com Moisés lá em cima do monte (Êx 32.1). Arão e Hur deveria tomar à frente e acalmar o povo, mas ao invés disso, deu ouvidos aos seus queixumes.

Uma liderança frouxa se deixa levar pela situação e não toma as atitudes certas, pois não temem a Deus, mas temem ao povo e por sua vez não quer desagradá-lo. Líderes assim agem segundo a direção dos acontecimentos, mas não se posicionam firmes diante do que é certo a fazer. 

A liderança frouxa de Arão levou o povo a se corromper envolvendo-se na idolatria e na promiscuidade. Vejamos seis erros crassos que Arão cometeu como líder do povo:

1 – UMA LIDERANÇA FROUXA NÃO TEM COMPROMISSO COM A VERDADE (Êx 20.1-6, 24.14, 32.1-4).

Observe em Êxodo 20.1-6 o que o Senhor falou ao Seu povo:

Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Êxodo 20:1-6 – ACF.

Essas palavras foram dirigidas ao povo muito antes de Moisés subir o monte Sinai, no entanto, tanto o povo, quanto Arão não deram crédito ao que o Senhor falou. Principalmente Arão que era o sacerdote e, mais do que ninguém, deveria zelar por cumprir o que o Senhor ordenara.

Uma liderança frouxa não tem compromisso com Verdade. Não tem compromisso com a Palavra. Não a põe em prática, mas faz tudo ao contrário do que ela ordena. Veja o que Arão fez:


Isso não está diferente nos dias atuais. Quantos líderes eclesiásticos que não agem segundo a Palavra de Deus, mas andam na contramão do que ela ensina. Eu não estou falando de texto de difícil interpretação onde é necessário um pouco mais de esforço para entende-lo, eu estou falando de textos claros como este de Êxodo 20.1-6, onde é simplesmente obedecê-lo.  
   
2 – UMA LIDERANÇA FROUXA FAZ O QUE O POVO QUER (Êx 32.1-4).

Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. Êxodo 32.1-4 – ACF.

Observe que o povo queria que Arão fizesse deuses que os guiasse e Arão não questionou, ele simplesmente obedeceu. Arão não questionou o povo com a Palavra que o Senhor havia falado anteriormente, mas fez o que o povo quis.

Ele não confrontou a ideia distorcida que eles estavam tendo a respeito de Deus e de que Ele os ordenara a abandonar a idolatria. Quem faz o que o povo quer não tem compromisso com Deus.

O povo pode querer muitas coisas, mas o compromisso da liderança é fazer o que Deus manda e não o que o povo quer. Não podemos fazer como aquele pastor que queria abrir uma igreja num determinado bairro, mas antes dele abri-la ele fez uma pesquisa do que as pessoas queriam que tivesse em uma igreja. Cada um deu uma ideia e, dentro do possível, ele procurou fazer tudo para agradar as pessoas. Aquilo era tudo, menos uma igreja.

3 – UMA LIDERANÇA FROUXA SE ALEGRA COM OS RESULTADOS, AINDA QUE ESSES NÃO GLORIFIQUEM A DEUS (Êx 32.5).

E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor. Êxodo 32.5 – ACF.

Depois do ocorrido Arão disse que deveriam festejar o resultado adquirido, e o pior, disse que seria festa ao Senhor. Que senhor? Só se for para o diabo, pois tal festa não era para Deus.

Há líderes que se preocupam com os resultados. Dar certo é o que importa, ainda que tais resultados ofendam a Deus. O importante não é o que é certo, mas o que dá certo. São líderes pragmáticos, mas não ortodoxos. Aliás, a ortodoxia passa longe de seus púlpitos.

Certo líder de uma determinada igreja aqui de minha cidade disse que ele não é pastor, ele é um empreendedor, o compromisso dele é manter a igreja cheia e o povo satisfeito. Ele disse isso justificando o porquê que ele não pregava sobre pecado, mas só palavra de vitória. Ele disse que pregar sobre o pecado ofende e ele queria que as pessoas saíssem da igreja não convencidas de pecado, mas bem consigo mesmas. O importante é manter a igreja cheia, ainda que seja com gente morta. E é isso que o que mais temos visto por aí.

4 – UMA LIDERANÇA FROUXA LEVA O POVO A ADORAÇÃO DO PECADO COMO SE FOSSE ALGO SANTO (Êx 32.5,6).

E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor. E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar. Êxodo 32.5,6 – ACF.

A palavra divertir-se - folgar (Hebraico – tsachaq), não se refere a uma diversão inocente, mas implica em imoralidade sexual, como aquelas ligadas aos rituais pagãos.

Isso não era culto a Deus, mas ao diabo em todos os sentidos. Mas essa tem sido uma triste realidade hoje em muitas igrejas. Em muitas igrejas a promiscuidade começa no altar e se espalha para o meio do povo.

Líderes promíscuos que se valem de seus títulos para irem para cama com a mulheres da igreja – isso sem falar do homossexualismo que há também. Agem da mesma forma como os filhos do sacerdote Eli que se deitavam com a mulheres que iam a tenda da congregação:

Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação. 1 Samuel 2.22 – ACF.

Eu conheço um determinado “pastor” solteiro que fez operação de vasectomia para não correr o risco de engravidar as mulheres que com ele se deita na igreja que ele pastoreia. Isso é um caso dentre muitos que conheço.

5 – UMA LIDERANÇA FROUXA NÃO ASSUME AS CONSEQUÊNCIAS DOS SEUS ERROS (Êx 32.4, 21-24).

E Moisés perguntou a Arão: Que te tem feito este povo, que sobre ele trouxeste tamanho pecado? Então respondeu Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é inclinado ao mal; E eles me disseram: Faze-nos um deus que vá adiante de nós; porque não sabemos o que sucedeu a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito. Então eu lhes disse: Quem tem ouro, arranque-o; e deram-mo, e lancei-o no fogo, e saiu este bezerro. Êxodo 32.21-24 – ACF. 
  
Veja a justificativa de Arão para Moisés. Ele não assume que agiu errado em dar crédito ao que o povo pedia e não assume que foi ele que fez o bezerro de ouro. Veja o que ele fala:

“Então eu lhes disse: Quem tem ouro, arranque-o; e deram-mo, e lancei-o no fogo, e saiu este bezerro.

Mas veja o texto anterior:

Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição.

Arão trabalhou o ouro e fez um bezerro, foi isso que ele fez. Mas diante de Moisés ele disse que lançou o ouro no fogo e saiu um bezerro. Que indivíduo descarado. Ele é frouxo diante do povo e diante de Moisés. Ele não assume as consequências de seus erros. Não admite que errou e se arrepende, mas tenta justificar os seus atos. Ele agiu igual Adão que colocou a culpa de seu pecado em Deus e na mulher.

Arão faz piada com o pecado por ele cometido. O povo pecou em pedir um ídolo e Arão pecou em fazê-lo. Arão tenta se justificar levando a coisa na brincadeira, tentando amenizar o seu erro extremamente grave. Tão grave que ele só não morreu porque Moisés intercedeu por ele (Dt 9.20):

Também o Senhor se irou muito contra Arão para o destruir; mas também orei por Arão ao mesmo tempo. Deuteronômio 9.20 – ACF.

Quem não assume as suas responsabilidades na verdade não está arrependido do que fez. Se Arão tivesse que fazer de novo faria. Quem não assume responsabilidades não pode ter um povo sob sua liderança em hipótese alguma.

Veja a diferença de Arão para Davi quando foi confrontado de pecado (2Sm 12.13). Davi se arrepende a tal ponto que escreve o Salmo 51 confessando o seu pecado. Arão, no entanto, fez piada do erro cometido, dá desculpadas esfarrapadas. Por isso que antes de tratar com o povo, Moisés trata com Arão. Moisés confrontou Arão, pois o privilégio da liderança traz consigo tanto a responsabilidade quanto a prestação de contas. 
  
6 – UMA LIDERANÇA FROUXA NÃO TEM CONTROLE SOBRE OS SEUS LIDERADOS (ÊX 32.25).

Vendo Moisés que o povo estava desenfreado, pois Arão o deixara à solta para vergonha no meio dos seus inimigos. Êxodo 32.25 – ARA.

Moisés viu que o povo estava desenfreado e que Arão o tinha deixado fora de controle, tendo se tornado motivo de riso para os seus inimigos. Êxodo 32.25 NVI.

A ACF diz que eles estavam nus. Creio que o sentido aqui é que eles estavam sem nenhum pudor diante do que estavam fazendo. Estavam sem nenhuma compostura adequada. Agiam de forma desenfreada. 

O povo estava fora de controle devido à falta de pulso de Arão. Cada um fazia o que queria sem ter que prestar contas a ninguém. A liderança tem que ter o controle dos seus liderados, se não a coisa descamba para uma direção totalmente contrária do que Deus quer.

O apóstolo Paulo nos diz em Romanos 12.1 diz que devemos oferecer a Deus um culto racional. A palavra grega aqui é “logikos”, “racional”, carrega a ideia de razoável, lógico e sensato. O culto tem de ser com decência e ordem (1Co 14.26,40). Mas no momento em que não há ordem no culto a coisa vira bagunça.

Há cultos por aí que eu me recuso a chamar de culto a Deus. Pode ser qualquer coisa, menos culto ao Senhor. Há uns vídeos na internet que foram gravados em algumas “igrejas evangélicas” que nos envergonham diante da sociedade sem Deus. Tal coisa não acontece dentro de uma Igreja Católica e nem mesmo em centro espírita, mas ocorre dentro de determinadas igrejas ditas evangélicas.

Isso tudo é para nossa vergonha. Como ocorreu através da liderança de Arão tem ocorrido hoje. Temos sido “motivo de riso para os seus inimigos”. Ligue a sua TV e veja os programas “evangélicos” que passam. Raramente pode se dizer que um ou no máximo uns dois são coerentes com a Bíblia. A maioria nos envergonham. Nos dá náuseas diante de tanta falta vergonha de dizer que aquilo que fazem é o Evangelho de Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Arão é o retrato idêntico de muitos indivíduos que temos visto por aí que se intitulam pastor, apóstolo, patriarca, bispo... gente sem compromisso com a verdade de Cristo, gente compromissada com seus próprios umbigos. Gente que quer ver a alegria do povo, e para isso pregam o que eles querem ouvir e não o que eles precisam ouvir. Não agem como Pedro diante do coxo que não lhe deu a moeda que o mendigo queria, mas lhe deu a cura que ele precisava.

Se o Evangelho que pregamos é antropocêntrico vale tudo para agradar o povo, mas se o Evangelho que pregamos for Cristocêntrico temos que fazer de tudo para agradar ao Nosso Senhor.

Pense nisso! 

sábado, 12 de agosto de 2017

QUE PAI VOCÊ TEM SIDO?


Por Pr. Silas Figueira

Texto Base: Efésios 6.4

INTRODUÇÃO

Estamos vivendo um período onde a palavra paternidade perdeu o seu verdadeiro sentido. Ser pai hoje, para muitas pessoas, é ser apenas o progenitor e não aquele que é exemplo na criação. E por que muitos pais não são exemplo para os seus filhos? Creio que podemos enumerar alguns motivos: 1) muitos pais não são exemplo para os seus filhos porque não tem maturidade para tal compromisso, muitos por terem sido pais cedo demais. 2) outros por não assumirem a paternidade – fazer filho é uma coisa, assumi-los é algo totalmente diferente. 3) outros porque nunca tiveram um exemplo de pai dentro de casa.

E muitos desses “pais” não assumem seu papel de pai porque foram criados sem limites e sem disciplina. Quando deveriam ser corrigidos, eles foram acobertados. É o caso do filho de uma desembargadora que foi detido com 130 quilos de maconha, centenas de munições de fuzil e uma pistola nove milímetros. A saída do presídio aconteceu depois de dois habeas corpus, pois, segundo a família, ele tem problemas psiquiátricos. No entanto, esse mesmo cidadão tinha outro mandado de prisão pois também é investigado pela Polícia Federal pela participação no plano de fuga de um chefe do tráfico de drogas.

Ser pai é um grande privilégio, mas também nos leva a refletir sobre sua grande responsabilidade. Ser pai implica em fazer diferença na vida dos filhos. Significa que este filho ao olhar para o seu pai veja nele o melhor exemplo de homem. O verdadeiro pai deixa de herança para os seus filhos o exemplo e não bens materiais. E um dos maiores exemplos que um pai pode deixar para os filhos é amar a mãe deles.

A Bíblia nos dá alguns exemplos de pais que fizeram diferença na vida de seus filhos, uns de forma positiva, outros, infelizmente, de forma negativa. Por isso que eu quero pensar com você que tipo de pai você tem sido analisando a vida e o exemplo de alguns desses pais.

1 – ABRAÃO O PAI QUE É EXEMPLO DE FÉ (Hb 11.17-19).

Pela fé Abraão, quando Deus o pôs à prova, ofereceu Isaque como sacrifício. Aquele que havia recebido as promessas estava a ponto de sacrificar o seu único filho, embora Deus lhe tivesse dito: "Por meio de Isaque a sua descendência será considerada". Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos; e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos.

Quando lemos a história de Abraão nós vemos o quanto ele foi crescendo na fé a medida que andava com Deus. Foi um processo longo, mas que resultou em um grande amadurecimento na fé.

Cerca de 45 anos depois dele ter saído da terra de Ur dos Caldeus, Abraão se vê agora sendo provado pelo Senhor. Encontramos essa história em Gênesis 22. Mas eu quero me deter aqui em Hebreus, pois o autor nos mostra que pela fé Abraão cria que o Senhor era poderoso para ressuscitar o seu filho. Através desse texto aprendemos três lições:

1º - Um pai que anda pela fé entrega seus filhos ao Senhor. Abraão não questionou com Deus a respeito do que Ele estava lhe pedindo. Ele não tentou argumentar se não podia trocar Isaque por Ismael. Ele simplesmente obedeceu (Gn 22.1-3).

“Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão! " Ele respondeu: "Eis-me aqui". Então disse Deus: "Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei". Na manhã seguinte, Abraão levantou-se e preparou o seu jumento. Levou consigo dois de seus servos e Isaque seu filho. Depois de cortar lenha para o holocausto, partiu em direção ao lugar que Deus lhe havia indicado” (NVI).

O Senhor lhe fez um pedido específico e ele não retrucou, simplesmente fez o que lhe foi pedido. Isso é fé. É reconhecer que o Senhor tem o direito de pedir o que lhe pertence. Se um dia você apresentou seus filhos a Deus e os entregando a Ele, saiba que eles pertencem ao Senhor.  

Você não é dono de seus filhos, você é responsável por cria-los nos caminhos do Senhor, isso é um fato, mas nós não somos donos deles. Eles pertencem ao Senhor, assim como tudo o que temos.

2 – Um pai que anda pela fé não duvida da onipotência de Deus. Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos; e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos.

Nunca na história bíblica se havia visto ou ouvido de alguém que o Senhor havia ressuscitado, no entanto, Abraão cria que o Senhor (que havia feito a promessa de que seu filho Isaque seria sua descendência) iria ressuscitá-lo. Por isso que Abraão não questionou, mas fez o que lhe foi mandado.

Meus irmãos, será que seus filhos têm visto em você está fé? Uma fé que crê na intervenção divina na história? Um Deus que tem poder para cumprir as promessas que um dia lhe foram dadas? Um Deus que pode trazer a existência as coisas que não existem (Rm 4.17)?

Quantos pais que são frequentadores de igrejas, mas que não tem uma experiência viva com Deus. Falam de fé, mas vivem focados nas coisas materiais. Duvidam da intervenção divina na história de suas vidas e na história de seus filhos. Vivem uma religiosidade morta, uma religiosidade de fachada.

Muitos pais construíram suas casas espirituais na areia e não sobre a rocha (Mt 7.26,27):

“Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (NVI).

3º - Um pai que anda pela fé verá pela fé o milagre da ressurreição na vida dos seus filhos. Abraão [...] figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos.

Abraão creu e viu o milagre em sua vida. Ele recebeu Isaque de volta dentre os mortos - figuradamente. Essa é a diferença entre servir a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele dá e faz.

Eu sei que há muitos pais que estão sofrendo pelos seus filhos. Muitos deles totalmente afastados do Senhor. Crianças que foram criadas nos caminhos do Senhor, mas que hoje, infelizmente, estão trilhando um caminho extremamente perigoso.

Não desista dos seus filhos. Creia que o Senhor há de ressuscitá-los. Que aqueles que um dia foram entregues aos Senhor, pela infinita graça voltarão à comunhão com o Pai. Lembre-se do filho pródigo. Sabemos que é uma parábola, mas que retrata muito bem o amor do Pai e o desejo de ver os seus filhos de volta ao lar.

2 – JÓ UM PAI QUE INTERCEDIA PELOS SEUS FILHOS (Jó 1.1-5).

Há homens que ganham notoriedade no mundo e fracassam como pais. Que conquistam riquezas e perderam os filhos; que tiveram tempo para estranhos, mas nunca para os filhos; que cultivam a simpatia de estranhos, mas abriram feridas na alma dos filhos [1].

Os filhos não precisam de presentes, mas da presença do pai. Alguns pais para compensar a sua ausência dão presentes, satisfazem todos os desejos dos filhos sem questioná-los. Tudo isso para compensar a sua ausência.

O Rev. Hernandes Dias Lopes diz que Jó exercia plenamente o sacerdócio no seu lar. E ele destaca quatro verdades a respeito do zelo de Jó pelos seus filhos [2]:

1º - Jó se preocupava com a salvação de seus filhos (Jó 1.5). Uma das coisas que deve ser a nossa real preocupação é a salvação de nossos filhos. Não adianta eles se projetarem na vida profissional e não terem o nome escrito no Livro da Vida.

Mas para que os nossos filhos tenham a esperança da vida eterna, nós pais, devemos falar e testemunhar de Deus para eles. Como disse Larry Christenson: “Devemos apresentar Deus aos filhos através da Palavra” [3].

Como nos fala o Salmo 78.1-8:

“Povo meu, escute o meu ensino; incline os ouvidos para o que eu tenho a dizer. Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado; o que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram. Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez. Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem aos seus filhos, de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos. Eles não serão como os seus antepassados, obstinados e rebeldes, povo de coração desleal para com Deus, gente de espírito infiel” (NVI). 

2º - Jó se preocupava com a santificação de seus filhos (Jó 1.5). Jó ao oferecer dez ofertas queimadas em nome de cada jovem adulto, ele se preocupava com a ideia de que poderiam haver no coração deles uma pitada de desobediência, ou que talvez um deles tivesse contado uma piada vulgar durante seus encontros frequentes. Jó é profundamente zeloso – espiritualmente sensível não só em relação a sua vida, mas no que se referia à coerência da vida dos filhos. Jó era homem de oração. Verdadeiro sacerdote [4].

3º - Jó se preocupava com a vida íntima de seus filhos (Jó 1.5). Devemos nos preocupar com a vida de nossos filhos longe dos nossos olhos. Devemos interceder para que a conduta deles condiga com a vida que professam ter dentro da igreja.

Jó dizia: “Talvez os meus filhos tenham lá no íntimo pecado e amaldiçoado a Deus”.

Esta também deve ser a nossa preocupação. Devemos ensinar aos nossos filhos que eles são crentes em Jesus longe e perto de nós. Que os olhos do Senhor estão em todos os lugares.

4º - Jó era um pai intercessor (Jó 1.5). Na era patriarcal os pais eram também os sacerdotes dentro de suas casas, posteriormente com a Lei sendo estabelecida é que a tribo de Levi ficou com essa incumbência.

Mas ainda hoje devemos ser sacerdotes em nossos lares, intercedendo pelos nossos filhos. Devemos orar constantemente por eles e com eles. Devemos ter em mente que a oração de um justo vale muito em seus efeitos (Tg 5.16).

Na família de Tim Cimbala, pastor em Nova York, sua filha primogênita estava se tornando resistente ao evangelho e começou a viver uma vida de rebeldia, mundanismo e pecado. Não demorou muito até se rebelar contra os pais e sair de casa. Seus pais choraram, sofreram e começaram a definhar a ponto de os amigos lhes dizerem para desistirem de procurá-la. Contudo, numa celebração de vigília, uma irmã interrompeu e disse que deveriam clamar por sua filha e todos deram as mãos e oraram. Ali se tornou uma “sala de parto” onde as dores e os gemidos eram expressos diante de Deus. Quando o pastor voltou para a casa ele disse à sua esposa: “Se há Deus no céu, nossa filha já foi liberta hoje”. Dois dias depois ela voltou para casa liberta e sarada. Deus restaurou aquela menina e o instrumento que Deus usou foi a oração intercessória.

Por isso meu querido pai não desista de seus filhos, ore por eles. Os apresente constantemente ao Senhor, pois Ele é que, através do Espírito Santo, convence-os do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).

3 – GILEADE UM PAI AUSENTE (Jz 11.1-3).

“Jefté, o gileadita, era um guerreiro valente. Sua mãe era uma prostituta; seu pai foi Gileade. A mulher de Gileade também lhe deu filhos, que quando já estavam grandes, expulsaram Jefté, dizendo: "Você não vai receber nenhuma herança de nossa família, pois é filho de outra mulher". Então Jefté fugiu dos seus irmãos e se estabeleceu em Tobe. Ali um bando de vadios uniu-se a ele e o seguia” (NVI).

Jefté foi um dos juízes em um período caótico da história de Israel, 1380 a 1050 a. C: “Não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” Jz 21.25. Vivia em Gileade, sendo membro da tribo de Manasses. A história de Jefté é curiosa, controversa e não conclusiva. Ele nasceu e viveu em um contexto familiar desorganizado. Sua mãe era prostituta, seu pai (Gileade) tinha muitos filhos de outro relacionamento. A ausência do pai na vida de Jefté e depois a sua total indiferença para com ele, fez com que este se tornasse um marginal.

O sucesso de uma sociedade depende do sucesso da família. A forma como a sociedade define moralmente a família estabelece os padrões de conformação da personalidade da futura geração. Dessa forma podemos prever o caos ou a organização da sociedade [5]. Na vida de Jefté foi o caos. 

1º - Gileade foi um pai que criou os filhos sem afetividade com Jefté (Jz 11.2). Aqueles irmãos cresceram com ódio no coração. Tudo porque Gileade era um homem que não criou os filhos com vinculo de afetividade. Eles não se importavam uns com os outros, mas com os bens materiais. Se importavam era com a herança do pai.

Em momento algum vemos Gileade se envolvendo nessa questão. Aliás, Gileade por ser um homem promíscuo gerou isso em seus filhos. Eles, provavelmente, foram criados vendo sempre Jefté como um intruso em suas vidas. Ele era como um estranho no ninho.

Não são poucos os casos de irmãos que não se falam, quando não se odeiam. Muitas vezes não foram os pais que erraram, é bom destacar isto aqui; mas geralmente, muitos pais não envolveram nas brigas e desavenças contínuas entre seus filhos. 

Jacó e Esaú tornaram-se inimigos e a culpa foi dos pais. Posteriormente eles se retrataram, mas o estrago já estava feito entre os seus descendentes. O edomitas - descentes de Esaú - tornaram-se um dos maiores inimigos de Israel.

Pequenas brigas podem se tornar uma grande calamidade. 

2º - Gileade foi um pai ausente (Jz 11.2). Gileade não deu um basta aquela discórdia, ele se ausentou durante todo o tempo e as consequências foram desastrosas. Os outros irmãos se voltaram contra Jefté e o expulsaram de casa. Gileade foi um pai ausente que não defendeu o próprio filho.

Não são poucos os jovens que lutam com questões de identidade sexual, até mesmo desejo desejos homossexuais. Qual é o denominador comum desses homens? Anseiam por um pai. O dano sofrido pelas crianças criadas num lar cujo pai é ausente, cruel ou indiferente é uma ferida aberta (que reflete na sociedade e na igreja) [5].

Observe que o texto nos diz que Jefté fugiu para a terra de Tobe e ali um bando de vadios uniu-se a ele e o seguia. Devido a esse episódio em sua vida, Jefité tornou-se um aventureiro, um salteador. Vivia com seu bando roubando as pessoas e causando terror as pessoas.

Devido a um gigantesco desajuste familiar Jefté tornou-se um homem sem referencial de honestidade, pois cresceu em um lar onde os irmãos disputavam a herança do pai a ponto de o expulsarem por causa dela.  
   
3º - Gileade maculou o leito conjugal (Jz 11.1,2a). Gileade não foi nem exemplo de pai presente e pior, era um adúltero. Que exemplo esse homem poderia ser para os seus filhos? Que conselhos esse indivíduo poderia dar aos seus filhos a respeito de relacionamento conjugal? De fidelidade.

A Bíblia nos mostra muitos outros erros que outros pais cometeram. Homens esses que eram fiéis ao Senhor, mas que erraram na educação dos filhos. É fácil falar de Gileade, mas devemos olhar para esses outros pais também, pois eles, de alguma forma, são como nós também.

A Bíblia registra os resultados infelizes da negligência dos pais para com os filhos, quer dando um mau exemplo, quer deixando de discipliná-los corretamente. Davi mimou Absalão e deu um péssimo exemplo, e as consequências foram trágicas. Eli não disciplinou os filhos, e estes, além de desgraçarem seu nome, trouxeram derrota sobre a nação de Israel. Em sua velhice, Isaque mimou Esaú, e sua esposa demonstrou favoritismo por Jacó, resultando em um lar dividido. Jacó cultivava o seu favoritismo por José, quando Deus resgatou o menino de modo providencial e levou para o Egito, onde o transformou em um homem de caráter [7]. Com isso vemos que a Bíblia não esconde os erros nem dos seus filhos, mas permite que tais erros sejam mostrados para servir de exemplo para todos nós. Devemos aprender a observar os exemplos bíblicos para podermos ter um lar dentro dos seus padrões. Não é fácil, mas devemos lutar por isso.

4 – DEVER DOS PAIS COM OS FILHOS (Ef 6.4).

Nem um de nós é perfeito. Somos falhos, e por sermos falhos, cometemos muitos erros. Mas nós como pais devemos lutar para não errarmos, ou se errarmos, errarmos o menos possível e que tal erro não traga consequências devastadoras para dentro do nosso lar. Devemos nos esforçar para sermos como Abraão um homem de fé, e como Jó, um homem de oração. E devemos fazer de tudo para não cairmos no erro de Gileade.

No entanto, devemos lutar por exercer uma quarta coisa. Aquilo que o apóstolo Paulo nos fala em Efésios 6.4. O texto que lemos no início, que nos diz:

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (ARA).

O apóstolo Paulo nos dá quatro conselhos em relação a educação dos filhos.

1º - Os pais não devem lhes provocar a ira. No tempo de Paulo, o pai exercia autoridade suprema sobre a família. No mundo greco-romano, as crianças gozavam, em geral, de pouquíssima estima. Os romanos simplesmente numeravam suas filhas, e também seus filhos homens a partir do terceiro ou quinto não recebiam nomes. A manifestação mais clara deste status baixo conferido às crianças era o costume amplamente difundido de enjeitar recém-nascidos. As crianças eram descartáveis no sentido literal da palavra. Em Roma, o recém-nascido era deitado aos pés do pai. Se o pai não o levantava e reconhecia como filho, era abandonado. O verbo que em latim significa “levantar” (suscipere) passou a ser sinônimo para sobrevivência. Muitas das crianças abandonadas morriam. Outras eram criadas para serem escravos. Os rapazes eventualmente eram obrigados a se tornarem gladiadores, enquanto que as moças acabavam se prostituindo. Sêneca, o Velho, um contemporâneo de Jesus, relata que em seu tempo mendigos profissionais recolhiam as crianças abandonadas, mutilavam-nas e depois exploravam seu estado lastimável para conseguir esmolas [8].

Para os judeus no entanto, as crianças eram consideradas dádivas de Deus e era uma forma da continuidade da raça. Com a vinda do Messias esse quadro se tornou ainda mais importante, pois não só os adultos eram valorizados, mas também as crianças eram respeitadas.

A personalidade da criança é frágil, e os pais podem abusar de sua autoridade usando ironia e ridicularização. O excesso ou a ausência de autoridade provoca ira nos filhos e leva os filhos ao desânimo. Cada criança é uma pessoa peculiar e precisa ser respeitada em sua individualidade.

O Reverendo Hernandes Dias Lopes citando William Hendriksen aborda seis atitudes dos pais que provocam a ira nos filhos:

1) Excesso de proteção; 2) favoritismo; 3) desestímulo; 4) não reconhecimento do fato de que o filho está crescendo e, portanto, tem o direito de ter suas próprias ideias e de que não precisa ser uma cópia exata do pai para ter êxito na vida; 5) negligência; e 6) palavras ásperas e crueldade física [9].

Calvino diz que os pais, por sua vez, são exortados a que não irritem seus filhos com imoderada severidade. Tal atitude excitaria o ódio e os levaria a lançar de si o jugo [paterno] de uma vez para sempre. Consequentemente, em Colossenses 3.21 ele adiciona: “para que não fiquem desanimados". O tratamento bondoso e liberal conserva a reverência dos filhos para com seus pais, e aumenta a prontidão e a alegria de sua obediência; enquanto que a severidade austera e inclemente suscita sua obstinação e destrói seu senso de dever [10].

2º - Os pais devem cuidar da vida física e emocional dos filhos. O texto diz: “criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. O verbo traduzido por “criar” é a mesma palavra traduzida por “alimentar” em Efésios 5.29. O marido cristão deve nutrir a esposa e os filhos dando lhes amor e ânimo no Senhor. Não basta cuidar dos filhos fisicamente providenciando alimento, abrigo e roupas. Também deve lhes dar alimento emocional e espiritual [11].

3º - Os pais devem disciplinar os seus filhos. A palavra grega paideia, “disciplina”, tem o sentido de treinamento por meio da disciplina. Da palavra disciplina vem a palavra discípulo em português.

Provérbios 29.15 afirma que “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe”; e é justamente a consequência dessa sabedoria proverbial que a Suécia está enfrentando, na prática, hoje em dia, por proibir as palmadas: uma geração de crianças mimadas. Tanto que em inglês a palavra “spoiled child” transmite a ideia de uma criança chata, com comportamentos inapropriados devido ao excesso contínuo de bajulações e a falta de repreensão. Spoiled significa estragado, deteriorado. 

Em provérbios 13.24 diz: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina”.

A disciplina é um princípio fundamental da vida e uma demonstração de amor. Como nos diz em Hebreus 12.6-8: “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos”.

4º - Os pais devem instruir e encorajar os seus filhos através da Palavra. Esse é o termo para admoestação; nouthesia no grego. Esse termo quer dizer educação verbal. É educar através da palavra falada, seja de ensino, seja de advertência, seja de estímulo. E esta instrução deve estar de acordo com a Palavra de Deus.

Mas observe que tudo isso deve ser feito de acordo com o Senhor: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”.  

A expressão “do Senhor” revela que os responsáveis pela educação cristã dos filhos não são: o Estado, a escola nem mesmo a igreja, mas os próprios pais.

Quando a Suprema Corte dos Estados Unidos deu seu veto contrário à obrigatoriedade de orar nas escolas públicas, o famoso cartunista Herblock publicou uma tira no jornal Washington Post mostrando um pai irado sacudindo um jornal para a família e gritando:

- Só faltava essa! Agora querem que a gente ouça as crianças orando em casa?

A resposta é: sim! O lar é o lugar onde as crianças devem aprender sobre o Senhor e a vida cristã [12]. 

CONCLUSÃO 
  
Ser pai cristão é entender que temos uma grande responsabilidade sobre os nossos ombros e que não podemos negligenciá-la, muito pelo contrário, devemos abraça-la com alegria e com maior afinco.

Sabemos que os dias estão muito difíceis para os nossos filhos e, principalmente, para educa-los nos caminhos do Senhor. A mídia e o governo estão fazendo de tudo para que os nossos filhos sejam tudo, menos servos do Senhor Jesus. O Estado está tentando a todo custo interferir na educação cristã; estão tentando desvirtuar os ensinamentos bíblicos adquiridos no lar e nas igrejas. Por isso, mais do que nunca, devemos estar preparados para guerrear pelos nossos filhos sendo exemplo para eles e para a sociedade. Sendo melhores crentes, melhores maridos e melhores pais para que amanhã nossos filhos possam andar em nossas pisadas e não errarem o Caminho, pois se trilharmos o Caminho que é Jesus, eles, pela fé, trilharão também. Por isso devemos ensinar No Caminho aos nossos filhos e não O Caminho como muitos tem feito.

Pense Nisso!

Fonte:  

1 – Lopes, Hernandes Dias. Pai, um homem de valor. Editora Hagnos, São Paulo, SP, 5ª reimpressão 2012: p. 43.
2 –Ibid. p. 48-50.
3 – Christenson, Larry. A Família do Cristão. Ed. Betânia, Venda Nova, MG, 5ª edição 1996: p. 161.
4 – Swindoll, Charles R. Jó, um homem de tolerância histórica. Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 9ª reimpressão 2014: p. 18.
5 – Borges, Marcos de Souza. O Avivamento do Odre Novo. Ed. JOCUM, Paraná, 7ª edição 2011: p. 187.
6 – Grudem, Wayne e Rainey, Dennis. Famílias fortes, igrejas fortes – os desafios do aconselhamento familiar. Ed. Vida, São Paulo, SP, 2ª reimpressão 2013: p. 136.
7 – Wiersbe, Warren W. O Novo Testamento 2, comentário bíblico expositivo, vol. 6. Ed. Geográfica, Santo André, SP, 6ª reimpressão, 2012: p. 69. 
8 – Weber, Hans-Ruedi. Jesus e as Crianças. Ed. Sinodal, São Leopoldo, RS, 1986: p. 10,11.
9 – Lopes, Hernandes Dias. Efésios, igreja a noiva de Cristo. Ed. Hagnos, São Paulo, 2010: p. 165.
10 – Calvino, João. Série Comentários Bíblicos – Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses. Ed. Fiel, São José dos Campos, São Paulo, SP, 2015: p. 351.
11 – Wiersbe, Warren W. O Novo Testamento 2, comentário bíblico expositivo, vol. 6. Ed. Geográfica, Santo André, SP, 6ª reimpressão, 2012: p. 70. 
12 – Ibid., p. 70.